CASE DE SUCESSO
“de servidor a consultor
previdenciário”
Nesta edição de lançamento do CASES DE
SUCESSO, nosso entrevistado é Mário Luiz Brunhara, 45
anos, graduado em História e estudante de Direito da
Faculdade de Direito de Franca-SP. Servidor público há
mais e 22 anos, foi professor de história e filosofia, como
também escriturário em uma empresa de máquinas e
equipamentos agrícolas e hoje, é consultor previdenciário e
palestrante sobre assuntos da área.
Em razão de seu trabalho na Câmara Municipal de
Morro Agudo município em que reside hoje acompanhou
de perto a elaboração do Projeto de Lei que deu origem ao
Fundo de Previdência de Morro Agudo em 1992. No ano de
1998 foi escolhido como conselheiro do então Fundo de
Previdência, o que lhe proporcionou, a partir daí, atuar
como conselheiro ou então membro do Conselho Fiscal.
Dente suas ações, contribuiu na transformação do Fundo
Municipal em uma autarquia.
Participou do projeto da concepção de um
software para a gestão previdenciária da Four Info, o
PROGETEC Programa de Gerenciamento de Tempo de
Contribuição que já é utilizado por mais de 50 Institutos de
Previdência Municipal, contemplando atualmente cerca
de três estados brasileiros.
Four Info: O que você diz sobre a estrutura de trabalho dos
institutos? A maioria dispõe de uma boa estrutura?
Mário: A situação dos institutos é muito dispare.
Independente do tamanho e capacidade econômica dos
municípios há institutos bem estruturados e com pessoas com
competência e seriedade na administração. Já em outros,
infelizmente, não há estrutura e nem pessoal qualificado.
Acredito que as principais dificuldades sejam: falta
de pessoal capacidade para gerir o instituto, falta de um local
de trabalho adequado, pouco interesse dos administradores
locais pelos institutos de previdência, a falta de instrumentos
de gestão que possibilite a tomadas de decisões rápidas e
acertadas (ex.: softwares que garantam informações precisas e
confiáveis), a falta de dados confiáveis que possam
demonstrar ao servidor sua vida funcional (tempo de
contribuição para o instituto e também fora dele, qual o valor
de sua contribuição, etc.) e seus direitos daí decorrentes. São
muitos problemas que podem ser revolvidos, mas poucos
deles conseguem êxito em curto prazo.
Confira, abaixo, um bate-papo
com nosso entrevistado.
Four Info: Muitos servidores só tomam conhecimento do
trabalho dos institutos apenas quando necessitam dele.
Qual o papel e a importância das entidades/institutos de
previdência para os servidores?
Mário: Os institutos e fundos de previdência administram
“o futuro” dos servidores e de sua família. Os recursos
administrados pelos institutos que garantirão o sustento
do servidor e de sua família quando obtiverem a concessão
de qualquer benefício previdenciário, seja a
aposentadoria, que é permanente, ou mesmo um benefício
transitório como o auxílio doença.
Four Info: O que os servidores podem esperar desses
institutos?
Mário: Podem esperar e devem exigir uma administração
transparente que defenda os interesses dos servidores e de
seus benefícios. Também que os institutos lhes orientem
sobre os seus direitos a benefícios previdenciários tipo:
qual a melhor opção? Quais as conseqüências de cada uma
das opções que o servidor decidir? Isso é essencial no
trabalho dos institutos de previdência, uma vez que são
poucas as pessoas que têm conhecimentos previdenciários
e que podem orientar o servidor a tomar decisões tão
importantes quanto àquela de se aposentar ou não.
Mário Luiz em palestra com auditório lotado na cidade de Morro Agudo/SP.
Four Info: E os servidores? Como podem participar e ajudar
os institutos a desenvolverem um bom trabalho?
Mário: O servidor deve e pode participar direta ou
indiretamente da administração de seu instituto. A primeira e
mais simples providência é verificar como está o seu cadastro
junto ao instituto, se o instituo não tiver esse seu cadastro,
exigir que o faça, pois é ele a base de tudo. Se já possuir um
cadastro mantê-lo sempre atualizado, informando qualquer
alteração que se passe em sua vida pessoal ou profissional,
como por exemplo: casamento, nascimento de filhos,
mudança de endereço, de local de trabalho, de cargo,
afastamentos, alterações salariais, perda da qualidade de
dependente, etc.
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CASE DE SUCESSO
Por outro lado, também pode acompanhar a
administração do instituto, pedindo informações,
acompanhando balancetes e tudo mais. Nos institutos cuja
diretoria é escolhida por eleição entre os servidores, indico
escolherem pessoas que tenham um perfil honesto, afinal
administrará milhões de reais, e que também tenham
condições de administrar bem o instituto. Se no instituo os
cargos são por indicação, acompanhar esta gestão, exigir
transparência e seriedade sempre.
Four Info: A informatização dos institutos
previdenciários melhorou no cálculo das aposentadorias
significativamente. E os softwares? Deram mais
agilidade, precisão e segurança ao servidor no cálculo de
sua aposentadoria ou outros benefícios?
Mário: Penso que sem os softwares não seja possível dar ao
servidor uma informação precisa e confiável. Eles foram a
grande diferença na confiabilidade das informações.
Acredito que o principal papel dos softwares
previdenciários é, além da agilidade, a precisão da
informação. Quais as opções que ele terá, qual a forma de
reajuste, se há outras regras que ele possa ser aposentado,
quando esta aposentadoria se dará, qual o valor inicial do
seu benefício, etc. Esses softwares também são
instrumentos valiosos na elaboração de cálculos atuariais
que definem o perfil econômico das contribuições para os
institutos e que para serem confiáveis precisam de dados
atualizados que possam refletir o momento do instituto.
“Os softwares precisam
oferecer ao servidor
todas as informações
de como, principalmente
quando e quanto será
concedido a ele em
sua aposentadoria. “
“...O DESAFIO SERÁ EM COMO GARANTIR
OS BENEFÍCIOS ATUAIS E FUTUROS COM
UMA POPULAÇÃO QUE VIVE CADA VEZ
MAIS E TAMBÉM CONTA COM CADA
VEZ MENOS MÃO-DE-OBRA...”
Four Info: Como você enxerga o Brasil na área
previdenciária?
Mário: É uma área promissora e que também desafia todos
aqueles que nela trabalham. Atualmente, com as exigências
da legislação previdenciária em especial da Federal, há a
necessidade de pessoas cada vez mais preparadas. É provável
que ainda haverá muitas mudanças na legislação,
principalmente quanto às regras do regime geral (INSS).
Vejo também o interesse e uma profissionalização
crescente daqueles que trabalham nos institutos. Acredito
também que os regimes próprios serão instrumentos de
crescimento do país em razão do grande volume de recursos
que devem crescer ano a ano e ser direta ou indiretamente
aplicados na economia do país.
Four Info: O que você espera de nossa previdência para os
próximos anos?
Mário: Ainda haverá mudanças na legislação em razão dos
déficits e da má gestão no passado. Também em razão do
aumento da expectativa de vida da população haverá sempre
a necessidade de se rever a concessão de aposentadorias
principalmente.
Por outro lado o desafio será em como garantir os
benefícios atuais e futuros com uma população que vive cada
vez mais e também conta com cada vez menos mão-de-obra
para suportar as aposentadorias já concedidas. Sob o aspecto
da gestão, vejo que cada vez mais haverá espaço para pessoas
com capacidade técnica para gerir os institutos quer sob a
ótica da legislação quer sob a da administração de recursos,
em razão do grande volume dos mesmos.
MÁRIO LUIZ BRUNHARA,
consultor previdêciário da
Four Info - Desenvolvimento
de Software há quase 10 anos.
Entre em contato com a Four Info e
saiba como o PROGETEC tem facilitado
a rotina dos institutos de previdência.
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