INFORMATIVO DUTRA CONSULTORES JULHO l 2014 l EDIÇÃO Nº 31 GRUPOS ECONÔMICOS l CONFUSÃO PATRIMONIAL O grupo econômico é formado por um conjunto de sociedades que combinam esforços e recursos para buscar os mesmos objetivos e realizar os mesmos empreendimentos. Além disso, é necessário que exista uma sociedade controladora, que obterá esta posição por meio de posse de ações, ou quotas, ou tenha sido eleita pelas outras sociedades. Já a justiça trabalhista entende que, para que seja caracterizado um grupo econômico, basta que as sociedades sejam administradas pelos mesmos sócios ou gerentes, que o patrimônio e o capital das empresas tenham a mesma origem; que elas partilhem dos mesmos negócios e compartilhem mão de obra. Em qualquer caso, as empresas que pertencem a um grupo econômico devem sempre agir respeitando os seus credores e compromissos, contabilizando correta e individualmente seus A partir do momento em que as sociedades participantes do grupo possuem os mesmos sócios, estão localizadas em um mesmo endereço, ou transferem seu patrimônio de uma para a outra com o intuito de lesar seus credores ou sonegar impostos, poderá ser caracterizada a confusão patrimonial. A confusão geralmente se percebe quando os titulares de uma organização resolvem abrir outra pessoa jurídica apenas para realizar estas manobras, sem haver justificativa econômica de ela existir. A consequência desta confusão é lógica e simples: como as sociedades agem como se seu patrimônio fosse comum, pertencente a todas elas, todas serão responsáveis pelas dívidas das outras. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça entende que, quando há confusão patrimonial entre empresas pertencentes ao mesmo grupo, julga-se que a divisão das empresas é meramente formal, portanto serão tratadas como se fossem uma só. Quando o patrimônio de cada sociedade se mistura, quando sua contabilidade não é individualizada e há transferência de bens entre as sociedades para evitar algum pagamento ou prejuízo contábil, o judiciário entenderá que há confusão patrimonial e declarará que o patrimônio do grupo societário é um só, determinando que todas as sociedades são responsáveis pelo prejuízo causado ao devedor (cliente, pessoa física ou jurídica, fisco, empregado e etc). O mesmo ocorre quando os sócios se aproveitam do patrimônio das sociedades e agem como se este fosse seu. Neste caso, há desconsideração da personalidade jurídica e o sócio que se aproveitou desta confusão terá os seus bens pessoais utilizados para efetuar a quitação de qualquer dívida ou prejuízo dela resultante. Em relação à tributação, quando há confusão patrimonial com o objetivo de diminuir a carga tributária de forma contrária a lei, o judiciário também poderá declarar a confusão patrimonial e determinar que as sociedades ou os sócios arquem com este pagamento. Por estes motivos, é extremamente importante manter a separação e a individualidade das sociedades pertencentes a um grupo econômico e primar pelo respeito das regras societárias e tributárias. Empenhar-se para que cada uma utilize os seus próprios equipamentos, mão de obra, seja responsável por seu lucro e por suas dívidas, para evitar a declaração da confusão patrimonial. [email protected] www.dutraconsultores.com.br DUTRACONSULTORES DUTRACONSULTOR JURÍDICO conglomerado, sendo inaceitável a formação deste conjunto com o intuito de fraudar os credores e/ou o fisco. ativos e seus passivos, obtendo lucro de forma legítima. FRANCINE SCHMITT O grupo econômico – conjunto de diferentes empresas ligadas por propriedade acionária e com decisões estratégicas relacionadas ou por vezes centralizadas - é uma realidade no direito brasileiro. As empresas decidem utilizá-lo como uma estratégia de negócio, como uma maneira de suavizar o seu planejamento tributário ou como uma maneira de blindagem patrimonial. Por ser um “grupo”, um certo compartilhamento de recursos é necessário e aceitável pela fiscalização, no entanto, é preciso tomar cuidado para não ultrapassar este limite da prática que é aceitável e compreendida no funcionamento do Página 1/3 INFORMATIVO DUTRA CONSULTORES JULHO l 2014 l EDIÇÃO Nº 31 O CORPO FALA l A LINGUAGEM CORPORAL NAS NEGOCIAÇÕES Gravidade: em geral, movimentos que desafiam a lei da gravidade, como erguer as sobrancelhas e polegares, pés apontando para cima, cabeça erguida, entre outros, demonstram confiança, surpresa e entusiasmo da outra pessoa; o contrário vale para os sinais opostos. Proteção das partes sensíveis: Quando estiver no meio de uma conversa e o interlocutor fechar ou abotoar o casaco, ou, em caso de mulheres, levar a bolsa até o colo, é um sinal de que a pessoa pode estar desconfortável, frágil ou se sentindo ameaçada com o que acabou de ouvir. Equilíbrio: colocar-se em posições de pouco equilíbrio, como entrelaçar as pernas, pode ser um sinal de conforto e confiança com o assunto, porém a partir do momento em que este sentimento muda, o interlocutor tende a buscar uma posição mais firme, com mais equilíbrio. Estresse: entrelaçar os dedos, tocar a nuca, morder Rapport: é o estado de sintonia entre as partes, favorável para negociações. Procure manter um tom de voz e uma velocidade de fala parecida com a do interlocutor, isso criará essa sintonia. Uma forma curiosa de testar se o rapport foi estabelecido é observar se os movimentos estão espelhados, por exemplo, ao recostar-se na cadeira, caso a outra parte repita o movimento, é provável que a sintonia foi estabelecida. Olhar: quando estamos nos lembrando de algum fato ocorrido, tendemos a olhar para a esquerda, porém, quando o cérebro está criando uma lembrança, tendemos a olhar para a direita. Estes sinais podem ajudar a identificar uma mentira. A linguagem corporal emite sinais importantes para serem observados em negociações, discussões de preços e em outros momentos que dizem respeito ao relacionamento com partes interessadas. Interpretar o que foi dito conjuntamente com os movimentos e sinais emitidos pela pessoa ajuda a confirmar a veracidade da fala. Compreender os sinais da linguagem corporal é algo que requer muita observação e treino, mas com o tempo pode tornar-se uma habilidade inconsciente, como dirigir e andar de bicicleta. É importante ter em mente que cada pessoa pode ter manias ou trejeitos pessoais, que podem confundir o significado dos sinais. Além de tudo, prestar atenção na linguagem corporal pode ajudar a construir negócios realmente bons para ambas as partes, pois se aprende a expressar melhor e identificar os sentimentos das demais partes interessadas. GESTÃO EMPRESARIAL Uma parcela tão grande da comunicação não pode ser deixada de lado na hora de negociar com clientes, fornecedores e colaboradores. A leitura destes sinais é feita pela movimentação do corpo, que ocorre de forma inconsciente, por isso tende a ser mais honesta. Existem algumas dicas que podem ajudar a mapear os sinais da linguagem corporal, porém não são regras inflexíveis, podem mudar em cada pessoa. os lábios, podem significar uma situação de estresse. Por outro lado, quando o interlocutor toca as pontas dos dedos, sorri, mostra o polegar, significa que ele está confortável com o assunto. BRUNA WASEM Algumas vezes nos deparamos com situações inesperadas, desfechos que não compreendemos, como alguma negociação que era esperada mas não deu certo, ou um grande problema gerado por um pequeno mal entendido. Estes desentendimentos podem ser contornados se prestarmos mais atenção na linguagem corporal, além da comunicação verbal: alguns estudos dizem que até 65% da nossa comunicação ocorre por sinais não verbais. AGDI l PROGRAMA GAÚCHO DE CAPITAL INOVADOR O Programa Gaúcho de Capital Inovador recebeu inscrições de 144 empresas inovadoras, startups e empreendedores, candidatos a receber investimentos. A fase agora é de inscrição dos investidores interessados em analisar esses projetos e, quem sabe, ajudar a financiá-los. Os investidores interessados poderão inclusive receber capacitação através de três seminários e terão acesso aos projetos de investimento selecionados pela AGDI, que serão divulgados ao público em novembro. Informe-se e cadastre-se em www.agdi.rs.gov.br. [email protected] www.dutraconsultores.com.br DUTRACONSULTORES DUTRACONSULTOR Página 2/3 INFORMATIVO DUTRA CONSULTORES JULHO l 2014 l EDIÇÃO Nº 31 DUTRA CONSULTORES l O MÉTODO Dutra Consultores é um método de trabalho voltado à qualidade na prestação de serviços. As empresas que adotam o método Dutra Consultores são independentes entre si, mas conseguem atuar conjuntamente em projetos multidisciplinares, a fim de proporcionar soluções integradas, mais abrangentes e seguras aos clientes compartilhados. Através da análise de cada situação por diferentes perspectivas e da interação entre profissionais de diferentes áreas ligadas à gestão da empresa, encontram-se soluções assertivas e resultados eficazes, de forma dinâmica. A missão da Dutra Consultores é “Promover a qualidade na prestação de serviços relacionados à administração de organizações, estabelecendo práticas e políticas a serem adotadas pelos prestadores de serviços para que gerem soluções práticas e inovadoras, levem segurança a seus clientes e aumentem sua rentabilidade, com organização e controle dos processos internos.” PEDAGOGO EMPRESARIAL l ALIADO DO CONHECIMENTO Cabe a este profissional contribuir para mudanças comportamentais nas pessoas que ali atuam, favorecendo os dois lados: o empregado que, quando motivado e tendo o conhecimento necessário para o desenvolvimento de suas atividades, sente-se bem e, com isso, produz mais e melhor, e a empresa que, tendo pessoas qualificadas na prestação dos serviços, obtém melhores resultados e maior lucratividade. A atuação do Pedagogo Empresarial inclui a busca constante de estratégias e metodologias, em todas as áreas do conhecimento, em acordo com os propósitos da empresa. Esta função acontece no âmbito da qualificação, da produção e construção de saberes funcionais, visando produzir, construir e fortalecer (atualizar) o conhecimento (prático e teórico) de cada funcionário em todos os setores, adequando, e s t r u t u ra n d o, t r e i n a n d o e d e s e nvo l ve n d o capacidades coletivas e individuais. Em parceria com a Gestão de Pessoas (Recursos O Pedagogo Empresarial é um facilitador nas relações empregador-empregado, dando suporte no desenvolvimento das capacidades, ministrando conhecimentos por meio de treinamentos e capacitação contínua, minimizando inclusive custos operacionais, reduzindo a rotatividade dos e m p r e g a d o s , m o t i va n d o - o s p a ra e s t a r e m constantemente em busca de capacitação, dentro e fora da empresa, e atuando como um articulador, gerenciando conhecimentos que possam estar de acordo com os interesses da empresa, que favoreçam e conciliem os interesses de ambas as partes. O empresário investe na formação de seus empregados e tem na pessoa do Pedagogo Empresarial o suporte específico para potencializar o desempenho de cada indivíduo nos programas de capacitação da empresa. O conhecimento, então, tende a resultar em maior produtividade e eficiência operacional, o que trará à empresa melhoria de seu desempenho global. [email protected] www.dutraconsultores.com.br DUTRACONSULTORES DUTRACONSULTOR DEPTO. PESSOAL O Pedagogo Empresarial surge como uma ferramenta para o desenvolvimento nas empresas, como auxiliar no relacionamento interpessoal, pois qualifica os envolvidos e impacta na produtividade e na qualidade dos serviços prestados. Humanos), cabe ao Pedagogo Empresarial o levantamento e o conhecimento de cada empregado. Isso possibilitará incluí-lo em projetos de constante capacitação. Essa atuação, sempre que possível, deve ser feita em conjunto com outros profissionais da empresa, tais como psicólogos, gestores e profissionais de áreas relacionadas, agregando valores e conhecimentos para enriquecer um projeto e/ou programa educacional. RENATA ANTUNES A Pedagogia tem como objetivo principal contribuir para o processo de aprendizagem dos indivíduos, através da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos, constantemente à procura de estratégias e métodos que auxiliem na aprendizagem e gerem mudanças no comportamento das pessoas, para a melhoria na qualidade de vida pessoal e profissional. Página 3/3