[Artigo] - Educação Ambiental em Ação
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Breves Comunicações
No. 28 - 31/05/2009
Análise do Ciclo de Produção
O desenvolvimento tecnológico possibilitou maior disponibilidade e controle da energia, diminuindo a dependência do homem
em relação aos animais, ao vento e a água como forças motrizes (...)
Análise do Ciclo de Produção
José Vitor Charaba, CONSTRUECO CONSULTORIA AMBIENTAL
O desenvolvimento tecnológico possibilitou maior disponibilidade e controle da energia,
diminuindo a dependência do homem em relação aos animais, ao vento e a água como forças
motrizes. Ampliou o potencial das alterações ambientais, ultrapassando a capacidade de autorecuperação dos sistemas naturais.
Na era moderna urbana e industrial, as pessoas passaram a associar avanços tecnológicos com
melhoria da qualidade de vida, inaugurando uma fase de grande consumo de mercadorias, cuja
produção tem exigido volumes crescentes de recursos naturais e energéticos.
No fim do século vinte, as mudanças sociais acompanharam os processos de transformação
tecnológica e econômica, e a questão da conscientização ambiental também ganhou
importância e espaço nesse processo, permeando as instituições da sociedade e com apelo
político crescente. Nos últimos trinta anos, ocorreram importantes mudanças no modo de pensar
as questões do crescimento econômico, desenvolvimento humano e proteção ambiental.
A questão da sustentabilidade está intimamente relacionada com o conceito da capacidade de
suporte de um ecossistema. Para determinar a capacidade de suporte de um ecossistema é
preciso conhecer os níveis de consumo e de produção de resíduos admitidos para esse sustento
e o intervalo de tempo durante o qual tais indivíduos poderiam se sustentar.
A análise do ciclo de vida estuda os aspectos ambientais e os impactos potenciais ao longo de
todo o ciclo de vida de um produto ou de uma atividade. Quando se avalia um produto,
considera-se toda a cadeia de processos que o originou, as emissões e os impactos potenciais
associados ao seu ciclo de vida. Contudo a análise do ciclo de vida mesmo sendo uma
ferramenta inovadora ainda se restringe a dar um destino correto aos resíduos (incineradores,
aterros, entre outros) com as empresas não se preocupando ainda com o resíduo final dos seus
produtos.
A natureza como um todo funciona num sistema de ciclos (carbono, água, etc), enquanto nossos
sistemas industriais são lineares. Extraímos recursos naturais, transformando-os em produtos e
em resíduos, vendemos esses produtos a consumidores que descartam ainda mais resíduos
depois de terem consumido os produtos.
Se faz necessário que as empresas procurem imitar a natureza e comecem a trabalhar em
sistemas de ciclos de produção reintegrando o seu resíduo ao ciclo, pois na natureza todos os
organismos de um ecossistema produzem resíduos, mas o que é resíduo para um é alimento
para outro, desse modo todo o sistema permanece livre de resíduos.
http://www.revistaea.org/artigo.php?idartigo=704&class=25
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Para conseguir esses sistemas cíclicos é preciso replanejar a produção, consumo e economia.
As organizações precisam repensar toda a sua cadeia produtiva e se responsabilizar pelos seus
produtos. O produto de hoje vai se tornar um resíduo amanhã, pois quem gera resíduo é
responsável pelo mesmo.
O mercado livre não fornece informações adequadas aos consumidores e os custos sociais e
ambientais de produção não participam dos modelos econômicos. Os economistas rotulam
esses custos como variáveis externas, porque eles não se encaixam nos seus arcabouços
teóricos e a alfabetização ecológica nos ensina que esse modelo não é sustentável.
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