AELSO ROCHA BRITO CARLOS MAGNO DE SOUZA JUNIOR RAFAEL CHIQUETTO NOGUEIRA MONITORAMENTO DE TEMPERATURA EM SALA SMT UTILIZANDO ARDUINO ITATIBA 2013 AELSO ROCHA BRITO CARLOS MAGNO DE SOUZA JUNIOR RAFAEL CHIQUETTO NOGUEIRA MONITORAMENTO DE TEMPERATURA EM SALA SMT UTILIZANDO ARDUINO Projeto de pesquisa referente ao Trabalho de Conclusão do Curso de Engenharia de Computação da Universidade São Francisco. ORIENTADOR: PROF. DR. CLAUDIO KIYOSHI UMEZU ITATIBA 2013 AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus por toda força e coragem recebidas durante todo o tempo de aulas, avaliações e conclusão do curso de Engenharia da Computação. Sabemos que nesta etapa nossos familiares são fundamentais e por esse motivo agradecemos a cada um deles pela energia positiva enviada, pela confiança depositada e pelas palavras de apoio. Ao Professor Claudio Umezu que confiou em nossa proposta e nos guiou até aqui, pelos ensinamentos, críticas e paciência durante todas as etapas deste trabalho. E por ultimo, mas não menos importante, agradecemos a Universidade São Francisco e todo seu corpo docente que nos guiou até este momento importante em nossas vidas. 2 RESUMO Atualmente, as empresas buscam investimentos em práticas que melhorem seus processos com baixo custo e menor tempo obtendo, assim, uma maior competitividade no mercado. Dessa forma, é apresentado um projeto utilizando arquitetura Arduíno onde é possível realizar a medição de temperatura de uma sala SMT (Surface-Mount Technology), utilizando sensores de temperatura para monitorar a temperatura do ar ambiente da mesma. Tendo em vista a importância de manter a sala dentro de uma temperatura de segurança, para que os componentes não tenham seu tempo de vida reduzido e para que as máquinas SMT consigam operar normalmente, foi incorporado ao projeto uma interface web capaz de exibir as medições realizadas, possibilitando um monitoramento visual, além de um aviso sonoro para reforçar a segurança. Todas estas medidas visam garantir a integridade dos componentes e das máquinas. Com o sistema em operação, foi possível observar as leituras dos pontos e perceber a importância deste projeto para a empresa onde visualmente ou sonoramente o sistema cumpre seu objetivo. Palavras-chave: Arduino; Segurança;Temperatura; Web; SMT; ABSTRACT Currently companies seek investments in practices that improve their processes with low cost and less time, thus obtaining a greater market competitiveness. This Project is presented using Arduino Architecture where you can perform the measurement of temperature of a SMT – Surface-Mount Technology with temperature sensors. Given the importance of keeping the room within a safe temperature, so that the components do not have their lifetime shortened and that SMT machines are able to operate normally, was incorporated to the Project a web interface to view and record the measurements, enabling visual monitoring, plus an audible warning to reinforce security. All of these medias are intended to ensure the integrity of the components and machines. With the system in operation, it was possible to observe the readings of the dots and realize the importance of this project for the company where visually or sonically the system meets its objective. Key-word: Arduino; Security; Temperature; Web; SMT; 3 LISTA DE TABELAS TABELA 1 - ESPECIFICAÇÃO DO ARDUINO UNO R3 (ARDUINO, 2013) ............... 10 TABELA 2 - ESTIMATIVA DE CUSTO (LABGARAGEM, 2013) ................................. 26 4 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - ESQUEMA DO ARDUINO UNO (MACHADO, 2013)........................................ 11 FIGURA 2 - BIBLIOTECAS ARDUINO (SKETCH, 2013) ..................................................... 12 FIGURA 3 – MAPA DE PINOS MICROCONTROLADOR ATMEGA328 (ATMEL, 2013) ..... 13 FIGURA 4 - DIAGRAMA DE BLOCO ................................................................................... 16 FIGURA 5 - FLUXOGRAMA DO SISTEMA ......................................................................... 16 FIGURA 6 - SALA SMT ESTUDADA ................................................................................... 18 FIGURA 7 - FUNCIONAMENTO DO SOFTWARE (SKETCH, 2013) ................................... 19 FIGURA 8 - SELECIONANDO A PLACA (SKETCH, 2013) ................................................. 20 FIGURA 9 - SENSOR DE TEMPERATURA LM35 .............................................................. 21 FIGURA 10 - ESQUEMA ELÉTRICO .................................................................................. 22 FIGURA 11 - ESQUEMA DE LIGAÇÃO ENTRE AS PLACAS E COMPONENTES ............. 22 FIGURA 12 - COMPILAÇÃO DO CÓDIGO DEMONSTRANDO AS TEMPERATURAS ACIMA DO LIMITE PERMITIDO .................................................................................. 23 FIGURA 13 - COMPORTAMENTO DO SISTEMA MEDINDO UMA TEMPERATURA ACIMA DO LIMITE ................................................................................................................... 24 FIGURA 14 - COMPILAÇÃO DO CÓDIGO DEMONSTRANDO AS TEMPERATURAS DENTRO DO PERMITIDO ........................................................................................... 24 FIGURA 15 - COMPORTAMENTO DO SISTEMA MEDINDO UMA TEMPERATURA DENTRO DO LIMITE ................................................................................................... 25 FIGURA 16 - PAGINA WEB INFORMANDO OS RESULTADOS ........................................ 25 5 LISTA DE SIGLAS CPU Unidade Central de Processamento GSM Sistema Global para Comunicações Móveis ICSP In-circuit serial programming I/O Entrada/Saída IDE Ambiente Integrado de Desenvolvimento IP Protocolo de Internet kB Kilobyte LED Diodo emissor de luz LCD Display de cristal liquido MAC Media Access Control MHz Megahertz mA MiliAmpére MIPS Milhões de instrução por segundo PCBA Placa de circuito impresso montado PWM Modulação por largura de pulso RAM Memória de acesso aleatório ROM Memória apenas de leitura RISC Computador com um conjunto reduzido de informações SMT Tecnologia de montagem em superfície ALU Unidade Lógica Aritmética USB Barramento serial universal V Volt WEB Pagina Web 6 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8 2. OBJETIVO ............................................................................................................... 9 3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS ............................................................................... 10 3.1 BIBLIOTECAS E SHIELDS......................................................................................... 12 3.2 MICROCONTROLADOR............................................................................................ 13 3.3 MICROCONTROLADOR ATMEGA328 ....................................................................... 13 4. METODOLOGIA .................................................................................................... 15 4.1 CENÁRIO ............................................................................................................. 17 4.2 PROBLEMA DA SALA SMT.................................................................................. 17 4.3 AVALIAÇÃO GLOBAL DA SOLUÇÃO PROPOSTA .................................................... 17 5. DESENVOLVIMENTO........................................................................................... 19 5.1 6. ESQUEMA ELÉTRICO ......................................................................................... 21 RESULTADOS OBTIDOS ..................................................................................... 23 6.1 ESTIMATIVA DE CUSTO ........................................................................................... 25 7. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 27 8. PROJETOS FUTUROS ......................................................................................... 28 9. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................... 29 7 1. INTRODUÇÃO Segundo McRoberts (2011), de maneira geral, a utilização de placas de controle I/O open-source, chamada Arduino, para projetos de automação, cresce de forma significativa no mercado brasileiro onde a maior vantagem da utilização do Arduino sobre outras plataformas de desenvolvimento de microcontroladores é a facilidade de sua utilização podendo criar seus próprios projetos em um intervalo de tempo relativamente curto. Dessa forma, neste projeto, pretendeu-se utilizar esta placa de controle para medir a temperatura de uma sala de 628 m², possibilitando assim, informar ao responsável do departamento em uma respectiva empresa, qual a temperatura ambiente de uma sala SMT (Surface-Mount Technology). Nesse sentido, a proposta de medição tem como objetivo maior manter a qualidade dos serviços das máquinas na sala SMT, que contém micro componente para montagem de pendrives, tablets e celulares, cujas máquinas para inserção de componentes podem ultrapassar o valor de R$ 1.000.000,00/equipamento. Atualmente, por uma restrição da diretoria, a empresa em questão não possui nenhum controle de temperatura ambiente, por se tratar de um alto investimento, no que se refere ao monitoramento de temperatura. Portanto, a proposta de algo prático e relativamente barato para a empresa faz com que seja possível evitar danos causados por temperaturas elevada e irregulares. Sendo assim, propôs-se um sistema composto por quatro sensores que estarão distribuídos dentro da sala SMT, colocados em pontos estratégicos para que seja possível monitorar a temperatura a fim de identificar as medições no intervalo de tempo determinado pelo responsável e também disponibilizar tais informações em uma pagina web local, para fácil monitoramento. Implantou-se ainda, com a intenção de ter outra forma de monitoramento, um alarme para que o mesmo emita um aviso sonoro caso a temperatura limite esteja fora em algum dos pontos. Assim será possível identificar, por demais funcionários do mesmo departamento, anormalidades sem a necessidade de acesso direto as informações via web. O aviso sonoro se manterá ativo até regularização da temperatura, Além disso, está incluso um aviso visual disposto por um LED verde e um LED vermelho. Levando em consideração as necessidades de monitoramento, fica evidente que por uma falta de acompanhamento da temperatura, erros poderão acontecer nos processos ou até mesmo falha funcional nas máquinas, causando assim um grande prejuízo para a empresa. Através destes processos de monitoramento de temperatura foi possível observar a redução riscos de acidentes e não menos importante a garantia de produtos feitos em SMT com melhor qualidade. 8 2. OBJETIVO Este projeto teve como objetivo desenvolver um sistema de monitoramento de temperatura para uma sala de SMT utilizando a shield ethernet como web server tornando o projeto com baixo custo de desenvolvimento. 9 3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS Segundo Banzi (2005) o Arduino UNO é um sistema eletrônico concebido na Itália. Ele é uma plataforma livre para prototipagem com linguagem própria baseado no wiring, que é uma estrutura de programação que permite microcontroladores atuar sobre outros dispositivos conectados a ele. Esse sistema tem o objetivo de incentivar os vários tipos níveis de usuários a criar e compartilhar suas criações. Utilizando de termos práticos, o Arduino é classificado com um pequeno computador podendo ser programado para processar entradas e saídas entre dispositivos e os componentes externos conectados a ele, como uma ethernet shield, por exemplo. Segundo McRoberts (2011), o Arduino pode ser conectado a diversos componentes, como LEDs, botões, motores, interruptores, receptores GPS, sensores de temperatura ou até mesmo sensores de distância. Dados obtidos de 2005 até 2011 informam que mais de 150.000 placas originais Arduino foram vendidas em todo o mundo e se tornou popular justamente por ser open-source criando projetos interessantes. Segundo ARDUINO (2013) o Arduino UNO é composto pelo microcontrolador da Atmel, modelo ATmega328 com 14 entradas e saídas dos quais 6 podem ser usados como saídas PWM, composto também por um dispositivo de 8 bits da família AVR com arquitetura RISC (Reduced Instruction Set Computer) avançada e trabalhando com informações analógicas e digitais, com interface USB para comunicação, cristal oscilador de 16MHz, conexão USB, entrada de alimentação, um cabeçalho ICSP (In-Circuit Serial Programming) e um botão de reset. Essa placa contém todos os componentes necessários para suportar o microcontrolador onde na tabela 1 podemos resumir e especificar melhor os demais componentes: Tabela 1 - Especificação do Arduino UNO R3 (ARDUINO, 2013) DESCRIÇÃO MICROCONTROLADOR CONFIGURAÇÃO ATmega328 VOLTAGEM OPERACIONAL 5V VOLTAGEM DE ENTRADA (RECOMENDADO) 7-12V VOLTAGEM DE ENTRADA (LIMITE) 6-20V PINOS I/O DIGITAIS 14 (dos quais 6 oferecem saída PWM) PINOS DE ENTRADA ANALÓGICA 6 CORRENTE CONTINUA POR PINO I/O 40 mA CORRENTE CONTINUA PARA O PINO 3.3V 50 mA MEMÓRIA FLASH 32 KB (ATmega328) dos quais 0.5 KB utilizado pelo carregador SRAM 2 KB (ATmega328) EEPROM 1 KB (ATmega328) VELOCIDADE DE CLOCK 16 MHz 10 Para auxiliar e complementar a montagem dos circuitos elétricos utilizou-se também os seguintes componentes eletrônicos: LED: é um componente eletrônico semicondutor que quando energizado passa a emitir luz; Resistor: componente eletrônico passivo cujo objetivo é oferecer resistência à passagem de corrente elétrica; Capacitor: utilizado para armazenar energia elétrica na forma de campo elétrico; Microprocessador: circuito eletrônico para realizar cálculos matemáticos; Microcontrolador: possui um microprocessador e memória para armazenamento dos cálculos, programas e periféricos de entrada e saída; Sensor de temperatura: transforma a temperatura em tensão elétrica. Conforme ARDUINO (2013) ressalta-se que, assim como a IDE (Integrated Development Environment) que já vem com diversas funções pré-definidas, o Arduino possui também outras bibliotecas para controle de servomotores, displays LCD, geração de áudio, recepção de sinais de sensores e outros dispositivos (como teclado PS/2). A Figura 1 representa todos os componentes do Arduino UNO onde se torna possível observar sua distribuição: Figura 1 - Esquema do Arduino UNO (MACHADO, 2013) Sendo assim, é possível encontrar no mercado diversos modelos de placas Arduino com diferentes especificações e tamanho, porém, fica o alerta que existem placas falsificadas no mercado, portanto, é importante garantir a informação antes da compra de que a placa adquirida seja compatível com as placas originais, com fabricação na Itália. 11 3.1 BIBLIOTECAS E SHIELDS Segundo a ROBOCORE (2013) o Arduino pode ser utilizado junto com as diversas shields Arduino disponíveis no mercado, isso faz com que seja possível agregar uma maior funcionalidade com a placa principal. São vários tipos de shield, como por exemplo: SHIELD GSM; SHIELD ETHERNET; SHIELD WIFI ; SHIELD MOTOR. Além disso, estas shields são placas que podem ser conectadas em cima do PCBA (Printed Circuit Board Assembly) Arduino, dessa forma se torna possível realizar vários tipos de comunicação. Quanto às bibliotecas, a Figura 2 representa todas que estão contidas no software Sketch e que também oferece a opção de adicionar novas caso seja necessário à utilização de alguma biblioteca especial. Figura 2 - Bibliotecas Arduino (Sketch, 2013) 12 3.2 MICROCONTROLADOR De modo geral, pode-se considerar que microcontrolador é um pequeno componente eletrônico, dotado de uma inteligência programável e usado para controlar circuitos, por esse motivo, é comum encontra-lo dentro de outros dispositivos, conhecido como controladores embutidos. Inventado pela empresa Texas Instruments no início da década de 1970, os processadores eram basicamente microcontroladores com memória incorporada, como RAM e ROM. Segundo Souza (2007), estima-se que no ano de 2010 uma pessoa, em média, interagiu com até 350 dispositivos com microcontroladores diariamente. 3.3 MICROCONTROLADOR ATMEGA328 Segundo a ATMEL (2013) o microcontrolador ATmega328, que é baseado na arquitetura RISC de alta performance, é possível combinar memória flash com capacidade de leitura e escrita ao mesmo tempo. Um microcontrolador geralmente é pequeno e barato e projetado para ser robusto de alguma forma. Ainda segundo a publicação da ATMEL (2013), o dispositivo opera de 1,8 até 5,5 volts. Ao executar instruções poderosas em um único ciclo de clock, o dispositivo é capaz de alcança processamentos que se aproximam em até 1 MIPS/MHz (Millions of Instructions per Second) equilibrando assim o consumo de energia e velocidade de processamento. Figura 3 – Mapa de Pinos Microcontrolador ATmega328 (ATMEL, 2013) 13 Conforme Silveira (2011), na CPU do ATmega328 existe um grupo de 32 registradores de 8 bits conectados diretamente a ALU (Arithmetic Logic Unit), para armazenar temporariamente os operandos usando assim os registradores de uso geral. Também é possível armazenar as variáveis locais e ponteiros de programas durante a execução de uma instrução, tornando assim o armazenamento do byte de controle, que representa uma instrução, recebendo da memória de programa e passando para o decodificador de instruções, que é uma matriz de portas lógicas programáveis cuja saída gera controles para as várias partes do microcontrolador. 14 4. METODOLOGIA Inicialmente, é importante definir as necessidades das empresas para que investimentos para novos projetos sejam feitos de forma correta. Dessa forma, algumas empresas que dependem de algum tipo de automação para aumento de produtividade ou monitoramento de processos podem optar por soluções de baixo custo de implementação e de preferência open-source, podendo ser alterado o código e ter o benefício de a licença de utilização não ser cobrada. Em relação aos custos, é possível encontrar um Arduino com o valor de até R$70,00, possuindo software para plataformas Microsoft Windows, Mac OS X e Linux e possui linguagem simples para que iniciantes possam desenvolver o código com maior facilidade. Estima-se um custo para um projeto desse porte de até R$270,00. Com a junção de baixo custo mais a praticidade de desenvolvimento o segundo estudo será a avaliação da aplicação do projeto, tendo em vista a ausência do controle de temperatura na sala SMT, o projeto em questão visa monitorar o ambiente em pontos específicos para que seja possível identificação de pontos fora do limite de temperatura estipulado em 20°C como temperatura ambiente aceitável. Temperaturas acima de 22°C e abaixo de 18°C podem ser prejudiciais aos componentes e máquinas. Para a montagem do sistema foi utilizando a placa Arduino UNO R3 que é responsável por controlar todo o sistema a partir dos comandos enviados via USB do computador do qual temos o Sketch, software de integração e desenvolvimento do sistema. Logo acoplamos a placa de ethernet shield na placa Arduino UNO R3, transformando em um único sistema devido à compatibilidade e interação das portas serem um grande diferencial desde tipo de placa para prototipagem. Seguindo com o desenvolvimento do protótipo, os sensores foram adicionados nas portas analógicas e medidos os resultados pelo serial monitor do sketch. Com o resultado apresentado pelo sistema, foi alterada a programação do sistema adicionando o LED vermelho para alertar quando o sistema estiver fora dos parâmetros determinados, juntamente com o Buzzer que também é acionado ao acender o LED vermelho, no mesmo raciocínio o LED verde foi adicionado ao sistema, esse LED será responsável em informar quando o sistema estiver estabilizado. Toda a programação foi feita em C/C++ no sketch e o upload desde código é feito de forma simples, via USB. A última etapa será a montagem de um servidor dentro da shield ethernet, acoplada na placa principal montando assim uma pagina a fim de monitorar as medições e informar ao responsável da área as temperaturas ponto a ponto, desta forma, é possível identificar exatamente qual o ponto com maior ou menor temperatura na sala para que o ar condicionado sela regulado manualmente. 15 Conforme diagrama de bloco representado na Figura 4, é possível observar a representação gráfica do processo indicando assim a relação entre cada subsistema e o fluxo da informação. Figura 4 - Diagrama de bloco A Figura 5 apresenta a sequência lógica de procedimentos inter-relacionados, orientando a execução das tarefas ou atividades que o sistema deverá cumprir. Figura 5 - Fluxograma do sistema 16 4.1 CENÁRIO Compreende-se que uma sala de SMT é um ambiente de acesso controlado, esse ambiente é climatizado com ar condicionado para manter a temperatura dentro do permitido, neste caso analisado com temperatura mínima de 18°C e máxima de 22°C. Esse ambiente trabalha cerca de 40 pessoas por turno, com três máquinas para inserção de componentes nas placas, e três fornos de alta temperatura responsáveis por soldar os componentes no acabamento. Ou seja, este mesmo ambiente possui pontos de reparo para os componentes deslocados durante a operação, com soldas calibradas em 350°C. 4.2 PROBLEMA DA SALA SMT Identificou-se que a sala SMT, conforme Figura 5, necessitava de um ambiente com temperatura monitorada, pois a produção desses componentes poderia ser afetada se o ar ambiente atingisse uma temperatura inadequada comprometendo assim o processo e danificando as máquinas. Ressalta-se ainda, a sala não possuía nenhum tipo de monitoramento de temperatura adequado com sensores, sejam eles de temperatura, portas ou janelas que também podem acarretar anormalidades na temperatura ambiente. 4.3 AVALIAÇÃO GLOBAL DA SOLUÇÃO PROPOSTA Em relação à avaliação global, o desenvolvimento e a implementação desde sistema de monitoramento de temperatura em uma sala SMT tem como objetivo garantir a qualidade dos componentes montados na PCBA evitando que com qualquer variação de temperatura anormal cause danos na montagem dos componentes ou as máquinas. Além das características apresentadas, cabe ressaltar que, o Arduino mostrou ser eficiente diante do problema, com fácil programação e entendimento de seus periféricos, a gravação do código foi feita de forma direta ao microcontrolador. Ou seja, conseguimos fazer o upload utilizando um computador diretamente no Arduino. 17 Figura 6 - Sala SMT estudada 18 5. DESENVOLVIMENTO A placa Arduino UNO REV3 foi escolhida devido a facilidade de encontrar componentes e de ser construída, podendo ser montada com um kit básico de componentes, no UNO, as informações fornecidas pelos componentes interligados a ela e, em especial, os sensores LM35, são medidos e interpretadas pelo código C/C++ que é encontrado no software Sketch, versão Arduino1.0.5, software este responsável por ler a placa UNO interligada ao sensor através de uma protoboard, interpretar a leitura de acordo com as linhas de códigos nele transcrita e retornar os valores necessários. Para a comunicação entre a placa e um computador, basta conectar o cabo USB 2.0 na placa e no computador que a instalação do drive será feita automaticamente. Já para a comunicação com a shield ethernet, utilizamos um roteador da Multilaser, modelo RE040, para montarmos uma rede local de monitoramento. Neste caso, basta configurar o MAC Address e denominar o IP estático nas configurações do roteador. O software Sketch utilizado é de fácil interpretação e tem como responsabilidade compilar e enviar o código para a placa principal. A Figura 5 ilustra as principais funções deste software. Figura 7 - Funcionamento do software (Sketch, 2013) 19 Após indicação das principais funcionalidades, o primeiro passo será a configuração do software, conforme utilização da placa escolhida, neste caso, o Arduino UNO conforme Figura 6. Figura 8 - Selecionando a placa (Sketch, 2013) 20 5.1 ESQUEMA ELÉTRICO Sedundo a Texas Instruments (1999) o sensor LM35 representado pela Figura 7 não requer nenhum tipo de calibração externa para que seja possível fornecer os dados com precisão. Porém, para que o Arduino consiga realizar a leitura é necessária uma conversão devido a leitura ser somente de valores inteiros entre 0 e 1023. Conforme datasheeet revisado pela empresa Texas Instruments (2013) o LM35 possui uma resolução de 10mV (milivolt) por cada 1°C lido, é necessário termos uma expressão para a temperatura em função do valor lido. Como o Arduino fornece 5V e a composição das entradas analógicas possui uma resolução de 10 bits, ou seja, 210 = 1024 e cada grau corresponde a 10mV, logo: Temperatura = (valor lido * (5/1023)) * 100 Figura 9 - Sensor de Temperatura LM35 O esquema nas Figuras 8 e 9 mostraram como ficarão os sensores ligados a protoboard e também no Arduino junto com o buzzer e os LEDs. 21 Figura 10 - Esquema elétrico Figura 11 - Esquema de ligação entre as placas e componentes 22 6. RESULTADOS OBTIDOS Considerando o desenvolvimento e execução de um sistema de medição de temperatura em um processo produtivo, no caso analisado em uma área SMT, o medidor de temperatura contribuí para a melhor segurança dos operadores assim como para um bom rendimento de todo maquinário em operação e os componentes, visto que a variação anormal de temperatura em uma área fechada pode causa danos aos componentes devido ao calor dos fornos que trabalham na faixa de 180ºC à 235ºC. Dessa forma, é possível garantir que uma anormalidade na temperatura seja constatada de forma mais prática, onde teremos um monitoramento mais consistente, sendo assim, o sistema estará ativado e pronto para sinalizar para que seja resolvido de imediato. As temperaturas limite estabelecidas no código foi respeitada nos testes realizados. Para simular de forma comum uma oscilação de temperatura foi utilizado um secador de cabelo onde aplicamos uma temperatura de até 40ºC acionando o alarme e ascendendo o LED vermelho, depois, foi aplicada uma nova temperatura de aproximadamente 22 ºC, o LED verde foi acionado e o alarme desativado. Como tempo de resposta para as medições foi estipulado 1,5 segundos para que seja possível monitorar em curto prazo de tempo evitando assim um delay muito grande o que ocasionaria uma possível falha. É possível observar nas Figuras 12 e 13 o comportamento do sistema ao aplicar as variações de temperatura acima do limite permitido: Figura 12 - Compilação do Código Demonstrando as Temperaturas acima do limite permitido 23 Figura 13 - Comportamento do sistema medindo uma temperatura acima do limite Como mostra a Figura 13, o LED vermelho deverá ser acionado junto ao alarme devido às temperaturas estarem acima do limite estipulado para o ambiente estudado. Agora, é possível analisar outra situação para demonstrar o comportamento do sistema com a temperatura dentro do limite aceitável, dessa forma, as Figuras 14 e 15 representaram o real comportamento do sistema para a outra condição: Figura 14 - Compilação do Código Demonstrando as Temperaturas dentro do permitido 24 Figura 15 - Comportamento do sistema medindo uma temperatura dentro do limite Para que seja possível observar os resultados de forma diferente, foi criada uma pagina utilizando a shield ethernet como web server a fim de mostrar os resultados em demais dispositivos. Figura 16 - Pagina web informando os resultados 6.1 ESTIMATIVA DE CUSTO Estima-se que para a criação do sistema, foi necessário um investimento de aproximadamente R$270,00. Os valores a seguir refletem apenas o custo total dos componentes adquiridos, não foram calculados custos de frete e mão de obra. 25 Tabela 2 - Estimativa de Custo (LABGARAGEM, 2013) QUANTIDADE DESCRIÇÃO MODELO CUSTO UNITÁRIO CUSTO TOTAL 4 SENSORES DE TEMPERATURA LM35 R$ 5,00 R$ 20,00 1 ALARME BUZZER CONTINUO 5VCD R$ 2,50 R$ 2,50 1 PLACA ARDUINO R$ 69,00 R$ 69,00 1 ETHERNET SHIELD R$ 155,00 R$ 155,00 1 PROTOBOARD R$ 18,00 R$ 18,00 1 LES VERDE R$ 0,90 R$ 0,90 1 LED VERMELHO - R$ 0,90 R$ 0,90 1 CABO RJ45 R$ 4,50 R$ 4,50 UNO REV3 R3 400 PINOS - 3 MÃO DE OBRA / HORA R$ 45,00 R$ 135,00 INVESTIMENTO TOTAL R$ 300,80 R$ 405,80 É possível encontrar no mercado brasileiro fornecedores de ar condicionado, como a Carrier, que é líder mundial na fabricação de equipamentos de aquecimento, ventilação, condicionamento de ar e sistemas de refrigeração, porém, não foi possível estimar custo devido não termos referências de todos os produtos desta empresa. De acordo com Furukawa (2013) levantamentos feitos para a empresa em questão chegou-se a conclusão de que se gastaria aproximadamente R$1.000.000,00 para adequar a sala com um sistema de ar condicionado a altura, onde pelo menos R$70.000,00 seria dedicado para controle e automação. 26 7. CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos temas como software, hardware, sensores e microprocessadores onde, diante dos resultados apresentados, é possível verificar que o desenvolvimento da placa Arduíno foi eficaz para este sistema. Hoje, este é utilizado amplamente em desenvolvimentos acadêmicos por todo o mundo, tendo fácil programação e boa flexibilidade de hardware. Cumprimos grandes objetivos no que se diz respeito ao desenvolvimento e aplicação do projeto, conhecendo e integrando demais soluções ao longo deste trabalho, sendo assim, este projeto contribuiu para a evolução da segurança e propagação de novas tecnologias, como base nos pressupostos explanados em relação ao Arduíno. Apenas lamentamos o fato de não conseguir cumprir um dos objetivos que era criar acessos diferenciados no sistema web, contendo login e senha para nível administrador e nível usuário para que possamos diferenciar os tipos de monitoramento. Tal fato não ocorreu devido nossa dificuldade de transmitir estas funções nas linhas de código e também ao tempo destinado para esta customização mesmo o Arduino sendo uma placa de fácil manipulação, sendo necessário explorar tais funções de forma mais abrangente. Portanto, é possível afirmar que este Trabalho de Conclusão de Curso contribuiu muito para que pudéssemos aplicar vários conhecimentos adquiridos ao longo do curso, onde assuntos como hardware e software fizeram parte do desenvolvimento, aprimorando assim nossos conhecimentos contribuindo para o bem da empresa e paralelamente com pesquisas relacionadas ao assunto em questão, tornando possível desenvolver soluções residenciais e empresariais mais eficazes e construtivas. . Agradecemos a empresa em que trabalhamos em nos permitir desenvolver este importante trabalho em nossa vida pessoal, aperfeiçoando competências de investigação, seleção, organização e comunicação da informação. 27 8. PROJETOS FUTUROS Acredita-se que o sistema de monitoramento de temperatura pode ter diversas utilidades, não somente para uma sala SMT, mas também para um ambiente onde a temperatura deve ser controlada e monitorada constantemente. Este sistema pode ser otimizado com a leitura de sensores ao abrir a janela, controle de acesso por RFid para aumentar a segurança do ambiente, sensor de humidade, sensor de chamas, entre outros sensores que podem agregar todo o sistema. Aliado a esse monitoramento, uma placa de GSM, denominada shield GSM (Global System for Mobile Communications), que ao entrar no sistema de alerta, dispara imediatamente uma SMS para os responsáveis da área. Além do conhecimento obtido para o desenvolvimento de um sistema de monitoramento de temperatura para sala SMT, em controlar o Arduino e os sensores, é possível colocar em prática todo esse sistema em uma automação residencial com sensores de Gás, câmeras, além de atuar diretamente nas tomadas para ligar ou apagar lâmpadas, televisão, maquina de café, dentre outras funções que o Arduino nos permite fazer. 28 9. BIBLIOGRAFIA Arduino. (s.d.). Arduino. Acesso em 19 de Novembro de 2013, disponível em http://arduino.cc/ ATMEL. (Fevereiro de 2013). ATMEL. Acesso em 24 de Novembro de 2013, disponível em ATMEL: http://www.atmel.com/Images/Atmel-8271-8-bit-AVR-MicrocontrollerATmega48A-48PA-88A-88PA-168A-168PA-328-328P_datasheet_Summary.pdf Instruments, T. (August de 1999). Texas Instruments. Acesso em 24 de November de 2013, disponível em TI: http://www.ti.com/lit/ds/symlink/lm35.pdf LABDEGARAGEM. (2013). LABDEGARAGEM. 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