GRENI Presença Afro-Ameríndio na vida consagrada Greni : É a sigla do grupo de reflexão de religiosos e religiosas negras e indígenas. Um espaço de encontro de encontro e animação destes, porém não se fecha neste grupo. Sendo importante a participação de toda VRC , um estimulo a vida fraterna e sororidade mais ampla. Cabe ressaltar que é no Concílio Vaticano, na década de 60 que a VRC começa a se abrir a negros/as, indígenas, quando antes só de dava por exceção ou n° bem reduzido e para trabalhos inferiores. Anos 70- ressurge o movimento negro e inúmeras ações fortalecendo a causa- Entre tantas...CF-88 sobre a população negra, “ comunidade negrainterpelação da VR” autoria Pe. Toninho. Objetivo: possibilitar religiosos (as) afro-descendentes e amerindias uma maior concientização sobre a própria identidade superando obstáculos, pré- conceitos, valorizando a auto-estima. GRENI- O QUE É? E O QUE SE PROPÕE FAZENDO MEMÓRIA “CONTEXTO HISTÓRICO” A abertura do concílio vaticano as vocações de origem afro-ameríndia é um clamor do Espírito que acompanha uma resposta ao olhar da realidade que gritava e grita: Olhemos esta conjuntura em 3 aspectos: Sociedade, Igreja e Vida religiosa Sociedade: sabe-se que 43 % da população é afrodescendente, 10% pertence a classe media, 50% pobres, 40% abaixo da linha da pobreza (*dados- 2004) Igreja: Inicia um processo de respeito às vocações de origem africana e indígena -A oficialização da pastoral Afro pela CNBB; Em puebla o episcopado latinoamericano afirmou que é preciso reconhecer o rosto de cristo sofredor no rosto dos afrodescendentes. CAMINHO...CONTINUA...... Vida religiosa: Entretanto é na década de 90 que há o esforço de relacionar VRC ás etnias ( o numero de religiosas(os) tem crescido consideravelmente nas ultimas décadas). GRENI- PASSOS DA CAMINHADA 09 a 11/02/93 – RJ. Mini-encontro de religiosos(as) e indígenas 04 a 07/09/ 93 – MG. “mutirão da vida religiosa”- 1° encontro nacional do Greni. Constituindo a partir daí reuniões regulares na sede da CRB. 01 a 04/ 02/94- Bacabal-Ma. 2° encontro nacional Julho de 95- BH-MG. No V COMLA- Articulado 1° encontro VR-Afro-Amerínd. Latino-americana e caribenha. 03 a 07/ 09/96- Seminário bíblia e culturas afroamericanas- SP 09/96- Seminário sobre liturgia Afro- Duque de caxias- RJ 97- Integração do Greni com o Jussol ( justiça e solidariedade); Hondurasparticipação do Greni no 7° EPA ( encontro de pastoral afro-americana) 98- Quito-Equador. Greni no 1° encontro da VR Afro-americana (CLAR) 99- 4º encontro nacional –BH-MG. 5 a 7/09/08, o seu V Encontro Intersul, em São Paulo (SP), “GRENI, história, memória e perspectiva”. APARECIDA. SP- V CONFERÊNCIA DO EPISCOPADO LATINO-AMERICANA E PROGRAMA DA CLAR Em sintonia com a proposta da Pastoral AfroBrasileira, o GRENI propõe-se a assumir compromissos, entre eles, o de contribuir na formação de pessoas integradas que têm consciência de suas origens étnicas; lutar contra o racismo e a discriminação; dialogar cultural, ecumênica e inter-religiosamente com os valores afro-descendentes e indígenas Clar: Visa fortalecer as ações de religosos/as negros/as-ameríndias. Sujeitos/as no processo de inculturação; Promover reflexão sobre a identidade afrodescendente. ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS Greni – estrutura- CRB - 20 regionais dividida em 5 regiões do país. Estabelece contatos e articulações com outras organizações voltadas para a causa afro. Ex.; pastoral afro CNBB, pastoral afro-celam; movimento negro, grupos quilombolas e movimentos de luta a causa indígena. AFRO-IDENTIDADE: DINAMISMO DA VRC Orgulho de suas origens- 1ª passo do reconhecimento da própria identidade. Preconceitos: Pressionada pelo preconceito e visando aceitação passam cosméticos pra clarear a pele. Religiosos/as não trabalhados nas suas origens repetem pre-conceitos de modelos dominantes de outras culturas. Complexos: Negação do corpo, do cabelo, do rosto...gera complexos de inferioridade – “vivem com o corpo sem alma!” Conscientização da identidade é importante pra Igreja! GRENI- VR: “GÊNERO E ETNIA” ; FORMAÇÃO E NOVOS SUJEITOS CULTURAIS. Greni valoriza nossas heranças culturais ressaltando relações mais igualitárias entre homens e mulheres. Marcas do patriarcalismo Acolhendo as diversidades Desafio das novas gerações : Lutar contra esteriótipos pela sua origem, cor, costumes, mas incentivar e aprofundar em sintonia com a vida religiosa. ESPIRITUALIDADE AFRODESCENDENTE “O povo negro dança o sofrimento e reza a alegria. Um povo assim só pode ser um povo de Deus. Eis o cerne da Espiritualidade” Isaías 50, 4-11. Trindade e Espiritualidade: Deus é mãe e pai, onde o filho é gente, é companheiro; o Espírito que se faz corpo, sopro e gingado” Este modelo referencial de comunidade numa espiritualidade encarnada se faz nas comunidades quilombolas SOMOS IGREJA, TESTEMUNHO-PROFECIAESPERANÇA. JO 16, 33 Enquanto Igreja missionária ser negro/a na Igreja e na VR significa antes de tudo ser missionário/a anunciando fraternidade e sororidade na igualdade. Testemunho: testemunhar a si mesmo num gesto de auto-conhecimento . “entre vocês são iguais”(Lc 8,25) Presença Afro e Profecia: Fazer da VR uma presença lá onde a vida é diminuída, ameaçada, negada, por vezes, tornando-se sinal de contradição. Negritude e Esperança: Presença afro na VR é sinal de esperança, buscando uma VR coerente com as práticas evangélicas de Jesus. VINDE E VEDE! “Ei Greni, cavaleiro do luar...A luta pela liberdade continua sendo tua vida...Por isso leva teu povo para a terra prometida! Ei Greni, ensina teu mandamento, oração de resistir. Ei Greni, vou te seguir pela ternura da esperança...Também sou do povo de Zumbi!” Fontes: livro “ternura e resistência”. CRB-2004; http://www.cnbb.org.br/site/afro-brasileira