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Aná­po­lis, de 03 a 09 de junho de 2011
Política
Eleições 2012
Mulheres serão disputadas
pelos partidos políticos
A legislação atual prevê que as chapas tenham 30% de candidatos do sexo feminino e há proposta na reforma
política, de aumentar este percentual para 50%. Sem contar que número de vagas na Câmara será maior
Claudius Brito
A
eleição de 2012
terá uma protagonista importante: a
mulher. A legislação atual
estabelece que 30% das vagas nas eleições proporcionais (vereadores e deputados) devem ser destinadas
ao sexo feminino. No mês
de abril último, a Comissão da Reforma Política no
Senado, aprovou uma proposta pela qual o número
de vagas passaria a 50%,
com alternância entre um
homem e uma mulher nas
listas fechadas oferecidas
pelos partidos, dentro do
que foi, também, proposto
para a mudança no sistema eleitoral.
Como ainda não se sabe
se as mudanças da reforma política terão efeito
para o próximo pleito, o
que vale ainda é a regra
atual, com 30% de vagas a
serem disponibilizada pelos partidos às candidatadas. Mesmo com este percentual, os partidos têm
encontrado dificuldade
em conseguir número suficiente, tanto que a lei foi
flexibilizada. Mas há uma
cobrança maior sobre essa
questão. Inclusive, a Pre-
sidente Dilma Rousseff já
manifestou publicamente, em diversas ocasiões, o
seu desejo de ver ampliada a participação das mulheres na política.
Vejamos o que aconteceu em 2008, última
eleição para vereador em
Anápolis. De 26 partidos,
três não lançaram nenhum candidato. O total
de candidatos lançados
pelas legendas que disputaram o pleito foi de
301, segundo, segundo
dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo
que os do sexo masculino
somaram 232 (77,1%) e
as do sexo feminino, 69
(22,9%). Os partidos que
mais lançaram mulheres,
foram: PDT, PR e PSDB,
com oito candidatas cada;
em seguida vieram o PT e
o PT do B, cada qual com
sete candidatas lançadas.
O PMDB e o PV ficaram
na faixa intermediária,
com quatro mulheres candidatas. O PSB e o PTB
tiveram três candidaturas femininas. PHS, PPS,
PRP, PSC e PTN lançaram duas. Já o DEM, PRB,
PRTB, PSDC, PSL, PSOL e
PSTU lançaram, cada um,
uma candidata.
Há casos em que os
Anápolis tem três vereadoras: Gina Tronconi, Miriam Garcia e Dinamélia Rabelo
partidos
apresentaram
mais mulheres do que homem. Foi o que aconteceu
com PV, onde a relação
foi quatro por um. O PHS
teve um candidato masculino e duas candidatas.
E houve caso em que os
partidos chegaram a constituir chapas com 50% de
candidatas mulheres e às
vezes até ultrapassando
um pouco esse índice. O
PDT teve 14 candidatos
homens e oito mulheres;
o PR lançou 16 homens e
oito mulheres; o PSDB 17
homens e oito mulheres; o
PT, 12 homens e sete mulheres e o PTN quatro homens e duas mulheres.
Foram eleitas, neste mesmo pleito, dentre 15 vereadores, 12 homens e três mulheres: Dinamélia Rabelo, do
PT; Gina Tronconi, do PPS e
Miriam Garcia, do PSDB. À
exceção do PPS, que montou uma chapa com 19 homens e duas mulheres. As
duas outras legendas apostaram e se deram bem com
o investimento nas candidaturas femininas.
Legislativo
A bancada feminina na
Câmara Municipal, hoje,
representa apenas um
quinto da atual legislatura. Mas já houve um avanço e, se realmente a lei for
tomada ao pé da letra e o
quantitativo de mulheres
participando das eleições,
realmente, aumentar, é
bem provável que essa representação venha a crescer. No entanto, não está
sendo e não será, na eleição que se aproxima, uma
tarefa fácil para os parti-
dos arregimentarem um
bom número de candidatas, considerando, ainda,
o fato de que na próxima
eleição, o número de candidatos vai aumentar, já
que as vagas no Poder Legislativo vão subir de 15
para 23. Por isso, os partidos já estão em franca
movimentação com o objetivo de aumentarem os
seus quadros de filiados e,
principalmente, atrair as
mulheres que no passado
eram quase que alijadas
do processo político.
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