“Ruído”
Conceitos
Ruído – Som desagradável e indesejável que perturba o ambiente causando malestar, ou provocando situações de risco para a saúde.
O som é transmitido de uma fonte sonora por meio de vibrações até ao ouvido
humano.
A escala de decibeis é logarítmica pelo que o aumento de 3 dB no nível de som
corresponde a duplicação da intensidade do ruído.
Surdez – incapacidade auditiva de percepcionar sons
•Surdez profissional – surdez provocada pela actividade profissional
Como ouvimos?
Existem três partes principais da orelha envolvidas no processo de audição: a
orelha externa, a orelha média e e orelha interna.
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O processo auditivo começa quando as ondas sonoras entram no pavilhão externo e
caminham pelo canal auditivo até o tímpano, fazendo-o vibrar. Essas vibrações
tocam os três ossículos (martelo, estribo e bigorna) da orelha média. Esses
ossículos fazem com que o som seja amplificado antes de entrar na orelha interna.
Dentro da orelha interna existe a cóclea que é um órgão cheio de líquido e que
contém milhares de células ciliadas. Quando as vibrações tocam a cóclea, faz seu
fluído interno mover-se em ondas por toda sua extensão. Conforme isso acontece
aproximadamente 12.000 células ciliadas movimentam-se. A frequência e
intensidade do som determina qual célula ciliada se moverá.
A acção faz com que impulsos elétricos sejam enviados nervo central para que o
cérebro processe a informação. Esses impulsos elétricos são a linguagem que o
cérebro consegue entender e converter em sons com significado.
•Características
do som:
-Intensidade que define a amplitude das vibrações;
-Frequência que representa a tonalidade do som.
-Distribuição Temporal – quando e com que regularidade o som ocorre.
•que volume?
A unidade de medida do som é o décibel (dB)
-Um estudo de ruído em jardins de infância verificou que os níveis médios eram
superiores a 85 dB.
-Os motoristas de camiões podem ficar expostos a 89 dB.
-Explorações agrículas suínas podem atingir os 115 dB.
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•Consequências na saúde:
1 -Perturbações fisiológicas
•Efeitos sobre o sistema cardiovascular
•Perda de audição
•Efeitos sobre o sistema gastro-intestinal
•Efeitos sobre os sistema nervoso central
2 -Perturbações da comunicação oral
A comunicação oral é uma fonte primordial de contacto nos locais de trabalho,
sendo necessária uma comunicação eficaz a fim de que se evitem erros e
consequências negativas. Para que a comunicação se faça de forma eficaz é
necessário um nível de emissão que no ouvido receptor seja no mínimo superior em
10 dB ao nível de ruído ambiente
3 -Stress
Sendo o stress a incapacidade de uma pessoa lidar com uma determinada situação,
ou quando as exigências do trabalho superam a capacidade de resposta do
indivíduo causando-lhe alterações psicológicas ou fisiológicas.
Estas alterações são normalmente relacionadas com estados de irritabilidade ou
fadiga causada pelo ambiente ruidoso e elevada capacidade de concentração.
4 -Risco acrescido de acidentes
O ruído pode causar acidentes na medida em que:
- Dificulta a audição e a adequada compreensão, por parte dos trabalhadores, de
instruções verbais;
- Se sobrepõe ao som de aproximação do perigo ou de sinais de alerta (por
exemplo empilhadores);
- Distrai os trabalhadores nomeadamente os condutores ou operadores de
máquinas;
- Contribui para o stress relacionado co o trabalho, que aumenta a carga cognitiva
aumentando a probabilidade de erros.
Princípios Gerais de Prevenção
A prevenção da exposição ao risco deve ser controlada de acordo com os níveis de
ruído existentes em cada lugar.
No entanto as medidas gerais são aquelas que se prendem com a protecção
colectiva nomeadamente o controlo do ruído.
Este deve ser combatido na origem e enquadrado no conjunto de regras gerais de
prevenção e controlo.-Métodos de trabalho que permitam reduzir a exposição ao
ruído (rotatividade)
-Formação e informação dos trabalhadores
-Manutenção adequada das máquinas e equipamentos
- Equipamentos de protecção individual (EPI).Existe uma série de medidas de
controlo que possibilitam essa redução de forma colectiva nomeadamente:
• o isolamento da fonte, mediante a localização, encerramento em cabina
insonorizada ou amortecimento das vibrações com recurso a molas
metálicas ou pneumáticas ou a apoios de elastómero;
• a redução na fonte ou após emissão, com recurso a cabinas insonorizadas e
barreiras, amortecedores de ruído ou silenciadores de escape,ou à redução
das velocidades de corte, ventilação ou impacto;
• a substituição ou alteração de máquinas, nomeadamente o recurso à
transmissão por correias em alternativa a engenhos mais ruidosos,ou a
utilização de ferramentas eléctricas em vez de ferramentas pneumáticas;
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•
•
a aplicação de materiais mais atenuadores do ruído, como revestimentos de
borracha, em silos, transportadores e vibradores;
a realização de manutenções preventivas: o desgaste das peças pode
provocar a alteração dos níveis de ruído.
Equipamento de protecção individual
O equipamento de protecção individual, como tampões auriculares e protectores
auriculares, deve ser utilizado em último recurso, depois de terem sido esgotadas
todas as possibilidades de eliminar ou reduzir a fonte de ruído. Os utilizadores de
equipamento de protecção individual devem, nomeadamente:
• certificar-se de que o equipamento de protecção individual em causa é
adequado para o tipo e a duração do ruído; o equipamento deve ainda ser
compatível com o restante equipamento de protecção;
• ter a oportunidade de escolher uma protecção auricular adequada, de modo
a poderem optar pela solução mais confortável;
• ter em conta que, em muitos casos, é necessário o uso de auriculares ou de
auscultadores para comunicação, muitas vezes com um sistema de anulação
do ruído, a fim de garantir uma comunicação clara e minimizar os riscos de
acidente;
• assegurar a correcta armazenagem e manutenção do equipamento de
protecção individual;
• beneficiar de formação sobre a necessidade do equipamento de protecção
individual, o correspondente modo de utilização e a forma adequada de o
armazenar e manter.
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