Mercados informação global Dinamarca Ficha de Mercado Dezembro 2013 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Índice 1. Dados Gerais 3 2. Economia 4 2.1 Situação Económica e Perspetivas 4 2.2 Comércio Internacional 7 2.3 Investimento Estrangeiro 9 2.4 Turismo 3. Relações Económicas com Portugal 10 10 3.1 Comércio de Bens 10 3.2 Serviços 13 3.3 Investimento 14 3.4 Turismo 15 4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 16 4.1 Regime de Importação 16 4.2 Regime de Investimento Estrangeiro 17 5. Informações Úteis 19 6. Contactos Úteis 20 7. Endereços de Internet 22 2 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) 1. Dados Gerais Mapa: Fonte: EIU 2 Área: 43.075 km (excluindo a Gronelândia e as Ilhas Faroé) População: 5,6 milhões de habitantes (estimativa 2013) Densidade populacional: 130 habitantes./ Km Designação oficial: Reino da Dinamarca Chefe do Estado: Rainha Margrethe II (ascendeu ao trono em Janeiro de 1972) Primeiro-Ministro: Helle Thorning-Schmidt Data da atual Constituição: 5 de Junho de 1953 Principais Partidos Políticos: Partido Liberal; Partido Social-democrata; Partido Popular Dinamarquês; Partido 2 Social Liberal; Partido Popular Socialista; Lista de Unidade; Aliança Liberal; Partido Popular Conservador. As próximas eleições estão agendadas para 2015 Capital: Copenhaga (518.000 habitantes) 3 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Outras cidades importantes: Herning; Aalborg; Odense; Esbjerg; Vejle Religião: A maioria da população é cristã, sendo cerca de 95% aderente da Igreja Luterana Evangélica; há ainda pequenas comunidades protestantes e católicas romanas Língua: Dinamarquês Unidade monetária: Coroa dinamarquesa (DKK) 1 EUR = 7,4592 DKK (Outubro de 2013) Risco País: Risco geral – A (AAA = risco menor; D = risco maior) – EIU, outubro 2013 Risco Político – AAA Risco de Estrutura Económica – AA Principais relações internacionais e regionais: Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico – OCDE (Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD), Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento – BERD (European Bank for Reconstruction and Development – EBRD), Banco Inter-Americano de Desenvolvimento – BID, Banco Asiático de Desenvolvimento – BAsD (Asian Development Bank – ADB), Banco Africano de Desenvolvimento – BAfD (African Development Bank – AfDB), Banco de Compensações Internacionais (Bank for International Settlements – BIS), Organização das Nações Unidas – ONU (United Nations – UN) e suas agências especializadas (Specialized Agencies, Related Organizations, Funds, and other UN Entities) e Organização Mundial do Comércio – OMC (World Trade Organization – WTO). A nível regional faz parte da União Europeia (UE), composta por 28 países, sendo que apenas 17 adotaram a moeda única europeia (a Dinamarca está fora do Euro), do Conselho da Europa (Council of Europe), do Conselho dos Estados do Mar Báltico (Council of the Baltic Sea States – CBSS), do Conselho Nórdico (Nordic Council), da Agência Espacial Europeia – AEE (European Space Agency – ESA) e tem estatuto de observador na União da Europa Ocidental – UEO (Western European Union – WEU) Ambiente de Negócios Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2013-14) 15ª Facilidade de Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2014) 5ª Transparêcia (Rank no Corruption Perceptions Index 2013) 1ª Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) 9ª 2. Economia 2.1 Situação Económica e Perspetivas Impulsionada pelo forte crescimento do consumo, entre 2004 e 2007 a economia dinamarquesa viveu um período de grande expansão económica, seguido de uma desaceleração cíclica potenciada, no final de 2007, por uma quebra acentuada do sector imobiliário, e ainda, a partir do segundo semestre de 4 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) 2008, pela crise financeira global, que trouxe consigo uma subida dos custos do crédito, bem como um decréscimo da procura externa, do investimento e da confiança dos consumidores. O país recuperou em 2010 e 2011, registando crescimentos do PIB de 1,6% e de 1,1%, respectivamente. No entanto, essa subida foi suportada por factores de natureza temporária, tais como um forte consumo e investimento públicos. Em 2012, e apesar do desempenho positivo do consumo privado, a economia dinamarquesa contraiu 0,4%, consequência do impacto negativo do sector externo no PIB, com as importações a crescer acima das exportações. Após contabilizar, em termos homólogos, uma quebra de 0,2% no 1º trimestre do corrente ano, o PIB cresceu 0,6% no trimestre seguinte, graças á subida das exportações (+1,8%) e à recuperação económica encetada na Zona Euro. Ainda assim, o EIU (Economist intelligence Unit) perspectiva uma estagnação da economia do país em 2013 e um crescimento médio anual de 1,5% para o período 20142018. Principais Indicadores Macroeconómicos Unidade População Milhões 9 2010 a 2011 a 2012 a 2013 b 2014 c 2015 c 5,6 5,6 5,6 5,6 5,6 5,7 PIB a preços de mercado 10 USD 313,1 333,7 314,9 324,3 320,3 325,8 PIB per capita (em PPP) USD 56.411 59.856 56.250 57.718 59.783 57.543 Crescimento real do PIB % 1,6 1,1 -0,4 0,1 1,1 1,5 Consumo privado Var. % 1,7 -0,5 0,5 0,1 1,0 1,4 Consumo público Var. % 0,4 -1,5 0,7 -0,3 0,3 0,6 Formação bruta de capital fixo Var. % -2,4 2,9 -0,1 -0,1 2,5 3,0 % 2,2 2,7 2,4 0,8 1,4 1,7 Saldo do setor público % do PIB -2,7 -1,9 -4,1 -2,5 -2,3 -1,7 Saldo da balança corrente 10 USD 18,3 18,9 17,4 18,8 20,0 18,1 Saldo da balança corrente % do PIB 5,9 5,7 5,5 5,8 6,2 5,5 Dívida pública % do PIB 42,7 46,4 45,6 46,9 49,2 50,4 Taxa de câmbio 1USD=xDKK 5,624 5,369 5,792 5,639 5,840 5,921 Taxa de câmbio 1EUR=xDKK 7,46 7,47 7,45 7,46 7,46 7,46 Taxa de inflação (média) 9 Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) Notas: (a) Valores atuais; (b) Estimativas; (c) Previsões DKK – Coroa dinamarquesa Neste cenário, não se afigura clara uma recuperação sustentada do consumo privado apesar de, em 2012, o Governo ter introduzido medidas destinadas a estimular o consumo. O desemprego decresceu marginalmente em 2012 e no 1º semestre de 2013 graças, em parte, ao emprego gerado pelo sector público (para os escalões mais baixos), mas os ganhos reais dos salários serão mínimos e a pesada carga fiscal que impende sobre o contribuinte dinamarquês absorverá parte do rendimento disponível 5 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) nos próximos anos. Como consequência da bolha imobiliária de 2005-2007, as famílias dinamarquesas continuam fortemente endividadas, embora o nível de endividamento tenha vindo a diminuir gradualmente, situando-se, no final do 1º semestre de 2013, em cerca de 280%, uma descida apreciável em relação aos 325% que se verificava em 2009. Uma melhoria da situação económica global, sobretudo a partir de 2014, poderá impulsionar uma ligeira recuperação do consumo e da confiança dos consumidores. Na sequência da crise financeira internacional, desde 2008 a banca dinamarquesa tem vindo a receber apoio substancial do Estado, incluindo injecções de capital e garantias sobre depósitos e dívida (entre 2008 e o passado mês de Agosto 62 bancos deixaram de operar e outros, de reduzida dimensão, lutam por se manter solventes). Após contrair entre 2008 e 2010, a formação bruta de capital fixo estabilizou em 2011, manteve-se fraca em 2012 e não se alterou em 2013. O investimento público nunca foi tão elevado, mas os níveis de utilização da capacidade instalada mantêm-se historicamente baixos, o que restringirá o investimento em novos equipamentos, pelo menos até que o crescimento económico estabilize. O investimento imobiliário não apresenta sinais de melhoria, mas a construção do túnel rodoferroviário de Fehmarn, ligando a Dinamarca à Alemanha, irá incrementar o investimento no sector da construção nos próximos 2 anos. A contracção na Zona Euro em 2012 contribuiu para o abrandamento das exportações dinamarquesas, que registaram uma pequena subida no 1º semestre de 2013; no entanto, apesar dos ganhos de produtividade e da contenção salarial aplicada em 2012, o país necessita de tempo para inverter o desgaste da sua competitividade, retardando, assim, a recuperação das suas exportações. A fraca procura interna contribuirá para a estagnação das importações. No ano em curso, a taxa de inflação tem evoluído num sentido marcadamente descendente, graças à queda do preço da energia, à moderação nos produtos alimentares, ao abaixamento da produção e, sobretudo, ao abrandamento da procura doméstica. Para 2013, este indicador deverá fixar-se abaixo de 1% e registará uma subida nos próximos anos. Segundo as previsões do EIU, entre 2014 e 2018 a inflação deverá situar-se, em média, próxima de 1,8%. O saldo da balança corrente manter-se-á positivo, suportado pela elevada cotação do petróleo (a Dinamarca é um exportador líquido deste combustível), embora se antecipe um aumento das importações, fruto da esperada retoma da procura interna a partir de 2014. O saldo da balança de serviços deverá diminuir gradualmente, o que será compensado pelo saldo da balança de rendimentos. No médio prazo, o principal desafio para o Executivo dinamarquês consiste em conciliar o crescimento económico com a diminuição do défice orçamental que, até 2009, acumulou vários anos de superavit. Em 2012, e apesar de um investimento público de cerca de 2 mil milhões de dólares, o défice orçamental cresceu até 4,1% do PIB (incluindo a reforma do sistema de pensões antecipadas, uma despesa equivalente a 1% do Produto). No corrente ano, a Dinamarca deverá registar um inédito 5º défice 6 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) orçamental consecutivo. A proposta de orçamento para 2014 antecipa um crescimento débil e uma ligeira subida da despesa pública o que, segundo o EIU, deverá provocar uma pequena diminuição do défice orçamental – de 2,5% no ano em curso, para 2,3% do PIB em 2014. 2.2 Comércio Internacional A balança comercial dinamarquesa é, tradicionalmente, superavitária, com o coeficiente de cobertura das importações a atingir, em 2011, o valor mais elevado dos últimos 5 anos. Segundo as projecções avançadas pelo EIU, esta situação deverá manter-se inalterável nos próximos anos. A estrutura das exportações não sofreu grandes alterações nos últimos três anos, com as máquinas, os combustíveis minerais, os produtos farmacêuticos e os aparelhos elétricos a representar 41,7% do total expedido em 2012. A situação é semelhante do lado das importações as quais, no mesmo período, incidiram de forma mais marcante nas máquinas, nos aparelhos eléctricos, nos combustíveis e nos veículos. O peso das importações destes grupos foi, no ano transacto, superior a 39%. A participação da Dinamarca no comércio internacional é razoavelmente importante, embora se venha a assistir a uma constante, embora ligeira, perca de relevo, quer como exportador quer como importador. Não obstante, deve ser assinalada a constância das suas posições no período em análise: entre a 34ª e a 38ª posições como exportador e entre o 32º e o 35º lugar enquanto importador. Evolução da balança comercial 9 (10 USD) 2008 2009 2010 2011 2012 Exportação fob 116,9 94,0 97,4 111,9 105,7 Importação fob 109,4 83,1 84,9 95,7 93,4 7,5 10,9 12,5 24,2 12,3 106,9 113,1 114,3 125,3 113,2 Como exportador 34ª 34ª 35ª 38ª 38ª Como importador 32ª 32ª 34ª 35ª 35ª Saldo Coeficiente de cobertura (%) Posição no “ranking” mundial Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Organização Mundial de Comércio (OMC) A União Europeia continua a ser o principal parceiro comercial da Dinamarca. Em 2012, absorveu 57,4% do total das vendas dinamarquesas ao exterior e foi a origem de 70,3% das suas compras. Por países, a proximidade geográfica assume um papel importante nas trocas comerciais, com a Alemanha a liderar, em ambos os fluxos (embora com maior peso enquanto fornecedor), e a Suécia, em conjunto, a serem o destino de aproximadamente 27% do total das vendas dinamarquesas e a origem de cerca de 34% das suas compras ao exterior. 7 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Principais Clientes 2010 2011 2012 Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Alemanha 15,0 1ª 14,7 1ª 14,2 1ª Suécia 12,7 2ª 12,2 2ª 12,7 2ª Reino Unido 7,6 3ª 9,0 3ª 8,7 3ª Noruega 6,1 4ª 6,2 4ª 6,7 4ª EUA 5,3 5ª 5,1 5ª 5,5 5ª 0,42 34ª 0,36 37ª 0,31 40ª Portugal Fonte: International Trade Centre (ITC) Quanto aos restantes clientes, o Reino Unido, a Noruega e os EUA surgem nas posições seguintes, com a particularidade de esta lista se manter inalterada nos últimos cinco anos. No que diz respeito aos fornecedores, onde a estabilidade do top 5 é uma constante, depois da Alemanha e da Suécia, surgem a China, a Holanda e o Reino Unido, com a particularidade de estes mercados terem vindo a consolidar a sua posição no mercado dinamarquês. Portugal ocupa ainda uma posição modesta enquanto parceiro comercial da Dinamarca: 32º fornecedor e 40º cliente em 2012. Como cliente, Portugal viu a sua quota diminuir nos últimos dois anos. Principais Fornecedores 2010 2011 2012 Mercado Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição Alemanha 20,7 1ª 20,4 1 1ª 20,7 1ª Suécia 13,4 2ª 13,3 2ª 13,2 2ª Países Baixos 7,6 3ª 7,0 3ª 7,3 3ª China 7,1 4ª 6,9 1 4ª 7,0 4ª Reino Unido 6,0 5ª 6,2 5ª 5,5 5ª 0,46 30ª 0,42 31ª 0,42 32ª Portugal Fonte: International Trade Centre (ITC) A estrutura das trocas comerciais dinamarquesas é bastante heterogénea, quer em termos de produtos, quer em termos do seu peso, não se detectando qualquer dependência específica. Quanto aos grupos de produtos exportados e importados pela Dinamarca, o principal destaque vai para as máquinas e aparelhos mecânicos. 8 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Principais Produtos Transacionados – 2012 Exportações % Total Importações % Total 84 – Máquinas e aparelhos mecânicos 13,3 84 – Máquinas e aparelhos mecânicos 12,4 27 – Combustíveis e óleos minerais 10,7 27 – Combustíveis e óleos minerais 10,9 30 – Produtos farmacêuticos 10,2 85 – Máquinas elétricas e partes 9,9 85 – Máquinas elétricas e partes 7,5 87 – Veículos e material de transporte 6,2 02 – Carnes e miudezas 4,5 39 - Plásticos 4,4 Fonte: International Trade Centre (ITC) Os produtos manufacturados representam uma fatia significativa das vendas, com a maquinaria mecânica e elétrica, os combustíveis e os produtos farmacêuticos como os mais representativos do conjunto. Também os produtos alimentares constituem uma importante componente das vendas dinamarquesas, com destaque para as carnes (a Dinamarca é um dos maiores exportadores mundiais de carne de porco e seus derivados) e para os produtos lácteos, nomeadamente a manteiga e o queijo. Nas compras ao exterior, e embora com perdas de quota em relação ao ano anterior, a maquinaria, mecânica e eléctrica, foram os que mais pesaram na factura, com 22,3% do total importado em 2012. De salientar que, à exceção dos combustíveis minerais (0,4%), os principais grupos de produtos registram quebras de quota face a 2011. 2.3 Investimento Estrangeiro Exceptuando o ano de 2010, marcado por um forte desinvestimento no país e por um ligeiro desinvestimento dinamarquês no estrangeiro, os restantes anos apresentam valores positivos, embora irregulares, e sempre com maior incidência no investimento da Dinamarca no estrangeiro, do que em sentido inverso. Investimento Direto 6 (10 USD) 2008 Investimento estrangeiro na Dinamarca 2009 2010 2011 2012 1.824 3.917 -11.540 12.685 2.883 13.240 6.305 -107 13.299 7.596 Como recetor 77ª 49ª 200ª 29ª 58ª Como emissor 28ª 29ª 159ª 25ª 30ª Investimento da Dinamarca no estrangeiro Posição no “ranking” mundial Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2013 Segundo dados do Danmarks Nationalbank, em 2012 o investimento estrangeiro na Dinamarca sofreu uma quebra abrupta de 77,3% em relação ao ano anterior e destinou-se, sobretudo, às actividades de 9 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) intermediação financeira. A União Europeia, com 41,8% do investimento total do ano transacto, assumese como o principal grupo investidor no país. Do lado do investimento dinamarquês no estrangeiro, igualmente em queda, - 42,9% em relação ao ano de 2011, este dirigiu-se, em grande medida - mais de 45% - para a intermediação financeira, seguido da indústria transformadora (28%) e dos transportes (14,3%). A UE assume-se como a principal aposta do investidor dinamarquês, recolhendo mais de 88% do total. 2.4 Turismo O turismo dinamarquês é fortemente dependente dos países vizinhos, nomeadamente da Alemanha e dos restantes países escandinavos. O continente europeu respondeu, em 2012, por mais de 84% da totalidade de visitantes. Os turistas provenientes de países mais longínquos têm um peso relativamente pequeno nas dormidas na hotelaria e nas receitas turísticas. Indicadores do Turismo 2008 3 Turistasª (10 ) b 6 Receitas (10 USD) 9.016 6.281 2009 8.547 5.617 2010 8.744 5.704 2011 7.864 6.366 Fonte: World Tourism Organization (UNWTO) Notas: (a) Chegadas de visitantes não residentes (inclui turistas + excursionistas); (b) Não inclui as receitas de transporte 2012 8.068 6.135 A cidade de Copenhaga continua a ser um destino bastante popular, tanto do turismo de lazer como de negócios. Todavia, tem sido evidente um aumento da concorrência por parte dos mercados bálticos, que oferecem condições similares, a preços bastante mais convidativos. Os dinamarqueses procuram cada vez mais outros destinos, o que é amplamente demonstrado pelos números do turismo outbound: mais de 7,8 milhões de saídas em 2011, último ano disponível. 3. Relações Económicas com Portugal 3.1 Comércio de Bens Em termos globais, a Dinamarca é um parceiro comercial relativamente importante para Portugal, tendo ocupado a 20ª posição como cliente e a 31ª como fornecedor em 2012. Já se considerarmos apenas a União Europeia, a Dinamarca posicionou-se, no último ano, como 11º cliente e 12º fornecedor de Portugal. 10 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Importância da Dinamarca nos Fluxos Comerciais de Portugal 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Jan/JSet Posição 16ª 14ª 16ª 20ª 20ª 20ª % Saídas 0,74 0,76 0,72 0,63 0,69 0,66 Posição 27ª 22ª 26ª 26ª 31ª 27ª % Chegadas 0,59 0,59 0,53 0,49 0,45 0,45 Como cliente Como fornecedor Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Nota: Os termos Saídas e Entradas correspondem aos agregados (Expedições+Exportações) e (Chegadas+Importações), cujas designações se referem às trocas comerciais IntraUE e ExtraUE, respetivamente. A balança comercial com a Dinamarca, desfavorável a Portugal desde 2004, alterou-se em 2012, ao registar um saldo positivo superior a 59 milhões de euros, consequência do aumento sucessivo das nossas vendas e da quebra das compras ao mercado. No primeiro semestre de 2013, face ao período homólogo, as vendas portuguesas à Dinamarca cresceram 2,7%, enquanto as compras evoluíram em sentido contrário (-2,3%), situação que contribuiu para um saldo positivo da balança comercial de cerca de 41,7 milhões de Euros. Evolução da Balança Comercial Bilateral 3 (10 EUR) 2008 Expedições 286.980 Chegadas Saldo Coef. Cobertura (%) 2009 Var. 2012 Jan/Jun a b 2013 Var. % Jan/Jun 2010 2011 2012 242.244 267.496 271.811 313.146 2,9 226.022 232.032 2,7 376.049 305.165 311.630 291.724 254.135 -9,0 194.775 190.338 -2,3 -89.069 -62.921 -44.134 -19.913 59.011 -- 31.247 41.694 -- 76,3% 79,4% 85,8% 93,2% 123,2% -- 116,0% 121,9% -- Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE) Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012; (b) Taxa de variação homóloga 2012-2013 2008 a 2011 - resultados definitivos; 2012 - resultados provisórios; 2013 – resultados preliminares, 1º apuramento Quanto aos produtos transaccionados, importa assinalar o peso significativo dos produtos tradicionais nas vendas portuguesas a este mercado, com o calçado, o vestuário, a madeira e cortiça e as matérias têxteis a representarem, em conjunto, 59,9% do total em 2012. De salientar que todos registaram, em relação ao ano anterior, aumentos assinaláveis de vendas que oscilaram entre 7,9% (vestuário) e 51,8% (calçado). Numa análise com algum detalhe, importa destacar o calçado em couro, que foi responsável por 26,1% do total expedido, a lenha, serradura e desperdícios de madeira (8,7%), os medicamentos (4,3%), as tripas, bexigas e buchos de animais (3,3%) e os vinhos com 3,1% do total. 11 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) A intensidade tecnológica dos produtos transformados vendidos ao mercado (que representam 87% do total expedido no ano transacto), incide, de forma marcante, nos produtos de baixa intensidade (68,9%). Seguiram-se os produtos de média-baixa, média-alta e alta intensidade tecnológica com, respectivamente, 13%, 10,7% e 7,3%. O número de empresas portuguesas que vendem para a Dinamarca registou, em 2012, um incremento quase exponencial, passando de 938 para 2.004 empresas. Expedições por Grupos de Produtos % Total 2012 Var. % 11/12 86.903 27,8 51,8 15,8 46.446 14,8 7,9 25.125 9,2 30.921 9,9 23,1 7,6 19.895 7,3 23.142 7,4 16,3 20.240 7,1 26.683 9,8 22.018 7,0 -17,5 Químicos 28.134 9,8 21.330 7,8 21.175 6,8 -0,7 Agrícolas 10.732 3,7 9.866 3,6 14.511 4,6 47,1 Alimentares 15.135 5,3 17.568 6,5 13.996 4,5 -20,3 Metais comuns 13.647 4,8 10.204 3,8 12.393 4,0 21,5 Minerais e minérios 15.244 5,3 12.499 4,6 12.175 3,9 -2,6 Plásticos e borracha 19.898 6,9 6.725 2,5 8.040 2,6 19,5 Veículos e outro mat. transporte 10.073 3,5 7.050 2,6 7.835 2,5 11,1 Pastas celulósicas e papel 587 0,2 4.957 1,8 4.391 1,4 -11,4 Peles e couros 602 0,2 2.025 0,7 3.191 1,0 57,6 4.601 1,6 3.741 1,4 2.503 0,8 -33,1 23 0,0 5 0,0 7 0,0 36,0 Outros produtos 2.629 0,9 3.771 1,4 3.499 1,1 -7,2 Valores confidenciais 9.893 3,4 71 0,0 286.980 100,0 271.811 100,0 3 % Total 2008 % Total 2011 (10 EUR) 2008 Calçado 58.189 20,3 57.260 21,1 Vestuário 52.826 18,4 43.035 2.596 0,9 Matérias têxteis 21.931 Máquinas e aparelhos Madeira e cortiça Instrumentos de ótica e precisão Combustíveis minerais TOTAL Fonte: 2011 2012 -100,0 313.146 100,0 15,2 Instituto Nacional de Estatística (INE) No que diz respeito às compras portuguesas à Dinamarca, os quatro principais grupos: produtos agrícolas, produtos químicos, máquinas e aparelhos e produtos alimentares foram responsáveis, em 2012, por 62,3% das chegadas daquele mercado, com a particularidade de todos eles terem registado reduções face ao ano anterior. Nos lugares seguintes surgem os metais comuns, os combustíveis minerais e os instrumentos de óptica e precisão com 7,8%, 6,9% e 4,8% do total, respectivamente. Numa análise mais fina, os medicamentos (13,2%), o gás de petróleo e outros hidrocarbonetos (6,9%), os desperdícios, resíduos e sucatas de ferro fundido (4,2%) e os peixes frescos/refrigerados (3,5%) foram os que mais se destacaram nas compras portuguesas à Dinamarca. 12 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) A intensidade tecnológica dos produtos transformados (que corresponde a 84,6% do total das chegadas em 2012) incidiu, sobretudo, nos produtos de baixa e de alta intensidade, com 37,5% e 29,6% do total, respectivamente. Seguiram-se os de média-alta, com 22,8%, e os de média-baixa intensidade (15,7%). Chegadas por Grupos de Produtos 3 (10 EUR) 2008 % Total 2008 % Total 2011 2011 2012 % Total 2012 Var. % 11/12 Agrícolas 67.881 18,1 64.306 22,0 59.209 23,3 -7,9 Químicos 63.152 16,8 52.648 18,0 45.044 17,7 -14,4 Máquinas e aparelhos 73.198 19,5 44.498 15,3 32.498 12,8 -27,0 Alimentares 27.530 7,3 25.200 8,6 21.659 8,5 -14,1 Metais comuns 18.961 5,0 15.939 5,5 19.840 7,8 24,5 Combustíveis minerais 13.880 3,7 4.220 1,4 17.578 6,9 316,5 Instrumentos de ótica e precisão 12.238 3,3 12.459 4,3 12.249 4,8 -1,7 Veículos e outro mat. transporte 5.351 1,4 7.356 2,5 7.861 3,1 6,9 Plásticos e borracha 8.891 2,4 7.986 2,7 7.797 3,1 -2,4 Matérias têxteis 7.818 2,1 7.930 2,7 6.356 2,5 -19,9 Vestuário 4.479 1,2 6.058 2,1 3.228 1,3 -46,7 41.393 11,0 15.797 5,4 2.235 0,9 -85,9 Madeira e cortiça 3.001 0,8 2.239 0,8 1.285 0,5 -42,6 Pastas celulósicas e papel 3.087 0,8 2.278 0,8 1.087 0,4 -52,3 Calçado 813 0,2 1.407 0,5 597 0,2 -57,6 Peles e couros 651 0,2 589 0,2 320 0,1 -45,7 23.059 6,1 20.776 7,1 15.293 6,0 -26,4 667 0,2 38 0,0 376.049 100,0 291.724 100,0 Minerais e minérios Outros produtos Valores confidenciais TOTAL Fonte: -100,0 254.135 100,0 -12,9 Instituto Nacional de Estatística (INE) 3.2 Serviços Contrariamente ao que sucede no comércio de mercadorias, na área dos serviços a balança bilateral é tradicional e amplamente favorável a Portugal, pese embora o facto de o saldo ter registado, em 2012, o valor mais baixo dos últimos 5 anos, devido, sobretudo, à subida das importações nesse ano. É, contudo, de salientar que a quota da participação da Dinamarca (17º cliente) no total das exportações portuguesas de serviços representou, em 2012, apenas 0,95% do total, idêntica à de 2011, mas uma ligeira descida em relação aos anos anteriores. Os últimos dados disponíveis, relativos ao período Janeiro-Agosto de 2013, indicam uma exportação total de 165,5 milhões de Euros, a que corresponde uma quota de 1,22%. 13 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Importância da Dinamarca nos Fluxos do Comércio de Serviços de Portugal 2008 Posição a Como cliente % Exportações Posição b % Importações Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística Notas: (a) Posição num conjunto de 55 mercados b 2010 2011 2012 13ª 13ª 15ª 17ª 17ª 1,11 1,11 1,07 0,94 0,95 18ª 18ª 17ª 19ª 15ª 0,51 0,48 0,54 0,42 0,74 a Como fornecedor 2009 (b) Quota do mercado nas exportações e importações totais de Portugal A evolução das importações de serviços entre 2008 e 2012 foi irregular, com quebras em 2009 e 2011, crescendo, contudo, nos anos seguintes. Entre Janeiro e Agosto de 2013, em termos homólogos, este indicador apresenta uma evolução positiva, registando uma subida 32,1%. Balança Comercial de Serviços com a Dinamarca a 3 (10 EUR) 2008 Exportações Importações 2009 2010 198.826 180.753 57.438 2011 Var% 2012 188.652 179.138 180.804 49.669 59.478 48.555 2012 2013 Jan/Ago Jan/Ago b Var% 13/12 -2,2 126.575 165.533 30,8 76.697 11,5 52.042 68.769 32,1 Saldo 141.388 131.084 129.174 130.583 104.107 -- 74.533 96.764 -- Coef. Cobertura (%) 346,2% 317,2% -- 243,2% 240,7% -- 363,9% 368,9% 235,7% Fonte: Banco de Portugal (BdP) Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Taxa de variação homóloga 2012-2013 3.3 Investimento Importância da Dinamarca nos Fluxos de Investimento para Portugal 2008 Posiçãoª Portugal como recetor (IDE) % b Posiçãoª Portugal como emissor (IDPE) % b 2009 2010 2011 2012 15ª 17ª 17ª 15ª 17ª 0,37 0,14 0,17 0,25 0,25 11ª 4ª 25ª 14ª 10ª 1,23 6,79 0,10 0,40 0,97 Fonte: Banco de Portugal (BdP) Notas: (a) Posição enquanto Origem do IDE bruto total e Destino do IDPE num conjunto de 55 mercados (b) Com base no ID bruto total de Portugal Foi a partir de 2003 que a Dinamarca se assumiu como um importante destino do investimento português no exterior, em especial no ano de 2004, em que aparece na 1ª posição do ranking. Nos anos 14 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) seguintes, embora de forma menos expressiva, a Dinamarca continuou a ser um destino privilegiado para o IDPE (10º lugar em 2012). No que diz respeito aos fluxos contrários, Portugal não tem sido um destino de aposta do investimento dinamarquês no estrangeiro. Investimento Direto da Dinamarca em Portugal a 3 (10 EUR) Investimento bruto 2008 2009 2010 2011 2012 Var % 08/12 128.845 43.604 66.388 105.712 98.980 9,7 Desinvestimento 58.796 87.085 96.869 99.480 115.556 19,6 Investimento líquido 70.049 -43.481 -30.481 6.232 -16.576 -- Fonte: Banco de Portugal Nota: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 Da análise destes valores constata-se que, exceptuando os anos de 2008 e 2011, o investimento líquido tem sido negativo. As perspectivas para 2013 não parecem ser diferentes, uma vez que no período Janeiro-Agosto o investimento líquido se fixou em -207 milhares de Euros. Em 2004 o investimento português na Dinamarca superou os 2 mil milhões de Euros em termos líquidos. Os anos subsequentes revelam, naturalmente, montantes de investimento bem mais modestos, com o ano de 2008 a registar um investimento líquido negativo. Investimento Direto de Portugal na Dinamarca a 3 (10 EUR) 2008 Investimento bruto 140.269 Desinvestimento 281.667 Investimento líquido -141.398 2009 527.561 527.561 2010 2011 9.749 78.869 264 66.246 9.485 12.623 Fonte: Banco de Portugal Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 2012 87.342 Var % 08/12 224,4 § 87.342 -- § - Coef. de variação >= 1000% ou valor zero no período 2008-2011 (série 2008-2012) 3.4 Turismo Embora com tendência descendente, a entrada de turistas dinamarqueses em Portugal caracteriza-se por alguma estabilidade. Em 2012 a Dinamarca posicionou-se no 18º lugar no ranking de receitas de turismo entradas no nosso país, o que corresponde a 0,83% do total. Nos últimos cinco anos a taxa de crescimento de turistas dinamarqueses que visitaram Portugal evoluiu negativamente, situando-se em 2,1%. Também os indicadores relativos às dormidas na hotelaria global e às receitas turísticas não foram positivos. As taxas de crescimento dos últimos cinco anos destes indicadores tiveram um comportamento igualmente negativo: -3,7% para as dormidas e -3,4% para as receitas. 15 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Turismo da Dinamarca em Portugal 2008 Hóspedes b % do total Dormidas c b % do total c b 3 Receitas (10 EUR) % do total Posição Fontes: Notas: c 2009 2010 2011 a 2012 Evol. % 104.691 86.300 97.877 84.549 92.309 -2,1 1,47 1,33 1,43 1,14 1,20 -- 482.287 388.854 434.122 362.288 396.908 -3,7 1,84 1,68 1,84 1,39 1,46 -- 84.873 73.564 81.800 67.329 71.564 -3,4 1,14 1,06 1,08 0,83 0,83 -- 16ª 14ª 15ª 18ª 18ª d Instituto Nacional de Estatística (INE); Banco de Portugal (BdP) (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2008-2012 (b) Inclui apenas a hotelaria global (c) Refere-se ao total de estrangeiros (d) Num conjunto de 55 mercados 4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 4.1 Regime Geral de Importação A Dinamarca, como membro da União Europeia (UE), faz parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adopção de uma política comercial comum relativamente a países terceiros. O Mercado Único, instituído em 1993 entre os Estados-membros da UE, criou um grande espaço económico interno, traduzido na liberdade de circulação de bens, capitais, pessoas e serviços, tendo sido suprimidas as fronteiras internas físicas, fiscais e técnicas. Deste modo, as mercadorias com origem na UE ou colocadas em livre prática no espaço intracomunitário, encontram-se isentas de controlos alfandegários, sem prejuízo, porém, de uma fiscalização no que respeita à respectiva qualidade e características técnicas. Neste contexto, a rede SOLVIT é um mecanismo criado pela União Europeia para resolver problemas entre os Estados-membros resultantes da aplicação incorrecta das regras do Mercado Único, evitandose, assim, o recurso aos tribunais. A União Aduaneira implica, para além da existência de um território aduaneiro único, a adoção da mesma legislação neste domínio – Código Aduaneiro Comunitário (CAC) / disposições de aplicação (apesar do novo Código Aduaneiro da União ter entrado em vigor a 30 de Outubro de 2013, de acordo com o n.º 2, do artigo 288.º, a maioria das suas disposições só será aplicável a partir de 1 de maio de 2016, segundo Retificação do Regulamento que estabelece o Código Aduaneiro da União, como é o 16 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) caso da revogação do Regulamento n.º 2913/92, atual CAC), bem como a aplicação de iguais imposições alfandegárias aos produtos provenientes do exterior – Pauta Exterior Comum (PEC). A regra geral de livre comércio com países terceiros à UE não impede que as instâncias comunitárias determinem restrições às importações (como seja a existência de contingentes anuais), quando negociados no seio da Organização Mundial de Comércio (OMC). A PEC baseia-se no Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, sendo os direitos de importação na sua maioria ad valorem, calculados sobre o valor CIF das mercadorias. Para além dos referidos encargos, há, também, lugar ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) de acordo com as seguintes taxas: Para além dos referidos encargos, as transacções de bens e as prestações de serviços a título oneroso, as aquisições intracomunitárias, bem como as importações encontram-se sujeitas ao pagamento do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), à taxa única de 25%. Sobre determinadas mercadorias, como por exemplo, bebidas alcoólicas, tabaco, água mineral, chocolate e gelados há, ainda, lugar ao pagamento de Impostos Especiais de Consumo (Excise Duties). Os interessados podem aceder a mais informação sobre os impostos e taxas na União Europeia no Portal da Europa, na página – Taxation & Customs Union. 4.2 Regime de Investimento Estrangeiro O Tratado de União Europeia consagra, entre outros princípios, a liberdade de circulação de capitais, de onde resulta um quadro geral do investimento estrangeiro comum em todo o espaço comunitário, nos limites decorrentes do princípio da subsidiariedade, sem prejuízo dos instrumentos legislativos estabelecidos pelos Estados-membros. O investidor estrangeiro encontra na Dinamarca um regime jurídico adaptado ao ordenamento comunitário. Ao promotor externo é conferido o mesmo tratamento que o concedido aos nacionais, não existindo, de modo geral, restrições no sector privado, podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por capital estrangeiro. De notar que a Dinamarca dá especial atenção à protecção do ambiente, possuindo um quadro legal que o investidor deverá ter em consideração. À semelhança dos restantes parceiros comunitários, não são estabelecidos quaisquer controlos cambiais e o repatriamento de capital, lucros, dividendos e royalties processa-se livremente, sendo apenas 17 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) necessário efectuar uma simples declaração para fins meramente estatísticos, junto do banco central ou das autoridades fiscais. A Invest in Denmark é o serviço, na dependência do Ministro dos Negócios Estrangeiros, encarregue de apoiar as empresas estrangeiras que pretendam investir no país. O promotor externo que pretenda investir na zona de Copenhaga poderá contactar o Copenhagen Capacity, que disponibiliza informações sobre os procedimentos legais a observar e os apoios disponíveis para o efeito. A constituição de sociedades neste país obedece ao cumprimento de determinadas formalidades, nomeadamente em termos de registo, pelo que se reveste de particular interesse o contacto com a Danish Business Authority (Company and Business). O Site do Invest in Denmark disponibiliza informação sobre os vários tipos de estabelecimento possíveis na Dinamarca, o mercado laboral e impostos. Ao nível dos impostos destaca-se que, no âmbito do Plano de Crescimento apresentado pelo Governo dinamarquês em 2013, está prevista a redução gradual do imposto sobre o rendimento das empresas de 25% para 22% em 2016. Por sua vez, no Site BusinessInDenmark os interessados podem aceder a informação sobre os requisitos e autorizações necessárias para o exercício de uma atividade económica na Dinamarca, desde que a mesma esteja abrangida pela Diretiva sobre os Serviços no Mercado Interno. No tocante aos incentivos a Dinamarca disponibiliza programas essencialmente focados para projectos relacionados com investigação e desenvolvimento (R&D). Existem, ainda, financiamentos específicos para os seguintes sectores: biotecnologia, produtos farmacêuticos, médico, ciências da vida, ambiente, energia, TIC, alimentação, agricultura e transporte. Encontram-se disponíveis na Internet vários Guias de Investimento na Dinamarca, Pela sua atualidade referem-se os seguintes: • Deloitte International Tax Source – Country Guides and Highlights; • Moore Stephens Denmark – Doing Business in Denmark 2014. Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento entre os dois países, foi assinada entre Portugal e a Dinamarca a Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento, em vigor desde 24 de maio de 2002. Notas: 1 – As empresas podem aceder a legislação dinamarquesa variada nos seguintes Sites: Danish Business Authority, Ministry of Employment, Danish Patent and Trademark Office e Danish Consumer Ombudsman. 2 – Para mais informação legislativa sobre mercados externos, os interessados podem aceder ao Site da aicep Portugal Global em Mercados Externos ou na “Livraria Digital”. 18 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) 5. Informações Úteis Formalidades na Entrada Os cidadãos portugueses estão isentos de visto para estadias de turismo até 90 dias. Hora Local Corresponde ao UTC mais uma hora, no horário de Inverno, e mais duas horas, no horário de Verão. Em relação a Portugal, a Dinamarca tem mais uma hora durante todo o ano. Horários de Funcionamento Serviços Públicos: Das 9h00 às 16h00 (segunda-feira a sexta-feira) Bancos: Das 10h00 às 16h00 (segunda-feira, terça-feira, quarta-feira e sexta-feira) Das 10h00 às 17h30 (quinta-feira) Comércio: Das 9h30/10h00 às 17h30/18h00 (segunda-feira a sexta-feira) Das 9h00 às 14h00/17h00 (sábado) Feriados 1 de Janeiro – Ano Novo 17-21 de Abril – Páscoa 16 de Maio – Dia da Oração 29 de Maio – Dia da Ascenção 5 de Junho – Dia da Constituição 9 de Junho – Pentecostes 24-26 de Dezembro – Natal Corrente Elétrica 220 Volts AC, 50Hz. 19 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Pesos e Medidas A Dinamarca utiliza o sistema métrico decimal. 6. Contactos Úteis Em Portugal Embaixada da Dinamarca em Portugal Rua Castilho, 14-C, 3.º 1269-077 Lisboa Tel.: +351 21 351 29 60 | Fax: +351 21-355 46 15 E-mail: [email protected] | http://portugal.um.dk aicep Portugal Global Rua Júlio Dinis, 748 9º Dto. 4050-012 Porto – Portugal Tel.: +351 226 055 300 | Fax: 351 226 055 399 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt aicep Portugal Global Av. 5 de Outubro, 101 1050-051 Lisboa – Portugal Tel.: +351 217 909 500 E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA Direcção Internacional Av. da República, 58 1069-057 Lisboa Tel.: +351 217 913 700 | Fax: +351 217 913 720 E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt Na Dinamarca Embaixada de Portugal na Dinamarca Toldbodgade 31, 1º 1253 Copenhagen K - Denmark Tel.: +45 33 360 072/131 301| Fax: +45 33 149 214 E-mail: [email protected] 20 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) aicep Portugal Global – Portugals Handelsbureau Toldbodgade 31, 1º, 1253 Copenhagen K – Denmark Tel.: +45 33 127 632/131 200 | Fax: +45 33 938 885 E-mail: [email protected] Danish Business Authority Langenilie Allé 17, DK-2100 Copenhagen Denmark Tel.: +45 352 910 00 E-mail: [email protected] | http://dba.erhvervsstyrelsen.dk/home/0/2 Invest in Denmark 2, Asiatisk Plads, DK-1448 Copenhagen K - Denmark Tel.: +45 339 211 16 E-mail: [email protected] | http://www.investindk.com/ Copenhagen Capacity Nørregade 7 B DK-1165 Copenhagen K – Denmark Tel.: +45 332 202 22 E-mail: [email protected] | http://www.copcap.dk Dansk Erhverv (Câmara de Comércio da Dinamarca) Borsen, 1217 Copenhagen K - Denmark Tel.: +45 337 460 00 | Fax: +45 337 460 80 E-mail: [email protected] | www.htsi.dk Danmarks Turistrad (Instituto de Turismo Dinamarquês) Islands Brygge 43, 3 2300 Copenhagen S, - Denmark Tel.: +45 328 899 00 | Fax: +45 328 899 01 E-mail: [email protected] | http://www.visitdenmark.com 21 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) Danmarks Nationalbank (Banco Central) Havnegade 5, DK-1093 Copenhagen K – Denmark Tel.: +45 336 363 63 E-mail: [email protected] | http://www.nationalbanken.dk/dnuk/specialdocuments.nsf 7. Endereços de Internet A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no Site da Agência, nomeadamente, nas seguintes páginas: • Guia da Internacionalização • Guia do Exportador • Temas de Comércio Internacional • Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático • Mercados Externos (Dinamarca) • Livraria Digital Outros endereços: • African Development Bank (AfDB) • Asian Development Bank (ADB) • Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID) • Bank for International Settlements (BIS) • BusinessInDenmark • Copenhagen Capacity • Council of the Baltic Sea States (CBSS) 22 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) • Council of Europe • Danish Business Authority • Danish Chamber of Commerce • Danish Competition and Consumer Authority • Danish Consumer Ombudsman • Danish Patent and Trademark Office • Danmarks Nationalbank • Danmarks Turistrad • Denmark.dk (official website of Denmark) • Deloitte International Tax Source – Country Guides and Highlights • Environmental Protection Agency • European Bank for Reconstruction and Development (EBRD) • European Space Agency (ESA) • Invest in Denmark • Ministry of Business and Growth • Ministry of Economic Affairs and the Interior • Ministry of Employment • Ministry of Finance • Ministry of Foreign Affairs • Ministry of Health • Ministry of Taxation 23 aicep Portugal Global Dinamarca – Ficha de Mercado (Dezembro 2013) • Moore Stephens Denmark – Doing Business in Denmark 2014 • Nordic Council • Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) • Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas • Portal da Europa – Taxation & Customs Union • Rede SOLVIT • Statistics Denmark • The Government • União Europeia (UE) • Western European Union (WEU, onde a Dinamarca tem estatuto de observador) • World Trade Organization (WTO) Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120 24