INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
ATIVIDADE
Breno
I UNIDADE
Aluno(a): ____________________________________________________________________________
Série: 1ª
Turma: _______
Ensino Médio
Data:
/
/ 2015
SEÇÃO ENEM
QUESTÃO 1
Quando a separação não é um trauma
A Socióloga Constance Ahrons, de Wisconsin, acompanhou por 20 anos um grupo de 173 filhos de
divorciados. Ao atingir a idade adulta, o índice de problemas emocionais nesse grupo era equivalente ao dos filhos
de pais casados. Mas Ahrons observou que eles "emergiam mais fortes e mais amadurecidos que a média, apesar
ou talvez por causa dos divórcios e recasamentos de seus pais". (...) Outros trabalhos apontaram para conclusões
semelhantes. Dave Riley, professor da universidade de Madison, dividiu os grupos de divorciados em dois: os que
se tratavam civilizadamente e os que viviam em conflito. Os filhos dos primeiros iam bem na escola e eram tão
saudáveis emocionalmente quanto os filhos de casais "estáveis". (...)
Uma família unida é o ideal para uma criança, mas é possível apontar pontos positivos para os filhos de
separados. "Eles amadurecem mais cedo, o que de certa forma é bom, num mundo que nos empurra para uma
eterna dependência.”
REVISTA ÉPOCA, 24/1/2005, p. 61-62. Fragmento.
No texto, três pessoas posicionam-se em relação aos efeitos da separação dos pais sobre os filhos: uma
socióloga, um professor e o próprio autor. Infere-se do texto que
a) A opinião da socióloga é discordante das outras duas.
b) A opinião do professor é discordante das outras duas.
c) As três opiniões são concordantes entre si.
d) O autor discorda apenas da opinião da socióloga.
e) O autor discorda apenas da opinião do professor.
Texto para as questões 2 e 3
CIDADE MARAVILHOSA?
Os camelôs são pais de famílias bem pobres, e, então, merecem nossa simpatia e nosso carinho; logo
eles se multiplicam por 1000. Aqui em frente à minha casa, na Praça General Osório, existe há muito tempo a feira
hippie. Artistas e artesãos expõem ali aos domingos e vendem suas coisas. Uma feira um tanto organizada
demais: sempre os mesmos artistas mostrando coisas quase sempre sem interesse. Sempre achei que deveria
haver um canto em que qualquer artista pudesse vender um quadro; qualquer artista ou mesmo qualquer pessoa,
sem alvarás nem licenças. Enfim, o fato é que a feira funcionava, muita gente comprava coisas – tudo bem. Pois
de repente, de um lado e outro, na Rua Visconde de Pirajá, apareceram barracas atravancando as calçadas,
vendendo de tudo - roupas, louças, frutas, miudezas, brinquedos, objetos usados, ampolas de óleo de bronzear,
passarinhos, pipocas, aspirinas, sorvetes, canivetes. E as praias foram invadidas por 1000 vendedores. Na rua e
na areia, uma orgia de cães. Nunca vi tantos cães no Rio, e presumo que muita gente anda com eles para se
defender de assaltantes. O resultado é uma sujeira múltipla, que exige cuidado do pedestre para não pisar
naquelas coisas. E aquelas coisas secam, viram poeira, unem-se a cascas de frutas podres e dejetos de toda
ordem, e restos de peixes da feira das terças, e folhas, e cusparadas, e jornais velhos; uma poeira dos três reinos
da natureza e de todas as servidões humanas.
Ah, se venta um pouco o noroeste, logo ela vai-se elevar, essa poeira, girando no ar, entrar em nosso
pulmão numa lufada de ar quente. Antigamente a gente fugia para a praia, para o mar. Agora há gente demais, a
praia está excessivamente cheia. Está bem, está bem, o mar, o mar é do povo, como a praça é do condor – mas
podia haver menos cães e bolas e pranchas e barcos e camelôs e ratos de praia e assaltantes que trabalham até
dentro d’água, com um canivete na barriga alheia, e sujeitos que carregam caixas de isopor e anunciam sorvetes
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e quando o inocente cidadão pede picolé de manga, eis que ele abre a caixa e de lá puxa a arma. Cada dia
inventam um golpe novo: a juventude é muito criativa, e os assaltantes são quase sempre muito jovens.
Rubem Braga (extraído de www.rio.rj.gov.br . Acesso 20 de novembro)
Questão 2
O título do texto – cidade maravilhosa? – tem ao final um ponto de interrogação; com isso, o autor do texto
expressa
a) uma pergunta ao leitor a fim de verificar a sua opinião.
b) um questionamento sobre o futuro da cidade do Rio de Janeiro.
c) uma dúvida sobre a qualidade de vida na cidade.
d) uma reflexão sobre as belezas da capital carioca.
e) uma opinião dos mais pobres sobre as condições de vida na cidade.
Questão 3
“logo eles se multiplicam por 1000”; “E as praias foram invadidas por 1000 vendedores”. O número 1000, nesses
dois segmentos do texto
a) referem-se aos mesmos vendedores, em momentos diferentes.
b) indicam uma quantidade indeterminada de vendedores.
c) mostram somente uma ideia de grande quantidade.
d) representam o enorme progresso da cidade.
e) demonstram o crescimento desordenado da cidade.
QUESTÃO 4
Texto I
Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é sorrir bastante dos homens
e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso
irresistível.
CAMPOS, Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio
de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
Texto II
Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que todos os amigos já
morreram e os que teimam em viver são entrevados. É sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior,
mas porque a boca não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.
FERNANDES, Millôr. Ser gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas brasileiras. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da vida, entre eles,
a) expressões coloquiais com significados semelhantes.
b) ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
c) recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
d) termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
e) metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
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QUESTÃO 5
Já se criticou com muita razão a proliferação de chavões e frases feitas na chamada crônica esportiva. (...)
Mas há que reconhecer o outro lado da questão: o futebol deve muito de sua poesia à linguagem que se foi
criando ao seu redor (...). Pela magia das palavras, num campo gramado em que só há atletas correndo atrás de
uma bola, surgem de repente folhas secas, chapéus, meias-luas, carrinhos, lençóis, pontes, chuveiros, balões,
peixinhos.
SUZUKY, Matinas. Folha de S. Paulo.
O autor do texto demonstra
a) ser preconceituoso em relação à linguagem usada pelos atletas.
b) ser indiferente aos chavões e frases feitas inventados pela crônica esportiva.
c) desaprovar o uso de expressões poéticas na crônica esportiva.
d) ter admiração pela linguagem criativa e poética do futebol.
e) desgostar dessa paixão nacional, que é o futebol.
QUESTÃO 6
WILLY. Tribuna da Imprensa (RJ), 02 abr. 05.
A charge é um gênero textual que apresenta um caráter burlesco e caricatural, em que se satiriza um fato
específico, em geral de caráter político e que é do conhecimento público.
No plano linguístico, o humor da charge
a) tem como foco a imagem antagônica entre a palavra riqueza e a figura do homem maltrapilho.
b) baseia-se no jogo polissêmico da palavra economia, ora empregada como ciência, ora como conter gastos.
c) baseia-se na linguagem não verbal, que apresenta um homem subnutrido como um exemplo de brasileiro.
d) está centrado na ironia com que é tratada a produção de riquezas no Brasil.
e) reside na ideia de um morador de rua saber falar tão bem sobre assuntos como política, saúde e economia.
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Texto para as questões 7 e 8
Tendências para as cadeias no futuro?
Na Malásia, uma equipe de designers e arquitetos elaborou um conceito de centro de detenção bastante
diferente. O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas
de fuga, devido à altura potencialmente fatal de uma queda e à visibilidade que o fugitivo teria aos olhos dos
pedestres na parte de baixo.
A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar
para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido para a sociedade. Fábricas e centros de
reciclagem também serviriam a esse propósito.
Visando reduzir os custos necessários para manter dezenas de agentes carcerários, o teórico social
Jeremy Betham projetou uma instituição que manteria todas as celas em um local circular, de forma que fiquem
expostas simultaneamente. Dessa forma, apenas alguns poucos guardas posicionados na torre no centro do
prédio já conseguiriam manter a vigilância sobre todos os detentos. Embora um presídio nesse estilo tenha sido
construído em Cuba, ele nunca chegou a entrar em funcionamento.
Outra solução criativa foi pensada e realizada na Austrália. Lá, um centro de detenção foi elaborado a
partir de containers de transporte de mercadorias em navios modificados para servir como celas temporárias.
Outra prisão na Nova Zelândia também passou a usar a mesma solução para resolver problemas de superlotação.
Entretanto, o conceito tem causado muita polêmica, pois as condições das celas em containers seriam
desumanas — o que temos que levar em consideração em se tratando de um país tão quente. “Morar” em uma
caixa de metal sob um sol de escaldar não deve ser nada agradável.
(Fernando Daquino, 04.11.2012 – Arquitetura)
Questão 7
“O projeto consiste em um complexo prisional suspenso no ar, o que em teoria dificultaria as tentativas de fuga...”.
A expressão sublinhada no fragmento do texto mostra que
a) o projeto imagina algo que ainda não foi comprovado na realidade.
b) a teoria em que se fundamenta o projeto já mostrou ser eficaz contra as tentativas de fuga.
c) as tentativas de fuga são teoricamente impossíveis.
d) o complexo prisional se fundamenta numa teoria revolucionária.
e) o novo conceito do complexo prisional só pode ser imaginado em teoria.
Questão 8
“A cadeia ainda teria espaços para manter um campo de agricultura, onde os detentos poderiam trabalhar
para se autossustentar e até distribuir o excesso de alimento produzido para a sociedade. Fábricas e
centros de reciclagem também serviriam a esse propósito””.
Considerando‐se a estruturação geral do texto, o propósito referido no final do segmento destacado seria o de
a) distribuir o excesso de alimento produzido.
b) manter um campo de agricultura.
c) oferecer trabalho para o sustento dos presos.
d) produzir alimento para a sociedade.
e) sustentar os presos e a sociedade ao redor.
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QUESTÃO 9
HAGAR, o horrível. O Globo,Rio de Janeiro, 12 out. 2008
Pela evolução do texto, no que se refere à linguagem empregada, percebe-se que a garota
a) deseja afirmar-se como nora por meio de uma fala poética.
b) utiliza expressões linguísticas próprias do discurso infantil.
c) usa apenas expressões linguísticas presentes no discurso formal.
d) se expressa utilizando marcas do discurso formal e do informal.
e) usa palavras com sentido pejorativo para assustar o interlocutor.
Texto para as questões 10 e 11
Para falar e escrever bem, é preciso, além de conhecer o padrão formal da Língua Portuguesa, saber
adequar o uso da linguagem ao contexto discursivo. Para exemplificar este fato, seu professor de Língua
Portuguesa convida-o a ler o texto Aí, Galera, de Luís Fernando Veríssimo. No texto, o autor brinca com situações
de discurso oral que fogem à expectativa do ouvinte.
Aí, galera
Jogadores de futebol podem ser vítimas de estereotipação. Por exemplo, você pode imaginar um jogador de
futebol dizendo “estereotipação”? E, no entanto, por que não?
- Aí, campeão. Uma palavrinha pra galera.
- Minha saudação aos aficionados do clube e aos demais desportistas, aqui presentes ou no recesso dos seus
lares.
- Como é?
- Aí, galera.
- Quais são as instruções do técnico?
- Nosso treinador vaticinou que, um trabalho de contenção coordenada, com energia otimizada, na zona de
reparação, aumentam as probabilidades de, recuperado o esférico, concatenarmos um contragolpe agudo com
parcimônia de meios e extrema objetividade, valendo-nos da desestruturação momentânea do sistema oposto,
surpreendido pela versão inesperada do fluxo da ação.
- Ahn?
- É pra dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça.
- Certo, você quer dizer mais alguma coisa?
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- Posso dirigir uma mensagem de caráter sentimental, algo banal, talvez mesmo previsível e piegas, a uma
pessoa à qual sou ligado por razões, inclusive, genéticas?
- Pode.
- Uma saudação para a minha progenitora.
- Como é?
- Alô, mamãe!
- Estou vendo que você é um, um...
- Um jogador que confunde o entrevistador, pois não corresponde à expectativa de que o atleta seja um ser algo
primitivo com dificuldade de expressão e assim sabota a estereotipação?
- Estere o quê?
- Um chato?
- Isso.
(VERÍSSIMO, Luís Fernando.Correio Braziliense, 13 maio 1998.)
Questão 10
O texto retrata duas situações relacionadas que fogem à expectativa do público. São elas:
a) a saudação do jogador aos fãs do clube, no início da entrevista, e a saudação final dirigida à sua mãe.
b) a linguagem muito formal do jogador, inadequada à situação da entrevista, e um jogador que fala, com
desenvoltura, de modo muito rebuscado.
c) o uso da expressão “ galera” , por parte do entrevistador, e da expressão “ progenitora” , por parte do
jogador.
d) o desconhecimento, por parte do entrevistador, da palavra “ estereotipação” , e a fala do jogador em “ é pra
dividir no meio e ir pra cima pra pegá eles sem calça” .
e) o fato de os jogadores de futebol serem vítimas de estereotipação e o jogador entrevistado não corresponder
ao estereótipo.
Questão 11
O texto mostra uma situação em que a linguagem usada é inadequada ao contexto. Considerando as diferenças
entre língua oral e língua escrita, assinale a opção que representa também uma inadequação da linguagem usada
ao contexto:
a) “o carro bateu e capotô, mas num deu pra vê direito” - um pedestre que assistiu ao acidente comenta com o
outro que vai passando.
b) “E aí, ô meu! Como vai essa força?” - um jovem que fala para um amigo.
c) “Só um instante, por favor. Eu gostaria de fazer uma observação” - alguém comenta em uma reunião de
trabalho.
d) “Venho manifestar meu interesse em candidatar-me ao cargo de Secretária Executiva desta conceituada
empresa” - alguém que escreve uma carta candidatando-se a um emprego.
e) “Porque se a gente não resolve as coisas como têm que ser, a gente corre o risco de termos, num futuro
próximo, muito pouca comida nos lares brasileiros” - um professor universitário em um congresso
internacional.
Texto para as questões 12 e 13
Amor é fogo que arde sem se ver;
ferida que dói e não se sente;
um contentamento descontente;
dor que desatina sem doer;
um não querer mais que bem querer; é
solitário andar por entre a gente; é nunca
contentar-se de
contente;
é cuidar que se ganha em se perder;
querer estar preso por vontade;
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servir a quem vence, o vencedor;
ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor nos
corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Luís de Camões
Questão 12
O poema tem, como característica, a figura de linguagem denominada antítese, relação de oposição de palavras
ou ideias. A opção em que essa oposição se faz claramente presente é:
a) “Amor é fogo que arde sem se ver.”
b) “É um contentamento descontente.”
c) “É servir a quem se vence, o vencedor.”
d) “Mas como causar pode seu favor.”
e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
Questão 13
O poema pode ser considerado como um texto
a) argumentativo.
b) Narrativo.
c) épico.
d) de propaganda.
e) teatral.
Questão 14
Érico Veríssimo relata, em suas memórias, um episódio da adolescência que teve influência significativa em sua
carreira de escritor.
“ Lembro-me de que certa noite – eu teria uns quatorze anos, quando muito – encarregaram-me de
segurar uma lâmpada elétrica à cabeceira da mesa de operações, enquanto um médico fazia os primeiros
curativos num pobre-diabo que soldados da Polícia Municipal haviam “carneado”. (...) Apesar do horror e da
náusea, continuei firme onde estava, talvez pensando assim: se esse caboclo pode aguentar tudo isso sem
gemer, por que não hei de poder ficar segurando esta lâmpada para ajudar o doutor a costurar esses talhos e
salvar essa vida? (...)
Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o
escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz
sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e
aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica,
acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que
não desertamos nosso posto.”
VERÍSSIMO, Érico. Solo de Clarineta. Tomo I. Porto Alegre: Editora Globo, 1978.
Neste texto, por meio da metáfora da lâmpada que ilumina a escuridão, Érico Veríssimo define como uma das
funções do escritor e, por extensão, da literatura,
a) criar a fantasia.
b) permitir o sonho.
c) denunciar o real.
d) criar o belo.
e) fugir da náusea.
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Questão 15
Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como
shopping center , delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado
nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre comércio com nosso inculto e belo
idioma, venho sugerir algumas outras medidas que serão de extrema importância para a preservação da
soberania nacional, a saber:
........
! Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços públicos do território nacional;
! Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me
vê um chopps e dois pastel”;
..........
! Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borraxaria” e nenhum dono de banca de
jornal anunciará “Vende-se cigarros”;
..........
! Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “verse-ão”.
PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8/04/2001.
No texto acima, o autor
a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa deve ser protegida contra
deturpações de uso.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e nominal pelo falante brasileiro.
d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor medidas que os controlem.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar corretamente os pronomes.
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