CONTRIBUIÇÕES DA UNEB E DO FORUM DE
DESENVOLVIMENTO LOCAL NA ROMARIA
2010
Local: Auditório do Memorial Antonio Conselheiro
REALIZAÇÃO
IPMC– Instituto Popular Memorial de Canudos
Paróquia Santo Antonio de Canudos
Comissão da Romaria
PROGRAMAÇÃO
Dia 08/10
14:00 às 17:00 – Apresentação dos resultados das
oficinas da Dimensão Educação para a convivência
com o Semiárido e dos projetos: reformas infraestruturais da Escola do 150, e Canudos - Cidade
Cenográfica.
19:00 - Exibição do vídeo Aprovado Especial
Canudos da TV Bahia.
20:00 - Espetáculo teatral “Canudos” (Direção de
Carlos Carneiro / Supervisão de Paulo Dourado).
21:00 – Show-palestra “Retrato sonoro de Canudos”
com o musico e compositor Gereba.
Dia 09/10
9:00 às 12:00 – Reunião interna para avaliação das
ações programáticas do Projeto Canudos (Fórum de
Desenvolvimento
Municipal
Sustentável
e
Coordenadores das Dimensões).
Dia 10/10
9:00 às 12:00 – “Oficina Jogo e Relação”.
Ministrantes: Elias Lima e Ser Tão Teatro da Paraíba.
* (Inscrições realizadas até 09/10
preenchimento das 20 vagas oferecidas)
ou
até
APOIOS
 COOPERCUC (74) 3673-1428
 ÓTICA VISUAL (75) 3494 -2220
 BENDEGÓ MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (75) 3494
- 6045
 MERCADO JUNIOR RIBEIRO (75) 3494 - 2119
 MERCADINHO VARJÃO (75) 3494 -2432
 PADARIA DELLACROCCE (75) 3494- 2562
 MERCADINHO SÃO RAIMUNDO (75) 3494 -2569
 LPP - LIVRARIA E PAPELARIA PROGRESSO (75)
3494-2624
 COMERCIAL DI PINHO E LUBARINO (75) 3494 -2037
 PAX FC NACIONAL (75) 3494 -2190
 MERCEARIA ROCHA (75) 3494 -2183
 MERCADINHO SÁ – (75) 3494 -2400
 MERCEARIA GOMES (75) 3494 -2517
 PONTO DE CULTURA SERTANEJA
o
Contribuições da UNEB e do Fórum
de Desenvolvimento Municipal
Sustentável de Canudos na
23ª ROMARIA DE CANUDOS
08 a 10 de outubro de 2010
TEMA: Canudos, um exemplo de
ECONOMIA SOLIDÁRIA
LEMA: “Eles tinham tudo em Comum”
20:00 – Espetáculo “Veredas da Salvação”.
Texto: Jorge Andrade / Direção: Christina Streva /
Realização: Ser Tão Teatro da Paraíba, com o
patrocínio da Petrobras e apoio do SESC Bahia.
* (Entrada gratuita, recomendado para maiores de 16
anos)
Fórum de Desenvolvimento
Municipal Sustentável de
Canudos
(Atos do Apóstolos 2,44)
MAIORES INFORMAÇÕES:
MEMORIAL ANTONIO CONSELHEIRO
(75) 3494-2000
Canudos – Bahia
acolhidas.
Aos poucos foi surgindo uma
Economia de sobrevivência que consistia no
cultivo da terra, na criação de bode, na construção
de barracos, no cuidado com a escolaridade das
crianças.
Isso nos remete a um aspecto fundamental na
comunidade do Conselheiro: a SOLIDARIEDADE.
Canudos foi uma experiência popular, inclusiva e
participativa. Quem chegava lá recebia alguns
benefícios e ali ninguém passava fome. Canudos
foi uma sociedade solidária que se opunha a
economia capitalista. [...]. Da mesma forma que
"Canudos" foi uma resposta aquela situação, hoje
a ‘Economia Solidaria’ poderá oferecer saídas à
atual situação” (Folder da 23ª. Romaria de
Canudos).
ROMARIA DE CANUDOS
“A Romaria de Canudos é um marco na História / é um importante
resgate de nossa Saudosa Memória, todos os anos acontecem / pois
Canudos merece Reviver essa Historia”
Zé Poeta, Poeta Popular - Monte Santo, BA
Anualmente organizada pela Igreja Católica e pelo
Instituto Popular Memorial de Canudos (IPMC), a
Romaria de Canudos está em sua 23ª edição. Este
ano, as atividades estão pautadas em uma temática
que articula a Economia Solidária à Experiência
Cristã, intitulada: “Canudos, um exemplo de
ECONOMIA SOLIDÁRIA”, com lema: “Eles tinham
tudo em Comum” (Atos do Apóstolos 2,44).
“É com este olhar que a Romaria de Canudos
de 2010, em continuação a Campanha da
Fraternidade, quer refletir o tema da ECONOMIA
SOLIDÁRIA, tão vivenciada na comunidade do
Conselheiro. É dentro desta realidade que
encontramos no arraial do Bom Jesus, um
exemplo de viabilidade, de sobrevivência
alternativa, quando em 1893 iniciava-se a
Comunidade de Belo Monte.
O êxito foi tão grande que os responsáveis
desta cidade não se preocuparam apenas em
organizar o ambiente, mas a subsistência das
famílias que iam chegando e precisavam ser
A UNEB FAZENDO PARTE DESTA
HISTÓRIA
Fiel ao seu compromisso social, a Universidade do
Estado da Bahia – UNEB aportou capital intelectual,
recursos e dedicação no intuito salvaguardar, com
sistematicidade técnica e determinação política, a
Memória e as marcas da Guerra de Canudos. Para
isto, desde 1986, empreende, em múltiplas frentes, o
resgate e a reconstituição de elementos físicos e
simbólicos desta epopéia nacional: palmilhando os
sertões do estado, assumindo o Parque Estadual de
Canudos, instituindo o Memorial Antonio Conselheiro,
realizando pesquisas arqueológicas e editando a
Cartilha Histórica de Canudos, entre outras
publicações.
Além destas ações, em 2007, a UNEB aprova junto
a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da
Bahia (FAPESB) o Projeto Canudos, que consiste na
realização de estudos sobre a sustentabilidade e
convivência no semi-árido, com a validação de
metodologia de planejamento e desenvolvimento
local. Esta iniciativa, realizada em parceria com a
Universidade Federal da Bahia – UFBA, Universidade
Federal de São Carlos – UFSCar, Universidade
Federal do Recôncavo Baiano – UFRB, Secretaria de
Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza –
SEDES e Secretaria de Meio Ambiente – SEMA, tem
por objetivo contribuir para o desenvolvimento da
região, vinculando a investigação de aspectos de
diversas dimensões que compõem as realidades do
semi-árido à proposição de soluções inovadoras que
possam reforçar e aperfeiçoar a infra-estrutura sócioeconômica local e seu sistema produtivo, além da
preservação do patrimônio ecológico, histórico e
cultural.
Dentre os resultados do Projeto, destaca-se a
elaboração do Plano de Desenvolvimento Municipal
Sustentável de Canudos, produzido com a
participação de atores sociais locais que elegeram,
para o seu gerenciamento, o Fórum de
Desenvolvimento Municipal Sustentável (FDMS),
composto de 43 entidades da Sociedade Civil.
Em diversas ações da UNEB em Canudos são
estabelecidas parcerias com entes públicos, privados
e do terceiro setor, em particular os segmentos
artísticos, acadêmicos e comunitários, para a
realização de palestras, encontros e eventos símiles,
orientação de visitas e apresentações, inclusive na
promoção de semanas culturais alinhadas as datas
celebrativas e eventos canudenses.
Do apoio a acontecimentos regionais, destaca-se a
Romaria de Canudos. A participação da UNEB e do
Fórum de Desenvolvimento Municipal Sustentável de
Canudos, neste importante evento, dada sua natureza
peculiar,
ultrapassa
o
conceito
celebrativo,
correspondendo a uma estratégia de mobilização e
conscientização através da arte e da participação, sob
a égide do resgate dos fatos históricos e sua
reinterpretação na cena contemporânea, quando
reunimos pesquisadores, estudiosos e o público
interessado no debate e aprofundamento de questões
locais.
TEMAS DAS ROMARIAS
PROGRAMAÇÃO ‐ ROMARIA 2010 1ª ROMARIA: 1988
Tema: Povo que reza resiste.
2ª ROMARIA: 1989
Tema: A Lei nasce do povo e de suas organizações.
3ª ROMARIA: 1990
Tema: O povo organizado descobre jeito de conviver com a seca e
a falta de terra.
4ª ROMARIA: 1991
Tema: Canudos, uma nova sociedade nasceu da fé e da
organização do povo.
5ª ROMARIA: 1992
Tema: Canudos, a cultura sertaneja encontra chão.
6ª ROMARIA: 1993
Tema: 100 Anos de Canudos
7ª ROMARIA: 1994
Tema: Sertanejo conquista sua água.
8ª ROMARIA: 1995
Tema: Canudos, esperança dos excluídos.
9ª ROMARIA: 1996
Tema: Canudos. Só Deus é grande
10ª ROMARIA: 1997
Tema: Canudos. 100 anos do Massacre no sertão.
Lema: Sangue derramado, terra fecundada.
11ª ROMARIA: 1998
Tema: Canudos vivo, cresce a esperança no sertão.
12ª ROMARIA: 1999
Tema: Água e comida para viver.
13ª ROMARIA: 2000
Tema: 2005-2011: Outra seca no sertão.
14ª ROMARIA: 2001
Tema: Cuidar da terra e da água é cuidar a vida.
15ª ROMARIA: 2002
Tema: O povo sertanejo organizado é forte.
16ª ROMARIA: 2003
Tema: Cuidar da terra é garantir a vida.
17ª ROMARIA: 2004
Tema: Água, vida e meio ambiente.
18ª ROMARIA: 2005
Tema: Canudos renasce,noutro tempo,noutro chão.
19ª ROMARIA: 2006
Tema: Canudos; Velho Chico e o Vaza-Barris, uma luta pela vida.
20ª ROMARIA: 2007
Tema: Canudos: Memória e Missão
21ª ROMARIA: 2008
Tema: Canudos, uma Democracia Orgânica e Participativa.
Lema: Povo Livre, Poder Compartilhado.
22ª ROMARIA: 2009
Tema: Canudos, Justiça e Qualidade de Vida.
23ª ROMARIA: 2010
Tema: Canudos, um exemplo de Economia Solidária
Lema: .Eles tinham tudo em Comum (At, 2,44)
Dia 08/10 – Atividades da UNEB Dia 09/10 –15 horas Desfile histórico/Colégio COMAF 19 horas – Celebração de abertura ‐ Debate e noite cultural. Dia 10/10 – 04:30 h. Alvorada IPMC–Instituto P. Memorial de Canudos Paróquia Santo Antonio de Canudos Comissão da Romaria Canudos – Bahia (75) 3494‐2194/2587/ 8, 9 e 10 de outubro de 2010
‐ 05 horas início da caminhada. ‐ 10 h. Missa e Encerramento. APOIOS ¾ COOPERCUC (74) 3673-1428
¾ ÓTICA VISUAL (75) 3494 2220
¾ BENDEGÓ MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO (75)
3494 - 6045
¾ MERCADO JUNIOR RIBEIRO
(75) 3494 2119
¾ MERCADINHO VARJÃO (75) 3494 2432
¾ PADARIA DELLACROCCE
(75) 3494 2562
¾ MERCADINHO SÃO RAIMUNDO
(75) 3494 2569
¾ LPP - LIVRARIA E PAPELARIA PROGRESSO (75)
3494-2624
¾ COMERCIAL DI PINHO E LUBARINO
(75) 3494
2037
¾ PAX FC NACIONAL (75) 3494 2190
¾ MERCEARIA ROCHA (75) 3494 2183
¾ MERCADINHO SÁ – (75) 3494 2400
¾ MERCEARIA GOMES (75) 3494 2517
¾ PONTO DE CULTURA SERTANEJA
23ª ROMARIA DE CANUDOS 08 a 10 de outubro de 2010 TEMA: Canudos, um exemplo de ECONOMIA SOLIDÁRIA LEMA: “Eles tinham tudo em Comum” (Atos do Apóstolos 2,44)
“A Romaria de Canudos é um marco na História / é um
importante resgate de nossa Saudosa Memória, todos os anos
acontecem / pois Canudos merece Reviver essa Historia”
benefícios e ali ninguém passava fome. Canudos foi
uma sociedade solidária que se opunha a economia
capitalista. Uma pratica comum era o mutirão.
Acredita-se que ali ninguém passava fome. O arraial
Zé Poeta, Poeta Popular - Monte Santo-BA possuía uma organização econômica capaz de
alimentar todos seus habitantes, mesmo frugalmente.
Da mesma forma que "Canudos" foi uma resposta
A Comunidade Belo Monte aquela situação, hoje a "Economia Solidaria" poderá
oferecer saídas à atual situação.
A situação do Nordeste, no final do século 19 era
muito difícil. Havia muita fome, seca, miséria, violência
PARA REFLETIR:
e abandono político. Famílias ricas e altamente
1. - Qual a diferença de uma Economia
poderosas tinham grandes posses de terra, que
Solidaria e de uma Economia Capitalista?
disputavam e assumiam o poder político da época.
Tinham um objetivo comum que era de assegurar e
expandir suas propriedades, tendo como base uma
2 - Da comunidade do Belo Monte, que
economia capitalista, que dominava e escravizava
aspectos podemos assumir em nossa
uma população de sertanejos/as excluídos/as, sem
comunidade ?
referências e sem apoio - na sua maioria eram índios
e negros – que perderam ou jamais possuíram alguma
Experiência Cristã terra. Praticamente isolados dos grandes centros
Conforme o texto Bíblico em Atos dos Apóstolos 2, 42urbanos, sem direito à educação, saúde, liberdade,
47, vemos que as primeiras comunidades conseguiam
encontraram esperança na religião, através da fé e
vivenciar o ideal cristão. Foi deste texto que a
dos ensinamentos do BOM JESUS.
Romaria tirou o lema deste ano. Ele é, junto com a
história de Canudos, fonte inspiradora para a
É com este olhar que a Romaria de Canudos de 2010,
construção de um futuro novo.
em continuação da Campanha da Fraternidade, quer
refletir o tema da ECONOMIA SOLIDÁRIA, tão
vivenciada na comunidade do Conselheiro. É dentro
desta realidade que encontramos no arraial do Bom
Jesus, um exemplo de viabilidade de sobrevivência
alternativa, quando em 1893 iniciava-se a
Comunidade de Belo Monte. O êxito foi grande que os
responsáveis desta cidade não se preocuparam
apenas em organizar o ambiente, mas a subsistências
das famílias que iam chegando e precisavam ser
acolhidas. Aos poucos foi surgindo uma Economia de
sobrevivência que consistia no cultivo da terra, na
criação de bode, na construção de barracos, no
cuidado com a escolaridade das crianças.
Isso nos remete a um aspecto fundamental na
comunidade do Conselheiro: a SOLIDARIEDADE.
Canudos foi uma experiência popular, inclusiva e
participativa. Quem chegava lá recebia alguns
PARA REFLETIR:
1. Em que consistia o ideal de convivência
social dos primeiros cristãos?
2. Qual a diferença das lideranças da época
de Antonio Conselheiro, das primeiras
comunidades cristãs e as lideranças de hoje?
Experiência de Economia Solidaria no semiárido brasileiro. A
COOPERCUC - Cooperativa Agropecuária
Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá, com sede no
Município de uauá/BA, nasceu com a missão de
contribuir com o fortalecimento da agricultura familiar
visando
à
produção
ecologicamente
viável
socialmente justa e solidaria para garantir a melhoria
das condições de vida dos agricultores/as. Através de
uma administração e gestão cooperativista em torno
da organização e comercialização da produção
orgânica, com base no contexto da proposta de
convivência com o semi-árido, incentiva diversas
dimensões do desenvolvimento sustentável, através
do cultivo e beneficiamento das frutas nativas do
Bioma caatinga, principalmente o umbu e o maracujá.
Hoje a cooperativa dispõe de uma infra-estrutura de
16 unidades de beneficiamento de frutas distribuídas
nas Comunidades rurais dos três Municípios, e uma
fabrica central que garante o processamento de frutas
na transformação em doces, geléias, polpas compotas
e sucos. Esta produção atende diferentes tipos de
mercado, como por exemplo, a merenda escolar
através do PAA- Programa de Aquisição de Alimento,
mercado nacional e internacional (França, Áustria e
Itália)
A cooperativa surgiu dentro dos princípios da
ECONOMIA SOLIDÁRIA e do comercio justo, através
da experiência dos agricultores/as cooperados/as.
Adotam práticas de produção sustentável com o meio
ambiente, utilizando recursos naturais a partir do
extrativismo do umbu e do maracujá da caatinga de
forma segura sem comprometer o ciclo de produção
das plantas símbolo de resistência desta região. A
cooperativa também desenvolve programas de
replantio e melhoria de variedades de umbu nas
propriedades em áreas coletivas de Fundos de Pasto.
PARA REFLETIR:
1- O que o Poder Público poderia fazer para
viabilizar os projetos do povo e melhorar as
suas condições de vida?
2 – Que outros exemplos estão dando certo
na nossa região para melhorar a vida dos
moradores organizando uma Economia
Solidaria?
“Zele o umbuzeiro, pois plantas novas não tem
mais, as que ai existem já tem cem anos ou mais e
só quem os viu nascer foram os nossos
ancestrais” Jailson Torquato
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