José Augusto de Carvalho As catástrofes ocorridas recentemente entre nós e no estrangeiro – Madeira, Haiti, Chile e Brasil – conferem ao presente número dos Cadernos Municipais plena actualidade. O tema aqui tratado é não apenas actual como tragicamente relevante: atente-se na perda de numerosas vidas humanas e nos vultuosos investimentos necessários à reposição de bens essenciais às populações afectadas. São mortes e destruições de património que a não poderem ser evitadas, pelo menos, podem ser minoradas se houver na sociedade uma generalizada e autêntica cultura de segurança. Este número da revista visa, por isso, dar um contributo para uma maior informação e sensibilidade quanto aos problemas da protecção e socorro. Existem em Portugal, aos vários níveis da Administração Pública, serviços de protecção civil. Os Portugueses sabem quais são, como estão organizados, de que competências e recursos dispõem e como funcionam? Pelo menos, no âmbito do respectivo município? Os riscos são múltiplos e as vulnerabilidades evidentes. Talvez por isso, há competências e recursos atribuídos a diversos órgãos e serviços do Estado, das Regiões Autónomas e dos municípios com vista a prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, a atenuar os seus efeitos e a proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo, quando aquelas situações ocorram. Como há informação e formação a proporcionar aos cidadãos, desde os bancos da escola, em matérias de protecção civil e autoprotecção. Se este número dos Cadernos Municipais for bem dissecado pelos seus leitores, como desejamos, terá valido a pena. José Augusto de Carvalho CM 3 | pág.1