Trajetórias de partículas geradas por uma onda de Stokes, Roberto Ribeiro dos Santos Junior (IMPA) O estudo das trajetórias de partículas de água, sob uma onda oceânica que propaga na superfície livre, é um problema muito antigo. Estas trajetórias, no interior do domínio do fluido, são descritas por um sistema dinâmico que depende de dados ao longo da fronteira livre. Nos primeiros estudos deste problema acreditava-se que as trajetórias eram órbitas elípticas (fechadas). Esta análise era feita a partir de uma primeira aproximação deste sistema dinâmico. Apenas recentemente Constantin (Invent. Math., 2006) provou, qualitativamente, que as trajetórias não são fechadas. Cada trajetória é descrita por um arco elíptico aberto, tendo assim um pequeno deslocamento residual (“drift”) na direção de propagação da onda. Posteriormente Constantin e Strauss (CPAM, 2010) provaram que na presença de uma correnteza contrária poderia existir uma órbita fechada. No entanto estes resultados não fornecem informação quantitativa. Diante disso Constantin (Matemática, King’s College of London) propôs uma colaboração para que, através de um modelo numérico, pudéssemos acessar de forma quantitativa propriedades deste sistema dinâmico, e no futuro explorar regimes para os quais teoremas ainda são inexistentes. Nesta apresentação faremos uma descrição panorâmica sobre os resultados de Constantin, acima descritos. Em seguida apresentaremos o método numérico que estamos desenvolvendo e com o qual já obtivemos resultados que correspondem, de forma quantitativa, à teoria de Constantin. Este trabalho está sendo orientado pelo Prof.: André Nachbin (IMPA).