FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DIAGNÓSTICO PARA DEFINIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA EMPRESA DE SUPERMERCADO E PADARIA DE PEQUENO PORTE FELÍCIO JOSÉ SARTORI SOCORRO – 2005 FAQ – FACULDADE XV DE AGOSTO DIAGNÓSTICO PARA DEFINIÇÃO DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE UMA EMPRESA DE SUPERMERCADO E PADARIA DE PEQUENO PORTE ALUNO: FELÍCIO JOSÉ SARTORI ORIENTADOR: PROF.MS. LUIZ ANTÔNIO FERNANDES Monografia apresentada à Faculdade XV de Agosto, Curso de Administração, como parte dos requisitos para colação de grau e obtenção do diploma de Administrador de Empresas. SUMÁRIO 1 – INTRODUÇÃO 06 Histórico da Empresa Supermercado Sartori 07 Faturamento 08 Funcionários 09 Organograma geral da Empresa 10 2 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 13 3 – METODOLOGIA 21 4 – RESULTADOS 23 Resultados do Brainstorming 23 Cenários 25 Resultados do SWOT 27 5 – ANÁLISE DE RESULTADOS 32 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 33 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 34 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso, TCC, é um estudo de caso em uma empresa de pequeno porte. Teve por objetivo definir um planejamento estratégico empresarial que irá direcionar as ações da empresa. Tal pesquisa foi baseada em referencial teórico e nos conceitos de planejamento estratégico, envolvendo aspectos de empresa familiar. Alguns instrumentos foram usados no tratamento das informações, como o Brainstorming, entrevistas com os sócios, pesquisa dos dados da empresa, observações, Análise de Cenários e Ferramenta de Análise SWOT. Foram definidos no TCC o negócio, a missão, valores e crenças, visão, pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças da organização. Por fim, chegou-se a alguns resultados com a definição de objetivos a serem atingidos e as estratégias para alcançar esses objetivos. Dessa forma os acionistas podem desenvolver planos e projetos e ações que envolvem todas as áreas da empresa, implantando assim o planejamento estratégico. AGRADECIMENTOS Ao Professor Ms. Luiz Antonio Fernandes, por ser meu orientador neste trabalho e pelo incentivo do desenvolvimento do mesmo. Aos Professores, pelas aulas, paciência, disposição e, principalmente, pelos conhecimentos compartilhados, através da dedicação e interesse com que conduziram as aulas e orientações. Aos colegas da sala de aula, pela convivência e troca de experiências no decorrer do curso. À Faculdade XV de Agosto, pela oportunidade de realização de um curso superior. Aos funcionários e acionistas da empresa, que me ajudaram e deram apoio na realização desse trabalho. Ao meu pai, já falecido, que foi um exemplo de vida, a minha mãe, e aos meus irmãos, pelo carinho em todos os momentos de minha vida. A minha esposa, Antonia, e as minhas filhas, Raquel e Débora, pela paciência e privação do convívio nesses quatro anos. Aos meus sobrinhos, ao meu genro Gil, ao amigo Alan, pelos debates que realizamos quando sentamos juntos aos domingos para almoçar. Ao Tiago e Gil, pela disposição em me atender, sempre prontamente, na orientação e desenvolvimento desse trabalho. A todos aqueles que contribuíram para a realização desse trabalho. E, ao Criador de todas as coisas, pela oportunidade de vida e a capacidade de recomeçar sempre que necessário. 6 1 - INTRODUÇÃO Segundo alguns autores, discorrem sobre planejamento estratégico como uma ferramenta muito importante, devido a sua importância para a definição do foco da empresa, e da gestão empresarial, pode auxiliar profissionais a vencer as dificuldades e contribuir, eficaz e eficientemente, dentro das organizações. A idéia é construir um pensamento próprio e, na medida do possível, trazer para a realidade um estudo que auxilie a evolução teórica e prática da empresa. O trabalho é fundamentado em referencial teórico, e busca uma análise qualitativa entre o planejamento estratégico da empresa Supermercado Sartori e a idéia que os três irmãos, acionistas, têm de seu negócio. Esta empresa familiar tem necessidade de se auto-afirmar quanto a sua posição no mercado. Para isso, foram feitas reuniões com os acionistas, levantando dados e aplicando ferramentas de análise sobre eles, levando a resultados práticos que poderão servir de instrumentos, para definir objetivos e planos de metas, dando rumo à empresa para sua manutenção e sustentabilidade. A empresa tem problemas quanto à definição de seu foco para atuar no mercado. Ela carrega esse problema há muitos anos, por esse motivo o estudo de um planejamento e definição de estratégias foram pontos escolhidos. A direção da empresa tem dificuldades para elaborar investimentos, estratégias de crescimento e tomar outras decisões sobre como agir no presente ou no futuro. Este tipo de gestão que a organização está vivendo é muito comum em empresas familiares brasileiras. Se houver incompatibilidade de perfis de idéias, personalidades e anseios entre os familiares, donos do negócio, essas dificuldades podem se agravar. Os gestores nunca pararam para planejar suas ações, ou fazer um estudo de viabilidade financeira ou de mercado, ou até visualizar possíveis riscos, delegando ao acaso toda a sorte de suas ações. A decisão de se optar pelo planejamento antes de qualquer outro estudo é a de que, tendo elaborado um planejamento estratégico, a empresa terá definido seu conceito de negócio, sua missão, princípios, uma visão geral de suas pretensões e objetivos. Qual a possibilidade de realizar um diagnóstico para definir um planejamento estratégico com condições de ser implantado através de uma gestão eficaz, que seja 7 correspondente à missão e às metas da organização em busca de um desenvolvimento sustentável? O objetivo específico deste trabalho é desenvolver um conceito de negócio estratégico, missão, princípios, visão e objetivos da empresa. Analisando o ambiente em que a empresa está inserida, foram questionados os sujeitos envolvidos sobre a colaboração e contribuição para o estudo, levantamento de dados tanto do ambiente interno como do externo da empresa, identificando os pontos fortes e os pontos fracos, as ameaças e oportunidades. Com ferramentas de análise, desenvolve-se um plano de ação Estratégico que traga clareza para os administradores, podendo eles definir investimentos a curto, médio e longo prazo. Por meio da exploração das informações, decidir-se-ão por crescer e desenvolver. Pretende-se, com o estudo em questão, apontar um caminho, um norte a ser seguido, e mostrar o porquê da empresa estar operando. Histórico da Empresa Supermercado Sartori A Empresa Supermercado Sartori se iniciou em 1968 como uma simples padaria, com vendas de pães, biscoitos e algumas latarias. Constituída como uma empresa familiar, a mão de obra inicial era exercida simplesmente pela família e por dois funcionários contratados como padeiros. Com o passar dos anos, os filhos que eram jovens começaram a constituir famílias, as despesas aumentaram e os lucros diminuíram, não só devido ao aumento das despesas, mas à concorrência de outras padarias que surgiram. Os acionistas começaram a investir no setor de supermercado. A intenção era crescer, gerando mais lucros, para bancar as despesas que haviam crescido assustadoramente com o crescimento das famílias dos acionistas. A empresa acumulou dívidas que representavam, por volta de 1990, mais do que seu próprio valor e de todos os imóveis e propriedades que os sócios tinham. Entrou um novo governo e os juros que eram altos, de 30, 40% têm uma queda para 10% e, até menos. Os credores são obrigados a renegociar os juros da dívida, e a empresa Supermercado Sartori volta a respirar novamente. Com as vendas aquecidas e os juros baixos por cerca de um ano, o dinheiro dos credores não valia mais nada, e a empresa liquida suas dívidas. 8 A empresa Supermercado Sartori está localizada na cidade de Socorro, Estado de São Paulo. Instalada nos arredores da parte central da cidade, o setor dos fundos, depósito, tem acesso a uma outra rua. Sua natureza jurídica é de Sociedade por Cotas limitada, onde cada acionista tem um terço da empresa. Está registrada como Comércio, produtora de pães, biscoitos, bolachas e alimentos de um modo geral. Faturamento. O faturamento da empresa é representado por, 30% das vendas, pela padaria, e 70% pelo supermercado e serviço de balcão. A empresa é dividida em duas áreas: Área industrial, e de vendas ao varejo e auto-serviço. A área de produção de pães é a que possui maior rentabilidade para a empresa devido ao custo barato de produção, margem de lucro e grande diversificação de pães, biscoitos, bolos e doces. A empresa também vende a crédito para seus clientes, que participam das compras no varejo, ou no atacado, para pequenos comércios da região. As vendas a crédito representam cerca de 25% no varejo e 15% no atacado. A figura 1 mostra a distribuição de vendas do supermercado e da padaria. 30% padaria supermercado 70% Figura 1: Distribuição das vendas – Supermercado e padaria. Fonte: Dados fornecidos pelo autor. Os produtos adquiridos de terceiros são considerados vendas do supermercado, e os produtos de fabricação própria são considerados vendas da padaria. Já a figura 2 mostra a distribuição de vendas do mix de produtos que o supermercado comercializa. 9 7% diversos 6% frios e laticinios 16% limpeza e higiêne perfumaria 5% 8% bebidas mercearia 20% 7% hortifruti 0 5 10 15 20 25 Figura 2: Distribuição das vendas – Supermercado Sartori Fonte: Dados fornecidos pelo autor. Funcionários. A empresa é composta de 24 funcionários, sendo eles distribuídos em nove funções (caixa, encarregado comercial, repositor, entregador, auxiliar administrativo, auxiliar de contas a receber, balconista, padeiro, ajudante de padaria, confeiteiro e faxineira). A empresa tem treinado os funcionários para cargos de padeiro, confeiteiro. Em todo o seu percurso como empresa, os funcionários que se interessam por aprender podem trabalhar como ajudantes de padeiro ou confeiteiro nos horários em que há menos serviço. O Quadro I, mostra a distribuição, a quantidade de funcionários por cargos. 10 Cargos Nº de funcionários Frente de Caixa 02 Encarregado Comercial 01 Repositor 03 Entregador 02 Auxiliar administrativo 01 Auxiliar de Contas a Receber 01 Balconista 06 Padeiro 04 Ajudante de padaria 02 Confeiteiro 01 Faxineira 01 Total 24 Quadro I: Distribuição de funcionários e cargos Fonte: RECURSOS HUMANOS DA EMPRESA Organograma geral da Empresa. O supermercado Sartori não possui um organograma específico, mas para a realização do diagnóstico empresarial, houve a necessidade de criá-lo com o objetivo de ressaltar as funções desempenhadas pelos funcionários em cada nível hierárquico. 11 Gerência Administrativa Contabilidade Gerência de Produção Gerência Comercial Auxiliar de contas a Receber Encarregado Comercial Repositores Ajudantes de Padeiros Padeiros Gerência Financeira Caixas Confeiteiro Balconistas Entregadores Figura 3: Organograma da Empresa Fonte: ACIONISTAS E FUNCIONÁRIOS. A função da gerência administrativa é controlar, coordenar, organizar e planejar as estratégias necessárias para atingir os objetivos que a empresa deseja, a qualidade no atendimento, a minimização dos custos, a interação com os clientes entre outras. O supermercado é dividido em três gerências, sendo gerência de produção (padaria), gerência financeira e gerência comercial. O gerente de produção (padaria) tem a função de montar fluxogramas e cronogramas com o objetivo de aumentar a produção para atender a demanda. Conta com apoio dos padeiros e seus auxiliares. Além de administrar o setor produtivo, também dá apoio para a área comercial e tem conhecimento técnico de todos os produtos que fábrica, incluindo a manutenção de máquinas e equipamentos. O gerente comercial é encarregado de administrar o setor de compras e vendas, onde são realizados relatórios de vendas, cotações de preços, cálculo de custos e preços de produtos. 12 Cuida também do setor de pessoal, contratação e de missão de pessoal. Para realizar essas funções, conta com um ajudante comercial. O gerente financeiro é responsável pela administração financeira, ou seja, concede crediário a clientes, efetua cobrança, faz orçamentos e verifica contas a pagar, controla a frente de caixas. Tem apoio, também, de um auxiliar de contas a receber, que tem como responsabilidade controlar, conferir, receber, cobrar e manter a administração informada sobre o setor. Em relação aos clientes, o setor industrial tem uma grande diversidade de tipos de pães, que são distribuídos a hotéis, mini-mercados, padarias e, até mesmo, a outros supermercados. Atualmente, está investindo no setor de padaria, oferecendo ao cliente café da manhã, salgados, sucos, com produtos de própria fabricação, tendo como objetivo divulga-los alavancando suas vendas e, assim, diversificar seus serviços, para ganhar prestígio no mercado local. A organização, apesar de não ter um programa de treinamento para os funcionários, tem se utilizado da experiência dos acionistas e funcionários mais antigos, que fazem o possível, para que a idéia de um bom atendimento seja mantida, procurando interagir empresa/funcionários/clientes. Por ser uma empresa no ramo supermercadista, atua com diversos tipos de produtos, distribuídos entre os setores: hortifrutigranjeiros, limpeza e higiene, frios e laticínios, mercearia, bebidas, perfumaria e diversos. Os principais fornecedores são, geralmente, os grandes atacados por possuírem o melhor preço. Isso não tira a possibilidade da empresa estar comprando diretamente da indústria e de pequenos fornecedores. Tudo dependerá do preço de aquisição da mercadoria e da qualidade do produto que se está comprando. O critério de escolha desses fornecedores é basicamente a credibilidade que a empresa fornecedora possui perante o mercado, observando-se a imagem do fornecedor, comprometimento de entrega, qualidade dos produtos oferecidos, preço e prazo de pagamento. 13 2 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO. Para fundamentar o presente estudo, serão apresentados os principais conceitos, definições e detalhamento da questão do planejamento estratégico encontrados na literatura. Algumas divergências e questões quanto à conceituação podem acontecer devido às muitas obras existentes. Há inúmeros autores que dispõem sobre o tema. Suas conclusões passarão a formar a base do trabalho. Tenório (2004, p.27-29) define planejamento como um processo que situa com antecedência, os objetivos, prevendo as atividades e os recursos necessários, para atingir as finalidades da organização. O autor segue dizendo que planejar é um meio de pensar o futuro da empresa, definindo o que, como, quando e com que recursos fazer. Considera planejamento estratégico como uma visão mais ampla, global e de longo alcance da empresa, baseando-se na análise do contexto desta. Já alguns autores colocam a questão de outro modo, dizendo que: “planejamento estratégico é um processo administrativo que, através da análise do ambiente da organização, auxilia gestores a tomar consciência sobre o futuro de negócios da empresa sob sua direção” (VASCONCELOS e PAGNONCELLI; FISCHMANN e ALMEIDA (2001, 1991 apud BARROS e OLIVEIRA, 2004)). De acordo com outros autores, observamos outra Visão dessa definição. Amdoff, Declerk e Hayes (1987 apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) entendem que o planejamento estratégico resulta de uma análise racional das oportunidades oferecidas pelo meio em que está inserido, dos pontos fortes e fracos da organização, proporcionando meios para compatibilizar esses fatores com os objetivos da organização, minimizando riscos e Ameaças a empresa. Segundo Oliveira (2004, p.47), o planejamento estratégico deve conter sustentação metodológica, para garantir sua continuidade em estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização, visando interação com o ambiente e atuação de forma inovadora e diferenciada. Esta metodologia deve englobar a definição do negócio, a missão da empresa, o estabelecimento de princípios, a análise ambiental, a visão empresarial, os objetivos do negócio e as estratégias a serem colocadas em prática. De acordo com Vasconcelos e Pagnoncelli (2001, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), uma empresa, ou organização, que queira sobreviver e ter sucesso dependerá de esforço duradouro, para monitorar e atuar, nos ambientes interno e externo. A análise do ambiente 14 significa o processo de visualização das ameaças, das oportunidades, dos pontos fracos e fortes que afetam a organização no cumprimento de sua missão. Quatro pilares da Análise Ambiental, segundo Kotler (2000, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), deram vazão à Análise SWOT “segundo o autor do termo em inglês Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats”, uma avaliação global das Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. Segundo Tenório (2004, p.29), algumas etapas devem ser seguidas para o processo de planejamento estratégico, começando pela definição de missão, análise do contexto externo, análise do contexto interno, definição de objetivos, definição de estratégias e redação ou elaboração do plano. O processo só deve terminar, quando se faz uma avaliação do conjunto de informações, garantindo assim maior coerência do Plano. Abaixo, tem-se a Figura 4, que esclarece bem o pensamento de Tenório, mostrando as etapas do processo que levarão ao planejamento estratégico da empresa. MISSÃO CONTEXTO EXTERNO CONTEXTO INTERNO OBJETIVOS ESTRATÉGIAS Figura 4 – Etapas do Processo de planejamento estratégico e suas interligações. Fonte: TENORIO (2004, p.29). Quando falamos em planejamento estratégico, temos que definir também o que é a missão da empresa: Tenório (2004, p.30) afirma que missão é a finalidade, a razão de ser, aspiração legítima que justifica, social e economicamente, a existência de uma organização e para a qual devem ser orientados todos os esforços. O autor continua, observando que a missão deve ser definida pela direção da organização, com a participação dos funcionários. A seguir 15 explica como fazer, para se definir a missão de uma organização. Para definir a missão, recomenda se marcar uma reunião, especificamente, para tratar do assunto, com convocação prévia e agenda. Após a explicação do significado da missão, deve se solicitar a cada participante que defina o que considera ser a missão da organização. Feito isso, cada um deve expor suas idéias, livremente, possibilitando o surgimento de definições novas e criativas. Desse processo, surge uma definição prévia de missão que deve ser submetida às seguintes questões: Qual o propósito de nossa organização? O que a organização deverá ser? O que será a organização no futuro: Para onde vamos? Observa ainda Tenório (2004, p.32-33) que, dentro do planejamento estratégico importante é a influência que tem o ambiente sobre a organização, as oportunidades que surgem, as ameaças que podem afetar essa empresa e a influência que tem o contexto externo para a realização da missão esperada. O autor define contexto externo como instituições e aspectos da sociedade que afetam a organização. Para ele, oportunidades são aspectos que afetam, ou podem vir a afetar, positivamente, a organização, contribuindo para o cumprimento de sua missão. Afirma ainda que ameaças são aspectos que afetam, ou podem vir a afetar, negativamente, a organização, comprometendo o cumprimento de sua missão. “Contexto interno são aspectos internos à organização que favorecem ou dificultam seu desempenho, desenvolvimento e crescimento” (TENORIO, 2004, p.35). Abaixo Tenório (2004, p.35) diz como fazer e como elaborar o contexto interno. As informações a respeito do contexto interno podem ser obtidas através de discussão estruturada ou a partir de resultados de levantamento, utilizando-se, por exemplo, um formulário que aborde os temas citados. A discussão deve envolver, se possível, todas as pessoas que trabalham na organização, dirigentes, técnicos, demais empregados e até mesmo cidadãosbeneficiários, fornecedores e financiadores, para que se conheça a percepção externa acerca da organização. Para o autor, é importante levantar os pontos fortes e pontos fracos da organização, pois com essas informações, podemos relacionar dados definindo as oportunidades e ameaças no contexto externo e no interno. Segue ainda o autor: Pontos fortes e pontos fracos são os aspectos da organização e dos indivíduos que nela trabalham que contribuem ou ameaçam a sobrevivência e consolidação dessa organização. Um outro conceito que se faz necessário abordar aqui é a definição de estratégias. Tenório (2004, p.33-39) conclui que enquanto os objetivos nos dão idéia das escolhas realizadas pelos dirigentes de uma organização, indicando onde estarão concentrados os 16 esforços, as estratégias nos indicam como se pretende atingir os objetivos. Eles representam escolhas relativas à forma e aos instrumentos necessários para a realização do trabalho. As Estratégias constituem respostas às ameaças e às oportunidades identificadas, aos pontos fortes e fracos encontrados na organização quando da análise do contexto. Nascem do conhecimento acumulado, da imaginação, de conjecturas e de projeções. Os objetivos devem ser quantificados em termos de dinheiro, tempo, percentual, etc. Continuando, ele relaciona as informações e explica como elaborar o contexto externo, identificando as pessoas que participarão, como fazer para analisar os dados e os aspectos que mais vão contribuir para a organização. Na análise do contexto externo, o primeiro passo é pedir ao grupo que participa do processo de planejamento estratégico que faça uma relação de instituições e aspectos da sociedade que afetam, de alguma forma, o trabalho da organização. Depois de elaborada a relação, o segundo passo consiste em analisar o tipo de influência que cada instituição ou aspecto exerce. Para reunir o maior número possível de observações, sugere que se formem pequenos grupos, cuja tarefa será identificar se a influência representa uma oportunidade ou uma ameaça para a organização. Em seguida, todo o grupo deve debater as observações, procurando chegar a um consenso. Por vezes, faz-se necessário coletar dados numéricos, pesquisar documentos legais, ouvir pessoas, a fim de que o grupo tenha subsídios para analisar, de modo mais abrangente e profundo, os diferentes aspectos do contexto. O terceiro passo é selecionar os aspectos que têm maior impacto sobre a organização e que deverão ser acompanhados continuamente, visto que é impossível monitorar todas as influências provenientes do contexto. No que se refere à variável para diagnóstico interno, Sampaio (apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), acredita que as mais comuns a serem julgadas pelas organizações são a imagem da empresa perante os clientes; qualificação dos funcionários; tecnologia interna para a fabricação dos produtos; recursos financeiros (capital); produtividade; qualidade de seus produtos e serviços; preço de venda; capacitação da equipe de vendas; treinamento dos funcionários; estoques disponíveis; localização da empresa; relacionamento com fornecedores e clientes; prazos de entrega; seus produtos e serviços; e custos. Com a intenção de identificar e facilitar as variáveis de diagnóstico do ambiente externo colocamos um conjunto de informações no Quadro I, abaixo: 17 Econômicas Políticolegais Tendência Legislação de consumo Emprego Política internacion al Crescimento Política do setor partidária Demográficas Sócioculturais Características Fatores populacionais religiosos Taxa de Fatores crescimento geográficos Tecnológicas Mercadológicas Mudanças tecnológicas Inovações Concorrências Tendência mercado de de Transferência Filosofia Distribuição marketing s populacional tecnológicas Alfabetizaç Marcas e Poluição e Inflação Distribuiçã ão patentes legislação o de renda P&D Taxa de Situação juros social do Ecologia Migrações Eleições segmento Incentivo do Situação Balança de política e governo pagamento sindical Quadro I – Variáveis para diagnóstico do ambiente externo Fonte: Adaptado de LAS CASAS (2002, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) Fatores raciais Segundo Oliveira (2004, p.73), a Estratégia de uma empresa está relacionada à arte de utilizar, adequadamente, os recursos físicos, financeiros e humanos, tendo em vista a minimização das adversidades e a maximização das oportunidades. Para Gaj (1990 apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), empresas familiares são aquelas, com capital aberto ou fechado, que foram iniciadas por um membro da família que as passou ou tem intenção de passar a um herdeiro direto, ou parente por casamento. Para o autor, um dos grandes problemas das empresas familiares é que os herdeiros, ou mesmo alguns dos sócios, não estão preparados para dar seguimento ao negócio. Todavia, a profissionalização da empresa familiar é uma forma simplista de tratar o problema. Para o autor, empresas familiares devem ter sim, atitude profissional. Já Bethlem (2004, p.129-142) traz alguns questionamentos sobre empresa familiar. Uma conclusão preliminar é de que conhecemos pouco sobre empresas familiares e sobre qual a administração adequada a essas empresas no mercado do Brasil de hoje. [...] A profissionalização dessas empresas deveria ser entendida como estabelecimento de regras ‘profissionais`de eficácia e eficiência para a escolha de seus dirigentes e sua utilização, em vez da consangüinidade. Consegue-se isto numa empresa familiar? Se isto ocorrer, fará diferença, se o diretor é da família ou não? 18 Ao relatar sobre o processo de profissionalização de empresas familiares, Padula (2002, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) afirma que para estas se profissionalizarem, duas frentes de ação devem ser respeitadas: (i) o processo de delegação de responsabilidade e (ii) o grau de formalização dos mecanismos utilizados para o controle das ações no seio da organização. A formalização dos mecanismos para controle deve advir de um planejamento que vise direcionar os caminhos a serem percorridos pela empresa. No caso de empresas familiares, conforme Oliveira (1999), o planejamento estratégico é tão fundamental quanto o é para empresas não familiares. O autor diz que, ao abordar o planejamento estratégico em empresas familiares, devem ser respeitadas a cultura da empresa e suas várias peculiaridades, sendo que cada empresa, demandará um planejamento específico e customizado. Drucker (1999, p.37), afirma que a empresa e a família somente sobreviverão e se sairão bem, se a família for a empresa, que não deve ser dirigida para servir à família. A palavra mais importante em ‘empresas administradas pela família’ não é ‘família’ e sim ‘empresa’. O espírito empreendedor, segundo Gerber (1990, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), implica criar um negócio à imagem de quem é o seu dono. Para o autor, um negócio pode fornecer um espelho para ver, de fato, como é o dono do negócio. Para tanto, este profissional, segundo o autor, deverá entender, desde o início, de trabalhar o seu negócio, não no seu negócio. Isso segundo o autor, dá uma clara conotação de que uma atitude profissional está diretamente ligada às percepções que o indivíduo tem sobre os fatores ambientais e sobre si próprio. Segundo o autor, a situação complica-se, pois cada pessoa que inicia um negócio deverá ter dentro de si três pessoas: o empreendedor, o gerente e o técnico. A aplicação de instrumentos de análise seguiu uma seqüência. A seguir será apresentada técnica de análise para se chegar ao diagnóstico da empresa. De acordo com Weiss (1990, p.69, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004) Brainstorming é uma técnica que consiste em uma atividade estruturada pela qual um grupo se reúne com uma pauta previamente publicada e discorre livremente sobre a mesma. Conforme Whiteley (1999, p.201) Brainstorming é uma técnica através da qual um grupo de pessoas cria idéias originais em uma atmosfera sem inibições. Elas ajudam os membros do grupo a contribuir criativamente, para a resolução de problemas. Observa o autor que, na primeira fase da sessão, o enfoque é na qualidade das idéias; na fase dois, o exame da lista das idéias garante que todos as entenderam; e, na fase três, um exame adicional elimina redundâncias, questões sem importância e idéias claramente inviáveis, como as que violam preceitos legais. 19 Segundo Porter (1986, p.23) existem cinco forças que atuam na concorrência do negócio ou da organização, sendo elas a ameaça de novos entrantes, o poder de negociação de fornecedores, o poder de negociação dos clientes, a ameaça de produtos ou serviços substitutos e a possível rivalidade entre as empresas existentes, ou seja, a concorrência. O conhecimento dessas fontes de pressão competitiva põe em destaque os pontos fortes e pontos fracos da organização. De acordo com Porter (1989, apud FERNANDES, 2004), ao enfrentar as cinco forças competitivas, existem três abordagens estratégicas genéricas para superar as outras empresas, que são a liderança em custos, que trata-se em oferecer preços baixos e uma grande variedade de produtos, sendo que, para negócios de varejo de pequeno porte, normalmente, se tem dificuldade para se ter uma economia de escala. As outras estratégias genéricas, as quais são mais possíveis de serem adotadas para pequenos e médios negócios, são a diferenciação, onde as empresas podem oferecer serviços e produtos diferenciados, e o enfoque, onde a empresa pode selecionar um segmento ou um grupo de segmentos da empresa e fazer adaptações para atende-los, otimizando as ações com o objetivo de ter vantagem competitiva nesse segmento, embora provavelmente, não se consiga ter vantagem competitiva geral no negócio. Para Barrizzelli (2001, FERNANDES, 2004), os pequenos varejos, na tentativa de conseguir uma diferenciação em preços, excedem as suas preocupações nas atividades de compras, deixando de lado a preocupação em vender, sendo que a obsessão para adquirir produtos mais baratos dos fornecedores provoca muito desperdício de tempo e dinheiro. Ainda segundo o autor, os varejistas deveriam se preocupar mais em melhorar o ambiente da loja interna e externamente, e a pressuposição de que os consumidores são atraídos às lojas somente pelo preço não tem sustentação, pois é preciso que todos os elementos do composto varejista sejam aplicados para atrair clientes fiéis. Conforme PME Negócios (1997), a análise SWOT é uma forma muito difundida de fazer o diagnóstico Estratégico da empresa. O que se pretende é definir as relações existentes entre os pontos fortes e fracos da empresa com as tendências mais importantes que se verificam na envolvente global da empresa, seja no mercado global, no mercado específico, na conjuntura econômica, nas imposições legais, etc. Segundo Montana e Charnov (1998, apud AZEVEDO e COSTA, 2001) explicam que a abordagem da análise SWOT utiliza a opinião dos executivos da organização, para avaliar os pontos importantes do planejamento. São realizadas entrevistas com os executivos e as informações obtidas são agrupadas em uma Matriz SWOT. Assim, considera-se que estes 20 executivos têm um entendimento abrangente da organização no que se refere a seus pontos fortes, oportunidades, fragilidades e ameaças. Continuam os autores dizendo que o objetivo da SWOT é definir estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade dos pontos fracos, aproveitando oportunidades e protegendo-se de ameaças. Ameaças Sobrevivência Manutenção Oportunidades Predominância de ANÁLISE EXTERNA ANÁLISE INTERNA Predominância de Pontos Fracos Pontos Fortes Crescimento Desenvolvimento Quadro II: Postura Estratégica da Empresa Fonte: OLIVEIRA (2004, p.138) Com o objetivo de identificar o potencial ofensivo e defensivo da organização e entender quais as principais competências a serem desenvolvidas, desenhou-se um mapa de atuação. Oportunidades Pontos Fortes Alto poder ofensivo Levantar as Oportunidades Focar esforços Pontos Fracos Baixo poder ofensivo Construir competências Baixo poder defensivo Construir Competências Ameaças Minimizar perdas Quadro III - Mapa de atuação Fonte: MINISTERIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO (2004). Alto poder defensivo Manter competências 21 De acordo com Bethlem (2004, p.182-183), os cenários alternativos, gerados por um decisor, não são, na realidade, uma previsão do que vai ocorrer, mas um exercício sobre hipóteses geradas pelo decisor, visando prepará-lo melhor para enfrentar desvios do padrão observado até o momento e alterar suas decisões ou ações. Cenário é um texto escrito em que se apresentam seqüências hipotéticas de situações complexas, construídas com o propósito de concentrar a atenção nos processos causais e pontos de decisão, e facilitar a decisão na situação de incerteza e ignorância parcial em que se encontram os decisores. Conforme Fernandes (2004), em um trabalho realizado na empresa em estudo, classificou, em suas pesquisas, o quesito estacionamento como péssimo, podendo afirmar que o assunto merece priorização e uma análise mais profunda para o estabelecimento das Estratégias do Negócio. Na análise as pesquisas mostraram que a padaria tem uma importância significativa no Negócio. A identidade do negócio é mais como padaria do que como supermercado. O autor ainda mostra que um fator importante é o fato de haver menos satisfação para clientes novos, podendo comprometer a renovação de clientes e a conseqüente continuidade do negócio a médio e longo prazo. Para o autor, são pontos fortes a ‘amizade e tradição’, ‘proximidade’, ‘atendimento’, correspondendo a 61% das causas que levam os clientes a comprar. Em sua análise, Fernandes afirma que, pontos fracos pode ser destacada a questão do Estacionamento e preço em relação à concorrência. 3 – METODOLOGIA. Para fins de pesquisa, o método utilizado foi o estudo de caso de natureza exploratória. De acordo com Yin (2001, apud BARROS e OLIVEIRA, 2004), o estudo de caso busca examinar um fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto. Ainda segundo o autor, estudo de caso é uma investigação empírica, onde os limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos, tal como ocorre na empresa em estudo. A natureza Exploratória, segundo o autor, procura desenvolver e modificar conceitos e idéias, tendo como objetivo a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses para estudos posteriores. O estudo do planejamento estratégico da organização envolve os acionistas, funcionários e clientes da empresa. Devido à natureza do estudo, o presente trabalho terá um caráter exploratório. Os dados foram coletados junto aos dirigentes que estão ligados diretamente às decisões da empresa, junto aos funcionários e junto a clientes que, 22 periodicamente, visitam a empresa para comprar e negociar. As informações que pudessem influenciar a organização foram coletados em jornais, internet e outros meios de informação que estiverem disponíveis. Os procedimentos utilizados na metodologia foram instrumentos de análise. O primeiro instrumento utilizado foi o Brainstorming. Na primeira fase, a pauta foi elaborada previamente e entregue aos empresários. Eles discutiram e colocaram idéias, livremente, sobre o assunto. Uma pessoa escolhida foi contratada para ser o facilitador e registrar, anotando cada idéia, confirmando com os participantes sua interpretação. O facilitador deve encorajar os participantes a que coloquem noções criativas, de todos os tipos, até idéias malucas e, aparentemente, ridículas no andamento da reunião. Os participantes nunca devem criticar ou julgar idéias e sugestões dos outros. Na fase dois, foi examinada a lista de idéias, para garantir que todos do grupo a tivessem compreendido e a reunião pudesse continuar. Na fase três foi examinada a lista, para eliminar redundâncias, questões sem importância e propostas claramente impossíveis. É preciso que se obtenha o consenso sobre quaisquer redundâncias ou questões sem importância, tornando as sessões dinâmicas e curtas. O resultado propiciou uma lista de idéias que podem ser criticadas, priorizadas e classificadas das mais importantes para as menos importantes. Forneceu também soluções criativas para os problemas baseados nas contribuições de todos. O segundo instrumento foi a elaboração de um cenário, do momento atual com previsão, mesmo que aproximada, de um possível futuro, combinando variáveis de diferentes naturezas e origens (econômicas, sociais, políticas, etc.), lidando assim melhor com as incertezas. Nesta fase, foi elaborado cenários com a seleção de variáveis que são relevantes à empresa. O processo foi totalmente subjetivo e refletirá a visão do selecionador. Os cenários para a montagem do quadro (Quadro II, Cap.4), foram coletados em notas e informações de Jornal, revistas, internet, etc. Através do contexto político, econômico e social atual e de informações obtidas nos diálogos com os acionistas, foram elaborados os cenários em que está inserida a organização hoje, e como poderá ser um futuro provável. O terceiro instrumento foi análise SWOT dos dados coletados. Na primeira fase, foi elaborado um estudo do contexto interno da empresa. Os dados foram coletados através de informações obtidas no trabalho elaborado por Fernandes (2004) em uma pesquisa nesta empresa, que contribuiu, auxiliando os acionistas na definição de 23 estratégias para o negócio. Outros dados foram coletados com o contador, funcionários e os próprios acionistas. A segunda fase, foi levantar variáveis do contexto externo, ou seja, o ambiente externo que possivelmente poderia influenciar, de algum modo, o panorama mercadológico da empresa. Os dados foram coletados em jornais, na Associação Comercial de Socorro, informes geográficos, econômico e ambiental. Na fase três, com o objetivo de identificar o potencial ofensivo e defensivo do Supermercado Sartori e entender quais as principais competências a serem desenvolvidas, foram elaborados quadros que cruzam informações do ambiente interno e externo da empresa, para análise da relação entre elas. A partir do resultado do Brainstorming e da Análise SWOT, foram então definidos os objetivos e estratégias que orientarão as ações da empresa. Relembrando que os objetivos nos dão idéia das escolhas realizadas pelos dirigentes de uma organização, indicando onde estarão concentrados os esforços, as Estratégias nos indicam como se pretende atingir os objetivos. 4 – RESULTADOS. Abaixo estão os resultados do Brainstorming. O Facilitador dos trabalhos levantou dados de sua pesquisa e obteve o seguinte resultado: I. Tempestade de Idéias para a definição da missão da empresa Questões: O propósito da empresa / A razão da empresa existir: • Produzir alimentos de qualidade • Atender os clientes, com qualidade • Satisfazer as exigências do cliente • Ter ambiente agradável para o encontro de pessoas • Respeitar o cliente e visar ao bem estar do mesmo II. Tempestade de Idéias para definição dos valores e crenças da empresa Questões: O que vocês valorizam e acreditam que seja importante no trabalho da empresa: • Respeitar os clientes e os funcionários. • Respeitar os sócios da empresa. 24 • Ter amizade com os clientes e os funcionários. • Trabalhar com honestidade. • Conviver harmonicamente com outras empresas do setor. • Ter responsabilidade para com o cliente e na produção. • Valorizar a família, gerando confiança entre os sócios. • Respeitar a sociedade, independente de cor, raça ou situação financeira. • Respeitar o meio ambiente. • Envolver-se com a comunidade local. III. Tempestade de Idéias para a definição da Visão da empresa Questões: Qual o grande objetivo que a empresa tem para o futuro? Como vocês vêem a empresa no futuro: • Ter produtos com maior qualidade, higiene e eficiência. • Ter melhor atendimento no balcão e melhores condições gerais de higiene. • Ter dois produtos da padaria, vendendo em grande escala. • Ter Estacionamento para os clientes. • Abocanhar uma maior parte do mercado de pães. • Os sócios terem mais tempo livre. • Uniformizar e treinar os empregados. • Melhorar a área de produção, com maior espaço e condições de trabalho. O Quadro-I, Resultados do Brainstorming, elaborado pelo facilitador mostra as premissas para o planejamento estratégico da empresa. 25 Negócio Missão Valores e Crenças Visão Produzir e comercializar alimentos através do varejo e atacado. Produzir e comercializar alimentos de qualidade, buscando sempre o bem estar e a satisfação dos clientes. O respeito às pessoas e ao meio ambiente deve estar acima de tudo. A honestidade e a ética devem estar presentes em todas as etapas do trabalho da empresa. A amizade e o envolvimento com a comunidade local devem ser incessantemente buscados. O aprimoramento dos produtos e do atendimento, buscando a qualidade, deve ser constante. Varejo: Ser um ambiente agradável para o encontro das pessoas e que tenha produtos diferenciados com alta qualidade. Atacado: Ter os produtos em todas as cidades da região, com grande aceitação pelos clientes. Quadro I: Resultados do Brainstorming. Fonte: Elaborado pelo autor. Cenários Conforme notas dos meios de informações e através do contexto político, econômico e social atual e de dados obtidos nos diálogos com os sócios, foram elaborados os cenários em que esta inserida a organização hoje, e como poderá ser num futuro provável. 26 MACRO VARIÁVEL Crescimento Econômico Políticas Governamentais Fornecedores Carga tributária Fontes de Financiamento Concorrência Mão de Obra Perfil dos Clientes Perfil dos produtos CENÁRIOS OTIMISTA REALISTA PESSIMISTA Cenário de pleno crescimento, Economia em crescimento no consumo e conseqüente País e em especial no Estado aquecimento da indústria e de São Paulo comércio. Desempenho econômico em 2005 não terá o mesmo índice de 2004, há muitos sinais de redução. Forte Redução do déficit público e impostos. Incentivos fiscais a pequena e média empresa. Recessão Econômica, falta de incentivo, por parte do Governo, ao pequeno e médio empresário. Discreta redução dos gastos governamentais, aumento gradativo da carga fiscal, pequeno crescimento da economia. Grande diversidade de fornecedores, mas poucas possibilidades de negociação para compras em pequenos lotes. Grande número de fornecedores de elevada qualidade, disputando o mercado de forma acirrada com condições excelentes de venda de seus produtos. Redução da carga tributária Manutenção favorecendo grandes tributária. investimentos no setor. da carga Fácil concessão de crédito pelos Bancos, devido ao crescimento do setor supermercadista com taxas atrativas. Grande volume de recursos para empréstimo do BNDS, e estímulo à media e pequena empresa. Baixa concorrência, pois os supermercados existentes não possuem uma diversidade grande de produtos e serviços. Também não possuem produtos próprios e serviços de conveniência. Grande disponibilidade de pessoas para trabalhar com ampla experiência no comércio. Concorrência moderada com mercado para todos. Possibilidades de novos Produtos e Serviços básicos ao consumidor. Grande quantidade de pessoas, mas com a falta de experiência, principalmente no setor de padaria e confeitaria, balconistas, etc. Clientes totalmente satisfeitos com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela empresa. Monopólio de alguns fornecedores, dificultando assim o poder de negociação da pequena empresa. Exigência de compra em grandes lotes. Aumento da carga tributária, descomprometimento com relação às reformas da máquina administrativa. Dificuldades de investimento no setor. Grande dificuldade para conseguir recursos devido à queda nas vendas, baixo crescimento do setor, aumentando o risco dos Bancos. Concorrência acirrada com a entrada de grandes supermercados, aumentando a oferta de produtos e serviços. Difícil contratação de novos funcionários, devido à grande quantidade já existente na empresa, possibilitando assim a dispensa de alguns, visto que o setor está em baixa. Clientes insatisfeitos com a empresa, diminuindo assim a sua fatia no mercado, fazendo com que perca seus clientes atuais e potenciais. Clientes satisfeitos com a qualidade dos produtos, mas exigentes quanto a mercadorias faltantes no supermercado e novos serviços. Aumento da demanda por Crescente demanda por Baixa demanda por produtos produtos de padaria e produtos de padaria e de padaria e confeitaria confeitaria, devido à confeitaria. devido à substituição desses qualidade e ao preço baixo por outros similares, como: oferecido ao consumidor. Pão Pullman, etc. Quadro II: Cenários Fonte: Elaborado pelo autor. 27 Resultados do SWOT. Parte do estudo para definir o contexto interno da empresa se baseou no trabalho de “Estudo nas operações de serviços em um supermercado” feito por Fernandes (2004), cujos pontos apresentados foram importantes e contribuíram, enriquecendo, de um modo geral, os resultados. Questionando os sócios sobre os investimentos de marketing, propaganda, treinamento de funcionários, a resposta foi negativa, pouco se fez e não se deu muita importância a isso. Sobre as retiradas de pró-labore, os sócios não mostraram que tinham preocupação em limitar os gastos, não faziam controle de estoque ou melhoria do layout de exposição dos produtos, não havia controle sobre a variedade dos produtos e pouca procura por negociações mais rentáveis em termos de preços. A empresa tem parceria com ONG ambiental e explora essa parceria com campanha em sacolinhas plásticas. Possui sistema informatizado, mas não explora todas as suas vantagens, as máquinas e equipamentos no setor produção estão ociosos, tendo capacidade de produzir mais. O setor de vendas no varejo, área de mercearia, tem capacidade de vendas bem superiores às atuais. PONTOS FORTES – PF PONTOS FRACOS – PFr PF01 Ótima localização geográfica PFr01 Falta de Estacionamento PF02 Produção de diversos tipos de pães PFr02 Altos preços ao consumidor final PF03 Não realização de propagandas PF05 Boa imagem da empresa, nome no PFr03 mercado. Empresa parceira com ONG ambiental PFr04 de Socorro Bom clima organizacional PFr05 Altos gastos dos sócios PF06 Bom atendimento Espaço físico mal elaborado PF07 PF08 Grande experiência padaria e confeitaria Amizade e tradição PF09 Sistema de automação comercial PF04 PFr06 no setor de PFr07 PFr08 PFr09 PFO10 Máquinas e equipamentos têm PFr10 condições de aumento da produção. PFO11 Setor de mercearia tem capacidade de PFr11 dobrar suas vendas. Funcionários sem preparação Falta de produtos e alguns setores no supermercado Falta de habilidade nas negociações com fornecedores Falta de renovação de novos clientes Não tem controle de estoque. Falta de administração financeira. Quadro III – Análise do Ambiente Interno. Fonte: Elaborado pelo autor. 28 Informações obtidas na Associação Comercial Empresarial de Socorro relatam que houve aumento, nos últimos cinco anos, de hotéis e pousadas, com previsão de aumentar ainda mais. Foram feitos investimentos no comércio central com melhoria no visual de suas lojas. Houve aumento de fluxo de turistas em períodos de férias e feriados, novos focos de negócios surgindo, como: esporte aventura, exploração das belezas ambientais da região, através de passeios e caminhadas. Nota-se crescimento de algumas malharias com produtos de qualidade para que possam exportar, e verificou-se também o, nascimento de várias indústrias de água mineral. A cidade de Socorro está localizada em ponto estratégico, nas montanhas, divisa com Minas Gerais, perto dos grandes centros industrias como a Grande São Paulo, Campinas, Bragança Paulista, Jundiaí, etc, além de pertencer ao circuito das águas, junto com Serra Negra, Lindóia, Águas de Lindóia, etc. OPORTUNIDADES – Op AMEAÇAS – A 0p1 Melhoria das lojas e comércio central 0p2 Aumento do fluxo de turistas A02 principalmente em férias e feriados. 0p3 Aumento, nos últimos anos, de hotéis e A03 pousadas Novos negócios surgindo na região como: A04 esporte aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente Surgem novas industrias na cidade. A05 0p4 0p5 A01 0p6 Construção de casas populares promessa de desfavelamento. 0p7 Socorro está localizada perto de grandes A07 centros industriais com grande população. 0p8 Meio ambiente, começando explorado pelo turismo. a e A06 ser A08 Possibilidade de novos entrantes para competir no mercado supermercadista em cidades vizinhas Alta nas taxas de juros Aumento de mini padarias, e muitas informalidade. Inflação sendo controlada, mas não gera confiança. Supermercados com grande poder de negociação Oscilação nos custos dos produtos Necessidade de as pessoas terem facilidades para estacionar seus veículos, para que façam compras Consumidores mais exigentes em relação à variedade de produtos Quadro IV – Análise do Ambiente Externo. Fonte: Elaborado pelo autor. Como segue no Quadro V, os dados são analisados como Fatores Favoráveis do ambiente interno e externo à organização, os pontos fortes (PF), as oportunidades (Op) são misturados e, 29 com isso, a visão do momento pôde ser analisada pelo autor que tirou suas próprias conclusões sobre o momento atual. O Sartori já tem uma estrutura adequada ao mercado da região. Ótima localização geográfica, com uma produção variada de pães. A Produção de diversos tipos de pães empresa tem uma imagem de PF02 qualidade garantida com os clientes, um bom produto final, sua experiência PF03 Boa imagem da empresa, nome no mercado. no ramo remonta a 36 anos, com uma clientela fixa. Seu equipamento lhe dá PF07 Grande experiência no setor de padaria e confeitaria condições de aumentar a produção, sem precisar desembolsar capital. PF08 Amizade e tradição A cidade de Socorro, devido a sua localização; em relação aos grandes PF10 Máquinas e equipamentos têm condições de aumento centros, devido ao setor hoteleiro da cidade estar crescendo; a exploração da produção. dos recursos do meio ambiente; tem Op02 Aumento do fluxo de turistas, principalmente, em férias oportunidade de mercado promissor para produtos da cidade. e feriados O investimento na melhoria do setor OpO3 Aumento, nos últimos anos, de hotéis e pousadas de padaria e alimentos pode ser a Op04 Novos negócios surgindo na região como: esporte chance de que a empresa precisa. aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente Op07 Socorro está localizada perto de grandes centros industriais com grande população. Op05 Malharias começam a exportar seus produtos Através do compromisso social, o Sartori, cada vez mais, estará PF04 Empresa parceira com ONG ambiental de Socorro fortalecendo sua imagem, dando maior credibilidade aos seus clientes e PF06 Bom clima organizacional consumidores. PF09 Sistema de automação comercial Oportunidade na criação de novos PF011 Setor de mercearia tem capacidade de dobrar suas produtos, como: produtos caseiros, pães de diversos sabores, etc. vendas. Oportunidade de estar aumentando Op01 Melhoria das lojas e comércio central sua carteira de clientes. Op05 Surgem novas indústrias na cidade. Oportunidade de estar aumentando o Op06 Construção de casas populares e promessa de seu negócio, buscando a variedade de produtos e serviços aos clientes desfavelamento. PF01 Ótima localização geográfica Quadro V – Fatores Favoráveis. Fonte: Elaborado pelo autor. A seguir, no Quadro VI, os dados são analisados como Fatores Desfavoráveis do ambiente interno e externo à organização. Os pontos fracos (PFr), as ameaças (A) são relacionados, dando uma visão geral, podendo ser analisada e chegar a resultados. 30 PFr01 PFr02 PFr03 PFr04 PFr06 PFr07 PFr09 FD01 A03 Falta de Estacionamento A empresa deverá rever sua política de preços e criar mecanismos que possam Altos preços ao consumidor final minimizá-los. Há necessidade urgente de construir um Não realização de propagandas Estacionamento para proporcionar um melhor atendimento ao cliente e também Funcionários sem preparação para aumentar as vendas. Isso faz com que os consumidores deixem de comprar no Sartori para comprar na Espaço físico mal elaborado concorrência. O desafio maior é readaptar seu espaço físico na área de vendas, Falta de produtos e alguns setores no aumentando os setores, e supermercado conseqüentemente, aumentando a Falta de renovação de novos clientes variedade de produtos, trazendo novos clientes para a empresa. Possibilidade de novos entrantes para competir no mercado supermercadista em cidades vizinhas Aumento de mini padarias, e muita informalidade. A05 Supermercados negociação A07 Necessidade de as pessoas terem facilidades para estacionar seus carros, para fazer compras A08 Consumidores mais exigentes em relação à variedade de produtos PFr08 A06 Falta de habilidade nas negociações com O Sartori deverá treinar um funcionário para fornecedores fazer as compras necessárias, reduzindo assim os seus problemas na negociação, Não tem controle de estoque. por falta de preparo. Falta de administração financeira. O controle de estoque não é feito, ocasionando perdas por haver excesso de Altos gastos dos sócios estoque ou devido a produtos que a clientela Funcionários sem preparação precisa é estão em falta. O controle financeiro é necessário inclusive Alta nas taxas de juros das retiradas dos sócios. Inflação sendo controlada mas não gera Faz-se necessário pensar no custo do confiança. dinheiro como um custo da empresa. Oscilação nos custos dos produtos PFr09 Falta de renovação de novos clientes PFr04 Funcionários sem preparação PFr10 PFr11 PFr05 PFr04 A02 A04 com grande poder de A empresa não está renovando seus clientes, a longo prazo isso é ruim. O investimento no treinamento de funcionários é de suma importância. Quadro VI – Fatores Desfavoráveis Fonte: Elaborado pelo autor. Levantados os aspectos dos ambientes interno e externo da empresa Supermercado Sartori, foi elaborado uma matriz de análise SWOT, na qual foram cruzados pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. 31 OPORTUNIDADES - Op Melhoria das lojas e comercio central Aumento do fluxo de turistas principalmente em férias e feriados. Aumento, nos últimos anos, de hotéis e pousadas Novos negócios surgindo na região como: esporte aventura, caminhadas e outras atividades, envolvendo meio ambiente. Surgem novas indústrias na cidade. Construção de casas populares e promessa de desfavelamento. Socorro está localizado perto de grandes centros industriais com grande população. Meio ambiente começando a ser explorado pelo turismo. AMEAÇAS – A Possibilidade de novos entrantes para competir no mercado supermercadista em cidades vizinhas Alta nas taxas de juros Aumento de mini padarias, e muita informalidade. Inflação sendo controlada, mas não gera confiança. Supermercados concorrentes com grande poder de negociação Oscilação nos custos dos produtos. Necessidade de as pessoas terem facilidades para estacionar seus carros para fazer compras Consumidores mais exigentes em relação à variedade de produtos Figura 5: Postura Estratégica da Empresa. Fonte: Elaborado pelo autor. Não tem controle de estoque. Falta de administração financeira Falta de renovação de novos clientes Falta de produtos e alguns setores no supermercado Falta de habilidade nas negociações com fornecedores Altos gastos dos sócios Espaço físico mal elaborado Funcionários sem preparação Não realização de propagandas Falta de Estacionamento Altos preços ao consumidor final Setor de mercearia tem capacidade de dobrar suas vendas. Sistema de automação comercial Bom atendimento PONTOS FRACOS Máquinas e equipamentos têm condições de aumento da produção. Forte Relação Grande experiência no setor de padaria e confeitaria Amizade e tradição Fraca Relação Boa imagem da empresa, nome no mercado. Não Procede. Ótima localização geográfica Produção de diversos tipos de pães MATRIZ SWOT Empresa parceira com ONG ambiental de Socorro Bom clima organizacional PONTOS FORTES 32 5 – ANÁLISE DE RESULTADOS. Com o cruzamento dos pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, e enfocando sempre a missão, visão, valores e crenças e o tipo de negócio da empresa, foram definidos 3 objetivos. 1. Desenvolver uma melhor estrutura organizacional. 2. Aumentar as vendas no atacado. 3. Aumentar as vendas no setor de mercearia. Para cada objetivo foram definidas diferentes Estratégias. Objetivos 1. Desenvolver uma melhor estrutura organizacional 2. Aumentar as vendas no atacado. 3. Aumentar as vendas no setor de mercearia. Estratégias I – Contratar pessoas eficientes para gerenciar cada setor II – Não misturar interesses familiares com a empresa. III – Ter um controle financeiro por centros de custos. IV – Estabelecer melhores relações entre o gerenciamento e produção. V – Estimular mais os funcionários na busca de resultados. VI – Limitar a retirada dos sócios. VII – Reduzir despesas sem diminuir a qualidade. I - Melhorar as condições do ambiente de trabalho e do espaço físico. II - Lançar produtos no mercado da zona rural e cidades de pequeno porte da região. III - Elaborar novas embalagens para os produtos IV - Competir na diversificação, diferenciação e qualidade dos produtos. V – Melhorar o controle de qualidade dos produtos. V - Fazer Benchmarking em outras empresas. VI – Desenvolver de novas tecnologias. I - Investir em marketing II - Fazer Estacionamento III – Associar-se a uma cooperativa de compras. IV - Negociar preços menores com fornecedores V - Elaborar um melhor layout nas prateleiras. VI-Investir em novas prateleiras e equipamentos. VI-Ter preços promocionais em um mix de produtos. VII – Ter pessoas treinadas no atendimento aos clientes. VIII – Controlar estoques IX – Elaborar um mix de produtos 33 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS. Na análise desse trabalho foi definido qual é o negócio, missão, visão, valores e crenças, e os objetivos e estratégias que são importantes para os acionistas gerirem a empresa daqui para frente. Um rumo foi encontrado e deve ser seguido, para que se solucionem os problemas que existem na organização. Com o conjunto de decisões, os acionistas deixaram claro quais os caminhos a serem seguidos: Os principais pontos são de natureza administrativa e de pouco custo para a empresa, a não ser problemas como a necessidade de Estacionamento e melhoria das condições internas que acarretariam um maior investimento. A empresa tem capacidades mal administradas, e vícios de empresas familiares. O desejo dos acionistas é de que a empresa gere lucros, para tanto são necessários sacrifícios por parte deles. A marca da empresa e o seu negócio têm tradição na cidade. Os clientes antigos se mantêm, apesar dos problemas da empresa, mostrando que há confiança em seu produto, e isso deve ser explorado com um bom plano de marketing. No que tange a parte financeira, esta também necessita de estruturação. Os acionistas não sabem o lucro real da empresa, não há, por exemplo, dados do fluxo de caixa e controle de estoques. Todavia, a empresa honra seus pagamentos e obrigações, tanto fiscais quanto bancárias. O poder de criar da empresa é muito grande, pois tem recursos de sobra e capacidade para se desenvolver, se investir no setor panificação e industrialização. Em suma, é possível estruturar as idéias, elaborar os planos de ação que lhes permitirão sustentabilidade e lucro no negócio. Por fim, a aplicação e implantação do planejamento estratégico; um estudo mais aprofundado, definindo projetos e planos de ação; um estudo do planejamento gerencial e operacional darão à empresa riqueza e satisfação profissional e pessoal aos envolvidos. 34 REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO AZEVEDO, Marilena Coelho e COSTA, Helder Gomes. Método para avaliação da postura estratégica. Caderno de pesquisas em administração. São Paulo, v 08, nº 2, abril/jun 2001. BARROS, Luciano e OLIVEIRA, Leonardo Rocha de. Planejamento estratégico empresarial vinculado ao planejamento dos socios: Estudo de caso na empresa mundo animal Pet Center, 2004, Anais eletrônicos... BETHLEM, Agricola Estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 2004. DRUCKER, Peter. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira; São Paulo: Publifolha, 1999. FERNANDES, Luiz Antonio. Comparação entre como a organização julga estar atendendo seus clientes e como realmente os mesmos estão sendo atendidos: estudo nas operações de serviços em um supermercado. In: SIMPEP, 11, 2004. Bauru, SP: UNESP, 2004. 12p. MINISTERIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Planejamento estratégico ambiental e urbanístico 2005 – 2006. In: 8 Congresso de Meio Ambiente, 2º Congresso de Habitação e Urbanismo. Itatiba, 21 e 22 de outubro, 2004. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Empresa familiar. São Paulo: Atlas, 1999. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e prática. 20 ed. São Paulo. Atlas, 2004. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 7 ed. Rio de Janeiro. Campus, 1986. TENÓRIO, Fernando G. Gestão de ongs. 8.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004. PME NEGÓCIOS Como fazer uma análise SWOT da sua empresa. [S.l : s.n], 1997. 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