quarta-feira, 01/06/2011 O Brasil pode ser um destino de cruzeiros marítimos para o a no todo? CEO da MSC Cruzeiros, Pierfrancesco Vago, levanta a questão d urante visita ao Brasil Em rápida passagem pelo Brasil, Pierfrancesco Vago, CEO da MSC Cruzeiros, que esteve no país pa ra participar de eventos que fomentaram um dos setores que tem grandes chances de crescer consideravelmente na América do Sul, deixou uma mensagem aos turistas, empresários, governos e in teressados. "O Brasil certamente poderia ser considerado como destino dos cruzeiros marítimos para o a no todo desde que as dificuldades técnicas que envolvem a política de turismo no continente sejam so lucionadas satisfatoriamente", afirmou. O significativo crescimento da indústria na última temporada (2010/2011) alcançou novos recordes na reg ião, com seis armadoras operando vinte embarcações e o equivalente a aproximadamente 800.000 hós pedes embarcados. Só a MSC Cruzeiros esteve presente com quatro embarcações, sendo res ponsável por 38% do share, ou seja, 298.400 pessoas viajaram com a companhia que continuou na l iderança do setor. Mesmo com um número inferior às regiões que comandam o mercado mundial, o Brasil aparece em ter ceiro lugar. "É de vital importância que o diálogo entre as empresas de cruzeiros, as autoridades res ponsáveis e os tomadores de decisão seja estreitado para garantir que a América do Sul seja um dos mer cados a crescer mais rapidamente no segmento", afirmou Vago. Mas o executivo ressaltou que a expansão do segmento pode estar em risco devido a inúmeros fatores co mo as leis e normas não bem definidas; falta de incentivos competitivos para operar em determinados t erminais de passageiros; infraestrutura portuária deficiente e altos custos operacionais. Dessa forma, o s cruzeiros no continente acabam sendo os mais caros do mundo, quando na Europa, por exemplo, os hóspedes demoram muito menos para embarcar nos navios e têm mais comodidade. O Brasil possui um extenso litoral que ainda pode ser muito explorado. Com 7.408 quilômetros, 17 e stados do país são banhados pelo mar, o que poderia dar ainda mais "ferramentas" para o mercado de cr uzeiros. O Brasil certamente se tornaria um destino líder o ano todo se houver diálogo sobre essas qu estões com todos aqueles que desejam participar e incrementar a economia das cidades em que os n avios fazem e ainda podem fazer escalas. Se mesmo com esses problemas, os impactos econômicos (diretos e indiretos dos armadores e c ruzeiristas) foram de R$ 1,3 bilhão, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas, podemos conc luir que com uma maior infraestrutura e melhores acordos para pagamento de taxas portuárias e outros s erviços, o país certamente seria um dos grandes destinos do mundo nesse quesito.