VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal 30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013 Florianópolis - Santa Catarina - Brasil POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A ATENÇÃO À SAÚDE DA CRIANÇA COM ÊNFASE NA NEONATOLOGIA: UMA BREVE RECONSTITUIÇÃO HISTÓRICA Luana Cláudia dos Passos AiresI Evanguelia Kotzias Atherino dos SantosII Introdução: As elevadas taxas de mortalidade infantil, associadas à queda da natalidade acarretaram em preocupações políticas quanto à sobrevida desta população. Objetivo: Identificar as políticas públicas brasileiras para a atenção à saúde da criança com ênfase na neonatologia. Método: Pesquisa histórica documental de abordagem qualitativa, com base nos documentos oficiais nacionais sobre o tema. Os dados foram obtidos através de dados eletrônicas do Ministério da Saúde (MS), legislações e portarias nacionais. Para a análise dos dados foi utilizado Bardin. Resultados: A organização das políticas públicas na assistência à saúde materno-infantil inicia-se no Brasil na década de 70, com o Programa de Saúde Materno-Infantil (PSMI), que oferecia acompanhamento do pré-natal, o controle dos partos domiciliares, do puerpério e ações de promoção de saúde da criança. A constituição de 1988 garante direitos relacionados à proteção à maternidade e à infância. Em 1990 o recém-nascido passa a integrar as políticas públicas através do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No mesmo ano o MS brasileiro lança a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), idealizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância I Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo programa de Pós Graduação – PEN/UFSC. Integrante do Grupo de Pesquisa em Enfermagem na Saúde da Mulher e do Recém-nascido (GRUPESMUR). [email protected] II Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Docente Associada III da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Líder do Grupo de Pesquisa em Enfermagem na Saúde da Mulher e do Recém-Nascido (GRUPESMUR) do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PEN/UFSC). [email protected] (UNICEF), propondo boas práticas para assistência do neonato. Em 1991, o Programa de Assistência à Saúde Perinatal (PROASP) visa garantir a assistência perinatal de forma hierarquizada e regionalizada, melhorando a assistência ao parto e ao recém-nascido, promovendo o alojamento conjunto, tornando-se este obrigatório em todo território nacional a partir de 1993. Em 2000 é instituído o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), com o objetivo reduzir as taxas de morbimortalidade materna, perinatal e neonatal. No mesmo ano, a partir dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), são estabelecidas oito metas para a melhoria das condições de vida da população mundial até o ano de 2015, sendo que a quarta visa reduzir a mortalidade de crianças menores de cinco anos. Em julho de 2000 é lançada a política Atenção Humanizada ao RecémNascido de Baixo Peso – Método Canguru, conferindo uma mudança de paradigma na assistência ao neonato. Em 2006 o Pacto pela Saúde, estabelece prioridades para a redução da mortalidade materna, neonatal e infantil. Neste mesmo ano a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes (NBCAL), determina diretrizes para a comercialização de bicos, chupetas e mamadeiras, conferindo proteção ao aleitamento materno. Em 2011 é criada pelo MS a Rede Cegonha, que dentre várias ações visa garantir atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro, ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Em 2012 a portaria 930 estabelece novas diretrizes e objetivos para a organização da atenção integral ao recém-nascido grave ou potencialmente grave e os critérios de classificação e habilitação de leitos de Unidade Neonatal no âmbito do SUS. Conclusão: A neonatologia é uma especialidade relativamente nova, que ainda necessita de maiores investimentos políticos. Considerando o aumento da demanda na assistência neonatal, como o crescente número de nascimentos prematuros, é preciso concentrar esforços para determinar ações de boas práticas no atendimento ao neonato. Descritores: Políticas públicas de saúde; Programas nacionais de saúde; Recém-nascido; Neonatologia; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.