ARTIGO – COLONOSCOPIA: UM EXAME A SER FEITO
Dr. Vitor Binda
Proctologista do Centro do Câncer de Intestino da CliniOnco
Para você que está lendo esta revista e procurando saber a respeito do que há para
viver um tempo maior e da melhor forma possível, aqui existem informações valiosas.
Vamos falar sobre como diagnosticar o câncer do intestino grosso, sobre os exames
existentes, quando são indicados e como são feitos.
Existem razões para falar em câncer do intestino. Essa é uma doença frequente
entre nós e o seu tratamento envolve uma combinação de cirurgia, radio e
quimioterapia (igualmente fontes de sofrimento). Além disso, tem-se demonstrado que
esta doença pode ser evitada: no cólon, a maioria dos tumores malignos evolui a partir
de pólipos (pequenas “verrugas”) intestinais que podem ser ressecados,
interrompendo seu desenvolvimento.
A indicação da avaliação intestinal pode vir de sintomas como sangramento anal ou
mau funcionamento intestinal. Mas os sintomas não são claros o suficiente para servir
de alerta. Essa é a justificativa para que a colonoscopia seja proposta a quem nada
sente, apenas com o intuito de evitar o surgimento ou diagnosticar precocemente este
câncer.
Falando do exame em si, este pode ser dividido em 3 etapas: na primeira, faz-se a
limpeza do intestino (restringindo a dieta e usando laxativos), a qual é intensa mesmo
nas 6-8 horas antes do exame. Na segunda, o paciente é sedado pelo anestesista ou
pelo próprio proctologista e dorme enquanto o cólon é inspecionado e, na presença de
lesões de interesse, tratado. A terceira fase é a recuperação, onde até podem restar
algumas cólicas em função do ar que foi injetado, mas que em geral é muito tranquila.
É possível que você esteja pensando: sim, mas, existem riscos ou alternativas? Os
riscos são maiores quanto maiores são os pólipos a serem retirados (e mesmo assim
muito pequenos). E não podemos nos esquecer que também é ai onde o beneficio é
maior: essas são as lesões que têm maior risco de malignização no médio prazo.
Quanto às alternativas, duas merecem ser citadas: uma delas a colonografia (ou
“colonoscopia virtual” – uma tomografia computadorizada de abdome cujas imagens
do cólon são recriadas por computador) e a capsula endoscópica (uma pílula que ao
passear pelo intestino produz várias imagens da mucosa). Na comparação, entretanto,
todos exigem o preparo e apenas a convencional é capaz de fazer não só o
diagnóstico, mas também o tratamento das lesões precursoras.
Agora você já sabe um pouco sobre o assunto. Converse com seu médico ou com
um especialista desta área. Esclareça dúvidas e perca o receio: os benefícios são
claros e estão a o seu alcance.
REVISTA INTETEGRATIVA
Edição Trimestral – Nº 06 – ANO 02 – Junho de 2014
www.clinionco.com.br
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