FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS LIMA A Importância da gestão estratégica para a competitividade: Estudo de caso em uma pequena empresa de colchões. São Paulo 2010 FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE ANDRÉ LUIZ DOS SANTOS LIMA A Importância da gestão estratégica para a competitividade: Estudo de caso em uma pequena empresa de colchões. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, sob a orientação da Prof. Afonso Henriques Neto como requisito para a obtenção do diploma de Graduação no curso Tecnologia em Produção de Plásticos. São Paulo 2010 LIMA, André Luiz dos Santos A Importância da gestão estratégica para a competitividade: Estudo de caso em uma pequena empresa de colchões / André Luiz dos Santos Lima – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2010 83 p. Orientador: Prof. Afonso Henriques Neto Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdade de Tecnologia da Zona Leste 1. Estratégia. 2. Planejamento estratégico. 3. Competitividade. 5. Pequena empresa Administração estratégica. 4. FACULDADE DE TECNOLOGIA DA ZONA LESTE LIMA, André, Luiz, dos Santos. A Importância da gestão estratégica para a competitividade: Estudo de caso em uma empresa de colchões Monografia apresentada no curso de Tecnologia em Produção de Plásticos na Faculdade de Tecnologia da Zona Leste como requerido parcial para obter o título de Tecnólogo em Produção de Plástico. Sob a orientação do prof. Afonso Henriques Neto. Aprovado em: Banca Examinadora Prof. __Karina Turri__Instituição: Universidade de Mogi das Cruzes. Julgamento: ________________Assinatura: ______________ Prof. Engº Afonso Henriques Neto Instituição: Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Julgamento: _________________Assinatura: ______________ Prof. José Luis Moino de Sousa Instituição: Faculdade de Tecnologia da Zona Leste. Julgamento: ________________Assinatura: ______________ São Paulo, 07 de Junho de 2010. Aos meus pais e aos meus amigos, “Companheiros de todas as horas.” AGRADECIMENTOS Ao Professor Afonso Henriques Neto, braço amigo de todas as horas. Por me ajudar no desenvolvimento deste projeto. Aos meus pais, por todos os seus exemplos de vida e dedicação e por nunca medirem esforços para que conseguisse meu caminho para a realização deste trabalho acadêmico. Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta jornada. A turma de formandos de Tecnologia em Produção de Plástico 1° semestre 2010 e todos aqueles companheiros que fizeram parte desta equipe, que considero como parte de minha família. Aos professores da Fatec Zona Leste por suas contribuições e aprimoramento da minha capacitação profissional. A biblioteca da Fatec Zona Leste de onde obtive os livros e um ótimo atendimento. A empresa Inter Coil por colaborar com o estudo de caso e todos os colaboradores da empresa que me forneceram base para a estrutura deste projeto. “O estudo em geral, a busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido ficar crianças toda a vida”. Albert Einstein. RESUMO LIMA, André Luiz dos Santos. A Importância da gestão estratégica para a competitividade: Estudo de Caso de uma pequena empresa de colchões. 83 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso- Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, São Paulo, 2010. A importância da gestão estratégica se faz necessária para as empresas se prepararem para o mercado competitivo, principalmente as empresas de pequeno porte. Para tal função a implantação de estratégias, planejamento e administração estratégica fazem-se necessárias para atingir em metas e manutenção das forças competitivas. O presente trabalho visa estudar essa metodologia, reunindo informações sobre o assunto e descrevendo os principais conceitos relacionados e aplicações da consultoria contratada pela empresa em questão. Permitindo uma posição mais flexível e apropriada para lidar com as incertezas e o novo, tornando-a mais robusta no seu posicionamento de nicho de mercado. O problema deste trabalho é saber onde agir e como utilizar os recursos para a obtenção de lucro? Para esta situação a metodologia utilizada, foi à busca de pesquisas literárias sobre o assunto e de dados quantitativos obtidos com a ajuda da empresa do estudo de caso para tentar atingir uma maior validade dos dados. Esses dados trouxeram maior embasamento ao planejamento estratégico e as estratégias empresariais e que resultaram na atual administração estratégica. Essa administração é feita pela consultoria e os resultados alcançados foram maior participação ao nicho de mercado escolhido, aumento da lucratividade, aumento do valor agregado ao produto e parceria com os compradores. Palavras Chave: Estratégia; Planejamento estratégico; Administração estratégica, Competitividade; Pequena empresa ABSTRACT LIMA, André Luiz dos Santos. The Importance of strategic management for competitiveness: A Case Study of small firm mattresses. 83 leaves. Completion of course work-College of Technology Zona Leste, São Paulo, 2010. The importance of strategic management is necessary for companies to prepare for the competitive market, especially small businesses. For such a function for implementing strategies, planning and strategic management are necessary to achieve the goals and maintaining competitive forces. The present work aims to study this methodology, gathering information on the subject and describing the main concepts and applications related consultancy hired by the company. Allowing a more flexible and appropriate to deal with the uncertainties and new, making it more robust in its niche positioning. The problem with this job is knowing where to act and how to use the resources for making a profit? For this situation the qualitative methodology was used with the search for literary research on the subject and quantitative data obtained with the help of business case study to try to achieve greater validity of qualitative data. These data have brought a better foundation for strategic planning and business strategies and resulted in the current strategic management. This administration is done by consultants and the results were more involved in your chosen market niche, increased profitability, increased value to the product and partnership with buyers Keywords: Strategy; Strategic Competitiveness; Small Business. Planning; Strategic Management; Sumário 1. INTRODUÇÃO...............................................................................................15 2. A EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA...............................................18 3. PLANEJAMENTO .........................................................................................20 3.1 Planejamento dos Recursos Estratégicos...................................................20 3.2 Planejamento Estratégico............................................................................21 3.3 Planejamento Estratégico para uma Pequena empresa.............................23 3.4 Planejamento estratégicos do preço............................................................24 3.5 Planejamento estratégico para o capital de giro..........................................25 4. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL......................................................................27 4.1 Estratégia de Liderança de Custos..............................................................28 4.2 Estratégia de Diferenciação.........................................................................29 4,3 Estratégia de Enfoque.................................................................................29 4.4 Estratégia de Marketing...............................................................................30 4.5 Estratégia Direcionada a Compradores e Fornecedores.............................31 4,6 Estratégia de Carteira..................................................................................33 4.7 Estratégia para Determinação do Preço......................................................34 5. DO PLANEJAMENTO A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA.......................37 5.1 Processos de Administração Estratégica....................................................38 5.2 Tipos de Administradores............................................................................39 5.3 Administradores nas Organizações.............................................................41 5.4 Administração para a Competitividade........................................................43 5.5 Administração da Produção/operações.......................................................45 5.6 Administração de Materiais..........................................................................47 5.7 Tecnologia na Administração de Empresas................................................50 5.8 Controladoria...............................................................................................51 5.9 Controladoria Estratégica............................................................................54 6. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE CASO............................................57 6.1 Etapas do Planejamento Estratégico...........................................................58 6.2 Caracterização da Empresa........................................................................59 6.3 Formação do Patrimônio..............................................................................63 6.4 Estratégia adotada para a empresa.............................................................64 6.5 A Aplicabilidade de Outras Estratégias.......................................................65 6.6 Controladoria e Controladoria Estratégica da Empresa..............................71 6.7 A Administração Estratégica........................................................................73 6.8 Planejamento Estratégico e dos Recursos Estratégicos.............................74 6.9 A administração Estratégica para a Competitividade..................................77 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................80 8. REFERÊNCIAS.............................................................................................81 Listas de Ilustrações Quadro 1- Exemplos de Problemas Funcionais na Empresa............................25 Foto 1- Colchão D 28- ABNT……......................................................................61 Foto 2- Colchão D 33- Pillow Top......................................................................61 Foto 3- Colchão D 45- ABNT……......................................................................61 Foto 4- Colchão de Linha Intermediária…….....................................................62 Foto 5- Colchão de linha Firme……..................................................................62 Foto 6- Colchão de Linha Plush.........................................................................63 Organograma 1- Relação entre Departamentos................................................72 Gráfico 1- Volume de Vendas x Tempo.............................................................76 Gráfico 2-Vendas de Produto............................................................................77 Listas de Tabelas Tabela 1- Aplicação de uma curva ABC a uma indústria de Transformação de Plásticos.............................................................................................................49 Listas de Figuras Figura 1- Estratégias Competitivas Genéricas..................................................30 Figura 2- Componentes do Vetor de Crescimento ...........................................34 Figura 3- Administração Tradicional e Administração Estratégica....................47 Figura 4- As Cinco Forças Competitivas ..........................................................66 Figura 5- O Processo de Administração Estratégica ........................................74 Listas de Siglas Associação Brasileira de Normas Técnicas................................................ ABNT Computer -aided Designer.............................................................................CAD Computer-aided manufacturing………………………………………………….CAM Enterprise Reseouce Planning.......................................................................ERP Material Requirement Planning......................................................................MPR Pesquisa e Desenvolvimento………………………………………………......P & D TQM.............................................................................Total Quality Management 15 1. INTRODUÇÃO A escolha sobre gestão estratégica foi devido às necessidades das empresas em se prepararem para o mercado competitivo. A importância da administração estratégica e do planejamento estratégico para a competitividade é tema para todas as empresas existentes nos dias atuais sejam elas de pequeno, médio, ou grande porte. As mudanças oriundas do ambiente externo são extraordinárias a todo o momento, e as empresas para se adequarem a estas procuram utilizar de estratégias, planejamento e gestão estratégica para obter uma vantagem competitiva sobre os seus concorrentes. Para Porter (1986), define que o objetivo da organização ao praticar uma estratégia é encontrar uma posição no mercado, de forma que a companhia possa se defender das forças competitivas e influenciá-las ao seu favor. Estratégias estas que serão abordadas por diferentes companhias de vários segmentos de mercado segundo concepção de vários outros autores para servirem de auxílio às mesmas. Segundo entendedores do assunto como: Almeida (2003); Ansoff e Mcdonnell (1993); Zaccarelli (2004); Kaplan e Norton (2004) entre outros, abordam os tipos de planejamento existentes em âmbito empresarial, o planejamento estratégico é aquele que trata das questões de longo prazo da empresa. O mesmo nasceu numa época que os recursos eram disponíveis em comparação aos dias atuais, recurso estes que a cada dia diminuem para os gestores, principalmente aos da empresa de pequeno porte que é argumentado por Santos (2001). A delimitação para a empresa de pequeno porte, parte da dificuldade que estas se encontram devido à falta de administração das questões estratégicas e se prepararem para o futuro em relação às forças competitivas. Santos (2001) afirma que as pequenas empresas sofrem com os problemas básicos como a administração de capital de giro, controladoria, contas a receber e fluxo de caixa, sem contar o fator dono de empresa em pequenas 16 empresas ou acionistas nas de grande porte que requerem um maior retorno sobre o capital investido. A administração estratégica e gerenciamento estratégico se referem à alta administração da empresa. Tanto a elaboração de planos e objetivos a serem cumpridos a curto, médio e longo prazo e suas etapas. Conforme Batemam e Snell (1998), para sobreviver é preciso manter uma vantagem competitiva sobre os concorrentes e a elaboração de um bom planejamento por parte da alta administração se faz necessária. Após escolhida a estratégia ao qual a organização irá utilizar caberá a alta administração oferecer os recursos necessários para o desenvolvimento ou transformações de matéria-prima em produto acabado, agregando valor para manter a lucratividade do negócio. Para Valeriano (2001) após a etapa de desenvolvimento de planos, estratégias da alta administração devem ser levadas aos membros menores da administração no caso encarregados de produção e gerente para a execução e delegação de tarefas a fim de conseguir os retornos satisfatórios planejados. O objetivo é compreender as necessidades da empresa para a gestão estratégica, contribuir para um maior entendimento das práticas gerenciais utilizadas pela consultoria. O problema desse trabalho é saber onde agir e como utilizar os recursos para a obtenção de lucro? As hipóteses a serem consideradas foram: planejamento estratégico, administração estratégica, mudança de cultura organizacional, e estratégias de redução de custo e aonde alocar esses recursos para a obtenção de lucro. A metodologia utilizada foi à busca de uma pesquisa bibliográfica sobre o assunto e de dados quantitativos do assunto abordado e obtidos com ajuda da empresa do estudo de caso para tentar atingir uma maior validade dos dados. Na parte inicial desse trabalho mostrou-se um resumo histórico da gestão estratégica. Nos capítulos seguintes trata-se de planejamento estratégico que é conhecido e utilizado nos dias de hoje devido a contribuição dos inúmeros precursores que foram desenvolvendo e divulgando suas descobertas,estudos e práticas. Fato este que justifica a prática de planejamento na maioria das organizações, seja de pequeno, médio, ou grande 17 porte. Os métodos de planejamento estratégico foram sendo melhorados através dos tempos por estudiosos de administração estratégica e as estratégias empresariais foram sendo adaptadas a ambientes turbulentos e competitivos. Trazendo resultados significativos como aumento da competitividade, e formando a missão e objetivos dessas empresas. Na parte final do trabalho foram demonstradas as aplicações do planejamento estratégico, as mudanças das estratégias empresariais nesse decorrer de tempo e a administração estratégica que foi implantada por esta empresa de pequeno porte do setor moveleiro de colchões através de uma contratação de uma consultoria. Os resultados obtidos através da consultoria desde a sua contratação em 2008 são claros e visto pelos donos que até o presente momento, permitem que o consultor atue com o cargo de diretor geral da empresa e este trouxe maior participação da empresa ao nicho de mercado escolhido, aumento da lucratividade, aumento do valor agregado aos produtos e parceria com os compradores. 18 2. A EVOLUÇÃO DA GESTÃO ESTRATÉGICA A origem de estratégia e planejamento estratégico vem desde as mais antigas civilizações. Citando-se os domínios de alguns governantes, cleros e membros de outras sociedades, tendo a necessidade de prever o que fazer com seus recursos ao longo prazo. Mesmo depois de séculos, milênios de evolução, a administração estratégica e a formulação de seu planejamento só surgiram de forma primordial a partir dos anos 50. Para Batemam e Snell (1998), o planejamento estratégico dos anos 60 até os 80 enfatizaram em fazer uma abordagem de cima para baixo para o estabelecimento de objetivos e planejamento, isto é os principais executivos desenvolveram planos e objetivos para a organização inteira. Os autores relatam que uma série de técnicas e análises de consultorias que foram feitas por estas servirem de base para muitas empresas de forma errada e conduzida de forma simplista por administradores de tais organizações. Ansoff e Mcdonnell (1993), diz que a primeira etapa era identificar em que área a empresa atuava procurando seus pontos fortes e fracos e dar atenção às atividades da empresa. Conforme afirmam os autores davam-se prioridade a carteira tradicional de negócios e suas perspectivas, já na década de 60 as coisas não eram tão claras, variando-se de excedentes para declinantes. Para Mintzberg e Ahlstrand (2000), na década de 70 o planejamento estratégico surgiu de fórmulas simplistas de difícil utilização e, na década seguinte sofreu um declínio sendo deixado para segundo plano. Porter (2002) relata que nos anos 90 a gestão estratégica era feita de respostas flexíveis e rápidas, pois os desafios surgem com rapidez e mudanças contínuas levavam a empresas a adotarem estratégias genéricas que falhavam uma após a outra. Hitt, Ireland e Hoskissom (2005), no século 21, a evolução da gestão segue para a economia globalizada, as empresas não tem mais fronteiras vendem de tudo, principalmente as grandes empresas desde alimentos, 19 automotivos, eletrônicos, o que demonstra a necessidade das questões estratégicas. Da mesma forma, Wright, Kroll e Parnell (2000), descrevem que a administração estratégica será feita por um executivo ideal que será um líder, não um mero administrador, este terá que ser o participante das equipes e o analista da perspectiva global. Para Zaccarelli (2004), é difícil achar uma definição para estratégia, pois é um termo amplo e impede a definição em uma só frase. O autor prefere referir-se como o bom ou mau estrategista, o que leva a entender que o poder das decisões parte ações da alta administração da empresa. 20 3. PLANEJAMENTO Nesta parte serão mostrados os aspectos do planejamento estratégico, conceitos, teorias e práticas nos âmbitos industriais e para tal questão serão abordados temas de diversos autores do assunto, como Batemam e Snell (1998); Firschmann e Almeida (1991); Santos (2001); Ferreira (2007) entre outros que escreve sobre o assunto de tal relevância para muitas empresas. Conforme Batemam e Snell (1998), o planejamento é um processo para a tomada de decisão. Os planejadores iniciam seu trabalho com uma análise da situação ao qual se encontra a organização, nesta primeira parte estes colhem, interpretam e procura saber qual será o foco. Os autores mencionam que após essa primeira parte devem ser escolhidos os objetivos e planos para esse alvo. Os objetivos devem ser desafiadores e realísticos e os planos serão as ações que os administradores seguiram para conseguir esses objetivos. Após essa avaliação o tomador de decisão irá conduzir os melhores objetivos e planos e procurar a melhor forma de agir. Longenecker, Moore e Petty (1997), descrevem a necessidade de um planejamento de negócios como a primeira ação de um empreendedor, seja ela de forma curta ou duradoura. Este planejamento é uma forma mental e deve ir além do pensamento, para que possam ser passa das ao papel os aspectos quantitativos de forma clara. Os autores mostram que o planejamento deve atingir internamente a administração e também o público externo. O planejamento deve ser escrito para que a análise seja feito de jeito rápido e organizado, pois as mudanças do ambiente são freqüentes. 3.1 Planejamento dos Recursos Estratégicos Conforme Ansoff e Mcdonnell (1993), o planejamento dos recursos estratégicos nasceu num tempo em que estes eram ilimitados, o gerente, o administrador e o tesoureiro não teriam dificuldades em atendê-las Mas segundo os autores nos dias atuais a limitação dos recursos naturais, crise do petróleo e o custo do capital que superou o retorno possível de se obter. 21 Segundo Wright, Kroll e Parnell (2000), para a obtenção do aumento do capital propõem-se as escolhas proativas das empresas. Os recursos únicos da empresa sustentam a vantagem competitiva. Os autores esclarecem que esses recursos são os bens tangíveis e intangíveis como capitais, empregados, conhecimento e informação. De acordo com Hitt, Ireland e Hoskisson (2005), a aplicação dos recursos estratégicos deve trazer retornos acima da média, para isso oferece dois modelos. O primeiro é a organização industrial, parte da premissa que a empresa recebe influência do ambiente externo e o segundo parte do ambiente interno afirma-se com o passar do tempo à empresa adquire capacidades únicas e estas asseguraram uma vantagem competitiva. Para Zaccarelli (2004), esta vantagem competitiva será eficaz se conseguir custos internos baixos e preços de venda normais desta forma o papel dos fornecedores é primordial para a redução dos custos. Da mesma maneira Wright, Kroll e Parnell (2000) concordam com a redução e afirma que as pequenas empresas podem competir com as de grande porte por unidade de produção, seja por utilizar tecnologias modernas, instalações em locais estratégicos ou por adquirir capacidades únicas no material ou até mesmo trocar um material que era feito de material metálico por um de plástico este último além de reduzir custos trará diferenciação do produto. 3.2 Planejamento Estratégico Para Almeida (2003), o planejamento estratégico é uma atividade que, através do ambiente de uma organização, cria a consciência de suas oportunidades e ameaças para o cumprimento de sua missão e estabelece o propósito de direção que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos. Nessa mesma linha de pensamento, Oliveira (2004), reconhece que a sua finalidade é estabelecer quais serão os caminhos, os cursos, os programas de ação que devem ser seguidos para alcançar os objetivos ou resultados pela empresa. Da mesma forma Wright, Kroll e Parnell (2000), preconizam que ela refere-se aos planos da alta administração para 22 alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização. Hitt, Ireland e Hoskisson (2005), afirmam que uma gestão extrapolada dos recursos é substituída por um planejamento estratégico baseado que poderão ocorrer turbulências, e como a instituição enfrentará esses distúrbios. Segundo os autores devera ser feito uma análise do ambiente interno e externo da empresa e alavancar recursos necessários para os resultados esperados e trazer retornos monetários aos acionistas. Na mesma linha de pensamento Ansoff e Mcdonnell (1993), afirmam que a competitividade e o retorno do acionista parte da alta administração e deve delegar para as partes envolvidas com o processo e acompanhamento destas. Para pequenas empresas que possuem recursos limitados de assessoria e os administradores são principais responsáveis pelas decisões e pouco se sobra tempo para tais funções. Mas o mercado não espera e muda a todo instante, os autores sugerem reuniões periódicas, seja meio dia, uma hora por semana para analisar o posicionamento a ser adotado. Conforme Zaccarelli (2004), a essência positiva do planejamento estratégico depende de quatro fatores: ameaças, oportunidades, pontos fracos e pontos fortes. Segundo o autor os dois primeiros agem conjuntamente,quando se existe ameaça,também há oportunidades. Ambas caminham com a mudança do mercado, tecnologia, concorrência. Já os pontos fortes e fracos devem ser levados em consideração, pois estes cabem aos administradores a técnica para as devidas melhorias. Para o autor muitas dessas técnicas que foram desenvolvidas desde 1965 até 1993 foram aplicadas nas melhores empresas, mas nos dias atuais ficou claro que se encontra ultrapassadas, mas serve de análise como ferramenta. Wright, Kroll e Parnell (2000), afirmam que as unidades estratégicas de negócio (UEN) passaram por uma reestruturação organizacional, umas diminuíram seus quadros de funcionários, outras passaram por reformas no ambiente interno e externo, ambas com o mesmo propósito de trazer retornos aos acionistas. 23 3.3 Planejamento Estratégico para uma Pequena Empresa Conforme Firschmann e Isnard (1991), o planejamento para uma pequena empresa nasce da necessidade da evolução da mesma, crescimento este de vendas, aquisições de novos materiais, funções. Estes fatores levam a administração estratégica a obter um plano a ser seguido que terá um resultado chamado planejamento. Santos (2001), afirma que o planejamento para as pequenas empresas tem carência em princípios básicos como a administração do capital de giro, controladoria, conta a receber e de caixa. Kaplan e Norton (2004), dizem que não existe um planejamento igual ao outro, mesmo as empresas que comercializem o mesmo produto, a diferença esta na cultura, aprendizagem e conhecimento por parte da administração da empresa. Mas para diversos autores sobre o assunto dentre eles: Almeida (2003); Oliveira (2004); Ansoff (1990); Wright, kroll e Parnell (2000) elas seguem etapas, mesmo que em ordens diferentes descritas pelos autores. (1) ambiente em que a empresa deverá atuar; (2) análise do ambiente interno, buscar os pontos fortes e fracos; (3) ambiente externo, o que atende as previsões futuras sobre o nicho de mercado atual; (4) objetivos e metas a serem alcançadas; (5) escolhas estratégicas e implantação do planejamento estratégico. Conforme afirma Firschmann e Almeida (1991), após definidas os objetivos das principais áreas em que precisa o enfoque do planejamento estratégico, é feito um cronograma e designa-se um coordenador para esta função. As atividades têm que ser bem definidas e as devidas responsabilidades transmitidas e prazos estabelecidos para o cumprimento destas. Para o autor as dificuldades nas empresas pequenas são maiores devido ao número de pessoas que tomam decisão e quais as opções estratégicas adotadas para as forças competitivas do ambiente. Longenecker, Moore e Petty (1997) afirmam que um plano de negócios é exclusivo para cada novo negócio e cabem aos executivos elaborar esse 24 plano. Para o empreendedor o melhor plano é aquele ao qual trarão resultados quantitativos a organização e este planejamento deverão atrair investidores de capital, geralmente esses planos não têm mais do que 40 páginas e bem elaborado com índice e conteúdo, dentro desses fatores aos quais atraem os investidores podem ser destacados: aceitação do produto ou negócio; retornos financeiros; a posição da marca ou produto no mercado. 3.4 Planejamento Estratégico do Preço Conforme Santos (2001), o objetivo de toda empresa ao aplicar uma política de preços é a obtenção de um retorno satisfatório sobre o capital investido ao curto e longo prazo. Para o autor o preço do produto pode ser mudado durante seu ciclo de vida e cabe a administração estratégica formular a estratégia de preço, seja ela por oferecer itens abaixo da tabela por determinado tempo ou mudá-la neste intervalo. Para Ferreira (2007), a importância da estratégia do preço e de grande relevância, pois a empresa vive em constantes imposições do mercado, dos custos, do governo, do segmento e sendo necessária a sua fixação para a maximização dos lucros. Santos (2001) comenta sobre o preço de capacidade ociosa, muito comuns em firmas de pequeno porte pode ser resolvido com política de descontos. O autor relata que a empresa pode oferecer preços promocionais por determinado tempo e conseguir melhor utilização da capacidade operacional e obter melhores parcelas de lucro. Este valor deve ser calculado quando a situação ocorrer. Para preço com venda financiada o autor chama a atenção para os riscos de inadimplência e repassar estes riscos e perdas. Para Ferreira (2007), as formações dos preços estão relacionadas diretamente a noções de custos, sejam eles de capital próprio, de terceiros e o preço de venda cobrirá esses gastos. Da mesma forma Oliveira (2004), afirma que o fator custo também esta presente. O que muda a fixação são as escolhas dos métodos de análises e funções do porte das empresas. Para o 25 autor o ideal de um produto, é se a venda de um volume ideal de produto e preço unitário possa ser capaz de gerar lucro máximo. 3.5 Planejamento Estratégico para o Capital de Giro Para Santos (2001), quando uma Empresa de Pequeno Porte entra no mercado, o gestor financeiro transfere sua responsabilidade para o capital de giro, que representa os ativos circulantes. Grande parte desse tempo é gasto na solução dos problemas dessa insuficiência de caixa. Desta forma o autor enfatiza a necessidade do gestor em resolver o financiamento de estoques, gerenciamento de inadimplentes e retorno do capital investido. Para Ferreira e Carbonell (1997), os objetivos estratégicos da área financeira é o percentual de retorno sobre o capital ao curto, médio e longo prazo. Mas conforme afirma os autores na escolha do planejamento estratégicos gestores têm seria dificuldade devido à inexistência dos controles financeiros. O quadro 1 é uma representação desses principais problemas do capital de giro. Conforme Ferreira e Carbonell (1997), o grande problema dos gestores é a falta de previsão e controle de vendas, falta de sistemas de compras e mão-de-obra especializada. O Quadro 1-mostra os principais problemas da área de finanças. Área Finanças Exemplos de Problemas • Excessiva Tributação/Juros Elevados • Falta de Capital de Giro, Baixa Margem de Lucro • Inadimplência Quadro 1-Exemplos de Problemas Funcionais na empresa. Fonte: (FERREIRA e CARBONELL, 1997, pg. 28). Ferreira e Carbonell (1997), afirmam que os problemas funcionais podem ser resolvidos, os planejamentos em curto prazo e os de longo prazo são aqueles que trazem impacto durante o ano. Santos (2001) mostra de forma clara que a excessiva tributação e juros elevados são impostos pelo governo, a 26 falta de capital de giro deve-se a ausência de sistemáticas de compras e a inadimplência é o fator de contas a receber, problema este pode ser resolvido com acordo e formas de parcelamento e valor agregado ao material. Santos (2001), fala sobre quantidade de capital de giro de uma empresa, esta deve variar conforme o número de vendas, ou das duplicatas a receber sem o crescimento das vendas trata-se de uma situação inadequada. O autor ressalta outra parte importante do capital de giro é o de conta a receber e planejamento de caixa. A conta a receber representa um perigo ao gestor financeiro pelo tempo de espera das formas estipuladas de pagamento e a administração de caixa tem por objetivo oferecer estimativas concretas da situação da empresa em determinado tempo. 27 4. ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Depois de escolhido o planejamento estratégico faz-se necessária a escolha da melhor estratégia ao qual a empresa tentará manter sua vantagem competitiva no mercado competitivo e neste capítulo serão mostradas algumas estratégias utilizadas para manter-se em um mercado competitivo em que estas disputam sua participação e parcelas significativas de mercado. Para Ansoff (1990), a escolha de uma estratégia para uma empresa não é algo tão fácil devem-se ser levados muitos fatores em questão. Quais os objetivos e porque a empresa busca essa vantagem. Porter (1986) a definição de estratégia é encontrar uma posição dentro do mercado, de forma que a companhia possa defender contra forças competitivas dos concorrentes e influenciá-las ao seu favor. Segundo Porter (1989), o objetivo de uma estratégia competitiva eficaz é ter um bom retorno sobre o capital investido. Vários autores consagrados sobre o assunto incluindo-se Porter (1986), Ansoff (1990), entre outros propõem e mostram uma gama de estratégias genéricas na aplicação em âmbito empresarial dentre elas podem-se destacar: estratégia de liderança de custo total, diferenciação e enfoque ambos para melhorar a posição em longo prazo. Conforme Porter (1989), a diferenciação criada através da estratégia trará a vantagem competitiva sobre os concorrentes ou em alguns casos fornecer produtos com preço comparável com os demais concorrentes. Na mesma linha de pensamento Ansoff (1990), relata que os administradores estratégicos terão que perceber essas tendências e achar a melhor estratégia para o momento oportuno. Para Porter (1989), as empresas precisam ter foco e saberem o que fazer e não fazer para a locação dos recursos e estratégias a serem seguidas. O autor comenta se não houver essas necessidades, as empresas concorrem apenas por eficácia operacional. Mas geralmente as empresas principalmente 28 as de pequeno porte lutam contra concorrentes com potenciais estratégicos eficazes. 4.1 Estratégia de Liderança de Custos Para Porter (1986), a estratégia de liderança de custos é a grande penetração de mercado com base na vantagem competitiva a preços mais baixos que o concorrente, oferecendo produtos básicos, mas com boa qualidade. Para o autor a vantagem competitiva desta estratégia é obter mais lucratividade e controlar os fatores custos. Para Ansoff (1990), esta estratégia é a mais tradicional e ocorre com a competição pelo menor preço de mercado, mas não levam em conta outros fatores, somente as vendas pelo produto mais barato é o fator chave. Para o autor esse custo é ideal para produtos for padronizado ou pouca diferenciação nos produtos. Batemam e Snell (1998), afirmam que a estratégia de redução de custos pode ser aplicada a produtos com diferenciação, fornecendo bens e serviços que apresentem características únicas. Os autores relatam que geralmente as empresas vendem produtos mais típicos do setor, esta estratégia exige um enfoque constante para a redução de preços. Geralmente conseguem reduzir esses gastos com investimentos em instalações, vendas e pesquisas e desenvolvimentos. Valeriano (2001) descreve a estratégia de liderança de custos como aquela que visa oferecer produtos e serviços com preços baixos e acessíveis e de baixo custo unitário, usualmente utilizado em pequenas empresas. O autor ressalta outro fator importante, que é o de redução de preços através da diminuição do tempo de produção através de economia de material, melhoria da qualidade e prestação de serviços. Da mesma forma Ansoff (1990), concorda com as idéias descritas por Valeriano (2001), e afirma que há poucas formas de diferenciação desses produtos e se os compradores forem grandes podem barganhar preços. Para conseguir essa redução de custo as grandes empresas fazem pacotes com grandes compradores para reduzir seus custos e 29 conseguem colocar produtos no mercado com preços muito abaixo das tabelas existentes e conseguem diminuir os seus números de concorrentes. Tabelas estas feitas por legislações e setores de atuação de mercado. 4.2 Estratégia de Diferenciação Esta estratégia visa diferenciar produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Para Porter (1986), o diferencial dessa estratégia é colocar no mercado diferentes atributos ao da concorrência. Quando a diferenciação é alcançada podem trazer retornos acima da média, esta proporciona o isolamento, contra a lealdade dos consumidores e conseqüentemente aqueles com valor mais acessível. O autor relata sobre a dificuldade de manter uma parcela alta de mercado e a dificuldade de acessibilidade de pessoas com menor poder aquisitivo. Para Batemam e Snell (1998), a diferenciação gera características únicas que agregam valor ao produto, dentre essas, os autores comentam sobre os atributos de valor agregado aos produtos. Muitas empresas acreditam nesse potencial e obtém retornos satisfatórios para seus produtos. Para estreantes a dificuldade de superar esses obstáculos, obriga a mesma a grandes investimentos e paciência para conquistar essa fidelidade. 4.3 Estratégia de Enfoque A estratégia de enfoque visa em focar um determinado grupo comprador, um nicho de mercado ou em um pequeno segmento para a empresa atender. Porter (1986) argumenta que a indústria possa atender este mercado com satisfação, ou com baixo custo. Segundo o autor a estratégia pode ser usada para selecionar um mercado mais vulneráveis a substitutos ou concorrentes mais fracos. Empresas de vários segmentos utilizam essa estratégia para manter a vantagem competitiva entre seus concorrentes como atendimento rápido, alguns serviços aos consumidores gratuitamente. Porter (1986) mostra na figura 1, a diferença entre as três estratégias genéricas: 30 diferenciação, liderança de custo e enfoque. O autor explica na figura que com o enfoque, a empresa tem uma posição de baixo custo com seu alvo estratégico, alta diferenciação, ou ambas. As de diferencial e liderança em custo proporcionam defesas contra as forças competitivas. Figura 1- Estratégias Competitivas Genérica. Fonte: (PORTER, 1986, pg. 89) 4.4 Estratégias de Marketing Conforme Longenecker, Moore e Petty (1997), esta estratégia ativará o novo negócio do empreendedor e fará um estudo detalhado do mercado, visando adequar produtos e serviços, recursos disponíveis a satisfação dos consumidores. Os autores explicam que há quatro áreas de estratégia dentro do plano de marketing; produto, planos promocionais, planos de distribuição e planos de preços. Para a estratégia de produto pode ser consideradas embalagens apresentada com desenho, marca dos produtos e serviços ao cliente como garantia e assistência técnica. Nos planos promocionais, o empreendedor deve oferecer produtos para que o cliente adquira produtos, as mais comuns são: vendas populares e propagandas. O plano de distribuição na pequena empresa geralmente é feito por serviço rodoviário. Vassos, (1997) afirma que marketing é muito mais do que vendas, inclui o ciclo de desenvolvimento de produtos, os processos de marketing e assistência e mostra várias formas de marketing estratégico pela internet. O 31 marketing pela internet tem sido utilizado ultimamente pela maioria das empresas em diversas áreas espalhadas pelo mundo. A maioria das estratégias utilizadas pelo computador é focada ao usuário. Sendo que há cinco maneiras estratégicas de achar o publico alvo: geográfica, demográfica, psicográfica, por taxa de uso e por benefícios desejados. Segundo o autor no mundo físico, é normalmente difícil alcançar mercados onde haja indivíduos segmentados psicograficamente ou por benefícios desejados, porém, os outros três já são mais fáceis. Geralmente o produto mais comercializado via internet é a commodity, o produto é uma oferta padronizada, podendo se incluir a estes, açúcar, trigo e até produtos que tenham um sistema bem definido de classificação e qualidade tais como: televisão, motos, ouro, prata. Maloff, (1997) ressalta que a comunicação é a alma do negócio e a maioria dos negócios enfrente essa dificuldade. Dificuldades estas de mostrar o valor de seus produtos e da mesma forma de Vassos (1997) relatam as várias transformações ocorridas nas organizações com esse importante aliado. O meio eletrônico tem sido um dos principais ajudantes da transição de vendas em todo o mercado e assim transformando até mesmo pequenas empresas com potenciais de competir em nicho de mercado com seus concorrentes. Para Vassos (1997), além da busca do público alvo e o processo de vendas, a internet ajuda no fortalecimento de marca, o que para alguns compradores é fator prioritário, estes buscam produtos de desempenho e de conforto. 4.5 Estratégia Direcionada para Compradores e Fornecedores Conforme Porter (1986), a maior parte das empresas vende seus produtos não só para um comprador, mas a vários e por isso o poder de negociação desses grupos de compradores, é uma das forças competitivas básicas para a rentabilidade de uma organização. Esses compradores podem diferenciar-se em suas necessidades de compras, não somente em posição estrutural, mas também em poder de seu volume de compras de determinado produto. O autor afirma que a seleção desses compradores pode influenciar no 32 crescimento da empresa, após identificar as necessidades desses, ou seja, os bons, o próximo passo e direcionar a estratégia para estes. Outro fator na hora da escolha do comprador é saber prever se a capacidade da empresa esta adequada para as devidas necessidades de atendimento da empresa fornecedora. Longenecker, Moore e Petty (1997),dizem que a escolha desses compradores é o fator chave para o crescimento das empresas. Muitas empresas concorrem por esses e principalmente naqueles em crescimento potenciais, no caso da pequena empresa a capacidade de demanda destes para atender um ou mais clientes é o fator chave para este fortalecimento. Os autores argumentam que existe uma série de estratégia para direcionar a estes compradores, tais como: estratégia de marketing, de preço, de materiais entre outras. Para Porter (1986) existem duas formas para a seleção dos compradores. A primeira é aumentar o valor agregado que envolve táticas de oferecer produtos com responsabilidade ao cliente; fornecer assistência técnica; credito ou pronta entrega e criar novas características ao produto. Para aumentar esse valor agregado muitas empresas utilizam materiais diferentes, tecnologias únicas e diversificação em produto comum e tornando-o diferenciado. Segundo Batemam e Snell (1998), os fornecedores representam também uma das forças que impedem a competitividade de uma organização, estes são muitos importantes para a empresa, não apenas pelo seguinte fato de fornecer recursos a empresa, mas por poder aumentar o preço do produto ou até mesmo prover produtos com qualidade inferior. Assim, os fornecedores poderosos podem reduzir custos, se a organização não consegue repassar os aumentos de preços para os consumidores. Porter (1986) considera os fornecedores como uma das forças competitivas de uma empresa e afirma que seu poder pode diminuir a rentabilidade e afetar os negócios, principalmente quando os insumos oferecidos são importantes, esse grupo de fornecedores não tem concorrência de produtos substitutos, ou a indústria compradora não é um cliente importante para o grupo de fornecedores. 33 Batemam e Snell (1998) destacam outra difícil escolha para a organização ao trocar de fornecedores para aumentar sua competitividade que são os custos de mudança. Os custos de mudança são os custos fixos que as empresas arcarão ao mudar para estes. A escolha do fornecedor correto é uma decisão estratégica importante. Este segundo os autores podem afetar o tempo de fabricação dos produtos, os níveis de estoques e por isso a relação entre compradores e fornecedores têm se tornado modelos para muitas organizações principalmente para aquelas que assumem compromissos de entrega em longo prazo e para outros que não tem um poder de compra alto. 4.6 Estratégia de Carteira Para Ansoff (1990), a estratégia de carteira é um dos principais objetivos da empresa, para dar a empresa uma posição significativa na parcela de mercado se faz necessária a geração de carteiras alternativas. Esta estratégia comumente é praticada com auxílio de um computador. Segundo o autor após estudos relacionados uma determinada empresa tinha quarenta clientes em sua carteira de pedidos e após a análise percebeu-se que apenas meia dúzia dessa era promissora. A formação inadequada de estimativas destas tem sido o fator determinante para o declínio de muitas empresas e o tamanho da carteira é que determina os recursos que estarão disponíveis para o desenvolvimento dessas carteiras. Ansoff (1977) argumenta que, para a estratégia de carteira existem quatro componentes principais: • Vetor de crescimento • Vantagem Competitiva • Sinergia • Flexibilidade Estratégica O vetor de crescimento especifica o alcance e a direção dos negócios futuros da empresa. A vantagem competitiva leva a empresa a um 34 posicionamento no mercado que a diferencie de seus concorrentes. A sinergia faz com que a diversificação acompanhe a maximização dos lucros e a facilidade com que a organização adapte as mudanças de mercado. Na figura 2, o autor mostra a relação entre mercados novos e existentes. Figura 2- Componente do Vetor de Crescimento Fonte: (ANSOFF, 1977, pg.92) Na figura, pode-se notar a penetração no mercado expressa uma busca do crescimento pela empresa, no mercado existente, com os produtos existentes. O desenvolvimento significa que a empresa cria novos produtos com oferta de preço no mercado ao qual compete. O desenvolvimento de mercados busca novos produtos para novos mercados. Nos três primeiros vetores existe um elo entre as experiências adquiridas pela empresa pela experiência, na diversificação em questão de a empresa não possuir experiência pode torná-la mais fraca. Para a resolução destes muitos autores do assunto como Porter (1986); Ansoff (1977), entre outros desenvolveram estratégias diversificadas ou comumente chamadas de estratégia de diferenciação 4.7 Estratégia para determinação do preço Embora pareça fácil a determinação certa para um produto é algo complexo e difícil. Seja de uma empresa pequena ou grande, a sua importância passa a ser fator determinante para sua sustentabilidade. Para Longenecker, 35 Moore e Petty (1997), a receita de uma empresa é um reflexo de vendas e preço de produto. O que pode ser percebido claramente em vários casos e está sendo mostrado de maneira simplificada na situação a seguir: Situação A Quantidade vendida x Preço por unidade = Receita 250.000 x $3.00 = $750.000 Situação B Quantidade vendida x Preço por Unidade = Receita 250.000 x $2.80 = $700.000 Os autores demonstram através de métodos quantitativos que embora o preço na situação B seja de apenas 20 centavos, mas com o volume de vendas a receia deste produto deixou de obter $50.000 em seu faturamento. Para o aumento da situação B o pessoal de vendas e marketing pode criar valores para agregar custo ao produto final. Conforme Treacy e Wiserma (1995), as empresas que utilizam estratégias para tentar liderar o produto com valor agregado, podem tentar dominar aquilo que nenhum concorrente tentou, ou a satisfação dos clientes. Com essa estratégia as empresas podem propor maiores preços aos produtos. Porém, essa estratégia é comumente usada para empresas que têm um nicho de mercado de clientes. Para Longenecker, Moore e Petty (1997) a determinação do preço pode ser por penetração. A estratégia de penetração envolve a fixação de preços mais baixos que o normal, em longo prazo, a fim de aumentar a parcela de mercado, esta estratégia sacrificam margens de lucros. A estratégia de Skimming é aquela que fixa preços em níveis altos durante certo tempo e depois reduzem a níveis mais baixos, mais competitivos. Esta estratégia geralmente é usada quando há pouca ameaça de concorrência ou quando se precisam recuperar custos rapidamente. Existem preços que seguem o líder de mercado, dificilmente uma pequena empresa consegue ter preços compatíveis com a empresa de grande 36 porte. Mas por outro lado, quando pequenas empresas conseguem este preço através de tecnologia, as empresas grandes combatem com a redução de preço. Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997), algumas empresas podem em suas linhas de produto oferecer produtos baratos a determinados clientes. Estes preços devem ter uma tabela de custos elaborada e faixa de concessões de preços para clientes particulares. 37 5. ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA E GERENCIAMENTO ESTRATÉGICO Após visto uma gama de estratégias, partiremos para o conceito específico de administração estratégica e gerenciamento estratégico. A administração estratégica é definida por Batemam e Snell (1998) como um processo que envolve administradores de todos os níveis para a formulação e implementação de objetivos estratégicos e das estratégias. Conforme os autores a administração estratégica integra o planejamento estratégico e a administração em um único processo. Na administração estratégica os administradores pensam estrategicamente, focando sua visão no longo prazo e questões táticas ao curto prazo. Conforme Batemam e Snell (1998), o longo processo de planejamento estratégico resultou na administração estratégica. Pois nos anos 90, a maioria dos administradores táticos e operacionais fornecia idéia e visão para as organizações e alguns tinham autonomia para execução de planos. Segundo os autores esse processo envolve todas as partes da organização na formulação e busca por objetivos estratégicos e estratégias. Da mesma forma, Ansoff e Mcdonnell (1993), a administração da postura estratégica preocupa-se ao mesmo tempo com as necessidades, quanto com as potencialidades. Para os autores essa postura destina-se a sustentar a estratégia futura, mas em ambientes turbulentos, recomenda-se uma potencialidade maior para resposta em eventos surpreendentes. Ansoff (1990) comenta que grande parte do tempo do executivo deve ser ocupada para a tomada de decisões. As exigências dessas decisões são numerosas e variadas. Estas decisões parecem até não caber ao tempo disponível desse gestor, dentre essas decisões têm algumas quem são de tempo imediato e outras que podem mudar o rumo da organização. O autor afirma que estas decisões aumentam com o nível de responsabilidade e cargo dos colaboradores e torna-se mais praticada ao alto executivo da empresa. 38 Geralmente as decisões são trazidas por membros da equipe estratégica, as decisões operacionais tomam mais tempo e atenção da empresa. Estas visam maximizar a alocação dos recursos e rentabilidade do empreendimento, as principais áreas de decisões estão entre a preparação de orçamentos e a programação de operações. As principais decisões envolvem a fixação de preço, formulação de programas e atividades de pesquisa e desenvolvimento. (P & D), marketing e operações em geral. Para Porter (1989), as decisões estratégicas preocupam-se mais com problemas externos. Especialmente com a escolha de produtos a ser fabricados e para onde este serão vendido. Estas decisões também estão relacionadas à identificação do ramo em que a empresa opera e em quais pretendem ingressar. Neste processo são elaborados quais os planos e objetivos da empresa. Essas decisões são geralmente complexas, pois a falta de recursos estratégicos está tanto na pequena empresa, como na de grande porte. As decisões administrativas se preocupam com a estruturação dos recursos da empresa, estas são divididas em duas partes. Uma parte do problema administrativo diz respeito à organização: responsabilidade, tomada de decisões, fluxos de informação. A outra parte relaciona-se com compras de matérias-prima, instalações, máquinas e equipamentos. 5.1 Processos de Administração Estratégica Porter (1986) argumenta que a administração estratégica deve obter dados para a escolha da melhor estratégia a ser seguida em âmbito empresarial. O autor em seu livro relata como formular estratégias para indústrias emergentes, em declínio e indústrias globais, como foram descrito, todas as organizações têm a estratégia vigente. As grandes diferenças são quais delas estão obtendo vantagem competitiva e recebendo retorno aos acionistas e no caso das pequenas empresas os donos. Batemam e Snell (1998), o primeiro passo é o estabelecimento da missão e visão da empresa. A missão constitui os valores básicos da organização e razão de sua existência. Alguns exemplos são comuns entre as missões estratégicas, dependendo do 39 segmento de mercado tais como; ser líder do mercado de venda; ser o fornecedor com a entrega mais rápida, oferecer o preço mais barato e com qualidade. Conforme afirma Arantes (1998), as empresas desenvolvem sua equipe gerencial na formulação de planos estratégicos, através dos planos desenvolvidos pela reunião da alta administração e decorrem aos subsistemas gerenciais. O autor chama a atenção para a punição que geralmente é aplicada a parte subordinada, pois esta inibe qualquer iniciativa da equipe estratégica e até subordinados. Para tais funções administrativas Batemam e Snell (1998) afirmam que administradores usam estilos diversificados para atividades diferentes. Existem muitas razões para essas diferenças, experiências anteriores, suas personalidades e conhecimento adquiridos através de prática e treinamento. 5.2 Tipos de Administradores Batemam e Snell (1998) comentam de forma separada sobre os três tipos de administradores encontrados em praticamente todas as empresas. Os administradores abordados pelos autores são: administradores estratégicos, táticos, operacionais e completos. Batemam e Snell (1998) relatam que os administradores estratégicos são os altos executivos da empresa, geralmente os responsáveis pela administração geral. Geralmente eles focalizam as questões de longo prazo e fazem uma interação com o ambiente interno. Os administradores são aqueles chamados comumente de gerente de nível alto são responsáveis por traduzir os objetivos e planos dos administradores estratégicos, tomam decisões, não ponham a mão na massa. Segundo os autores eles focalizam, dão ordens e buscam e avaliam os resultados. Os administradores táticos são os responsáveis por produzir os objetivos gerais do administrador estratégico, esses administradores são comumente 40 chamados de gerente de nível médio. Estes administradores focalizam sua atenção na busca de resultados, ponham as mãos à obra toma decisões e produzem valor. Os administradores operacionais são aqueles que ocupam cargos inferiores, geralmente supervisores ou gerente de vendas. Estão diretamente envolvidos com funcionários, desenvolvem o planejamento do administrador tático e fazem a interligação entre administrativo e o não administrativo. A primeira posição administrativa de uma pessoa dentro dessa categoria. Para Batemam e Snell (1998), muitos autores qualificam os administradores estratégicos, táticos e operacionais, afirmando que eles estão geralmente nas grandes empresas. Mas as tendências atuais são de equipes menores e menos hierarquia. Nas pequenas empresas, devido aos números menores de pessoas envolvidas pela administração e a dispensa de funcionários destas grandes empresas estão recrutando talentos administrativos oriundo destas. Segundo Vidigal (2008), o profissional do futuro não será aquele que possui um mero diploma universitário, ou aquele das melhores notas entre os colegas. O recém formado tem que apresentar personalidade administrativa, já que as fortes pressões e entradas de novos produtos estrangeiros forçam estes profissionais da administração a agirem estrategicamente, ao curto, médio e longo prazo. O autor reafirma que as entradas desses novos entrantes forçaram demandas e novos processos gerenciais. Batemam e Snell (1998) relatam por causa dessas tendências atuais o administrador completo envolverá todas as partes envolvidas na busca da implantação das melhores estratégias. Esta integrará o planejamento estratégico e a administração em um processo único. Para os autores, esses administradores visionários conciliaram essas tarefas e focalizar tanto as questões externas a longo prazo quanto as questões táticas e operacionais a curto prazo. Segundo os autores os administradores são universais, pois estão em todo lugar seja grande ou pequeno negócio, igreja, hospitais e estes se beneficiam da administração eficiente e eficaz. Esses administradores 41 completos podem ser encontrados em todas as áreas funcionais da organização. Conforme afirmam os autores a administração pode ser por bom senso, embora as idéias pareçam pouco revolucionárias ou atrativas ao mercado que está direcionado: planejar o futuro; condição de trabalho aos funcionários; recompensas por desempenho. Talvez estas sejam molas mestras para o futuro da organização e tais fatores descritos pelos autores que parecem ser bom senso, não deveria haver tantas empresas falidas. Para Ansoff e Mcdonnell (1993), existem dois tipos de administrador: o de mentalidade estratégica e o de mentalidade criativa. O administrador de mentalidade estratégica tem capacidade de prever que o futuro será diferente do passado. Já os com mentalidade criativa criarão novas idéias. Para os autores, os administradores estratégicos não têm vinculo com capital em passado ou futuro, mercados. Reconhecem papeis como os dos gerentes, procuram achar as chaves para o sucesso. Os administradores criativos são inovadores, só aceitam suas próprias idéias, adora jogar e mudam constantemente. Os autores relatam que ambos buscam o alvo estratégico que e produzir um retorno. 5.3 Administradores nas Organizações Os administradores operam em organizações sejam elas privada, pública, ou sem fins lucrativos. Batemam e Snell (1998) definem organização como um sistema administrado para obter resultados. Um sistema é um conjunto de partes que processam os insumos. Em administração esses insumos são chamados de recursos, os administradores trabalham esses recursos em resultados do negócio. O ambiente externo é composto de clientes, concorrentes e fornecedores. As organizações não estão juntas por acaso, elas se unem para atingir objetivos que seus membros por si sós não os atingiriam. Os autores argumentam que o objetivo de uma organização com fins lucrativos é trazer retornos satisfatórios para: realizar lucros para seus donos; fornecer bens e serviços aos clientes; prover renda aos funcionários; aumentar o nível de satisfação de cada um dos envolvidos. Para Valeriano (2001), o papel da gerência na organização e promover um ambiente para a execução das tarefas designadas aos demais membros, e ao 42 final obter os resultados esperados. O ambiente é tudo o que está além dos limites da organização dentre esses pode ser citado, a água, solo, fauna, seres humanos entre outros. Os fatores que agridem o ambiente são de longe para perto, os aspectos econômicos, sociais, concorrentes e os de perto são: pessoas, empregados e clientes. Geralmente os fatores de perto obtêm ajuda de sindicatos e apoio de garantias do consumidor. Porter (1986) argumenta que a tendência de toda organização é atingir a maturidade para a evolução do porte da empresa. O ajuste necessário caberá ao administrador da organização para ajustar as capacidades competitivas. Para este enfoque competitivo caberá a estes administradores projetar e controlar as áreas diferentes do negócio. O controle de ativos financeiros como estoque e contas a receber, podem assumir uma maior importância. Uma maior coordenação entre funções e entre instalações da fabrica, para esta transição o gerente geral terá fator determinante, promovendo ajustes estratégicos. Este estímulo pode ser substituído pela necessidade de controlar custos, competir em preços, entre outras são o principal papel do gerente. Nesta fase o autor esclarece que geralmente é muito difícil para alguns gerentes gerais e especialmente quando ele é o fundador da empresa, seja ela na transição. O gerente não reconhece as mudanças ou abandona a gerência ativa, esta ultima termina com o gerente renunciando ao cargo, pois suas qualificações são inadequadas. Nas pequenas empresas, particularmente novas e em crescimento, são limitados pelas condições que não constituem problema ao executivo médio de uma empresa. Conforme afirma Longenecker, Moore e Petty (1997) essas empresas precisam enfrentar a dura realidade das pequenas contas bancarias, pessoal com pouca competência. Nas pequenas empresas geralmente os gerentes são generalistas e não dispõe de suporte especializado para pesquisa de mercado, análise financeira, propaganda entre outros. Os autores afirmam que os gerentes que se destacam por suas habilidades de realizar são geralmente fracos em gerenciar. As empresas que se limita em passar por um estágio organizacional se limitam as taxas de crescimento. A necessidade de um gerenciamento eficaz se faz necessária à medida que o negócio se 43 expande, essas empresas até sobrevivem mesmo com um gerenciamento fraco. 5.4 Administração para a Competitividade Conforme Batemam e Snell (1998) para sobreviver é preciso obter vantagem competitiva sobre os concorrentes. Para esta vantagem a administração deve satisfazer as pessoas tanto dentro como fora da empresa, por meio de competitividade em custos, produtos de qualidade e inovação. Na competitividade em custos os autores relatam que significa do produto pode ter preços em um nível que seja atrativo para os consumidores, não é preciso dizer que preços relativamente baixos possuem grande vantagem contra os rivais e assim é preciso sobreviver na guerra dos preços. Para atingir esses preços baixos a administração controla o dinheiro gasto em insumos no processo de transformação. Matérias-prima, equipamentos, fabricação, entrega entre outros constituem alguns dos custos que precisam ser administrados com cuidado. Na gestão da qualidade têm que agir para a melhoria contínua dos produtos, muitas ferramentas foram criadas ao longo do tempo tais como: kanban, kaisen, Just in time entre outras ambas sempre melhorando a qualidade nos produtos oferecidos. Segundo Longenecker, Moore e Petty (1997) este conceito visa à estratégia de satisfação do cliente, serviços estes que geralmente são caros e os clientes não estão dispostos a pagar. Para a resolução destes problemas os autores comentam os processos de gerenciamento da qualidade (TQM, do inglês Total Quality Management), vindo dos japoneses na década de 70. As pequenas empresas cada vez mais sentem esse impacto, pois geralmente são fornecedoras para grandes indústrias. Para Batemam e Snell (1998), a inovação é a introdução de novos bens e serviços para uma empresa. Os produtos não são vendidos para sempre nem durante o tempo todo, muitos concorrentes lançam novos produtos o tempo 44 todo. Segundo os autores uma empresa que não renova certamente morrerá. Assim como as outras fontes de vantagem competitiva, a inovação vem de pessoas e deve ser meta da administração como é o caso da 3M citadas em quase todos os livros quando falam sobre inovação. Para estas funções os administradores precisam de muitas habilidades individuais que são aprendidas em livros e estão conceituadas em três categorias: habilidades técnicas, habilidades interpessoais e habilidades conceituais e decisórias. Uma habilidade técnica é poder desempenhar as tarefas cotidianas. A maioria dessas pessoas desenvolve essas habilidades com o tempo, uma habilidade interpessoal é aquela adquirida pela convivência no âmbito empresarial e as habilidades conceituais e decisórias são o fator chave para a tomada de decisão. Dentre essas habilidades Martins e Laugeni (2005) relatam que os administradores procuraram adequar à realidade com a qual a organização se encontra e transmiti-las aos demais membros da equipe e procurar o melhor método de cada situação. Martins e Laugeni (2005) relatam a importância da administração para a competitividade e destacam em vários capítulos do livro a importância do planejamento e estratégias que podem ser utilizadas nas determinadas unidades de negócios, situadas em diversos lugares em escala global, os quais produzem bens tangíveis para os diversos grupos de pessoas e nichos de mercado. Toda empresa deve estar completamente ajustada para que possa cumprir seus objetivos, seja nas necessidades de seus clientes, ou na geração de lucros, que remunerem o capital investido pelo empresário. A utilização das melhores práticas de administração, fundamentada no princípio da gestão estratégica, operacional e econômica, financeira e operacional pode torná-las mais competitivas, ambas obtendo o foco na produtividade, na gestão empresarial, funções administrativas e na importância de informações gerenciais para a tomada de decisões. 45 5.5 Administração da Produção/operações Martins e Laugeni (2005) destacam que a maioria dos trabalhos acadêmicos quando comentavam sobre produção se referiam ao chão-defábrica, os quais abordavam a fabricação de bens tangíveis como: armazenamento, estoques, controle de materiais. Mas hoje em dia isso não é mais verdade o setor de serviços emprega mais pessoas e geram uma parcela da economia do produto interno bruto na maioria dos países do mundo. Assim o conjunto de atividades relacionadas a bens e serviços é chamado de administração de operações/serviços. Todas as atividades de uma empresa visam atender seus objetivos de curto, médio e longo prazo, dentre essas algumas se intercalando na tentativa de produzir insumos em bens, geralmente transformando matéria-prima em produto acabado, tentando agregar valor a estes. Para isto, em todas as áreas da produção/operações encontramos a atuação de diretores, gerentes e colaboradores da empresa. Para Chase, Jacobs e Aquilano (2006), a estratégia para a produção diz respeito ao estabelecimento de políticas e planos para utilizar os recursos da empresa para melhorar e sustentar sua estratégia ao longo prazo. Esse processo de longo prazo é algo inevitável à organização, este deve envolver as decisões que se relacionam ao projeto e as capacidades que estas têm para tocar esse projeto. Durante o projeto cabe a administração as devidas providências e mudanças quando forem necessárias. Essa estratégia é vista como parte de um processo de planejamento que coordena os objetivos e metas operacionais. Algumas empresas utilizam estratégias de baixo custo, essas estratégias visam oferecer produtos com preço barato, ou seja, com custo baixo, esses produtos geralmente são produzidos em grande escala industrial, visando o domínio do mercado para eliminar possíveis concorrentes. Conforme Wright, Kroll e Parnell (2000) as empresas de pequeno porte que concorrem neste segmento de mercado abaixam seus preços através da redução dos seus recursos internos. A grande dificuldade desse grupo de empresas nesta redução é saber até quando da pode-se reduzir estes custos 46 sem afetar a qualidade de seus produtos, mantendo estes preços iguais ou parecidos com as empresas de grande porte. Os autores relatam que com grande disponibilidade de tecnologia, seja em processos de fabricação, atribuindo a estes máquinas automáticas, máquinas de transporte pneumático, utilização de software de gestão e controle. Outra estratégia muita utilizada na produção é a qualidade do produto e confiabilidade. Este nível de qualidade de produto irá variar de acordo com o segmento ao qual está destinado. Alguns segmentos desses são de alto padrão, alguns o nível de exigência são relativamente baixos, no Brasil em especial essas normas de qualificação seguem o regime da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), essa associação visa manter a qualidade, a saúde e a preservação do meio ambiente. Para Chase, Jacobs e Aquilano (2006), a qualidade no processo esta relativamente com a confiabilidade no produto. Independentemente qual seja esse produto se grande ou pequeno valor. A busca dessa qualidade por muitas dessas empresas aumentaram muitos esses custos de produção. Mas a busca dessa qualidade traz benefícios no que diz respeito à confiabilidade do produto. Assim, o objetivo principal da qualidade é produzir produtos sem defeitos. A qualidade para os dias atuais trouxe benefícios para a competitividade como a redução do retrabalho e a diminuição do trabalho de setores como o de assistência a clientes. Para Batemam e Snell (1998), algumas estratégias ajudam a tomada de decisão por parte da administração e produção. Plano este elaborado pelo comitê da alta administração e gestão estratégica, os quais decidiram o rumo que tomará a empresa e quais os tipos de estratégias estas utilizaram para a alocação dos recursos destinados a essa produção de serviços e bens, para buscar retornos satisfatórios para os detentores do capital investido, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte. Os autores argumentam sobre as estratégias de negócios, de liderança de custos, de diferenciação, ambas buscando competitividade ao mercado ao qual participa e correndo os riscos que estas representam fato dado estes que o ambiente externo é o principal 47 fator dessas mudanças, não tendo distinção da organização que ela forçará a utilização dessas estratégias por partes destes que concorre entre si. Conforme Herrera (2006) a administração estratégica da produção é a disciplina que integra e consolida os ativos tangíveis e intangíveis da empresa possibilitando a vantagem competitiva do negócio. Na concepção sistêmica relata o autor, ela age como um mecanismo estruturador de processos industriais com objetivo de busca de lucros, geração de serviços e bem estar social. A figura 3, mostra uma comparação entre administração tradicional e administração estratégica. Figura 3- Administração Tradicional e Administração Estratégica. Fonte: (HERRERA, 2006, pg.1). 5.6 Administração de Materiais Conforme Martins e Laugeni (2005), administração dos recursos materiais são assuntos de análises para empresas, principalmente para as de manufaturas de produtos, estes visam atender as necessidades de clientes, tanto interno como externos devem ser analisadas a partir de estoques 48 existentes, ou em processo de reposição de materiais. Os principais objetivos da administração de materiais são mostrar a relação entre o volume de produção do que comprar ou fabricar; mostrar a classificação da curva ABC dos materiais e maximizar os layout das instalações e possíveis melhoramentos. Segundo os autores o armazenamento desses materiais deve ser condicionado adequadamente para que seja possível sua recuperação e a manutenção para que a entrega possa ser rápida. Chase, Jacobs e Aquilano (2006) argumentam sobre a necessidade da organização desses materiais para a rápida locomoção destes e comentam sobre softwares para estas funções. Pois as maiorias dessas empresas de manufaturas fabricam diversos materiais e cada um desses é uma sequência de subprodutos acarretando um transtorno na hora da montagem desses componentes para o lead time desse produto. O lead time é um indicador de tempo para realizar uma atividade, isto é, o tempo necessário para se completar uma tarefa. Os equipamentos para a estocagem devem ser simples, flexíveis e de baixo custo, geralmente são carrinhos manuais, empilhadeiras e em algumas empresas utilizam pontes rolantes. Para estocagem se utiliza caixas, paletes padronizados e endereçamento de materiais, código. Para Viana (2000) os estoques envolvidos em armazenagem são os custos fixos e os custos variáveis e o setor de almoxarifado tem como objetivo assegurar as quantidades físicas ou existentes de acordo com os inventários de materiais e os relatórios contábeis dos estoques. Os custos fixos podem ser os equipamentos, o imóvel. Os custos variáveis são os custos de manutenção de imóveis, perdas, operação de materiais e custos de materiais operacionais. Martins e Laugeni (2005) também concordam com Viana (2000) e comentam sobre a curva ABC para ajudar no critério de inventário fiscal e softwares com MRP, ERP para cálculos corretos de estoque. A curva ABC é um método de classificação de informações em função de um valor financeiro. Uma vez ordenados os itens, divide-se a listagem em três categorias A, B e C. A classe A é constituída por poucos itens de 10 até 20%, mas os valores desses itens costumam variarem entre 50 a 80%. A 49 classe B pode variar entre 20 a 30% dos itens, apresentando um valor de consumo ao redor de 20 a 30%. A classe C geralmente é a que mais itens acima de 50% e com valor de consumo de 5 a 10% dos valores. A tabela de Souza (2010), a seguir é uma representação de uma curva ABC de uma indústria de transformação de plásticos, aplicado para mostrar o consumo e porcentagem que representa em sua classificação A, B, ou C. Material Valor Cons. Unitário anual Total ano % Classificação AB 40,00 10000 400000,00 7, 3677 A AA 36,00 9500 342000,00 6, 2993 B AC 32,00 9000 288000,00 5, 3047 B AD 28,00 9000 252000,00 4, 6416 B AK 28,00 8000 224000,00 4, 1259 C BB 27,00 10000 270000,00 4, 9731 B BC 25,00 9000 225000,00 4, 1443 C BA 25,00 9600 240000,00 4, 4206 C BD 25,00 6000 150000,00 2, 7628 C BK 25,00 6000 432000,00 2, 7628 C CA 54,00 8000 424200,00 7, 9571 A CB 101,00 4200 393600,00 7, 8134 A CC 82,00 4800 1496000,00 7, 2494 B CD 22,00 6800 131200,00 2, 7555 C CF 41,00 3200 131200,00 2, 4166 C DD 33,00 8000 264000,00 4, 6828 B DA 29,00 7500 217500,00 4, 0061 C DK 72,00 6000 432000,00 7, 9571 A DC 33,00 6000 198000,00 3, 6470 C DH 41,00 6000 246000,00 4, 5311 C Total 5429100,00 Tabela 1- Aplicação de uma curva ABC a uma indústria de Transformação de Plásticos. Fonte: (SOUSA, 2010, pg.4.). 50 Nota-se na tabela de Sousa (2010) que os itens AB, CA, CB e DK representam à classe a da tabela A representou um percentual de 31,09% do gasto total dos 20 itens e B que tem 06 itens variaram em 33%. O item C teve um gasto de 35%. A adequação de um bom layout do almoxarifado e o dimensionamento adequado dos corredores e das outras áreas, para condicionar o fluxo de materiais se faz necessária para o aumento da competitividade. O bom layout é aquele que facilita o trabalho, diminui custos, racionaliza os espaços e possibilita rápida identificação dos materiais, bom armazenamento e para a gestão desses materiais é o sistema de reposição contínua, também conhecida como sistema de estoque mínimo comumente utilizado na indústria. Esse sistema funciona da seguinte maneira: calcula-se um nível de estoque, R, e quando o material alcança esse nível é emitida uma ordem de reposição de estoque na quantidade Q, fixa ao longo do tempo, e assim recomeça o ciclo. Para Chase, Jacobs e Aquilano (2006) outra forma de se ver os custos estão de acordo com sua porcentagem de retorno dos lucros é sua margem de contribuição. Segundo os autores a margem de contribuição é o valor que sobra de vendas, menos o custo direto variável e as despesas variáveis. A margem de contribuição representa quanto à empresa tem que pagar as despesas fixas e gerar lucro líquido. A margem de contribuição tem o significado para a empresa calcular seu ponto de equilíbrio, ou seja, a quantidade que a empresa precisa vender para que não gere tenha lucro nem prejuízo. 5.7 Tecnologia na administração das empresas Conforme Ansoff e Mcdonnell (1993), o reconhecimento da importância tecnológica vem aumentando a cada dia, muitos administradores estão desenvolvendo setores de pesquisa e desenvolvimento (P & D), alguns não estão mais dispostos a permitir a falta de tecnologia e sem se adaptar a este processo. Porém os autores falam que a falta de entendimento entre 51 administração e especialistas em tecnologia dificultam muito essa missão administrativa. Para Longenecker, Moore e Petty (1997), o uso de computadores em pequenas empresas tem levado a mesma a automação. Sistemas baratos de computação, aliados aos baixos preços, que no passado era possível somente para grandes companhias. Para Longenecker, Moore e Petty (1997), no processo produtivo a tecnologia de computação trouxe um sofisticado software chamado computer aided design (CAD) e Computer-Aided-Manufaturing (CAM), Segundo os autores os programas de CAD são para área de desenhos de engenharia de produtos, já os de CAM são para controlar máquinas, esses programas encontram-se ao alcance da maior parte de pequenos fabricantes. Para Oliveira (2004), a tecnologia da informação ajuda a aprimorar a estratégia, fornece dados em aplicações internas e externas. Nas aplicações internas incluem redes e sistemas de recursos empresariais (ERP), os gerentes estão constantemente usando a administração da informação para estratégia e competitividade do negócio. Batemam e Snell (1998) argumentam que a nova tecnologia pode mudar o rumo dentro de um setor. Empresas líderes que respondem a estas podem tropeçar, abrindo portas para novos entrantes com capacidade tecnológica. Essa busca por liderança tecnológica pode trazer eficiência perante seus concorrentes, podendo atrair mais consumidores por fixar preços mais baixos. Tanto para Ansoff e Mcdonnell (1993), e Batemam e Snell (1998) enfatizam a necessidade de investimento em P & D, perante as necessidades de fazer ou comprar. Sejam novas tecnologias; desenvolvimento interno; adquirir ou não a tecnologia fora do ramo familiar; desenvolvimento contratados; consultoria; treinamento interno. 5.8 Controladoria Conforme Oliveira, Hernandes e Silva (2008), entendem-se controladoria o departamento responsável por todo o projeto, elaboração, habilidades 52 gerenciais, além das funções financeiras e contábeis de uma empresa. Esclarece que este setor ainda deve: organizar e obter dados para a tomada de decisão, manter controle sobre diversas áreas e departamentos e influir nas decisões dos gestores da empresa. Nessa mesma linha de pensamento, Simeone e Salas (2001), relatam as necessidades de informação para a tomada de decisão e que este será desenhado segundo as características das estratégias de cada organização. Para os autores a forte competitividade obriga as estratégias de diferenciação e de custos ambas relatadas pelos autores. Oliveira, Hernandes e Silva (2008) dizem que para tais tarefas é utilizada uma pessoa chamada controller, este contribuirá com todas essas funções descritas anteriormente e enviará os dados qualitativos e quantitativos para a tomada de decisão da administração estratégica. A pessoa indicada para tal função terá que contribuir para o sucesso da missão, fornecendo dados através de controles das atividades operacionais, financeiras, administrativas e tributárias, por meio de sistemas de informação. Os autores relatam as necessidades de uma visão proativa e preocupada com o futuro por parte destes profissionais e níveis de exigências Para Leal (2008), a controladoria pode ser vista em dois grandes segmentos: contábil e fiscal e planejamento e controle. No contábil e fiscal as funções são as de contabilidade tradicional, conciliações das contas contábeis e controle físico do imóvel, e a gestão dos impostos. Já a segunda, planejamento e controle caracterizam-se das modernas atividades da controladoria. Esta conforme afirma Oliveira, Hernandes e Silva (2008), estão às questões orçamentárias, aspectos estratégicos de custos, contabilidade e desempenho de centros de analise. Martins (1998) complementam que a gestão estratégica dos custos excede estes cálculos, recursos materiais, humanos e financeiros. Para o autor, o fator chave da redução dos gastos para a maximização dos lucros começa desde o fornecedor até o consumidor final. Sendo nesta fase de transição quantitativa as chances reais de ganhos para a competitividade do setor alvo a ser seguido. 53 Conforme Oliveira, Hernandes e Silva (2008), a controladoria serve como conselheira e controladora da alta administração da organização. Fornecendo dados convincentes através de planejamento e pesquisa, mostrando a estes os pontos que põem em perigo ou reduzem a rentabilidade da empresa. Para a elaboração destas questões, os autores relatam algumas das principais funções do controller para esse sistema de informações. Algumas como informações; motivação; coordenação; avaliação; planejamento e resultado. Os autores esclarecem que a controladoria deve prestar serviços para melhoria contínua e contribuir com críticas construtivas e inteligentes. Para Leal (2008), o controller acabou tornando-se o responsável pelo sistema integrado de informações e serve para demonstrar através de fatos qualitativos e quantitativos para a tomada de decisão aos diretores e gestores da empresa. Diante disso, Oliveira, Hernandes e Silva (2008), afirmam que a influência do controller serve para que os gestores mantenham sua eficácia. Os autores afirmam que no planejamento estratégico, os profissionais da área enviam dados e informações confiáveis aos gestores para definição estratégica. No planejamento operacional, ele desenvolve um modelo de planejamento baseado no sistema de informações atuais, melhorando-as para devidas análises. Na função controle, o autor diz que o controller atua de forma independente através de números e gráficos quantitativos. Dessa forma Simeone e Salas (2001), comentam a necessidade de um planejamento anual com a estratégia em longo prazo. Assim, o tipo de estratégia de liderança ou custos para o sistema de controle da empresa. Para Oliveira, Hernandes e Silva (2008), Esse organograma depende do porte da empresa e cargos administrativos dessas organizações. Nas pequenas empresas, conforme complementam os autores esses profissionais poderiam assumir outras atividades tais como: finanças, processos administrativos, departamento de pessoal. Devido ao ambiente competitivo o apoio dessas pessoas é de principal papel para a gestão estratégica nas unidades de negócios. 54 5.9 Controladoria Estratégica Autores do assunto, de diversos países inclusive do Brasil, como Igor Ansoff (1990), Michael Porter (1986), Minstzberg e Ahlstrand (2000), Martins (2005), entre outros, há décadas divulgam o conceito estratégico para a obtenção de vantagem competitiva. Ambas tentando organizar e divulgar suas estratégias para manter de forma duradoura sua parcela no mercado. Nessas circunstâncias, Oliveira, Hernandes e Silva (2008), relatam que pensar em controladoria estratégica, significa a necessidade de pensar em um plano estratégico, o que exige do controller uma gama de informações e alta sensibilidade para prever a correta prevenção das ameaças de dentro e de fora desse ambiente competitivo. Os autores relatam a necessidade de concretizar as estratégias em longo prazo, aumento da parcela de mercado e competências administrativas. Para Leal (2008), as funções desse moderno controller nas execuções de tais tarefas são resumidamente a de ser um profissional adequado para o gerenciamento com habilidades interpessoais, o que o qualifica para agir com outros departamentos, deste seu papel na organização requerem muita experiência em administração e amplo conhecimento contábil. Conforme Koliver (2005), a controladoria constitui um ramo do conhecimento que esta apoiada à teoria da contabilidade. Apesar de não citar quais são as áreas, o autor explica que este profissional do futuro deve oferecer fatos contundentes aos gestores da organização. Para Oliveira, Hernandes e Silva (2008), a contabilidade recai para a contabilidade gerencial nos níveis estratégicos, tático e operacional. Assim se o tipo de estratégia que orienta a organização está voltado à liderança em custos, então a ênfase maior deve estar centrada no controle de custos. Para o planejamento estratégico é formado mais por aspectos qualitativos do que financeiro, dessa maneira os contadores têm tido muitas dificuldades de indicar o grau desvio entre essas metas e o que foi realizado no planejamento estratégico. 55 Para Hernandes, Oliveira e Silva (2008), a controladoria deve buscar metas para o fortalecimento da unidade de negócio. Os autores destacam a buscas por suas metas estratégicas e a forma na qual ela buscará em seu segmento de mercado a realização destas para a vantagem competitiva. Conforme os autores, a realização destas atividades estratégicas deve ter como objetivo principal a construir e manter a fatia de mercado conquistada. Para estas, o fluxo de caixa desta unidade de negócio estão equilibrados as saídas de recursos. Os autores destacam também a estratégia de colher, essa meta busca a maximização dos lucros a curto e médio prazo, geralmente são usadas em setores que detêm fatia alta nos mercados de baixos crescimentos. Koliver (2005) argumenta que o planejamento estratégico deve ter diferentes prazos controle financeiro e demonstrações contábeis, ambas sempre orientando a gestão dos assuntos estratégicos para a tomada de decisão. As forças externas e internas agem para essa necessidade de planejar para a sobrevivência da empresa. Da mesma forma Oliveira, Hernandes e Silva (2008), ressaltam as duas principais formas genéricas que as organizações utilizam para manter a vantagem competitiva. A primeira é a de baixo custo, esta deve ser cuidadosamente elaborada para que as organizações além de conquistarem uma parcela maior de mercado. Da mesma maneira, Porter (1986), a meta da liderança de custos é a grande penetração de mercado com base na vantagem competitiva de custos mais baixos que seus concorrentes, oferecendo produtos básicos com pouco sensacionalismo, porém com uma qualidade aceitável, baseado na curva de aprendizado ou experiência. Thompson e Strickland (2004) mencionam a segunda meta para a sobrevivência da empresa é a de diferenciação. Para os autores uma forma de criar uma estratégia de diferenciação eficaz é incorporar algumas características aos produtos que possam reduzir os custos para o cliente no seu uso ou incorporar diferenças que aumente esse desempenho esperado. Para Oliveira, Hernandes e Silva (2008), esta abordagem visa diferenciar e ofertar produtos de modo que os clientes possam perceber e adquiri-los. Os autores mencionam fidelidade à marca como o caso da Coca-Cola, IBM e até 56 casos de veículos como o da Mercedez-Bens. Os autores chamam à atenção a necessidade da gestão estratégica de custos e devido a esses elementos mais consistentes devem ser inseridos nos procedimentos e da contabilidade de custos. 57 6. ESTUDO DE CASO A empresa que será abordada no estudo de caso trata-se de uma pequena empresa de colchões situada em Suzano, município da grande São Paulo fundado desde 1985 e contratou uma consultoria para atender as suas necessidades de gestão estratégica e desde então a parceria vem trazendo frutos e os progressos alcançados. A busca incessante das empresas pela competitividade se tornou algo vital para sua manutenção e sobrevivência. Nesta parte as empresas que as adotam, conseguem uma vantagem significativa sobre seus concorrentes e nesta parte do trabalho acadêmico será mostrado o estudo de caso de uma pequena empresa do setor moveleiro e como ela está lutando para a manutenção dentro desse mercado competitivo. Devido ao meio competitivo conturbado, nos quais empresas competem entre si, para busca de parcelas de mercado. A importância do planejamento estratégico e primordial para que evitem riscos vindos do ambiente externo e transmitidos para o interno e podendo essas forças levar a organização resultar em um declínio. Declínio podendo ser parcial ou até irreversível dependendo do caso, o que para os administradores do futuro é algo visível a todo tempo. Para Ansoff e Mcdonnell (1993), um planejamento estratégico eficaz deve trazer retornos acima da média e para este obtenção de lucro o planejamento. Para Batemam e Snell (1998) existem quatro tipos de planejadores: o estratégico, o tático e o operacional e o completo geralmente encontrado nas pequenas empresas devido ao número menores de pessoas envolvidas com a questão estratégica da organização. A escolha da estratégia ideal para cada organização se faz necessária no ambiente de cada organização. Para Porter (1989), a escolha da estratégia empresarial é a essência de como a empresa irá atuar de forma competitiva em relação ao ambiente e com o propósito de trazer retornos sobre o investimento. As estratégias podem ser genéricas, direcionadas, de preço, de carteira entre 58 outras. Mas conforme afirma Ansoff e Mcdonnell (1993), não existem estratégias eficazes sem o comprometimento da administração e delegação para o comprometimento destas. 6.1 Etapas do Planejamento Estratégico O planejamento estratégico é um processo para a tomada de decisão, esses planejadores interpretam e analisam a situação a qual a empresa se encontra, com dados trazidos por membros da administração e planejamento para saber qual será o foco em que atuará para se defender das forças competitivas descritas anteriormente. Após essa análise o planejador definirá quais as perspectivas e a melhor forma de agir. A primeira etapa é definir a área na qual a empresa deverá atuar, esta área pode ser de vários produtos, serviços ou dependendo da organização pode ser apenas uma parcela de nicho de mercado. Muitas empresas, organizações estão se fundindo com outras a fim de obter grande parte desses mercados e para tentar hegemonia ou parcela alta de participação. Utilizam de práticas até ilegais para esta busca de competitividade. Nesta primeira escolhem-se os objetivos gerais de cada organização de como ela reagirá às forças vindas do ambiente externo. A segunda etapa se diz respeito à missão que justifica a existência da organização. Para Porter (1986), a finalidade da existência de uma organização, está ligada aos objetivos institucionais e à medida que representa a sua razão de ser, levando-se em consideração que esta poderá mudar conforme o tempo. A terceira etapa serão os objetivos, é a etapa na qual os planejadores estrategistas entram em um colapso, pois definem como a empresa atuará sobre as forças externas. Em alguns casos os planejadores se defrontam com gerentes que têm resistência a mudanças provindas através dos tempos. Os administradores devem levar em conta os fatores necessários e as medidas cabíveis para a mudança e a busca do despenho da organização 59 para a busca dos retornos financeiros para a busca da manutenção nesse ambiente conturbado de negócios. A quarta parte se diz respeito à essência do planejamento estratégico, quais são as ameaças, oportunidades, pontos fracos e pontos fortes. As ameaças e oportunidades independem da empresa, caminham a passos largos devido à tecnologia e concorrência. Os pontos fracos e fortes é aonde a figura do planejador age de forma a atender as satisfações de clientes e membros da empresa e conseqüente busca de resultados contundentes para ambas as partes. A partir da quarta parte do planejamento estratégico a organização parte para o delineamento das estratégias cabíveis dentro do ambiente ao qual atuam e se diversificam para a obtenção de parcelas do mercado. A organização procurará os planejamentos mais adequados e terá mecanismos de acompanhamento para ver se a estratégia esta sendo viável e se os objetivos e metas estão sendo concluídos. Nas etapas de planejamento estratégico ficou decidido qual seria a missão da empresa que foi: “Fabricante de colchões de alta qualidade na linha de colchões de mola, que promovam um repouso confortável aos clientes”. E a visão estratégica da empresa foi: “Buscar maior participação no mercado de colchões de molas, buscando maior participação no mercado atacadista, atribuindo produtos de valor agregado”. 6.2 Caracterização da Empresa A empresa no qual estão sendo implantadas mudanças em planejamento, administração estratégica e aplicando estratégias no âmbito empresarial, atua no segmento de colchões desde 1985, nesta época ela situava-se na cidade de São Caetano do Sul, microrregião do estado de São Paulo e foi fundada por representantes comerciais de vendas. A área de atuação era voltada para o comércio de colchões de espuma, iniciando sua produção com dois modelos básicos de SKATE WAY (densidade 60 20) para atender o público jovem, e DANÚBIO (densidade 23) par atender um público mais exigente e de padrão mais elevado. No mesmo ano em decorrência do crescimento acelerado dos negócios, a empresa mudou-se na mesma cidade para uma planta maior com área de 500m², visando atender as solicitações e exigências do mercado. Em 1989 após ser acometida por um incêndio, o qual destruiu todas as instalações, a empresa mudou-se para o município de Suzano, município da zona leste de São Paulo, numa área de 2800m². Posicionando-se no mercado como fabricante de produtos de alta qualidade, tendo como meta principal à valorização de sua marca, prestando bons serviços, respeitando seus clientes e seus colaboradores, que para a empresa representa o seu maior patrimônio. Sua característica inovadora premiou-a como pioneira em lançamentos de novos produtos e grandes formadores de opinião no mercado de colchões no Brasil. Destacando-se algumas soluções inovadoras que foram lançadas no mercado: • Primeiro colchão de espuma rígida, substituindo os antigos caixotes de madeira chamados ortopédicos. • Primeira empresa a fabricar espumas para colchão com densidade acima de 35 Kg/m³. Exemplo: D-45, ORTOLIGHT, hoje usualmente utilizada no mercado de colchões. • Primeira empresa a utilizar malhas de poliéster no revestimento de colchões, mudando na época a tendência do mercado de revestimentos calcada até então no algodão. • Primeira empresa de colchão no Brasil a utilizar tratamento anti-ácaro nos revestimentos. • Pioneira na fabricação de etiquetas para colchão no Brasil em hot stamp. • Primeiro colchão de espuma com acabamento pillow top fabricado no Brasil. • Pioneira em utilização de produtos renováveis. 61 Os principais produtos comercializados pela empresa até o ano de 2008 eram os colchões de espumas podendo citar: Foto 1- Colchão D 28- ABNT Fonte: (BATISTA, 2010 pg.2). Foto 2- Colchão D 33- Pillow Top Fonte: (BATISTA, 2010, pg. 2). Foto 3- Colchão D 45- ABNT Fonte: (BATISTA, 2010, pg. 2). A letra D nos produtos refere à densidade dos produtos que é feita através da equação química Densidade= Massa / Volume que mostrará qual o melhor produto que se adéqua ao peso do cliente. No ano de 1999, a empresa entra no mercado de colchão de molas, fabricando vários modelos de colchão e Box, mais uma vez destacando-se pela qualidade de seus produtos. Em 2003 a empresa mais uma vez preocupada com a melhoria contínua da qualidade de seus produtos, inicia seu processo de implantação da Norma NBR ISO 9001:2000. 62 Em 2004 a empresa começa a atuar no mercado de espumas industriais, para os mais variados fins como ex: mercado moveleiro, automotivo, calçadista, varejista. Atualmente a empresa encontra–se em processo de reestruturação e retomada de mercado, visando melhoria na qualidade do atendimento e dos produtos, a fim de recuperar as margens esperadas de lucro. A seguir serão mostrados alguns dos principais produtos comercializados pela empresa atualmente. Foto 4- Colchão de Linha Intermediária Fonte: (BATISTA, 2010, pg. 1) Foto 5- Colchão de Linha Firme Fonte: (BATISTA, 2010, pg. 1). 63 Foto 6- Colchão de Linha Plush Fonte: (BATISTA, 2010, pg. 1) 6.3 Formação do Patrimônio A formação do patrimônio de qualquer indústria não é algo fácil, principalmente para as empresas de transformação de plásticos, que representam a terceira geração da cadeia de plásticos, principalmente na compra de máquinas para as diferentes partes do ramo da fabricação de produtos. Depois do incêndio descrito anteriormente a empresa procurou buscar seus retornos financeiros e obter parcelas do mercado para a compra dos itens que compõem a fabricação dos colchões. A empresa na ocasião do acidente conseguiu recuperar grande parte do laboratório e algumas máquinas de valor único para a fabricação do produto final. Com o passar dos tempos a empresa conseguiu obter algumas máquinas laminadoras. As laminadoras adquiridas foram duas laminadoras transversais e duas horizontais e um torno de laminar espuma flexível. A laminadora transversal tem como finalidade cortar blocos de espuma de até 5 metros em cubos tamanho do colchão ou conforme a necessidade da produção, através do cisalhamento do material promovendo maior resistência do contorno dos grãos. As laminadoras verticais servem para conformar as espumas e fazem as partem laterais dos colchões. O torno para laminar 64 espuma flexível tem como principal função laminar as espumas para o setor de bordadeiras os quais fazem a junção entre espuma e tecido formando o material final de revestimento para os produtos. A empresa usufrui de máquinas de costuras retas e overloques, as quais fazem faixas e capas para as camas Box, todas elas de alto desempenho e também máquinas para fechamento de colchões. O setor de espumação é um dos mais tecnológicos da organização, após sua obtenção a empresa não precisava mais comprar espumas de outros fornecedores e assim manter uma economia de custo e também a aplicação de suas novas tecnologias. Depois de adquirido o patrimônio o cuidado foi só com a manutenção desses produtos e cuidados para que estes não ficassem obsoletos. Segundo relato dos próprios donos da empresa, esse processo durou quase dez anos e até hoje ainda se procura a busca de novas ferramentas para facilitar o escoamento da produção. 6.4 Estratégia adotada para a empresa Desde o inicio das atividades até os dias atuais a empresa do estudo de caso passou por muitas mudanças nas estratégias utilizadas. Por se tratar de uma empresa de pequeno porte e por não ter pessoas com essa visão de mercado algumas das estratégias citadas ao longo do trabalho acadêmico eram praticadas sem ter noções dos seus impactos e possíveis riscos. No início da organização, a estratégia para o plano de vendas foram de forma extraordinária, os donos eram representantes comerciais do segmento de mercado e ao começo já tinha uma boa carteira de pedidos, e como subseqüência teve que mudar de planta. A vantagem competitiva conseguida pelo setor de marketing trouxe muitos benefícios como a aquisição de bens e retornos satisfatórios aos donos da empresa, a demanda desses produtos eram grandes e a empresa buscando manter sua parcela no mercado, ganhava apenas com a venda de produtos a preço de atacado. Segundo os donos da empresa eles que tinham o conhecimento de algumas estratégias conhecida por seus conhecimentos acadêmicos e buscavam a penetração do mercado 65 através da estratégia através da liderança de custo total. Estratégia esta argumentada por Porter (1986) como a de introduzir produto básico no mercado, com custo baixo e com boa qualidade. Depois de determinada época a empresa passou por transformações e seu layout já não eram mais suficientes para a produção desses produtos e seu número de colaboradores foi triplicado e passaram a trabalhar no regime de turnos para manter a demanda de pedidos. Sem ter o número exato do que estava sendo produzido e comercializado. A estratégia diferenciação também foi utilizada numa determinada época, pois com o desenvolvimento de um amplo laboratório, a empresa foi a primeira a produzir colchões com densidade acima de 35 Kg/m³ e primeira empresa do Brasil a utilizar tratamentos antiácaros nos revestimentos e com isso aumentou a renda da organização e busca de clientes de alto padrão e que consumiam produtos de valor agregado. A estratégia foi utilizada por tempos, mas para uma empresa de pequeno porte atender a demanda de mercado de todos os níveis de classe é relativamente impossível. Atualmente a estratégia visível utilizada é a estratégia de enfoque, buscando atender clientes de produtos considerados de linha alta, com satisfação e com um custo relativamente baixo para os compradores. Essas estratégias sempre trouxeram vantagem competitiva sobre os concorrentes, pois a empresa combina diferenciação com custo baixo. 6.5 A aplicabilidade de outras estratégias A aplicabilidade das estratégias direcionada a compradores, fornecedores, carteira, determinação do preço e do marketing eletrônico são determinadas pelos fatores externos dependem diretamente dos fatores externos e dos novos entrantes, os quais serão mostrados de formas separadas seguindo o modelo de Porter (1986), e os conhecimentos por parte da alta administração da empresa. Conforme Porter (1986), toda empresa esta inserida num ambiente ao quais as forças competitivas determinaram o seu retorno financeiro pelo capital investido e a intensidade desta varia de negócio 66 para negócio. Segundo o autor as principais forças competitivas do negócio são: • Entrantes potenciais • Fornecedores • Compradores • Substitutos • Concorrentes Figura 4- As Cinco Forças Competitivas. Fonte: (PORTER, 1989, pg. 4). Este conceito de Porter expande a idéia de que somente empresas do mesmo segmento concorrem entre si pela busca do domínio do mercado, a seguir serão mostrados de forma mais detalhadas o poder de cada um dessas forças competitivas. Os entrantes potenciais são caracterizados por novas empresas que entram para um ramo de negócio com o objetivo de ganhar parcelas de mercado. No caso do setor moveleiro ao qual está situada a fabricação de colchões, a ameaça desses estreantes e fator preocupante, pois diminuem a rentabilidade do negócio, por se tratar de um ramo que os custos iniciais para uma montagem de uma unidade de negócio é relativamente alta, se 67 comparada com outros setores da economia. O poder desses entrantes é algo relativamente preocupante para a administração da empresa, esses grupos vêem com técnicas novas, maquinários de uma geração e até com boa carteira de pedidos, outras empresas entrantes de porte pequeno não entram com o poder de mercado com os entrantes potenciais, mas utilizam práticas de vendas de baixo custo, através de sonegação de impostos e atributos. Os fornecedores são caracterizados pelo poder de barganha sobre as empresas de um ramo de negócio, com ameaças de elevação de preços, diminuição de qualidade etc., implicando também a diminuição da rentabilidade. As principais características de ameaça são: • O grupo de fornecedores é dominado por poucas companhias e é mais concentrado do que a indústria para a qual vende. • A indústria compradora não é um cliente importante para o grupo de fornecedores. • O grupo de fornecedores não tem concorrência de produtos substitutos. • O produto do grupo de fornecedores é um insumo importante para a empresa. • Os produtos do grupo de fornecedores são diferenciados ou o grupo desenvolveu custos de mudança. • O grupo de fornecedores é uma ameaça de integração para frente, ou seja, tem possibilidade de adquirir empresas-cliente. Compradores são todos aqueles que aplicam o poder de barganha sobre as empresas de um ramo de negócio, podem forçar a baixa dos preços da indústria vendedora, bem como na qualidade dos produtos ou serviços, fazendo com que esse grupo de empresas entre em concorrência. O grupo de compradores está concentrado ou adquire grandes volumes em relação às vendas do vendedor, os produtos são padronizados ou não diferenciados. Além desses fatores existem alguns outros que devem ser ressaltados. 68 • O grupo de compradores enfrenta poucos custos de mudança. • Os produtos que o grupo de compradores adquire representam uma fração significativa de seus custos. • O grupo de compradores é uma ameaça de integração para trás, ou seja, tem possibilidade de adquirir seus fornecedores. Os substitutos são forças competitivas caracterizadas por empresas que fabricam produtos substitutos aos produzidos por uma indústria. Neste caso, a lucratividade pode ser reduzida a partir do momento em que os produtos substitutos ofereçam uma alternativa de preço e qualidade mais atraente para os consumidores. Esses se tornam uma ameaça quando o preço desses produtos se torna mais baixo que o da empresa, quando se tem mais aos produtos da empresa concorrente. Os concorrentes têm sido as maiores dificuldades de aceitação de produtos da empresa mencionada ao estudo de caso. Os clientes do setor procuram comprar produtos de marcas conhecidas nacionais ou internacionalmente e por esse fator a empresa não pode adicionar valores agregados que excedam o valor desses concorrentes. Outro fator dessa concorrência é o fator demográfico, muitas empresas concorrentes potenciais estão situadas região conhecida como alto tiete paulista e outras em áreas do interior paulista, onde fica a principal rota de rodovias do país, associado ao fator de custo de matéria-prima que estão relativamente perto e a preços dos produtos e salários dos colaboradores que são relativamente mais baixos. Existem outros agentes externos que forçam a empresa a ter que tomar medidas de postura estratégica para a manutenção e sobrevivência num mercado competitivo, por exemplo, a associação brasileira de normas técnicas é um órgão que estabelece a normalização dos produtos e tem como objetivo, buscar a economia, ou seja, criar a redução crescente da variedade de produtos. Para os clientes, os produtos que seguem essas normas ajudam, pois seguem as normas de qualidade total e um possível barateamento com a uniformidade dos out put final. 69 A estratégia direcionada a compradores foi algo de grande dificuldade e tem sido até os dias atuais, pois os compradores da empresa são revendedores do produto e querem produtos baratos e com qualidade aceitável para que a venda seja certa e rápida, os compradores de produtos da organização são variados e fizeram a empresa a ter que fornecer produtos de diferentes níveis de classes sociais existentes. A escolha desses fornecedores foi um fator de grande dificuldade para a empresa, numa determinada época, os principais compradores atacadistas eram clientes da empresa e o crescimento no volume de vendas se tornou assustador e a empresa economizou em grandes necessidades de plano de marketing. Essas táticas para os compradores embora parecessem boas, trouxe a empresa uma falta de demanda e espaço físico novamente e esta sufocada começou a trabalhar sobre o regime de turnos. Ao longo do tempo foi descoberta que ao final as receitas totais da empresa ainda continuavam sendo de uma empresa de pequeno porte. Segundo fontes da empresa o quadro de colaboradores aumentou de 40 para 120 no mesmo ano e o acumulo de materiais intermediários ficou alarmante. Os estoques intermediários são aqueles produtos que estão na linha produtiva, nem estão produzidos e nem podem ser usados para outros fins, ou seja, estão no processo de acabamento. As estratégias para fornecedores sempre agregaram um valor ao produto final relativamente alto, por se tratar de uma empresa de pequeno porte, fica difícil barganhar preços e por isso obteve uma grande dificuldade em obtenção de lucros por parte da alta administração da empresa. As estratégias de carteiras precisaram ser revistas pelo fato da empresa trabalhar pura e simplesmente para compradores e para os fornecedores, os rendimentos até o presente momento não eram suficientes. Após a percepção dos donos da empresa e devido a problemas societários foi contratada uma consultoria, pois não restava a empresa alternativa, pois o declínio poderia acontecer por essas razões externas. As análises da consultoria trouxeram dados quantitativos, que até presente momento era feito de forma erronia. Depois de análise a consultoria adotou postura que serão abordadas e que trouxeram a empresa e funcionários outra 70 percepção no modo de como encarar o ambiente competitivo dos negócios. A consultoria tem a função de administrar a empresa, possui poder de decisão está ligada diretamente à instituição para auxiliar na recuperação da mesma. A consultoria dinâmica é a empresa responsável por este trabalho e disponibiliza para a empresa o que existe de melhor em qualidade profissional e por isso, o conselho administrativo a nomeou para ajudar nesta nova etapa da empresa. A estratégia pela internet esta sendo aplicada pela empresa para atingir primeiramente o público do segmento de compras de produtos do segmento de atacado, instalado a pedido da consultoria o processo evolutivo de marketing pela internet envolverá esses compradores e auxílio para serviços de atendimento a clientes e posteriormente atender mais demanda do mercado oferecendo conforto e descanso, através de seus bens tangíveis. As principais estratégias do marketing da empresa são referentes à qualidade dos produtos, o que para ela são a principal contribuição para o bem estar de seus clientes, oferecendo produtos ideais para uma noite de sono, com o colchão que mais lhe agrade. A empresa oferece em sua linha de produtos três principais fontes de conforto, o firme, intermediário e o macio. Nestes produtos oferecidos pela organização são aderidos diversos tratamentos para a diferenciação com os produtos dos concorrentes existentes tais como: • Fibra natural de eucalipto presente no tecido. • Fibra natural de bambu presente no tecido. A grande vantagem desta fibra é conter um bactericida em sua constituição. • Tratamento com base de Aloe Vera, proporcionando um toque suave e agradável ao tecido. • Tratamento a base de íons de prata, que evita a proliferação de ácaros, fungos e bactérias. • Tencel: fibra natural presente no tecido que proporciona muito mais frescor ao dormir. • Mosquito Free: tratamento aplicado no tecido que repele a presença de insetos no colchão. 71 Esta gama de tratamentos em seus produtos tem trazido à organização um diferencial na qualificação e aceitação de seus produtos fato este descrito anteriormente pelo impacto das forças competitivas dos concorrentes e pela ação de novos entrantes potenciais e por a organização deter apenas parcela do mercado ao qual situa. 6.6 Controladoria e Controladoria Estratégica da Empresa O setor de controladoria foi implantado na empresa a pedido da Diretoria, terá como função fornecer informações gerenciais para a tomada de decisão. Para isto já foram tomadas algumas medidas que iram ajudar na recuperação da empresa e aumento na competitividade, algumas medidas estão sendo tomada de forma imediata, como o apontamento da produção, a análise dos custos, o planejamento de vendas. Para o profissional da contabilidade foi atribuída às funções de controller, uma função mais avançada para o profissional da contabilidade segundo o que descrevem Oliveira, Hernandes e Silva (2008). O papel da controladoria neste processo foi estruturado em dois grandes grupos: contábil, fiscal, planejamento e controle. A controladoria elaborou um organograma de inter relação entre os departamentos para mostrar à diretoria a forma de fluxo de produtos dentro do âmbito da empresa, este se inicia da controladoria e tem destino final o setor da expedição. Este último destina-se o produto final ao cliente e este se reinicia como um processo contínuo. Após essa elaboração o setor de controladoria atuará no processo contínuo de auxiliar em tomadas de decisões estratégicas da direção da empresa e informações claras e precisas para os gerentes nas diversas áreas da organização. O setor de controladoria não possui poder de decisão na empresa apenas transmite informações aos diversos níveis hierárquicos relata o consultor da empresa. 72 Organograma 1- Relação entre Departamentos Fonte: (BATISTA, 2010, pg.3) • Contábil e fiscal: neste segmento são exercidas as funções e atividades das contabilidades tradicionais, informação dos fatos ocorridos dentro da empresa e relatórios para societários, através de escrituração. Dados úteis sobre a empresa. • Planejamento e controle: esta se caracteriza pelo aspecto moderno da empresa, parte principal da mudança da empresa para aspectos estratégicos e analise de apuração de custos. O setor de controladoria tem um relacionamento com algumas partes da empresa para a redução dos custos e aumento de sua competitividade e fluxo 73 de informações as decisões de planejamento estratégico elaborado pela consultoria. Por exemplo, as suas interações com o setor de compras algumas das relações foram: dos fornecedores; com os preços da matéria-prima; volume de compra; prazos de pagamento. Para o setor financeiro referentes a compras vêem o valor das compras e os prazos de pagamentos e os setores de custo mandam as informações sobre o volume de vendas, valor de compras, relação com o preço de matéria-prima e a relação dos preços dos fornecedores. Estas informações são separadas em grupos para facilitar a análise das informações recebidas. Após estas análises são elaborados planejamentos que ao caso citado no setor de compra, é planejado as contas e condições de desconto, prazos e melhores preços sem afetar a qualidade do produto, aplicando-se uma política de redução de custos, estas informações são transmitidas para o gerente industrial e o diretor da empresa. 6.7 A administração estratégica Para Arantes (1998), a administração estratégica é aquela responsável pela formulação dos planejamentos estratégicos, e estes planejamentos desenvolvidos através de reuniões buscam a formulação e a melhor execução, para a delegação das diversas partes da organização. Os administradores têm papel principal em participação nesse desenvolvimento e atuação nas mudanças quando estas ocorrem. Esses administradores tomaram as medidas de longo prazo para questões externas e curto prazo para internas. A administração é algo necessário para a competitividade, os principais desafios são: satisfazer as necessidades e desejos dos clientes, oferecerem produtos com preços acessíveis quando for alvo de sua estratégia, promover renda a colaboradores, trabalhar na redução de custos internos e melhoria contínua dos produtos com respeito ao meio ambiente, fornecer insumos para fabricação. No setor de produções/operações ela se torna chave para a 74 melhoria na produtividade através de planos e metas para sustentar a estratégia competitiva em longo prazo. A figura a seguir mostra os seis principais componentes do processo de administração estratégica estabelecimento da visão; análise ambiental; avaliação interna; formulação de estratégias; implementação de estratégias; e controle estratégico. Figura 5- O Processo de Administração Estratégica. Fonte: (BATEMAM E SNELL, 1998, pg.126). Para Ansoff e Mcdonnell (1993), o foco da administração estratégica e se ocupar com o futuro da organização, buscando resultados por meio de decisões que maximizem a obtenção de lucro. Para isso os administradores estratégicos terão que decidir onde agir e quais ferramentas utilizará para esse esforço para o enfoque estratégico. 6.8 Planejamento Estratégico e dos Recursos Estratégicos Nessa parte a consultoria teve um papel fundamental desde a elaboração da estratégia a ser adotada pela empresa aos passos de criar-se um planejamento eficaz. A aplicação da metodologia para o planejamento estratégico dos recursos da empresa consiste em atacar as forças competitivas tanto do ambiente externo quanto do ambiente interno. Depois das diversas 75 análises de controladoria, o fluxo de informações para este ataque consistiu em resolver os problemas com os fornecedores, à concorrência e planejamento ao longo prazo. O grande problema no caso dos fornecedores era a dificuldade destes com o prazo de entrega, o que acarretava atrasos de produção da empresa, transtornos e reclamações por parte de compradores e possíveis cobranças de multas por parte desses. Para isso o pessoal de compras fez acordos de compra com seus fornecedores e entregas no prazo correto e adequou seu estoque de insumos para o aumento de suas capacidades e atendimento a possíveis compradores entrantes. No caso dos compradores a empresa reduziu o número de clientes em seu segmento de atacado, após as análises e diversas reuniões, a consultoria tomou uma difícil estratégia nessa redução. Segundo a consultoria, a empresa não conseguia manter um ponto de equilíbrio em seus produtos devido a essas forças competitivas que desvalorizavam o reconhecimento e aceitação dos desempenhos dos produtos. Segundo as análises, alguns produtos não pagavam nem seu preço de manutenção. Veja um exemplo de um produto já extinto pela diretoria geral por não obter margem de lucro que compense sua manutenção mesmo com planejamento de redução de custos. A margem, de contribuição é calculada da seguinte forma: Preço de Venda – Custo de Mercadoria Vendida – Despesas Variáveis. No caso descrito o preço de vendas+ R$ 200,00 (100%) – Custo de Mercadorias Vendidas= Margem de Contribuição. Devido à falta de planejamento estratégico as forças competitivas dos concorrentes deixaram de ser um risco constante para a empresa. Um dos principais concorrentes caiu em declínio definitivo, deixando para a organização um amplo espaço de compradores potenciais e de valor agregado aos produtos vendidos, mas a atual equipe de planejamento estratégico não considerou essa situação como ganho real. Segundo eles a força potencial de novos entrantes poderá significar uma dificuldade tão maior como a dos concorrentes. Para isso a empresa vem desempenhando um papel de pioneira de lançamentos de novos produtos ao mercado. Desde a implantação do 76 planejamento até a atual administração estratégica da empresa, foi lançada uma gama de novos produtos ao mercado. O ciclo de vida de um produto no setor moveleiro de colchões é extremamente rápido se comparado a muitos outros do setor de plásticos, então a atual equipe de planejamento estratégico, lança de quatro a 20 novos produtos ao ano na sua área de atuação que é a venda de produtos com padrão europeu chamado de Euro Pillow e oferece também um conjunto de produtos com molas ensacadas individualmente com tela de polipropileno e molas do tipo bonnell para maior conforto e respeito ao sono que é a principal meta da empresa. O gráfico a seguir mostra o ciclo de vendas de determinados produtos. No caso da empresa de colchões esse ciclo dura aproximadamente seis meses. O que obriga a empresa a lançar no mínimo quatro produtos ao ano. Gráfico 1- Volume de Vendas x Tempo Fonte: (VIDIGAL, 2008, pg. 10). O grande problema da empresa relacionado ao capital de giro foi resolvido, após negociações com compradores ficou negociado que os produtos seriam fabricados somente após a liberação de parte dos recursos que cobrissem ao menos os custos de fabricação. Alguns compradores de poder de barganha recusaram-se a este imposição da empresa e cancelaram alguns pedidos feitos. Para muitos funcionários da alta administração 77 mostraram-se desconfiados ao futuro que tomaria os negócios, mas a concepção de encorajamento e motivação de equipe composta pelo Diretor Geral mostrou-se com competência para enfrentar essa turbulência e outras que poderão surgir ao longo desse mercado competitivo. A seguir será mostrado um gráfico de vendas que reduziram devido à saída de compradores que não adquiriam produtos com valor adicionado. Gráfico 2- Vendas de Produtos Fonte: (BATISTA, 2010, pg.3) 6.9 A administração Estratégica para a Competitividade A administração estratégica envolve um processo de várias etapas. Algumas destas já foram descritas anteriormente como a escolha da estratégia a ser adotada pela empresa, que no caso da organização caminhou-se para a uma das estratégias genéricas descritas por Porter (1986) que é a estratégia de diferenciação focada que consiste em oferecer ao mercado produtos ao mercado com diferenciação, o grande diferencial proposto pela organização tem sido a estratégia de preço nesses produtos que em comparação aos dos concorrentes estão com um custo relativamente baixo e de qualidade semelhante a esses. 78 A etapa que tem representado bastante dificuldade é o controle estratégico que se concentra na monitoração e avaliação do processo da administração estratégica no sentido de melhorá-lo e assegurar o seu funcionamento adequado, formulando ações corretivas. Para tal função o controller estratégico tem procurado fornecer informações mais precisas para a tomada de decisão. Tem sido uma luta árdua para esse profissional, mas a empresa esta caminhando para a colocação de softwares de controles como o MRP para a programação da produção e para integrar o setor de reformas a dados estatísticos de melhoria contínua e necessidades dos clientes. Os administradores da empresa apresentam várias das características descritas por Batemam e Snell (1998) basicamente é administrador completo em suas funções, pois a equipe de trabalho na organização se encontra reduzida. O papel de administrador geral e estratégico coube a consultoria da empresa. Este planeja junto à equipe de planejamento estratégico e transmite as informações ao gerente de nível médio. Esta função de nível médio vem são a chave e suporte das decisões estratégicas, pois se trata de um funcionário de alta competência e dinâmico, as decisões tomadas geralmente com alta rapidez e levadas aos administradores operacionais. Os administradores gerais têm a função de ligação entre o administrativo e o não administrativo, na empresa do estudo de caso é desempenhado por dois supervisores de produção que acompanham e supervisionam a produção verificando se os objetivos e metas da organização estão sendo cumpridos com o prazo determinado e por um gerente de vendas que ao administrador tático as previsões de vendas e este examinam se as condições estão conforme a demanda e margem de contribuição exigida pelo administrador estratégico. O administrador geral teve a capacidade de prever que o futuro seria diferente do passado ao qual a empresa passava, propôs idéias que obteve resistência parcial de algumas pessoas da alta direção, como a mudança de compradores e fornecedores que representavam as principais forças competitivas da empresa segundo dados levados e transmitidos pelo setor de controladoria. Outro passo importante foi à obtenção de novas tecnologias 79 trazidas para o âmbito empresarial, estas colocaram a empresa como referencia em colchões de alta qualidade e desempenho. Atualmente a empresa vende seus produtos para boa parte dos maiores compradores do setor mantendo sua excelência em competitividade com preços baixos e busca de maior produtividade para atender a estes. Promovendo um trabalho parcial com outras patentes de produtos que buscam adquirir a tecnologia e sofisticação alcançada com os produtos de sua marca. No caso das novas patentes a empresa assume o comprometimento com a entrega dos produtos para os devidos galpões de distribuição destas e com as assistências de produtos caso ocorram. Se determinada empresa não possui patente, a empresa envia os produtos com a sua marca registrada e devidas garantias. Para isso a empresa envia, além da garantia de compra, um manual sobre o sono e possíveis dúvidas. A administração estratégica esta desempenhada por metas. Essas metas são buscadas pelos administradores de todas as partes da empresa tentando focar na obtenção de resultados e busca de retornos satisfatórios acima da média. O foco no futuro da empresa mencionada é atender demandas de outras cidades do país, pois até o presente momento, à falta de incentivos e taxações impostos estão limitando a empresa a migrar seus produtos para as diversas regiões do país. Segundo relato dos donos da empresa espera-se que se possa criar uma ou duas novas unidades de negócio, ou no interior de São Paulo ou em alguma cidade estratégica. 80 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O objetivo proposto pela consultoria em relação à necessidade da empresa ter uma gestão estratégica para a competitividade foi alcançado com êxito. As análises sobre o problema do trabalho foram solucionadas devido à introdução de produtos de valor agregado, o que trouxeram os retornos financeiros sobre o capital investido pelos donos da organização. Produtos esses que trouxeram a pequena empresa mencionada uma visão diferente, que até a contratação da consultoria, achava que somente com grandes lotes de produção, é que se poderia obter uma lucratividade maior. Com o processo de gestão estratégica a empresa conseguiu preparar-se para agir no crescente mercado competitivo. Esta administração estratégica é contínua, porém, se trabalhado de forma adequada seguindo os passos apresentados desde a escolha da missão, pode-se conseguir a tão esperada vantagem competitiva. Mesmo depois de conseguido a vantagem competitiva, a empresa tem que trabalhar em constante manutenção. Esta obriga os administradores da empresa a terem sua parcela de contribuição, partindo da alta direção da empresa até os níveis mais baixos de administradores. A empresa mencionada ao estudo de caso teve sua recuperação e desenvolvimento de mudanças de cultura organizacional conquistando uma parcela de mercado de alto custo e contínuo aprimoramento para manter este alto desempenho, mesmo devido às dificuldades por se tratar de uma empresa de pequeno porte. O papel da consultoria tem sido fator determinante para essa chave de sucesso, com o constante acumulo de experiências estratégicas trazidas ao âmbito organizacional. Existem diversas formas de estratégias de se manter vantagens competitivas, cabem aos administradores e gestores de acordo com a realidade de sua empresa, implantar as melhores estratégias para a obtenção de suas metas e objetivos e retorno satisfatório sobre o capital investido. Levando-se em consideração a busca de agregar valor aos produtos e atrair compradores potenciais. 81 8. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Manual de planejamento estratégico: 2ªed. São Paulo: Atlas, 2003. ANSOFF, H. Igor. Estratégia Empresarial. São Paulo: McGraw-Hill, 1977 ANSOFF, H. Igor. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 1990. ANSOFF, H. Igor, MCDONNELL, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2ªed. São Paulo: Atlas, 1993. ARANTES, Nélio. Sistemas da Gestão Empresarial: Conceitos Performances Na Administração das Empresas Válidas. São Paulo: Atlas, 1998. BATEMAM, Thomas S. e SNELL, Scott A. administração: Construindo Vantagem Competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. 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