Revista Eletrônica Novo Enfoque, ano 2010, v. 11, n. 11, p. 43 – 50
COMPARAÇÃO DAS DOSAGENS BIOQUÍMICAS DE GLICOSE, COLESTEROL
E TRIGLICERÍDEO DE ATLETAS DE FUTEBOL E HOMENS SEDENTÁRIOS
Nuro, D.I, II ; Brito, L.I ; Chaves, R.I, II ; Brito, R.I, III; Souza-Lemos, C.IV
I
Graduando em Biomedicina – Universidade Castelo Branco – UCB, Avenida Santa Cruz, 1631,
Realengo/RJ
II
Técnico em Patologia Clínica - Universidade Castelo Branco – UCB, Avenida Santa Cruz, 1631,
Realengo/RJ
III
Licenciatura em Educação Física; Especialista em Anatomia Humana e Biomecânica Universidade Castelo Branco – UCB, Avenida Santa Cruz, 1631, Realengo/RJ
IV
Doutora pela Fundação Oswaldo Cruz e professora da Universidade Castelo Branco Universidade Castelo Branco – UCB, Avenida Santa Cruz, 1631, Realengo/RJ
RESUMO
Essa pesquisa destacou a importância da realização de exercícios físicos para a qualidade de vida das
pessoas na sociedade contemporânea. A partir deste prisma, torna-se fundamental entender fisiologicamente
como este exercício acontece. Diante disso, o presente estudo buscou analisar a contribuição da atividade física
para a saúde, através de análises de dosagens bioquímicas de glicose, colesterol e triglicerídeo, criando por meio
destas um paralelo entre dois grupos (atletas e sedentários) com hábitos diferenciados que interferem diretamente
na sua saúde. Após a realização dos exames bioquímicos no laboratório de ciências biomédicas da Universidade
Castelo Branco, observou-se que devido aos participantes da pesquisa não seguirem as orientações sugeridas, os
exames apresentaram alterações relevantes.
Palavras-Chave: dosagens bioquímicas, atletas e sedentários
INTRODUÇÃO
A atividade física quando orientada corretamente pode contribuir para a melhora da aptidão física em
geral e da saúde. Pode também propiciar atividades de caráter recreativo, que tragam interesse e prazer. Os
principais motivos da prática de exercícios incluem: o fortalecimento da musculatura, melhoria orgânica do
sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das habilidades físicas; a perda de peso e/ou a manutenção de alguma
parte do corpo. Para muitos médicos e especialistas, exercícios físicos realizados de forma regular ou frequente
estimulam o sistema imunológico, ajudam a prevenir doenças (como cardiopatia, doenças cardiovasculares e
diabetes tipo 2), moderam o colesterol e ajudam a prevenir a obesidade. Além disso, melhoram a saúde mental e
ajudam a prevenir a depressão.
No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas
mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica
porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a
hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54%
do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em
nosso país. (2)
A glicose, o colesterol e o triglicerídeo se comportam de forma diferenciada quando em repouso e
durante o exercício físico, no qual sua concentração plasmática varia de acordo com a dieta e com a intensidade
do exercício físico. A alta concentração dessas substâncias no plasma sanguíneo pode acarretar complicações
principalmente ao sistema cardiovascular. Contudo, não podem estar em níveis séricos muito baixos, porque
participam da energia primária, energia secundária, estruturação primária, estruturação secundária e transporte
plasmático. (1)
MATERIAL E MÉTODOS
Foram realizadas coletas sanguíneas de dois grupos distintos, sendo um de atletas de futebol de campo e
outro de pessoas sedentárias.
A coleta das amostras foi realizada no Laboratório de Ciências Biomédicas da UCB, em dias diferentes,
os atletas, no sábado, e os sedentários, na segunda-feira, ambos às 8h da manhã, quando ambos os grupos
encontravam-se em jejum de no máximo 12 horas para a realização do exame através da coleta venosa em tubo
de bioquímica sem anticoagulante (tampa tijolo). Posteriormente o material foi centrifugado a 3000 rpm por
aproximadamente 5 minutos. Só então foi aplicada a técnica para as dosagens seguindo orientações do kit da Lab
Test.
Levantou-se 18 tubos para cada dosagem (colesterol, triglicerídeo e glicose), sendo que 16 deles
correspondiam às amostras de cada paciente, um para o branco e um para o padrão. Logo após foi adicionado
20uL de soro do paciente em seus respectivos tubos e no padrão através de um pipeta automática. Logo após a
pipetagem dos soros, foi adicionado ao tubo o reativo de cor de cada dosagem em cada tubo referente ao exame
proposto. Posteriormente, levou-se ao banho-maria por 10 minutos em uma temperatura de 37°C, passado esse
tempo, foi realizada a leitura no aparelho Bioplus através da leitura direta.
VARIÁVEIS PRÉ-ANALÍTICAS DOS EXAMES LABORATORIAIS
Para obtenção de resultados precisos é fundamental que esses passos, bem como uma coleta perfeita do
material, sejam realizados na íntegra, pois sabe-se que as variáveis pré-analíticas englobam diversos fatores
relevantes que precisam ser conhecidos antes da execução de qualquer exame laboratorial, vale ressaltar que
70% dos erros em exames laboratoriais estão associados às variáveis pré-analíticas. (5) A seguir destacaremos
algumas que estão diretamente associadas ao presente estudo.
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Horário da coleta
A concentração de analitos varia em função do horário da coleta sanguínea, devendo-se atentar para as
orientações especificadas em cada exame. A meia-vida das drogas e o horário de sua administração devem ser
considerados na determinação de níveis terapêuticos. Da mesma forma, na exposição a elementos tóxicos
devemos considerar o tempo decorrido para sua absorção e eliminação.
Atividade física
Imediatamente após exercício extenuante ocorre elevações de lactato, amônia, creatinoquinase, aldolase,
ALT, AST, fósforo, fosfatase ácida, creatinina, ácido úrico, haptoglobina, transferrina, catecolaminas e
contagem de leucócitos. Um decréscimo pode ser observado na dosagem de albumina, ferro e sódio.
Dieta
Quando o jejum específico para cada exame não é respeitado, pode haver interferência em muitos analitos,
especialmente com a bilirrubina, proteína total, ácido úrico, ureia, potássio, triglicérides, fosfatase alcalina e
fósforo.
A cafeína pode promover glicólise. Em curto prazo, duas a quatro horas após o consumo, o etanol
provoca queda dos níveis de glicose e aumento do nível de lactato. O uso contínuo de etanol eleva HDL,
triglicerídeos, GGT, ALT, AST.
Tabagismo
Eleva os níveis de hemoglobina, leucócitos e hemácias no sangue periférico, VCM, epinefrina,
aldosterona, cortisol e CEA. Reduz os níveis de colesterol-HDL sérico e da atividade da Enzima Conversora da
Angiotensina (ECA).
Postura
Quando o sangue é retirado na posição ereta, ocorre aumento dos seguintes analitos: proteína total,
albumina, cálcio, hemoglobina e hematócrito, renina, catecolaminas, fosfatase alcalina, colesterol, ALT e ferro.
Garroteamento
O torniquete deve ser usado por no máximo um minuto, mas mesmo dentro deste pequeno tempo, a
composição do sangue pode se alterar de forma discreta. Após três minutos de garroteamento: proteínas totais,
ferro e colesterol aumentam em torno de 5%, havendo queda de 6% nos níveis de potássio. O ato de abrir e
fechar a mão na hora da coleta deve ser evitado por causar aumento de potássio, fosfato, lactato, amônia e cálcio
ionizado.
Uso do tubo com anticoagulante correto
É fundamental para preservação da amostra e a correta determinação do analito, de acordo com o
especificado em cada exame. Vários analitos têm concentrações diferentes no plasma e no soro. Quando vários
tubos são usados durante uma única punção, tubos sem aditivos devem ser utilizados primeiro, para que se evite
contaminação. (5)
45
A glicose, o colesterol e o triglicerídeo estão diretamente associados ao metabolismo celular e ao gasto
energético, o que se comporta de forma diferenciada em praticantes de exercícios físicos e em sedentários, por
isso foi selecionados para serem observados nesta pesquisa.
Glicose
Os carboidratos em geral são classificados como monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos.
O número de açúcares simples ligados dentro de cada uma dessas moléculas diferencia cada forma de
carboidrato.
A glicose, também denominada dextrose ou açúcar do sangue, forma-se naturalmente no alimento ou no
organismo pela digestão de carboidratos mais complexos. A gliconeogênese também sintetiza a glicose,
principalmente no fígado, a partir dos resíduos de carbono de outros compostos (em geral aminoácidos, mas
também glicerol, piruvato e lactato). Após a absorção pelo intestino delgado, a glicose pode: tornar-se disponível
como fonte de energia para o metabolismo celular, formar glicogênio para armazenar no fígado e nos músculos
ou ser transformada em triglicerídeo para utilização subsequente como energia.
A Fisiologia busca explicar os fatores físicos e químicos, responsáveis pela origem, desenvolvimento e
continuação da vida. Desta forma a taxa glicêmica há muito está associada com o aparecimento de fome, quando
a glicemia cai muito, isso automaticamente faz com que o ser vivo aumente sua ingestão de alimentos e
eventualmente a glicemia volta ao normal, de certo que a taxa normal de açúcar no sangue varia de 70 mg a 99
mg em um indivíduo que esteja em repouso, portanto serão observados os indivíduos postos em uma situação de
estresse “positivo”, no caso, o treinamento físico em futebol. (4)
Durante o exercício, o fígado aumenta muito a liberação de glicose a fim de ativar o músculo à medida
que o exercício progride de uma baixa para alta intensidade simultaneamente, o glicogênio muscular representa a
fonte energética predominante, na forma de carboidrato, durante os estágios iniciais do exercício e quando a
intensidade aumenta. (1) Em comparação com as gorduras e proteínas, os carboidratos continuam sendo o
combustível preferencial no exercício aeróbico de alta intensidade, pois fornecem energia (ATP) rapidamente
graças aos processos oxidativos. No esforço anaeróbico (que requer reações glicolíticas), os carboidratos passam
a constituir o único macronutriente que contribui com ATP. Bastam 3 dias com a adoção de uma dieta contendo
apenas 5% de sua energia na forma de carboidratos para reduzir a capacidade de realizar exercícios anaeróbicos
explosivos. Percebe-se também que a concentração sanguínea de glicose proporciona uma regulação por
feedback da produção de glicose pelo fígado; aumento na glicose sanguínea inibe a liberação hepática de glicose
durante o exercício.
A disponibilidade de carboidratos durante o exercício ajuda também a regular a mobilização de gorduras e
sua utilização para obter energia durante o exercício. Por exemplo, um aumento na oxidação dos carboidratos
pela ingestão de algo com um alto índice glicêmico antes do exercício (com hiperglicemia e hiperinsulinemia
concomitantes) reduz de maneira significativa: a oxidação dos ácidos graxos de cadeias livres pelo músculo
esquelético e a liberação de ácidos graxos livres pelo tecido adiposo. Alguns especulam que a disponibilidade
adequada de carboidratos e o aumento inerente de seu metabolismo inibe o transporte de ácidos graxos de
cadeias longas para o interior das mitocôndrias, controlando assim a mistura metabólica do exercício.
As gorduras intracelulares e extracelulares (AGL, triglicerídeos intracelulares e triglicerídeos
plasmáticos circulantes unidos às lipoproteínas) suprem entre 30% e 80% da energia para o exercício físico,
dependendo do estado nutricional, da aptidão e da intensidade e duração do exercício. O aumento do fluxo
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sanguíneo através do tecido adiposo observado com o exercício acelera a liberação de AGL para serem
fornecidos e utilizados pelo músculo. A utilização de gordura para obtenção de energia no exercício leve e
moderado é três vezes maior que nas condições de repouso, o que resulta em uma queda nos níveis plasmáticos
de AGL. Por sua vez, isso estimula uma maior utilização do glicogênio muscular e, simultaneamente, uma maior
oxidação dos triglicerídeos intramusculares. A contribuição em termos de energia por parte dos triglicerídeos
intramusculares varia provavelmente entre 15% e 35%, com atletas treinados catabolizando a maior quantidade
de gordura intramuscular. O consumo crônico de dietas ricas em gorduras durante o exercício ainda não foi
comprovado se isso equivale a um melhor desempenho nos exercícios. (2, 3)
TRIGLICERIDEOS
São ésteres de glicerol com três ácidos graxos, contendo comumente uma associação de dois ou três deles
diferentes e mais raramente três idênticos, sendo elevado o seu número encontrado nos alimentos naturais,
possibilitando suas combinações grande número de triglicerídeos diferentes em cada tipo de lipídio.
A maioria dos lipídios da dieta normal caracteriza-se por possuir cerca de 84% de triglicerídeos de cadeia longa,
sendo o total de triglicerídeos da dieta de 90 a 95%. (3)
COLESTEROL
Constitui o principal representante dos esteróis (alcoóis, cíclicos) de grandes moléculas, encontrados
nos reinos animal e vegetal como um dos principais componentes dos cálculos (litíases) biliares e
particularmente abundante no sistema nervoso, nas glândulas supra-renais e nos alimentos (gema de ovo), entre
outros. Representam componente de todas as membranas celulares, sobretudo da mielina, que reveste as fibras
nervosas e os tecidos glandulares. Os esteróis são substâncias relacionadas no metabolismo como precursoras de
vários hormônios esteroides, como os hormônios sexuais e adrenocorticoides (ovabaína e estrofantina), do
ergosterol, um precursor da vitamina D, e os esteróis cancerígenos.
O colesterol é um intermediário da biossíntese dos corticoides, embora a córtex suprarrenal sintetize
colesterol acetato por processo semelhante ao do fígado, grande parte do colesterol (60 a 80%) é utilizada para a
corticosteroidogênese. O colesterol faz parte das lipoproteínas, da colesterol-esterase, enzima do suco
pancreático, apresentando grande importância no transporte dos ácidos-graxos, na emulsificação dos lipídeos
(constituindo substância-mor ou precursora dos ácidos biliares.
Os ésteres de colesterol são formados pela combinação de colesterol e ácidos graxos é um importante passo da
produção do colesterol livre para sofrer absorção intestinal. (3)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após breves questionamentos rotineiros para a realização dos presentes exames, pôde-se perceber que
os atletas não seguiram as orientações de jejum de 8 a 12 horas e nem se encontravam em repouso momentos
antes da coleta, já os sedentários cumpriram corretamente as orientações. Isto influenciou diretamente os
resultados do estudo, recomendamos uma nova aplicação para contrastar as variáveis de análise.
47
Na tabela 1, observou-se que os valores da Glicose, do Colesterol e do Triglicerídeo dos ATLETAS DO
FUTEBOL encontram-se elevados possivelmente devido à aceleração metabólica estimulada por corridas no
campo momentos antes da coleta, o que descaracterizou a instrução dada aos atletas.
Identificação
Glicose
Colesterol
Triglicerídeo
Idade
1
80 mg/dL
111 mg/dL
57 mg/dL
16
2
109 mg/dL
139 mg/dL
65 mg/dL
16
3
80 mg/dL
106 mg/dL
69 mg/dL
17
4
81 mg/dL
71 mg/dL
48 mg/dL
17
5
101 mg/dL
128 mg/dL
98 mg/dL
16
6
100 mg/dL
177 mg/dL
63 mg/dL
16
7
88 mg/dL
158 mg/dL
59 mg/dL
15
8
107 mg/dL
112 mg/dL
87 mg/dL
17
9
97 mg/dL
84 mg/dL
92 mg/dL
15
10
105 mg/dL
122 mg/dL
110 mg/dL
17
11
106 mg/dL
108 mg/dL
190 mg/dL
17
12
96 mg/dL
97 mg/dL
144 mg/dL
17
13
118 mg/dL
79 mg/dL
128 mg/dL
17
14
116 mg/dL
105 mg/dL
160 mg/dL
17
15
106 mg/dL
133 mg/dL
140 mg/dL
17
16
89 mg/dL
93 mg/dL
144 mg/dL
17
17
109 mg/dL
136 mg/dL
145 mg/dL
17
18
106 mg/dL
151 mg/dL
119 mg/dL
17
19
97 mg/dL
118 mg/dL
199 mg/dL
17
média
100 mg/dL
117 mg/dL
111 mg/dL
17
Tabela 1 - Resultados dos atletas do futebol
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Na tabela 2, apresentam-se os dados do grupo de sedentários. Assim, notam-se resultados mais
equilibrados do que em relação aos dos atletas, pois o grupo dos sedentários seguiu fielmente as orientações
apresentadas para a realização de um bom exame. Quanto ao nível de colesterol, no grupo das pessoas
sedentárias, apresentou-se mais elevado, porém dentro dos valores esperados, pois o colesterol não possui
alteração relevante com a realização das atividades realizadas antes da coleta pelos atletas.
Identificação
Glicose
Colesterol
Triglicerídeo
Idade
1
85 mg/dL
168 mg/dL
149 mg/dL
20
2
94 mg/dL
191 mg/dL
72 mg/dL
25
3
80 mg/dL
130 mg/dL
66 mg/dL
20
4
78 mg/dL
165 mg/dL
44 mg/dL
31
5
91 mg/dL
178 mg/dL
37 mg/dL
28
6
83 mg/dL
185 mg/dL
34 mg/dL
17
7
96 mg/dL
132 mg/dL
34 mg/dL
25
8
85 mg/dL
172 mg/dL
43 mg/dL
28
média
87 mg/dL
165 mg/dL
60 mg/dL
24
Tabela 2 – Resultado dos sedentários.
CONCLUSÕES
Estudos sobre a realização das atividades físicas e seus componentes fisiológicos são de suma
importância para a educação e para a saúde. Os valores referenciais de colesterol dos atletas mostraram-se mais
baixo do que os valores de referência dos sedentários.
Mas, os valores da Glicose, do Colesterol e do Triglicerídeo encontraram-se elevados nesta pesquisa
possivelmente devido à aceleração metabólica estimulada por corridas no campo, realizadas momentos antes da
coleta de sangue, o que descaracterizou a instrução dada aos atletas. Isto influenciou diretamente os resultados
do estudo, recomendamos uma nova aplicação para contrastar as variáveis de análise.
Outra orientação para um próximo estudo seria realizar a coleta dentro de uma mesma faixa etária, e se
possível em condições ambientais as mais similares possíveis.
O estudo mostrou a importância que devemos atribuir quanto à orientação dos informantes da pesquisa
na coleta, pois o fato deles terem feito atividade física anteriormente à coleta prejudicou a análise.
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REFERÊNCIAS
1- FOX, E. & D. Mathews. 1974. Interval training: conditioning for sport and General Fitness.
Philadelphia: W.B Saunders.
2- GOLDING, L. A., C. R. MAYERS, W. E. Sinning. 1989. Y's Way to Physical Fitnes. 3 ed.
Champaing, Human Kinetics, P. 89 – 124.
3- FOSS, L. M. & KETEYIAN, J. S. 2000. Bases Fisiológicas do exercício do esporte. 6 ed. Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 2000.
4- MEDEIROS, de C. J., SIMPLÍCIO, A. J., CIOLE, J. A., LOPES, C. V. Análise de taxa de glicemia em
adolescentes submetidos a treinamento físico. Livro de Memórias do IV Congresso Científico Nortenordeste – CONAFF. Pág 159.
5- SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA. Gestão estratégica em medicina
laboratorial, Fev 2009, Ed. 53, ano V.
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comparação das dosagens bioquímicas de glicose, colesterol