Declaração para fins do Artg. 25 da instrução CVM nº 480/09; Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e Parecer dos auditores independentes; Relatório da Administração; Orçamento de Capital DECLARAÇÃO PARA FINS DO ARTIGO 25 DA INSTRUÇÃO CVM Nº 480/09 Declaramos, na qualidade de diretores da Centrovias Sistemas Rodoviários S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de Itirapina, Estado de São Paulo, na Rodovia Washington Luis - Km 216,8, sem número, CEP 13574-970, inscrita no CNPJ sob o nº 02.555.926/0001-79, que revimos, discutimos e concordamos com as demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009, nos termos e para fins do parágrafo 1º, inciso VI do artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009. São Paulo, 08 de fevereiro de 2010. Roberto de Barros Calixto Diretor Presidente Paulo Mendes Castro Diretor Superintendente Francisco Leonardo Moura da Costa Diretor Adm. Financeiro e RI Maria de Castro Michielin Diretora Jurídica Luis Manuel Eusebio Iñigo Diretor Rodovia Washington Luís Km 216,8 – Pista Sul – Itirapina – São Carlos - SP - CEP 13574-970 Telefone (00 55 16) 3363-8300 – Fax (00 55 16) 3363-8300 DECLARAÇÃO PARA FINS DO ARTIGO 25 DA INSTRUÇÃO CVM Nº 480/09 Declaramos, na qualidade de diretores da Centrovias Sistemas Rodoviários S.A., sociedade por ações com sede na Cidade de Itirapina, Estado de São Paulo, na Rodovia Washington Luis - Km 216,8, sem número, CEP 13574-970, inscrita no CNPJ sob o nº 02.555.926/0001-79, que revimos, discutimos e concordamos com as opiniões expressas no parecer dos auditores independentes referente às demonstrações financeiras do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009, nos termos e para fins do parágrafo 1º, inciso V do artigo 25 da Instrução CVM nº 480, de 07 de dezembro de 2009. São Paulo, 08 de fevereiro de 2010. Roberto de Barros Calixto Diretor Presidente Paulo Mendes Castro Diretor Superintendente Francisco Leonardo Moura da Costa Diretor Adm. Financeiro e RI Maria de Castro Michielin Diretora Jurídica Luis Manuel Eusebio Iñigo Diretor Rodovia Washington Luís Km 216,8 – Pista Sul – Itirapina – São Carlos - SP - CEP 13574-970 Telefone (00 55 16) 3363-8300 – Fax (00 55 16) 3363-8300 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO REFERENTE AO EXERCÍCIO SOCIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 É com muita satisfação que apresentamos aos Senhores Acionistas o Relatório de Administração da Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. relativo ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2009. 1. Contexto do Negócio e Atividade Nossas Atividades A Centrovias, constituída em 27 de maio de 1998, iniciou suas operações em 9 de junho de 1998, de acordo com o Contrato de Concessão Rodoviária firmado com o Departamento de Estradas e Rodagem – DER, e tem por objetivo exclusivo realizar, sob o regime de concessão a exploração do sistema rodoviário constituído pela SP-310 Rod. Washington Luis (São Carlos a Cordeirópolis) e SP-225 Rod. Engenheiro Paulo Nilo Romano (Itirapina a Jaú); SP-225 Rod. Comandante João Ribeiro de Barros (Jaú a Bauru), compreendendo a execução, gestão e fiscalização de serviços delegados, que correspondem às funções operacionais de conservação e de ampliação, os serviços complementares, que correspondem às funções necessárias para manter o serviço adequado em todo o sistema rodoviário e de apoio aos serviços não delegados, ou seja, aqueles de competência exclusiva do Poder Público. O prazo de concessão é de 240 meses (20 anos), contados da data de recebimento do controle do sistema rodoviário existente. Através do Termo Aditivo e Modificativo n°. 11/06, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - Artesp, o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do contrato de concessão. Esse reequilíbrio foi concedido através da prorrogação do prazo de concessão por mais 12 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira o período de exploração da concessão passa a ser até 9 de junho de 2019. A Centrovias foi a vencedora da Licitação DER nº 16/CIC/97, denominada de LOTE 8 da Malha Rodoviária de Ligação entre São Carlos, Itirapina, Brotas, Jaú e Bauru, com extensão de 218,2 km quilômetros de rodovias que abrangem 12 municípios da região Centro-Norte do Estado de São Paulo, com população de aproximadamente 1 milhão de habitantes, cerca de 3% da população do estado. Extinta a concessão, retornam ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração do sistema rodoviário. A Sociedade terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens ou investimentos, cuja aquisição ou execução, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos 5 anos do prazo da concessão. Mercado Os programas de concessões de rodovias iniciaram-se a partir de 1994, quando os governos federais e estaduais estabeleceram programas com o propósito de evitar a deterioração das rodovias e promover o crescimento e melhoria da malha rodoviária, através de investimentos da iniciativa privada. Os investimentos em modernização e ampliação da malha rodoviária afetada por estes programas são realizados com recursos provindos da cobrança de pedágios e de financiamentos de longo prazo - Project Finance - concedidos por bancos de fomento e bancos comerciais nacionais e estrangeiros, conjuntamente com aportes de capital realizados pelos acionistas das concessionárias. Atualmente no Brasil existem 51 concessões rodoviárias entre estaduais, federais e PPP’s, com aproximadamente 14.600 km administrados pela iniciativa privada. A crescente participação da iniciativa privada no financiamento de projetos de infra-estrutura é uma realidade derivada da limitação orçamentária e de endividamento do poder público, e visa atender à crescente demanda por investimentos nesse setor. Foi concedido em 21 de janeiro de 2009, por um período de 25 anos, o lote de rodovias federais que compõem a 2ª Etapa do Programa Federal fase II de Concessões Rodoviárias, abrangendo 680,6 Km. Rodovia . BR – 116/324 BA Trecho . BR – 116 – Feira de Santana BR – 324 – Salvador – Feira BR – 526 / BR – 324 / BA – 528 BA – 528 / BA – 526 / Aratu Extensão (km) 554,10 113,20 9,30 4,00 Fonte: ANTT 2. Conjuntura Econômica A Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. é diretamente afetada pelas condições econômicas gerais do Brasil e a evolução de seus negócios está geralmente relacionada com a evolução da economia brasileira, em especial com as taxas de inflação, taxas de juros, políticas governamentais, flutuações do câmbio, políticas tributárias e variações do produto interno bruto. O ano de 2009 iniciou-se com baixa expectativa em relação à atividade econômica brasileira. Frente aos primeiros nove meses de 2008, a produção industrial brasileira registrou, de janeiro a setembro de 2009, recuo de 11,6% como resultado de desempenhos negativos em 23 de 27 atividades industriais brasileiras e de 62 de 76 sub-setores industriais brasileiros pesquisados pelo IBGE. O PIB brasileiro acumulado de janeiro a setembro de 2009 teve queda de 1,7% em relação à igual período de 2008, sendo que as atividades de indústria recuaram 8,6%, as de agropecuária recuaram 5,3% e os serviços cresceram 1,9%. Entretanto, com o arrefecimento da tensão sobre o mercado financeiro mundial, adicionalmente a políticas econômicas adotadas pelas principais economias mundiais, incluindo o Brasil, a maioria dos indicadores macroeconômicos apresentou sinais de melhora a partir de meados do ano de 2009, apesar da expectativa dos agentes econômicos, conforme Relatório de Mercado do BACEN, de 11 de dezembro de 2009, apontarem queda de 0,26% no PIB e de recuo de 7,65% na produção industrial brasileira. A taxa de juros SELIC iniciou 2009 em 13,75% e encerrou o mesmo ano em 8,75%. Especificamente em relação ao IGP-M, que afeta diretamente os reajustes das nossas tarifas, tivemos uma deflação de 1,72% em 2009, frente à alta de 9,81% em 2008. Já a inflação medida pelo IPCA desacelerou de 5,90% em 2008 para 4,31% em 2009. Como conseqüência do melhor ambiente macroeconômico no final do exercício, as previsões do Relatório de Mercado do BACEN, de 11 de dezembro de 2009, indicam que o PIB brasileiro deverá crescer 5,03% em 2010 e que a produção industrial brasileira poderá avançar 7%, além de relativa estabilidade das taxas de inflação e câmbio. 3. Desempenho Econômico Financeiro COMENTÁRIO DOS RESULTADOS Tráfego Pedagiado: Em 2009 o tráfego pedagiado foi de 22.524 mil veículos equivalentes. Em relação a 2008, houve aumento do fluxo de veículos em 1,35% devido ao aumento de veículos de passeio por conta do número de feriados em 2009 e recuperação do tráfego comercial a partir de novembro/2009, em função da retomada da atividade econômica da região. Receita Líquida: Em 2009 a Centrovias obteve uma receita líquida de R$ 186,6 milhões. Em relação ao exercício de 2008, houve crescimento da receita líquida em 10% devido ao aumento da tarifa média de pedágio em 8,6%, influenciado pelo reajuste contratual das tarifas de pedágio em 01/07/2009, adicionado ao aumento do tráfego pedagiado. Custos e Despesas Operacionais (Ex.Depreciação e Amortização): Em 2009, os custos e despesas operacionais aumentaram em R$3,4 milhões em relação a 2008, principalmente em função de: ( i ) Aumento de R$ 0,6 milhões com custo de pessoal relativo a reajustes salariais relativo ao acordo coletivo de 4%; ( ii ) Aumento de R$1,4 milhões nos custos operacionais, devido ao reajustes contratuais entre 4% e 5%, nos contratos de prestação de serviços e aumento do ônus variável em conformidade ao reajuste das tarifas de pedágio. ( iii ) Aumento não recorrente de R$2,6 milhões em despesas administrativas referente aos ajustes nas provisões de contingências cíveis e trabalhistas e tributárias em função das reclassificações dos processos de acordo com a opinião de nossos advogados. Em 2008 foram revertidos das provisões R$1,2 milhões. ( iv ) Redução de R$1,2 milhão nos custos operacionais com conservação de rotina nas funções de tapa buracos e erosões, resultado das intervenções no pavimento e na recuperação de erosões no ano 2008. EBITDA Ajustado: O EBITDA Ajustado encerrou o exercício de 2009 em R$ 134,4 milhões +10,7% em relação a 2008, com uma margem de EBITDA Ajustado de 72,0%. O aumento do EBITDA Ajustado em relação ao exercício anterior se deve basicamente ao aumento do tráfego e aumento da tarifa média de pedágio. Resultado Financeiro Líquido: A Companhia obteve um resultado financeiro líquido negativo de R$ 29,5 milhões, representando uma redução de 1% em relação a 2008, devido principalmente a variação das despesas com juros referentes a financiamentos captados entre jul/08 e set/08, em contrapartida ao aumento das receitas financeiras com atualização de mútuos com a OHL Brasil S/A. Lucro Líquido: A Companhia obteve um lucro de R$ 46,9 milhões, representando um acréscimo de R$ 7,2 milhões comparado ao exercício de 2008, em função dos itens comentados acima. Investimentos: Foram investidos R$ 29,2 milhões em cumprimento do cronograma de investimentos do contrato de concessão, destacando-se principalmente as obras de implantação da Passarela no km 188+200 na SP-310, início das ampliações das praças de pedágio de Itirapina e Rio Claro na SP-310 e Brotas e Dois Córregos na SP-225 em outubro de 2009 e recuperação de pavimento do km 183+280 ao km 235+040 na SP-225. Endividamento bancário: A Centrovias encerrou o exercício de 2009 com um endividamento de R$ 267,8 milhões contra R$ 274,5 milhões no exercício anterior. Em 30 de novembro de 2009, a Companhia emitiu Notas Promissórias, totalizando o montante de R$ 260.000 milhões. Parte do valor captado foi utilizada para liquidação, em 30 de novembro de 2009, das Cédulas de Crédito Bancário- CCB’S, captadas entre julho e setembro de 2008.. Veículos Equivalentes 2009 Total 2008 Ano/Ano 22.523.774 22.224.592 Comercial 61,9% 62,9% Passeio 38,1% 37,2% 1,35% CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S/A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO. (em R$ Mil) 2009 RECEITA BRUTA DE SERVIÇOS 2008 Ano/Ano 204.406 185.779 10,0% 202.333 183.790 10,1% 2.073 1.988 4,3% DEDUÇÕES DOS SERVIÇOS PRESTADOS (17.771) (16.149) 10,0% RECEITA LÍQUIDA DE SERVIÇOS 186.635 169.629 10,0% CUSTO E DESPESAS OPERACIONAIS (43.779) (40.344) 8,5% (30.279) (30.792) -1,7% (6.132) (5.573) 10,0% (6.848) (3.574) 91,6% (520) (396) 31,3% (9) -100,0% Receita Pedágios Outras Receitas Custos Operacionais (Ex. Amort. e Depre.) Despesas com Poder Concedente - Ônus Variável Despesas Gerais e Administrativas (Ex. Amort.) Remuneração da Administração Tributárias EBITDA Margem EBITDA DEPRECIAÇÕES E AMORTIZAÇÕES Depreciação de Imobilizado Amortização da Outorga (Intangível) EBIT RESULTADO FINANCEIRO Receitas Financeiras Despesas Financeiras BNDES Outras Despesas Financeiras Atualização Monetária do Ônus Fixo LUCRO ANTES DOS EFEITOS TRIBUTÁRIOS IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Correntes Diferidos LUCRO LÍQUIDO DO PERÍODO OUTRAS INFORMAÇÕES Ônus Fixo Pago (Fluxo de Caixa) EBITDA Ajustado Margem EBITDA Ajustado 142.856 129.285 10,5% 76,5% 76,2% 0,4% (44.907) (43.335) 3,6% (43.060) (41.483) 3,8% (1.847) (1.852) -0,3% 14,0% 97.949 85.950 (29.524) (29.808) -1,0% 6.654 3.565 86,6% (36.178) (33.373) 8,4% -78,1% (763) (3.483) (33.404) (21.028) 58,9% (2.011) (8.863) -77,3% 68.425 56.142 21,9% (21.440) (16.392) 30,8% (21.599) (13.313) 62,2% (3.078) -105,2% 159 46.985 2009 39.750 2008 18,2% Ano/Ano 8.417 7.839 7,4% 134.439 121.446 10,7% 72,0% 71,6% 0,6% 4. Pessoal A estratégia de recursos humanos da empresa está diretamente ligada à estratégia global da OHL Brasil, que tem como princípio básico o desenvolvimento humano e profissional de seus empregados, pautada pela busca permanente do diálogo, visando proporcionar segurança, estabilidade, qualidade de vida e oportunidades de crescimento. Todos os nossos processos de recursos humanos e contratos de trabalho dos empregados e parceiros seguem rigorosamente a legislação pertinente. Além disso nos comprometemos em nossos Valores Filosóficos com a construção e o cultivo da ética em nossas relações, o estímulo ao profissionalismo, lealdade e confiabilidade, buscando sempre inovação no nosso dia-a-dia. Em 2009, nosso quadro de empregados cresceu 44% se comparado a 2008, alcançando 252 empregados, devido à incorporação de funções, que até então eram realizadas por prestadoras de serviços. A área de arrecadação, desde o início das atividades da concessionária era realizada por empresas especializadas no tema, porém após vários estudos de viabilidade (econômico e de qualidade), conseguimos observar que a internalização desta atividade poderia proporcionar uma relação custo benefício mais próxima de nossa estratégia. Empregados Diretos Rotatividade 2008 175 1,88 2009 252 1,33 No que concerne a diversidade, em 31 de dezembro de 2009 62% dos empregados eram homens e 38% eram mulheres. A média de idade está concentrada em 35 anos e a média de permanência na Companhia é de 4,7 anos de trabalho. A base de formação educacional do efetivo de pessoal centra-se no Ensino Médio Completo (antigo Segundo Grau), com 73% dos empregados. Destacamos que 11,1% possuem superior completo. Temos como prática estabelecida oferecer a formação técnica para o exercício das funções e apoiar o desenvolvimento pessoal e profissional dos nossos empregados. Foram investidas 221.430 horas de treinamento total, que contabiliza 87,87 horas per capita no ano de 2009. A Centrovias oferece um pacote de remuneração atraente, incluindo participação nos resultados (PLR) e alinhado as praticas de mercado, o que contribui para a atração e retenção dos profissionais. O salário mínimo praticado foi 37,7% superior em relação ao salário mínimo do país. 5. Redução de Acidentes Na busca pelo aperfeiçoamento dos procedimentos na área de segurança viária, a Centrovias Sistemas Rodoviários S/A criou o “Programa de Redução de Acidentes” instituído em caráter permanente nas rodovias sob sua responsabilidade, com o objetivo de reduzir o número de acidentes Na implementação do programa são envolvidos todo o corpo de funcionários - diretos e indiretos - da concessionária, introduzindo na cultura da empresa a segurança como prioridade máxima. No desenvolvimento das atividades incluídas no programa, é incrementada a integração com as comunidades usuária e lindeira às rodovias, visando o entendimento das suas expectativas e necessidades. O Governo do Estado de São Paulo, com objetivo de estimular as concessionárias no desempenho de seus programas de redução de acidentes, estabeleceu como meta atingir até o ano de 2020 um padrão internacional relativo ao índice de vítimas fatais para o sistema concessionado. Para isto, a ARTESP – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo em conjunto com as concessionárias estipulam metas periódicas. As concessionárias que atingem a estas metas são contempladas pelo “Prêmio Vida de Segurança nas Rodovias”. Pelos resultados obtidos neste programa a Centrovias recebeu por 13 vezes o “Prêmio Vida de Segurança nas Rodovias”, entre eles o do 1º. Semestre de 2009. 6. Atendimento ao Usuário As Bases (Sistemas de Atendimento ao Usuário), com suas equipes e viaturas em atuação 24 horas por dia, efetuaram 73.018 mil atendimentos, contribuindo para a melhoria contínua da segurança dos usuários, assim distribuídos em 2009: Quantidade de Atendimentos Inspeção de tráfego 20.287 Resgate 2.119 Guinchos leves e pesados 12.051 Caminhões pipa e de apreensão de animais 1.011 Socorro Mecânico 6.174 Recolhimento de animais Mortos na Pista 848 Disque 0800 30.528 Total 73.018 O sistema de monitoramento de tráfego, operado por meio de câmeras de TV, interligadas, por redes de fibras óticas, ao CCO (Centro de Controle Operacional) cobre parcela importante do nosso sistema rodoviário, aliado ao Disque 0800 - 24 horas e ao sistema de telefonia de emergência instalado a cada quilômetro das rodovias. A efetiva atuação da inspeção de tráfego, apoiada por sofisticados equipamentos de monitoramento, estações metereológicas, painéis de mensagens variáveis e demais equipes e parceiros, permite acionar com maior rapidez os recursos da Concessionária, da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), da CETESB, da Defesa Civil e dos Bombeiros, contribuindo de forma ágil para o atendimento das diversas situações registradas diariamente nas rodovias. 7. Política Ambiental Seja por meio de apoio a projetos desenvolvidos nas regiões onde está presente, seja por meio de gestão em relação ao Meio Ambiente, a Centrovias desenvolve várias ações de caráter educativo e de conscientização, tanto de seus funcionários como da população dos municípios inseridos na área de concessão. Destacamos o plantio de 260.443 mil mudas de árvores nativas, desde o início do período de concessão até dezembro de 2009, efetuado principalmente em áreas degradadas e de mata ciliar, o que contribui para a recuperação dessas áreas. 8. Responsabilidade Social Na última década tem-se intensificado a discussão sobre o papel das empresas na mitigação dos problemas sociais e ambientais. A visão tradicional, que indicava como única função das empresas a geração de empregos e o desenvolvimento de produtos e serviços de forma lucrativa, tem sido complementada por uma nova concepção que considera a necessidade de incorporar aos interesses da empresa as necessidades dos diversos públicos impactados pela sua atuação. A Centrovias é um exemplo deste novo olhar e tem em seus compromissos manter um relacionamento com a comunidades lindeiras a sua área de concessão, tendo como foco projetos relacionados à educação, saúde, cultura e meio-ambiente. Educação Criado em 2006, o Projeto Escola Centrovias tem o objetivo de humanizar o trânsito por meio do incentivo ao exercício da cidadania. O projeto beneficia 33.342 alunos, com o apoio de 1.889 professores de 46 escolas públicas municipais e estaduais em 11 cidades que integram o sistema rodoviário administrado pela Centrovias. Em conexão com os conceitos do Projeto Escola, são desenvolvidos os programas Viva Ciclista, Passarela Viva e Viva Motociclista que atuam na conscientização de públicos específicos. Estes programas levaram orientação e prevenção a 1.388 pessoas entre 2007 e 2009. Saúde O Programa “Saúde na Estrada” voltado à saúde para caminhoneiros é uma atividade dirigida a estes usuários que transitam pelas rodovias administradas por nossa concessionária. Tem como objetivo permitir o acesso a orientações e exames de saúde que os alertem para patologias que possam interferir no exercício de sua profissão. O Programa “Saúde na Estrada” desenvolve-se através de campanhas periódicas, contando com Postos de Atendimento que são montados em pontos estratégicos. Dispõe de infra-estrutura para atendimento médico individual e coletivo, área de cadastramento, salas de pré-consulta e coleta de sangue e/ou vacinações, além de espaço para armazenagem de materiais usados nas campanhas, conforme determinam os protocolos do Ministério da Saúde. Desde 2002 até Dezembro de 2009 foram atendidos 7.712 mil motoristas. A Centrovias, em parceria com o Hemonúcleo da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, desenvolve uma campanha de doação de sangue, “Dou Meu Sangue Por Você”. Os funcionários próprios, terceirizados e voluntários participam uma vez por mês da doação. Com início em agosto de 2008, a campanha em 2009 totalizou 175 bolsas de sangue doadas. Cultura Em 2009, a Centrovias atuou no apoio a projetos culturais variados com base nas leis de incentivo fiscal, principalmente a Lei Rouanet. Os apoios têm como foco a promoção da cultura presente na região em que atua e àquelas de caráter geral. Os principais projetos para os quais foram destinados recursos em 2009 foram: • Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto – Segmento Cultural: Música Instrumental • Festival Chorando Sem Parar – Segmento Cultural: Música Popular • Doutores da Alegria – Segmento Cultural: Artes Cênicas • 29ª edição da Bienal de São Paulo – Segmento Cultural: Artes Integradas • Associação para o Desenvolvimento cultura de Jaú – Segmento Cultural: Histórico Esporte Em 2009, a Centrovias atuou no apoio a projetos esportivos variados com base nas leis de incentivo fiscal, principalmente a Lei nº. 11.438/2006 e projetos municipais.Os apoios têm como foco a promoção ao esporte presente na região em que atua e aquelas de caráter geral. Os principais projetos para os quais foram destinados recursos em 2009 foram: Associação de Clubes da Comunidade Centauro - O projeto Esporte para Todos, manifestação do desporto educacional, a ser realizado pela Associação de Clubes da Comunidade Centauro, no Bairro Parque São Mateus, na cidade de São Paulo, envolvendo 520 jovens e adolescentes de 12 a 18 anos. Projeto Esporte Centenário – Rio Claro - S.P: o projeto tem com objetivo, por meio da prática esportiva, melhorar a capacidade física e motora de jovens de comunidades de baixa renda; ampliar o entendimento dos alunos sobre o trabalho em equipe, incentivar a freqüência ao ensino formal; diminuir a evasão escolar, entre outros. Apoio a Instituições e Assistenciais: Em 2008 e 2009, a Centrovias destinou recursos com base na lei de incentivo fiscal, ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD), para o Nosso Lar, em São Carlos – S.P. Instituição que assiste crianças e jovens que necessitam de assistência social, a qual é feita por meio de atividades esportivas e culturais. 9. Dividendos e Juros Sobre Capital Em 2009, em conformidade com as exigências contratuais com o Poder Concedente, com as instituições financeiras e com a aprovação pela Assembléia Geral Ordinária, a Centrovias Sistemas Rodoviários S/A, distribuiu dividendos em fevereiro de 2009 e junho de 2009. O total dos dividendos distribuídos foi de R$ 17.228 (Dezessete milhões, duzentos e vinte e oito mil reais). No exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Sociedade ainda distribuiu o montante de R$ 4.569( Quatro milhões, quinhentos e sessenta e nove mil reais) sob a forma de juros sobre capital próprio, líquidos de R$ 806 (oitocentos e seis mil reais), referente ao imposto de renda retido na fonte calculado à alíquota de 15%. 10. Reconhecimentos A Concessionária tem se destacado pela sua excelência na prestação de serviços, e por isso conquistou os seguintes prêmios: Em 2008 e 2009 a Centrovias recebeu o Prêmio Vida de Segurança nas Rodovias por ter atingido as metas estabelecidas pela Artesp, quanto a redução do índice de mortos e da quantidade de vítimas fatais em relação ao tipo de acidente mais freqüente no sistema rodoviário. O Projeto Escola OHL Brasil foi o vencedor do 9º Prêmio Denatran de Educação no Trânsito. 11. Instrução CVM n°. 381/03 Em atendimento à determinação da Instrução CVM n°. 381/03 informamos que, no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, não contratamos nossos Auditores Independentes para trabalhos diversos daqueles de auditoria externa. Em nosso relacionamento com Auditor Independente, buscamos avaliar o conflito de interesses com trabalhos de não auditoria com base no seguinte: o auditor não deve (a) auditar seu próprio trabalho, (b) exercer funções gerenciais e (c) promover nossos interesses. 12. Agradecimentos Agradecemos aos nossos usuários, aos acionistas pelo apoio e confiança depositados na equipe de direção da empresa, ao Governo do Estado de São Paulo e à ARTESP, aos fornecedores, instituições financeiras, seguradoras e à Polícia Militar Rodoviária pela parceria desenvolvida. Agradecemos também aos nossos colaboradores pela dedicação e trabalho, fundamentais para a superação dos desafios. Itirapina, 05 de fevereiro de 2010. A Administração. Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. Demonstrações Financeiras Referentes aos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2009 e de 2008 e Parecer dos Auditores Independentes Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais - R$) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Empréstimos com partes relacionadas Outras contas a receber Despesas antecipadas Imposto de renda e contribuição social diferido Total do ativo circulante NÃO CIRCULANTE Realizável a longo prazo: Empréstimos com partes relacionadas Despesas antecipadas Imposto de renda e contribuição social diferido Depósitos judiciais Imobilizado Intangível Total do ativo não circulante Nota explicativa (3) (4) (10) (5) (10) (5) (6) (7) 2009 2008 43.621 11.924 5.772 433 1.375 1.346 64.471 18.977 10.262 545 753 1.346 31.883 45.000 123 951 154 322.074 22.474 390.776 46.448 2.215 169 338.520 24.215 411.567 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO CIRCULANTE Fornecedores Fornecedores - partes relacionadas Financiamentos Salários e encargos sociais Impostos e contribuições a recolher Credores pela concessão Imposto de renda e contribuição social diferidos Contas a pagar Provisão para contingências Dividendos propostos Total do passivo circulante NÃO CIRCULANTE Exigível a longo prazo: Financiamentos Credores pela concessão Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras obrigações Total do passivo não circulante PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital subscrito Capital social a integralizar Capital social integralizado Reserva de lucros Total do patrimônio líquido TOTAL DO ATIVO 455.247 443.450 TOTAL PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota explicativa 2009 2008 4.973 1.215 263.776 1.317 8.179 8.891 434 827 817 5.854 296.283 6.304 2.435 13.787 1.326 5.201 8.750 1.661 1.612 575 2.343 43.994 (9) (13) (5) 4.120 50.378 1.679 7 56.184 256.464 56.858 1.875 7 315.204 (14) (14) 104.798 (47.220) 57.578 45.202 102.780 104.798 (47.220) 57.578 26.674 84.252 455.247 443.450 (10) (9) (11) (13) (5) (12) (14) (14) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 2 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais - R$, exceto lucro por ação que está expresso em reais) Nota explicativa 2009 2008 202.333 2.073 204.406 183.790 1.988 185.778 DEDUÇÕES DA RECEITA Impostos e contribuições (17.771) (16.149) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 186.635 169.629 CUSTOS DOS SERVIÇOS PRESTADOS (80.662) (77.623) LUCRO BRUTO 105.973 92.006 RECEITA OPERACIONAL BRUTA Receitas de pedágio Outras receitas operacionais DESPESAS OPERACIONAIS Despesas administrativas Remuneração da administração Despesas tributárias (10) LUCRO OPERACIONAL ANTES DO RESULTADO FINANCEIRO RESULTADO FINANCEIRO Receitas financeiras Despesas financeiras (15) (15) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - CORRENTE IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - DIFERIDO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO (17) (17) (7.593) (431) - (5.651) (397) (9) 97.949 85.949 6.654 (36.178) (29.524) 3.565 (33.373) (29.808) 68.425 56.141 (21.599) 159 (13.313) (3.078) 46.985 39.750 0,87 0,73 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 3 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007 Lucro líquido do período Destinações do lucro líquido: Reserva legal Dividendos distribuidos Dividendos propostos Juros sobre capital próprio Retenção de lucros 104.798 (14) (14) (14) (14) (14) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Lucro líquido do período Destinações do lucro líquido: Reserva legal Dividendos distribuidos Dividendos propostos Juros sobre capital próprio Retenção de lucros SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 Capital social subscrito Reservas de lucros Reserva Lucros legal retidos Capital social integralizado (47.220) Lucros acumulados Total 57.578 7.458 - 137.890 202.926 39.750 39.750 (1.988) (148.017) (2.343) (8.064) (17.228) (148.017) (2.343) (8.064) - - - - - - - - - 1.988 - 17.228 57.578 9.446 17.228 - 84.252 - 46.985 46.985 (2.070) (5.854) (5.375) (33.686) (17.228) (5.854) (5.375) - 104.798 (14) (14) (14) (14) (14) Capital social a integralizar (47.220) - - - - - - - 2.070 - (17.228) 33.686 57.578 11.516 33.686 104.798 (47.220) - 102.780 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 4 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais - R$) Nota explicativa 2009 2008 46.985 39.750 (159) 44.907 46 27.933 (4.324) 2.013 373 - 3.078 43.335 (9) 19.344 1.429 (1.448) 8.947 (1.453) (219) (1.662) 112 (745) 15 (1.622) (175) 155 (169) (Redução) aumento nos passivos operacionais: Fornecedores Fornecedores - partes relacionadas Salários e encargos sociais Impostos e contribuições a recolher Credores pela concessão Contas a pagar Provisões para contigências Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 800 (67) (9) 2.978 65 (785) (131) 118.345 1.893 (6) (48) (150) 76 197 112.905 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO Aquisição de imobilizado Adições ao intangível Resgate de aplicação financeira Caixa aplicado nas atividades de investimentos (29.392) (658) (30.050) (57.127) (93) 5.020 (52.200) 260.000 (248.963) (41.325) 253.847 (62.921) (4.079) (8.417) (19.571) (5.375) (63.651) (45.000) 2.000 (27.700) (7.839) (148.017) (8.064) (47.773) AUMENTO LÍQUIDO DO SALDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 24.644 12.932 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Saldo inicial Saldo final 18.977 43.621 6.045 18.977 5.854 3.284 2.343 9.594 FLUXO DE CAIXA NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Lucro líquido do exercício Ajustes para conciliar o lucro líquido com caixa gerado pelas atividades operacionais: Impostos de renda e contribuição social diferidos Depreciação e amortização Baixa de ativo imobilizado Juros sobre financiamentos Juros sobre mútuo com partes relacionadas Rendimento sobre mútuo com partes relacionadas Variação monetária e juros sobre credores pela concessão Aumento (redução) das provisões para contigências Rendimento de aplicação financeira (17) Redução (aumento) nos ativos operacionais: Contas a receber Outras contas a receber Despesas antecipadas Depósitos judiciais FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Financiamentos: Captações Pagamentos do principal Pagamento de juros Empréstimos com partes relacionadas: Concessão de mútuo Captações Pagamentos Pagamento dos credores pela concessão Pagamentos de dividendos Pagamento de Juros sobre capital próprio Caixa aplicado nas atividades de financiamento Divulgação complementar de informações sobre fluxos de caixa: Transações que não impactaram o caixa: Dividendos propostos e não pagos Compra de ativo imobilizado registrado em fornecedores (13) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 5 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. DEMONSTRAÇÕES DOS VALORES ADICIONADOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Em milhares de reais - R$) 2009 2008 202.333 2.073 204.406 183.790 1.988 185.778 (28.092) (8.244) (4.774) (41.110) (24.185) (17.465) (1.447) (43.097) VALOR ADICIONADO BRUTO 163.296 142.681 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO (44.907) (43.335) VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA SOCIEDADE 118.389 99.346 6.654 6.654 3.565 3.565 125.043 102.911 5.365 2.023 494 5.085 1.778 484 30.523 342 10.202 24.801 4 9.273 27.933 1.176 20.773 963 2.070 5.375 5.854 33.686 125.043 1.988 8.064 16.865 12.833 102.911 RECEITAS Receitas de pedágio Receitas acessórias INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos - ICMS, IPI, PIS E COFINS) Custos dos serviços prestados Custo da concessão Materiais, energia, serviços de terceiros e outros VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA Receitas financeiras VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO Pessoal: Remuneração direta Benefícios FGTS Impostos, taxas e contribuições: Federais Estaduais Municipais Remuneração de capitais de terceiros: Juros Aluguéis Remuneração de capital próprio: Reserva Legal Juros sobre o Capital Próprio Dividendos Lucros retidos As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. - 6 CENTROVIAS SISTEMAS RODOVIÁRIOS S.A. NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 E DE 2008 (Expressas em milhares de reais - R$) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. “Sociedade” foi constituída em 27 de maio de 1998 e iniciou suas operações em 9 de junho de 1998, de acordo com o Contrato de Concessão Rodoviária firmado com o Departamento de Estradas e Rodagem - DER, regulamentado pelo Decreto Estadual n° 42.411 de 30 de outubro de 1997 e tem por objetivo exclusivo realizar, sob o regime de concessão a exploração do sistema rodoviário de ligação entre os municípios de Cordeirópolis a São Carlos e Itirapina a Bauru. Em decorrência desse contrato de concessão, a Sociedade reconheceu o direito de uso e exploração, registrados no ativo intangível como direito da outorga e, como contrapartida, o passivo na rubrica de credores pela concessão, conforme mencionado nas notas explicativas n° 7 e n° 13. Através do Termo Aditivo e Modificativo n° 11/06, de 21 de dezembro de 2006, foi autorizado pela Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - Artesp, o reequilíbrio da adequação econômico-financeira do contrato de concessão. Esse reequilíbrio foi concedido através da prorrogação do prazo de concessão por mais 12 meses sem alteração do valor do ônus fixo. Dessa maneira o período de exploração da concessão passa a ser até 9 de junho de 2019. A Sociedade assumiu os seguintes principais compromissos de implantação de obras decorrentes da concessão, os quais já se encontram totalmente cumpridos: Obras Na SP 225 - Rodovias Engenheiro Paulo Nilo Romano e Comandante João Ribeiro de Barros • Implantação da 2a pista no trecho compreendido entre os km 91 + 429 e 177 + 400; • Implantação da 2a pista no trecho compreendido entre os km 183 + 850 e 235 + 040. O Poder Concedente concedeu a Sociedade o direito de manutenção do equilíbrio econômico-financeiro original do contrato segundo cláusulas contratuais específicas na legislação. Em 31 de dezembro de 2009 os investimentos para atender os compromissos dos próximos cinco anos, estão estimados em R$ 127 mil, R$ 99 mil em 2008 (informação não auditada). Extinta a concessão, retornam ao Poder Concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios vinculados à exploração do sistema rodoviário. A Sociedade terá direito à indenização correspondente ao saldo não amortizado ou depreciado dos bens ou investimentos, cuja aquisição ou execução, devidamente autorizada pelo Poder Concedente, tenha ocorrido nos últimos 5 anos do prazo da concessão. 7 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E SUMÁRIO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e na Comissão de Valores Mobiliários - CVM e incorporam as alterações trazidas pelas Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09. As principais práticas contábeis adotadas pela sociedade são: 2.1. Caixa e equivalentes de caixa Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e aplicações financeiras. Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento dos períodos, e possuem vencimentos inferiores a 30 dias, sem prazos fixados para resgate, com liquidez imediata, e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. 2.2 Contas a receber Referem-se substancialmente aos serviços de pedágio eletrônico, cupons de pedágio e cartões de pedágio. São registradas com base nos valores nominais e não são ajustadas a valor presente por apresentarem vencimento de curto prazo e por não resultar em efeito relevante nas demonstrações financeiras. Quando julgado necessário pela Administração, é registrada provisão para cobrir prováveis perdas na sua realização. 2.3. Imobilizado É demonstrado ao custo de aquisição ou construção, incluindo encargos financeiros elegíveis à capitalização, deduzido das depreciações calculadas pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa nº 6, limitada, quando aplicável, ao prazo da concessão e reduzidos ao valor de recuperação dos ativos quando necessário. 2.4. Intangível Refere-se, principalmente, ao direito de outorga da concessão e aos direitos de uso de software. No caso do direito de outorga da concessão o ativo é avaliado pelo custo de aquisição, ajustado a valor presente e deduzido da amortização acumulada, calculada linearmente pelo prazo da concessão. Quando necessário é efetuada provisão para redução desse ativo ao valor recuperável. A amortização dos direitos de uso de software é calculada pelo método linear, com base em projeções de benefícios econômicos futuros e não supera o prazo de cinco anos. Quando identificado que uma licença ou direito ligado ao ativo não produz mais benefícios, ocorre a baixa contra o resultado. 2.5. Redução ao valor recuperável de ativos Os bens do imobilizado e os ativos intangíveis, incluindo concessões, têm o seu valor recuperável testado no mínimo anualmente, ou sempre que há indicadores de perda de valor. Quando o valor contábil de referidos ativos ultrapassa seu valor recuperável, definido pelo maior valor entre o valor em uso do ativo e o seu valor líquido de venda, essa diferença é reconhecida no resultado do período. Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 não houve necessidade de constituir provisão para redução dos ativos ao seu valor recuperável. 8 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 2.6. Financiamentos São mensurados pelo custo amortizado, ou seja, atualizados monetariamente pelas variações monetárias e acrescidos de juros conforme as disposições contratuais e, incorridos até as datas de encerramento dos exercícios e deduzidos das comissões bancárias e do IOF - impostos sobre operações financeiras pagos antecipadamente. Os referidos juros e demais encargos são apropriados ao resultado como despesas financeiras. 2.7. Credores pela concessão Correspondem às obrigações decorrentes do direito de uso e exploração das rodovias constantes no contrato de concessão. Essas obrigações referem-se, preponderantemente às parcelas fixas contabilizadas pelo valor original do contrato, ajustadas a valor presente, a partir do início do contrato de concessão à taxa de 5% a.a. acrescidas de atualização monetária e juros incorridos até a data dos balanços. A taxa de ajuste a valor presente foi definida pela Administração com base na taxa de captação de recursos obtidos de terceiros naquela data, conforme mencionado na nota explicativa nº 13. A contrapartida do ajuste a valor presente foi à rubrica de Direito de outorga da concessão, classificada no ativo intangível. O saldo de credores pela concessão a valor presente é atualizado monetariamente mensalmente pelo IGP-M, tendo como contrapartida o resultado financeiro. A parcela variável refere-se ao preço da delegação do serviço público, correspondente a 3% da receita bruta, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. 2.8. Receita de pedágio É reconhecida pelo regime de competência, ou seja, quando da utilização das rodovias pelos usuários. 2.9. Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15%, acrescida do adicional de 10% sobre o lucro tributável anual excedente a R$ 240. A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. O imposto de renda e a contribuição social diferidos foram calculados com base nas diferenças temporárias no reconhecimento de receitas e despesas para fins contábeis e fiscais. É registrada, quando necessário, provisão para perdas sempre que não houver fortes evidências de realização dos saldos. A Sociedade optou pelo Regime Tributário de Transição - RTT, instituído pela Medida Provisória nº 449/08, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/09, por meio do qual as apurações do Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da contribuição para o Programa de Integração Social - PIS e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, para o biênio 2008-2009, continuam a ser determinadas sobre os métodos e critérios contábeis definidos pela Lei nº 6.404/76, vigentes em 31 de dezembro de 2007. Quando aplicável, o imposto de renda e a contribuição social diferidos, calculados sobre os ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis advindas das Leis nº 11.638/07 e nº 11.941/09 foram registrados nas demonstrações financeiras da Sociedade. A Sociedade consignou a sua opção pelo RTT na Declaração Integrada de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ em 2009. 9 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 2.10. Uso de estimativas A preparação das Demonstrações Financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer da Administração da Sociedade o uso de estimativas para o registro de certas transações que afetam os ativos, passivos e despesas registradas. Os resultados efetivos dessas transações, quando de sua efetiva realização em períodos subsequentes, podem divergir dessas estimativas. As principais estimativas relacionadas às demonstrações financeiras referem-se ao registro de provisão para contingências, preparação de projeções e análises sobre o valor recuperável de ativos e realização do saldo de imposto de renda diferido ativo. 2.11. Juros sobre o capital próprio Registrados originalmente nos livros contábeis e fiscais da Sociedade como despesa financeira, por ocasião da apropriação dos valores a pagar aos acionistas. Entretanto, para fins de preparação dessas demonstrações financeiras, utiliza-se a essência da transação e, portanto, são considerados como dividendos recebidos e pagos, não transitando pelo resultado. Como consequência, os juros sobre o capital próprio pagos ou a pagar são registrados a débito de “Lucros acumulados”. 2.12. Lucro líquido por ação Calculados com base na quantidade de ações existentes nas datas de encerramento dos exercícios. 3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA Caixa e bancos Aplicações financeiras Total 2009 2008 1.329 42.292 43.621 2.019 16.958 18.977 As aplicações financeiras são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor. Essas aplicações financeiras referem-se a Certificados de Depósitos Bancários - CDB e operações compromissadas, que se caracterizam pela venda de um título com o compromisso, por parte do vendedor (Banco), de recomprá-lo e, do comprador (cliente), de revendê-lo no futuro. As aplicações eram remuneradas entre 100% a 103% da variação do Certificado de Depósito Interbancário - CDI em 31 de dezembro de 2009 e de 2008. O cálculo do valor justo das aplicações financeiras, quando aplicável, é efetuado levando-se em consideração as cotações de mercado ou informações de mercado que possibilitem tal cálculo. 4. CONTAS A RECEBER Os saldos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam representados por: Pedágio eletrônico a receber Cupons de pedágio a receber Cartões de pedágio a receber Outros Total 2009 2008 10.818 537 289 280 11.924 9.167 482 281 332 10.262 Os valores a receber vencem em até 30 dias e não há créditos em atraso. 10 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 5. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 o imposto de renda e a contribuição social diferidos estão representados por: 2009 Diferenças temporárias: Bases do ativo: Provisão para contingências Impostos de renda e contribuição social diferido sobre direito de concessão incorporado (1) Alíquota nominal Total do ativo Ativo circulante Ativo não circulante Bases do passivo: Sobre ajuste a valor presente (2) Sobre encargos financeiros antecipados (3) Sobre amortização do direitos de concessão incorporada (4) Base de cálculo Alíquota nominal Total do passivo Passivo circulante Passivo não circulante 2008 817 575 5.939 6.756 34% 2.297 9.899 10.474 34% 3.561 1.346 951 2.297 1.346 2.215 3.561 3.971 805 1.440 6.216 34% 2.113 6.171 4.230 10.401 34% 3.536 434 1.679 2.113 1.661 1.875 3.536 1) Refere-se a crédito do imposto de renda e contribuição social relativo à amortização, do direito de concessão incorporado, efetuada até a data base da cisão da controladora OHL do Brasil Participações em Infra-estrutura Ltda., ocorrida em junho de 2006 e, até então, controlado na “parte B” do livro de apuração do lucro real - LALUR da controladora. Com a incorporação da participação da controladora, a Sociedade registrou esse crédito e, atendendo a legislação fiscal, vem amortizando-o à razão de 20% ao ano. 2) O montante de R$ 3.971 (R$ 6.171 em 2008), foi gerado através do ajuste ao valor presente na rubrica de “credores pela concessão”, conforme nota explicativa nº 7 e 13. 3) O saldo de 2008, refere-se às deduções dos empréstimos, comissões e o IOF retidos na liberação das cédulas de créditos bancários (CCB’s); O saldo de 2009, refere-se às deduções de comissões de estruturação, colocação e garantia firme, retidos no lançamento das Notas Promissórias, registrados como pagamento antecipado e deduzidos do saldo de empréstimos, conforme demonstrado nota explicativa nº 9. Essas despesas antecipadas serão amortizadas mensalmente no mesmo período de liquidação do empréstimo e, conforme prerrogativa prevista na Lei 11.941/09, foi considerado como despesa dedutível para fins de imposto de renda e contribuição social e está sendo controlada como uma diferença temporária através do LALUR. 4) Imposto de renda e contribuição social sobre as diferenças temporárias, do prazo de amortização do direito de concessão incorporado, para fins fiscais e contábeis, conforme comentada na nota explicativa nº 7(b). 11 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. A Administração da Sociedade decidiu registrar esses créditos no ativo e no passivo circulante e não circulante, devido à efetiva capacidade de realização desses créditos no curto e ou longo prazo, com base nas estimativas dos lucros tributáveis futuros. As perspectivas futuras dos negócios da Sociedade e suas projeções de resultados constituem-se em previsões suportadas pelas expectativas da Administração. A expectativa de recuperação da totalidade dos créditos tributários diferidos, indicada pelas projeções de resultado tributável são como seguem: Exercício a findar-se em 31 de dezembro Ativo Passivo 951 951 218 218 219 219 805 1.679 Valor líquido 2008 Valor líquido 2011 2012 2013 2014 Acima de 2015 6. IMOBILIZADO Os saldos em 31 de dezembro de 2009 e 2008 estavam representados por: Em operação: Imobilizado em rodovia-obras e serviços Pavimento e recapeamentos Equipamento mobiliário Instalações Desapropriações Conjunto de defensas Outras imobilizações Em andamento: Imobilizações em andamento Total Taxa anual média ponderada de depreciação - % 2009 Depreciação acumulada Custo 7,72 16,67 16,74 20,46 7,95 16,67 20,24 383.243 108.950 4.862 19.933 6.079 27.003 2.763 (120.736) (74.889) (2.346) (16.889) (1.720) (17.414) (2.335) 262.507 34.061 2.516 3.044 4.359 9.589 428 277.735 36.858 1.665 2.918 3.779 9.153 400 5.570 558.403 (236.329) 5.570 322.074 6.012 338.520 A movimentação dos saldos do Ativo Imobilizado estava representada por: Custo em 31/12/08 Em operação: Imobilizado em rodovia-obras e serviços Pavimento e recapeamentos Equipamento mobiliário Instalações Desapropriações Conjunto de defensas Outras imobilizações Em andamento: Imobilizações em andamento Total Adições Baixas Custo em 31/12/09 370.788 101.446 3.531 18.836 5.053 23.998 2.751 12.468 7.511 1.335 1.097 1.034 3.021 84 (13) (7) (4) (8) (16) (72) 383.243 108.950 4.862 19.933 6.079 27.003 2.763 6.012 532.415 (442) 26.108 (120) 5.570 558.403 12 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. Amortização acumulada em 31/12/08 Adições Baixas Amortização acumulada em 31/12/09 Em operação: Imobilizado em rodovia-obras e serviços Pavimento e recapeamentos Equipamento mobiliário Instalações Desapropriações Conjunto de defensas Outras imobilizações Total (93.053) (64.588) (1.866) (15.918) (1.274) (14.845) (2.351) (193.895) (27.683) (10.301) (482) (971) (447) (2.569) (55) (42.508) 71 74 (120.736) (74.889) (2.346) (16.889) (1.720) (17.414) (2.335) (236.329) Saldo líquido 338.520 (16.400) (46) 322.074 Custo em 31/12/07 Em operação: Imobilizado em rodovia-obras e serviços Pavimento e recapeamentos Equipamento mobiliário Instalações Desapropriações Conjunto de defensas Outras imobilizações Em andamento: Imobilizações em andamento Total Adições 2 1 Custo em 31/12/08 Baixas 331.403 86.092 2.445 17.503 4.413 20.674 2.518 39.385 15.354 1.097 1.333 640 3.324 233 (11) - 370.788 101.446 3.531 18.836 5.053 23.998 2.751 19.845 484.893 (13.833) 47.533 (11) 6.012 532.415 Amortização acumulada em 31/12/07 Adições Baixas Amortização acumulada em 31/12/08 Em operação: Imobilizado em rodovia-obras e serviços Pavimento e recapeamentos Equipamento mobiliário Instalações Desapropriações Conjunto de defensas Outras imobilizações Total (68.298) (55.284) (1.532) (13.596) (942) (12.618) (2.071) (154.341) (24.755) (9.304) (336) (2.322) (332) (2.227) (280) (39.556) 2 2 (93.053) (64.588) (1.866) (15.918) (1.274) (14.845) (2.351) (193.895) Saldo líquido 330.552 7.977 (9) 338.520 As adições ao ativo imobilizado ocorridas após a contratação da concessão, cuja vida útil estimada seja superior ao período da concessão, são depreciadas com base no período restante do contrato de concessão. A Administração da Sociedade não identificou a necessidade de registro de provisão para redução destes ativos ao valor de recuperação em 31 de dezembro de 2009 e de 2008. 7. INTANGÍVEL Taxa anual média ponderada de amortização % Direito de outorga da concessão (a) Direito da outorga incorporado (b) Software 4,78 4,80 20 Custo 2009 Amortização acumulada Valor líquido 2008 Valor líquido 40.280 9.474 955 50.709 (22.842) (5.188) (205) (28.235) 17.438 4.286 750 22.474 19.290 4.737 188 24.215 13 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. A movimentação dos saldos do Intangível estava representada por: Custo em 31/12/08 Direito de outorga da concessão (a) Direito da outorga incorporado (b) Software 40.280 9.474 297 50.051 Amortização acumulada em 31/12/08 Direito de outorga da concessão (a) Direito da outorga incorporado (b) Software Saldo líquido Baixas 658 658 - 40.280 9.474 955 50.709 Baixas Amortização acumulada em 31/12/09 Adições (20.990) (4.737) (109) (25.836) (1.852) (451) (96) (2.399) - (22.842) (5.188) (205) (28.235) 24.215 (1.741) - 22.474 Custo em 31/12/07 Direito de outorga da concessão (a) Direito da outorga incorporado (b) Software Custo em 31/12/09 Adições 40.280 9.474 204 49.958 Amortização acumulada em 31/12/07 Custo em 31/12/08 Adições Baixas 93 93 - 40.280 9.474 297 50.051 Baixas Amortização acumulada em 31/12/08 Adições Direito de outorga da concessão (a) Direito da outorga incorporado (b) Software (19.139) (2.842) (76) (22.043) (1.851) (1.895) (33) (3.779) - (20.990) (4.737) (109) (25.836) Saldo líquido (27.901) (3.686) - (24.215) (a) Refere-se ao valor assumido para a exploração do sistema rodoviário, conforme mencionado na nota explicativa nº 1. O custo inicial do contrato, R$ 61.869 (valor nominal) está ajustado a valor presente, R$ 40.280, conforme mencionado na nota explicativa nº 2.4, e vem sendo a amortização registrada na rubrica de custo dos serviços prestados no resultado. (b) Refere-se a direito de outorga incorporado proveniente da incorporação da parcela cindida, em junho de 2006, da controladora OHL Brasil Participações em Infraestrutura Ltda.. Em exercícios anteriores essa rubrica era denominada como ágio incorporado. Por entender que na essência esse montante é relativo a direito de outorga, em 2009, a administração mudou a nomenclatura da rubrica para direito de outorga incorporado. Esse valor vem sendo amortizado pelo prazo da concessão. A Administração da Sociedade não identificou a necessidade de registro de provisão para redução destes ativos ao valor de recuperação em 31 de dezembro de 2009 e de 2008. 14 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 8. SEGUROS CONTRATADOS (INFORMAÇÃO NÃO AUDITADA PELOS AUDITORES INDEPENDENTES) A Sociedade adota a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos aos riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. Os seguros são contratados conforme os preceitos de gerenciamento de riscos e seguros geralmente empregados por empresas do mesmo ramo. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte da auditoria das demonstrações financeiras e, conseqüentemente, não foram auditadas pelos nossos auditores independentes. Em 31 de dezembro de 2009, as coberturas de seguro são resumidas como seguem: 9. Limites de indenização Modalidade de seguro Riscos cobertos Todos os riscos: Riscos de engenharia Riscos patrimoniais e perdas de receitas Responsabilidade civil - geral Carta Fiança: Garantia de cumprimento das funções de ampliação Garantia de cumprimento das funções operacionais de conservação e de pagamento mensal (ônus variável) Garantia de pagamento mensal (ônus fixo) 20.060 165.000 22.309 36.605 54.056 10.699 FINANCIAMENTOS Os saldos, todos relativos a empréstimos em moeda nacional, em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam representados por: 2009 Instituições credoras Encargos Vencimentos até BNDES - “Automático Unibanco” BNDES - “Automático Itaú” Notas Promissórias Sub total Encargos financeiro antecipados Total TJLP + 3,30% a.a. TJLP + 3,95% a.a. CDI + 0,95% a.a. Outubro/2012 Junho/2012 Abril/2010 Circulante Não circulante 823 1.659 262.099 264.581 (805) 263.776 1.545 2.575 4.120 2008 Instituições credoras Encargos Vencimentos até BNDES - “Automático Unibanco” BNDES - “Automático Itaú” Bradesco S.A. -“CCB” Santander S.A. - “CCB” Banco do Brasil - “CCB” Sub total Encargos financeiro antecipados Total TJLP + 3,30% a.a. TJLP + 3,95% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. Outubro/2012 Junho/2012 Janeiro/2010 Janeiro/2010 Janeiro/2010 Circulante 835 1.664 5.538 5.538 4.305 17.880 (4.093) 13.787 Não circulante 2.366 4.234 90.000 90.000 70.000 256.600 (136) 256.464 TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo. CDI - Certificado de Depósito Interbancário. CCB - Cédulas de crédito bancário. N.P. - Notas Promissórias. 15 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. Em 31 de dezembro de 2009 as parcelas relativas ao principal dos financiamentos a longo prazo, apresentavam os seguintes vencimentos: Ano de vencimento 2009 2011 2012 Totais 2.432 1.688 4.120 Em 30 de novembro de 2009, a Sociedade emitiu 52 Notas Promissórias no valor de R$ 5.000 cada uma, totalizando o montante de R$ 260.000. A operação foi coordenada pelo Banco BTG-Pactual Pactual (Coordenador) e Banco Itaú (Coordenador Líder), tendo como banco mandatório o Banco do Bradesco. Parte do valor captado foi utilizada para liquidação, em 30 de novembro de 2009, das Cédulas de Crédito Bancário captadas entre julho e setembro de 2008. Como garantia foi oferecido aval da Obrascon Huarte Latin Brasil S.A.. Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2008, a Sociedade e sua acionista Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (OHL Brasil S.A.), assumiram, entre outros, os compromissos de caráter financeiro e econômico constantes no contrato de cessão fiduciária de direitos e contrato de penhor de ações vinculadas à obtenção das Cédulas de Crédito Bancário (CCB’s) junto ao Banco Santander, Banco Bradesco e Banco do Brasil, esses compromissos foram liquidados em 25 de novembro de 2009. A Sociedade assumiu compromissos de caráter financeiro e econômico constantes nos contratos, conforme descrito abaixo: a. Inadimplemento de qualquer obrigação a pagar da Sociedade, cujo valor seja superior a R$ 5.000, ou da Garantidora, cujo valor seja superior a R$ 10.000. b. Protestos de títulos contra a Sociedade, cujo valor, individual ou em conjunto, seja superior a R$ 5.000, ou contra a Garantidora, que seja superior a R$ 10.000, e que não sejam sanados, declarados ilegítimos ou comprovados como tendo sido indevidamente efetuados. c. Declaração de falência ou propositura de recuperação judicial da Sociedade ou Garantidora. d. Intervenção do poder concedente ou de outras autoridades governamentais que resulte na incapacidade de gestão dos negócios pela Sociedade ou Garantidora. e. Redução do capital social, alteração do controle societário ou do objeto social da Sociedade ou da Garantidora sem o consentimento prévio por escrito dos detentores das Notas Promissórias; f. Não cumprimento de qualquer decisão ou sentença judicial transitada em julgado contra a Sociedade, em valor unitário ou agregado igual ou superior a R$ 5.000, ou contra a Garantidora, em valor igual ou superior a R$ 10.000. g. Existência de quaisquer ônus sobre propriedade, receitas e ativos da Sociedade ou da Garantidora, no presente e no futuro, exceto: (i) depósitos para garantir direitos e obrigações trabalhistas, fiscais e judiciais; (ii) exigidos pelo poder concedente, nos termos do Contrato de Concessão; (iii) constituição de garantias para captação de recursos de longo prazo, para pagamentos das Notas Promissórias; (iv) garantias para processos de licitação de concessões rodoviárias; (v) garantias para financiamento de longo prazo, junto ao BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 16 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. h. Distribuição de lucros a acionistas da Sociedade ou Garantidora que excedam o pagamento do dividendo mínimo legal obrigatório previsto pelo estatuto social da Sociedade ou da Garantidora. i. Não cumprimento do índice financeiro obtido pela divisão da Dívida Líquida pelo EBITDA que deverá ser inferior a 3,50, sendo que, para fins deste item: (a) Dívida líquida significa empréstimos e financiamentos no passivo circulante e exigível a longo prazo mais acrescidos dos valores de quaisquer outras dívidas financeiras onerosas, menos caixa e equivalentes de caixa do ativo circulante no período e (b) EBITDA significa o lucro (prejuízo) líquido antes do imposto de renda e da contribuição social, adicionando-se (i) despesas não operacionais; (ii) despesas financeiras; e (iii) despesas com amortizações e depreciações (apresentadas no fluxo de caixa método indireto); e excluindo-se (i) receitas não-operacionais; e (ii) receitas financeiras; apurado com base nos últimos 12 (doze) meses contados da data-base de cálculo do índice. j. Caso os ativos fixos da Sociedade deixem de contar com cobertura de seguros nos termos da regulamentação da ARTESP. k. Venda ou transferência de ativos relevantes da Sociedade, inclusive ações ou quotas de sociedades controladas, de valor superior a R$ 5.000. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade não apresenta desvios em relação ao cumprimento das condições contratuais pactuadas. A Sociedade está em processo de reestruturação de operação financeira de longo prazo, com o objetivo de liquidar os empréstimos que vencem no curto prazo. 10. PARTES RELACIONADAS As transações efetuadas com a controladora e com as partes relacionadas são relativas a contrato de serviços de construção, execução de obras, alugueis e mútuo para capital de giro. As transações realizadas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 e os saldos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 com a controladora e partes relacionadas, com as quais ocorreram operações, estão demonstrados a seguir: Saldos de balanço Partes relacionadas: Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (1) Paulista Infra-Estrutura Ltda.(2) Latina Manutenção de Rodovias Ltda.(2) Latina Sinalização de Rodovias Ltda. (2) Total Empréstimos a receber no circulante 31/12/09 Empréstimos a receber no não circulante Saldo de fornecedores 45.000 45.000 70 204 697 244 1.215 5.772 5.772 Empréstimos a receber no circulante 31/12/08 Empréstimos a receber no não circulante Saldo de fornecedores 46.448 46.448 2.435 2.435 - 31/12/09 Resultado Partes relacionadas: Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. (1) Paulista Infra-Estrutura Ltda. (2) Latina Manutenção de Rodovias Ltda. (2) Latina Sinalização de Rodovias Ltda. (2) Total Serviços prestados em conservação de rotina 1.141 1.141 31/12/08 Execução de obras Receita financeira 2.258 5.766 1.051 9.075 5.087 5.087 Serviços prestados em conservação de rotina 2.857 2.857 Execução de obras 1.966 4.073 6.039 Receita financeira 1.705 1.705 17 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. (1) O empréstimo concedido à controladora teve como finalidade suprir a necessidade de capital de giro da controladora OHL Brasil S.A.. Esse montante foi liberado através de quatro contratos conforme demonstrado a seguir: Data da liberação 22/08/2008 18/09/2008 04/12/2008 17/12/2008 Total Encargos CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. CDI + 1,037% a.a. Valor do Saldo devedor Saldo devedor principal em 31/12/09 em 31/12/08 20.000 15.000 2.000 8.000 45.000 22.815 16.966 2.206 8.785 50.772 20.872 15.521 2.018 8.037 46.448 Os contratos vencem em junho de 2012. Ficou estabelecido que a partir de dezembro de 2010, a OHL Brasil S.A., pagará anualmente o valor dos juros incorridos desde a celebração dos contratos. A partir dos demais anos, pagará o valor correspondente aos juros incorridos nos últimos doze meses anteriores ao pagamento. (2) Os saldos e transações, registrados em fornecedores, classificados no passivo circulante e custo dos serviços prestados, respectivamente, são relativos às operações mercantis e referem-se aos serviços prestados em conservação de rotina e execução de obras nas rodovias. No decorrer dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 a Sociedade pagou o montante de R$ 431 e R$ 397 respectivamente, a título de remuneração de seus administradores. Esses valores correspondem basicamente à remuneração da diretoria e respectivos encargos sociais e estão registrados na rubrica de despesas gerais e administrativas. Esses diretores não recebem renda variável, não obtiveram nem concederam empréstimos à Sociedade e não possuem benefícios indiretos significativos. A Sociedade provê a seus empregados e administradores, benefícios de assistência médica, reembolso odontológico e seguro de vida, enquanto permanecem com vínculo empregatício. Tais benefícios são parcialmente custeados pelos empregados de acordo com sua categoria profissional e utilização dos respectivos planos. Estes benefícios são registrados como custos ou despesas quando incorridos. A Sociedade concede participação nos lucros e resultados a seus colaboradores. O pagamento dessas participações está vinculado ao alcance de metas operacionais e objetivos específicos, estabelecidos e aprovados no início de cada exercício. Os valores apurados ao final do exercício são apropriados ao resultado, tendo como contrapartida as obrigações sociais. Os saldos de provisão para participações nos lucros e resultados PLR registrados em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, registrados na rubrica de salários e encargos sociais são de R$ 438 e R$ 320 respectivamente. As metas são como seguem: a) Dos participantes: Os participantes nos resultados da Sociedade são os empregados com vínculo empregatício ou que foram demitidos no período de abrangência deste plano. Participarão os empregados que não foram dispensados por justa causa. No caso de demissão, a participação será proporcional ao tempo trabalhado. 18 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. b) Definição dos valores: São considerados como critérios para a definição dos valores a serem pagos, os itens, aos quais serão atribuídos pesos conforme tabelas especificas. Os critérios são: tempo real trabalhado no período, absenteísmo, advertências e Suspensões. 11. OBRIGAÇÕES FISCAIS Os saldos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam representados por: Imposto de renda Contribuição social IRRF PIS COFINS Outros tributos federais Outros tributos municipais Total 2009 2008 4.350 1.743 56 125 578 412 915 8.179 2.230 1.038 35 111 512 464 811 5.201 12. PROVISÃO PARA CONTINGÊNCIAS A Sociedade possui reclamações judiciais pendentes de resolução correspondentes, fundamentalmente, a ações cíveis derivadas de responsabilidade civil em relação aos usuários das rodovias, bem como a processos trabalhistas que têm como principais causas os seguintes pedidos: (i) horas extras; e (ii) adicionais, entre outros, para as quais a Administração, baseada na opinião de seus assessores jurídicos, constitui provisão para as causas cujos desfechos sejam prováveis de serem desfavoráveis para a Sociedade. Os depósitos judiciais referentes a processos cujos valores envolvidos compõem a provisão para contingências foram deduzidos do saldo da respectiva provisão. Os depósitos judiciais para o montante de R$ 154 (R$ 169 em 2008), relativos a processos cuja perda é considerada possível ou remota pelos assessores jurídicos da Sociedade foram mantidos no ativo não circulante. A movimentação do saldo de provisões para o exercício findo em 31 de dezembro de 2009 é conforme segue: Cíveis Fiscal Trabalhistas Total 31/12/2008 Adições 399 176 575 121 785 161 1.067 Reversões Utilizações 31/12/2009 (140) (261) (293) (694) (110) (21) (131) 270 524 23 817 A Sociedade é parte em processos cíveis, fiscais e trabalhistas ainda em andamento, advindos do curso normal de suas operações, classificados como de risco possível pelos seus advogados, para os quais não foi constituída provisão para contingências. Tais processos representam aproximadamente R$ 1.026, R$ 204 e R$ 964 respectivamente em 31 de dezembro de 2009. 19 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 13. CREDORES PELA CONCESSÃO Refere-se ao saldo do ônus da concessão, o qual é composto pelos valores devidos ao Departamento de Estradas e Rodagem (DER-SP) pela outorga da concessão. Os saldos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam representados por: 2009 2008 Não Não Circulante circulante Circulante circulante Direito de outorga (1) Parcela variável - 3% da receita bruta (2) Total 8.321 570 8.891 50.378 50.378 8.244 506 8.750 56.858 56.858 (1) Refere-se ao preço da delegação do serviço público, representado por valor fixo, reajustado a valor presente, conforme segue: Valor fixo a ser liquidado em 240 parcelas mensais e consecutivas, tendo sido paga a primeira parcela em junho de 1998. O montante é reajustado pela mesma fórmula e nas mesmas datas em que o reajustamento for efetivamente aplicado à tarifa de pedágio, com vencimento no último dia útil de cada mês. Conforme estabelecido no contrato de concessão, as tarifas de pedágio são reajustadas no mês de julho com base na variação do IGP-M ocorrida até 31 de maio. Dessa maneira, o montante da obrigação, ajustada a valor presente a taxa de juros de 5% a.a., conforme mencionado na nota explicativa nº 2 foram determinados conforme segue: • Provisão de R$ 8.321, (valor nominal R$ 8.542) em 31 de dezembro de 2009 e R$ R$ 8.244, (valor nominal R$ 8.466) em 31 de dezembro de 2008 apurada com base no valor das parcelas a vencer no período de janeiro a dezembro de 2009. O valor dessas parcelas foi determinado tomando-se por base o último reajuste da tarifa de pedágio; • A provisão correspondente às demais parcelas, no montante de R$ 50.378, (valor nominal R$ 63.171) em 31 de dezembro de 2009 e R$ 56.858 (valor nominal R$ 72.944) em 31 de dezembro de 2008, foi atualizada, com base na variação do IGP-M, desde o último reajuste de pedágio até 31 de dezembro de 2009; • Os valores a pagar serão liquidados em 101 parcelas mensais, sendo o montante correspondente a 89 parcelas classificado no passivo não circulante. (2) Refere-se ao preço da delegação do serviço público, representado por valor variável, correspondente a 3% da receita bruta, com vencimento até o último dia útil do mês subsequente. No decorrer dos períodos findos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 foram pagos ao poder concedente, os montantes de: R$ 14.484 (R$ 8.417 referente ao direito de outorga fixo e R$ 6.067 variável); e R$ 13.329 (R$ 7.839 de direito de outorga fixo e R$ 5.490 variável), respectivamente. 20 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 14. CAPITAL SOCIAL O capital social subscrito em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 está representado respectivamente por 101.483.834 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Participação Número de Quantidade das acionária ações subscritas ações integralizadas Obrascon Huarte Lain Brasil S.A. Total 100% 100% 101.483.834 101.483.834 54.263.689 54.263.689 a) Dividendos e juros sobre capital próprio: Aos acionistas é garantido, estatutariamente, dividendo mínimo obrigatório de 25% do lucro líquido do exercício, deduzido da parcela constituída como reserva legal. Foram distribuídos no primeiro semestre de 2009, dividendos no montante de R$ 17.228, creditados à conta de reserva de lucros referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2008. Com relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009 foram destinados dividendos mínimos previstos no estatuto no montante de R$ 11.229, sendo R$ 5.854 provisionado no passivo circulante e R$ 5.375 pago sob a forma de juros sobre capital próprio. Sobre o montante de juros sobre capital próprio houve retenção de imposto de renda na fonte no montante de R$ 806, calculado à alíquota de 15%. b) Reserva legal: É constituída em conformidade com a legislação societária e o estatuto, na base de 5% do lucro líquido do exercício até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do saldo do capital realizado mais as reservas. c) Lucros retidos: O saldo remanescente da conta de lucros acumulados do ano de 2009, após a distribuição dos dividendos pagos, propostos e dos juros sobre o capital próprio, foi alocado à reserva de lucros retidos, para fazer face ao reforço do capital de giro e ao orçamento de capital da Sociedade. 15. RESULTADO FINANCEIRO Os saldos em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 estavam representados por: 2009 Receitas financeiras: Rendimentos sobre aplicações financeiras Rendimentos sobre mútuos Outros Total 2008 1.555 5.087 12 6.654 1.855 1.705 5 3.565 Despesas financeiras Juros sobre operações financeiras Variação monetária sobre o direito da outorga IOF - Impostos sobre operações financeiras Outros Total (27.933) (2.013) (3.291) (2.941) (36.178) (20.773) (8.947) (1.691) (1.962) (33.373) Resultado financeiro (29.524) (29.808) 21 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS a) Exposição a riscos cambiais Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade não apresentava saldo relevante de ativo ou passivo denominado em moeda estrangeira. b) Exposição a riscos de taxas de juros A Sociedade está exposta a riscos normais de mercado em decorrência de mudanças nas taxas de juros de longo prazo - TJLP e CDI sobre seus saldos de empréstimos em reais. As taxas de juros das aplicações financeiras são vinculadas à variação do CDI. Em 31 de dezembro de 2009 a administração efetuou análise de sensibilidade considerando um aumento ou redução de 25% e 50% nas taxas de juros esperadas sobre os saldos de empréstimos e financiamentos líquidos das aplicações financeiras: Indicadores CDI TJLP Juros a incorrer* * c) Cenário I Cenário II Cenário III Provável (+ 25%) (- 25%) 8,75% 6% 5.671 10,94% 7,5% 6.751 6,56% 4,5% 4.604 Cenário IV (+ 50%) Cenário V (- 50%) 13,13% 9,00% 7.525 4,38% 3,00% 3.558 Refere-se ao cenário de juros a incorrer para os próximos doze meses ou até a data do vencimento do contrato, o que for menor. Concentração de risco de crédito Instrumentos financeiros que potencialmente sujeitam a Sociedade a concentrações de risco de crédito e, consistem, primariamente, de caixa e bancos, aplicações financeiras, cauções contratuais e contas a receber. A Sociedade mantém contas correntes bancárias e aplicações financeiras com instituições financeiras de primeira linha aprovadas pela Administração de acordo com critérios objetivos para diversificação de riscos de crédito. Em 31 de dezembro de 2009 e de 2008, a Sociedade, apresentava valores a receber da empresa CGMP - Centro de Gestão de Meios de Pagamento S.A. de R$ 10.818 e R$ 9.167, respectivamente, decorrentes de receitas de pedágios arrecadadas pelo sistema eletrônico de pagamento de pedágio - “Sem Parar”, registrados na conta “Contas a receber”. A Sociedade possui uma carta de fiança firmada por instituição financeira classificada como de primeira linha (informação não revisada pelos auditores independentes) para garantir a arrecadação do contas a receber com a CGMP. d) Valor contábil e valor justo dos instrumentos financeiros Os valores contábeis dos instrumentos financeiros da Sociedade em 31 de dezembro de 2009 e de 2008 representam o valor justo, uma vez que a natureza e característica das condições contratadas estão refletidas nos saldos contábeis. Os saldos elegíveis são ajustados a valor presente. A Sociedade não opera com instrumentos financeiros derivativos ou outros instrumentos de riscos semelhantes. 22 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. 17. RECONCILIAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Reconciliação do imposto de renda e contribuição social - Os encargos de imposto de renda e contribuição social são reconciliados com as alíquotas vigentes, como seguem: 31/12/2009 31/12/2008 Lucro contábil antes do imposto de renda e da contribuição social Alíquota de imposto de renda e contribuição social Despesa de imposto de renda calculado à alíquota vigente 68.425 34% (23.265) 56.141 34% (19.088) Ajustes para a alíquota efetiva: Imposto de renda e contribuição social sobre juros sobre capital próprio Outros Despesa de imposto de renda e contribuição social 1.828 (3) (21.440) 2.741 (44) (16.391) Despesa de imposto de renda e contribuição social composto por: Corrente Diferido Total (21.599) 159 (21.440) (13.313) (3.078) (16.391) 18. NOVOS PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS EDITADOS EM 2009 E QUE ENTRARÃO EM VIGOR A PARTIR DE 2010 Com o advento da Lei nº 11.638/07, que atualizou a legislação societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas contábeis adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de contabilidade (IFRS), novas normas e pronunciamentos técnicos contábeis vêm sendo expedidos em consonância com os padrões internacionais de contabilidade pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC. Até a data da preparação dessas demonstrações financeiras, 26 novos pronunciamentos técnicos e 12 interpretações técnicas haviam sido emitidos pelo CPC aprovados por Deliberações da CVM, para aplicação mandatória a partir de 2010. Os CPCs e ICPS´s que poderão ser aplicáveis para a Sociedade, considerando-se suas operações, são: CPC Título 20 21 23 24 25 26 27 30 32 33 43 Custos de Empréstimos Demonstração Intermediária Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro Evento Subsequente Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes Apresentação das Demonstrações Contábeis Ativo Imobilizado Receitas Tributos sobre o Lucro Benefícios a Empregados Adoção inicial dos pronunciamentos técnicos CPC 15 ao 40 23 Centrovias Sistemas Rodoviários S.A. ICPC Título 01 03 08 09 10 Contratos de Concessão Aspectos Complementares das Operações de Arrendamento Mercantil Contabilização da Proposta de Pagamento de Dividendos Demonstrações Contábeis Individuais, Demonstrações Separadas, Demonstrações Consolidadas e Aplicação do Método de Equivalência Patrimonial Interpretação sobre a Aplicação Inicial ao Ativo Imobilizado e à Propriedade para Investimento dos Pronunciamentos Técnicos CPCs 27, 28, 37 e 43 Os principais ajustes decorrentes da adoção das novas práticas contábeis estão principalmente relacionados ao ICPC 01 - Contratos de concessão. Esta interpretação orienta as concessionárias sobre a forma de contabilização de concessões de serviços públicos a entidades privadas. Esta Interpretação não trata da contabilização pelos concedentes. Ela se aplica a concessões de serviços públicos a entidades privadas caso: (a) o concedente controle ou regulamente quais serviços o concessionário deve prestar com a infra-estrutura, a quem os serviços devem ser prestados e o seu preço; e (b) o concedente controle - por meio de titularidade, usufruto ou de outra forma - qualquer participação residual significativa na infra-estrutura, ao final do prazo da concessão. Ela se aplica, também: (a) à infra-estrutura construída ou adquirida junto a terceiros pelo concessionário para cumprir o acordo de prestação de serviços; e (b) à infra-estrutura já existente, que o concedente dá acesso ao concessionário para efeitos do acordo de prestação de serviços público. Um ponto que requer especial atenção é uma alteração introduzida por essa interpretação relativa à remuneração do concedente ao concessionário nos casos em que há alguma contra-partida. Por exemplo, se o concessionário presta serviços de construção ou melhoria, a remuneração recebida ou a receber pelo concessionário deve ser registrada como um ativo intangível. Portanto, neste caso, o concessionário reconhece, pelos serviços de construção ou melhoria, um ativo financeiro à medida que tem o direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente, e/ou um ativo intangível, à medida que recebe o direito (autorização) de cobrar dos usuários dos serviços públicos. Em ambos os casos, a contrapartida do ativo é uma receita do período. Esse procedimento altera o atualmente praticado de reconhecer os custos com a prestação de serviços de construção e/ou melhoria como custo do ativo imobilizado, sem reconhecimento de receita por estes serviços públicos. A Administração da Sociedade está analisando os efeitos que os novos pronunciamentos poderiam resultar em suas demonstrações financeiras e nos resultados dos exercícios seguintes. No caso de ajustes decorrentes de adoção das novas práticas contábeis a partir de 1º de janeiro de 2010, a Sociedade avaliará a necessidade de remensurar os efeitos que seriam produzidos em suas demonstrações financeiras de 2009, para fins de comparação. 24 ORÇAMENTO DE CAPITAL A Companhia ainda não aprovou o Orçamento de Capital para o ano de 2010, uma vez que é de competência da Assembléia Ordinária de Acionistas deliberar sobre o balanço do exercício, tal aprovação somente ocorrerá em abril deste ano, nos termos do § 2º do art. 196 da Lei 6.404/96, e alterações posteriores. Desta forma a Companhia deixa de apresentá-lo, de acordo com o disposto na alínea (iv) do artigo 25 da Instrução CVM 480, que estabelece que o emissor deve entregar as DFs à CVM acompanhadas da Proposta de orçamento de capital preparada pela administração, se houver. Após a realização da Assembléia Ordinária de Acionistas, a Companhia apresentará o referido orçamento de Capital à CVM. São Paulo, 08 de fevereiro de 2010. Centrovias S.A. Francisco Leonardo Moura da Costa Diretor Adm. Financeiro e RI Rodovia Washington Luís Km 216,8 – Pista Sul – Itirapina – São Carlos - SP - CEP 13574-970 Telefone (00 55 16) 3363-8300 – Fax (00 55 16) 3363-8300