Fernanda Ferreira Caldas Aluna Especial de Mestrado em Ciências da Saúde Prof. Dr. Fayez Bahmad Jr Prof. Dr. Carlos Augusto Prof. Dra. Isabella Monteiro EXPOSIÇÃO AO RUÍDO INTENSO NO LOCAL DE TRABALHO Elevação mensurável dos limiares auditivos Intensa exposição a níveis sonoros de atividade não-ocupacional Há evidências da relação dose-efeito Elevação do limiar auditivo Susceptibilidade a danos adquirido da orelha interna : Predisposições hereditárias Infecções da orelha média Podem aumentar os impactos nocivos do ruído na função auditiva Sintomas adicionais devido à exposição ao ruído: Hipersensibilidade a sons e/ou Zumbido Estes sintomas podem persistir mesmo após o recuperação temporária do limiar e tornar-se cada vez mais irritante para os pacientes O objetivo do estudo foi avaliar a audição e sintomas auditivos subjetivos em um grupo de músicos amadores de pop/rock que tinham experimentado exposições repetidas a intensos níveis sonoros pelo menos há 5 anos de atividade musical. Metodologia Inclusão para o estudo Exclusão para o estudo • Não ser profissional da atividade musical • Ser membro de banda de pop/rock por mais de 5 anos • Ter uma exposição semanal a níveis sonoros intensos de música eletricamente amplificada por pelo menos 2 horas • Ocorrência de trauma acústico • Excesso de exposição ao ruído durante as atividades ocupacionais • História de otite média recorrente • Cirurgia no ouvido • Fratura no crânio • Ingestão de fármacos potencialmente ototóxicos • Alterações auditivas na família • Anormalidade na inspeção otoscópica ou na imitanciometria Amostra: 42 indivíduos (5 do sexo feminino) Idade: faixa etária de 21 a 50 anos (média 33 anos) Instrumentos utilizados: guitarra (17) baixo (10) percussão (8) teclado (4) vocalistas (2) trombone (1) Teste informal em 16 músicos foi realizado durante um ensaio com média entre 100 a 105 dB de ruído. Exposição semanal a nível de 100 a 105 dB por um período de 5 horas durante um período médio de 13 anos. Avaliações Audiometria tonal (36 horas após exposição a ruído): Frequências de 250kHz estendidas para altas frequências em 8, 9, 10, 11.2, 12.5 e 14 kHz. Níveis de intensidade desconfortável (ULL) Ruído de banda estreita de de acordo com as recomendações da Sociedade Britânica de Audiologia (1987). Dificuldades de audição Escala visual analógica (EVA) Zumbido Hipersensibilidade a sons Não apresentaram zumbido Valores medianos foram mais altos em 6 kHz para ambas as orelhas. Os limiares da média entre 3 a 8 kHz foram 6 dB para os músicos e 1,5 dB para o grupo de controle. Médias dos limiares tonais de 3 a 8 kHz como uma função do uso de proteção para as orelhas. Nível de desconforto dos músicos foi significativamente inferior ao do grupo controle em todas as frequências testadas. 26 músicos não apresentaram zumbido e hipersensibilidade 05 aprentaram zumbido mas não hipersensibilidade 09 apresentaram hipersensibilidade, mas não zumbido 02 apresentarm zumbido e hipersensibilidade Discussão Têm sido sugerido que a orelha esquerda seja mais vulnerável à ruído do que a orelha direita (Job, Grateau & Picard, 1998). Tampões auditivos são eficazes para a proteção contra a alta intensidade de ruído impulsivo (Dancer, Grateau, Cabanis, et al. 1992). Não há norma internacional que forneça estatísticas descritivas de limiares auditivos estendidos para altas frequências com variação em populações de diferentes idades. Conclusão A perda de audição foi mínima em músicos que sempre usaram protetores auditivos. A perda auditiva foi significativamente mais observada em músicos que nunca usaram protetores auditivos. Educação continuada sobre o riscos à audição. O zumbido e a hipersensibilidade a sons foram observados em uma minoria significativa. Entre 6,7 dB mais elevada do que o grupo controle. Protetores auditivos devem ser utilizados por essa população.