Pró-Reitoria de Graduação Curso de Pedagogia Trabalho de Conclusão de Curso O PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO RIACHO FUNDO I Autora: Suedma Rodrigues Bandeira Orientadora: Drª. Lêda Gonçalves de Freitas Brasília-DF 2011 SUEDMA RODRIGUES BANDEIRA O PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO RIACHO FUNDO I Artigo apresentado ao curso de graduação em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciada em Pedagogia. Orientadora: Profª. Drª Lêda Gonçalves de Freitas Brasília 2011 Artigo de autoria de Suedma Rodrigues Bandeira, intitulado “O PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS PÚBLICAS DO RIACHO FUNDO I”, apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília, em 08 de Junho de 2011, defendido e aprovado pela banca examinadora abaixo assinada: ______________________________________________________________________ Profª. Drª. Lêda Gonçalves de Freitas Pedagogia – UCB ___________________________________________________________________________ Profª. MSc. Deliene Lopes Pedagogia - UCB Brasília 2011 AGRADECIMENTO Em primeiro lugar a Deus pela dádiva da vida; A minha mãe Ana Rodrigues Chaveiro pela dedicação; ao meu esposo e filha, Alessandro Marçal Bandeira e Gabriella Rodrigues Bandeira, pelo incentivo, companheirismo nos momentos de tristeza e alegria nessa caminhada em busca de um sonho que está se concretizando; aos meus irmãos, Merson Rodrigues Gomes, Ystênia Rodrigues Gomes da Silva e Divina Rodrigues chaveiro, por fazerem partes da minha vida e poderem acompanhar o meu crescimento como pessoa, profissional; aos meus mestres com carinho, que contribuíram para a construção do meu processo de ensino e aprendizagem. 4 O PROCESSO DE INCLUSÃO DE CRIANÇAS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS DO RIACHO FUNDO I Suedma Rodrigues Bandeira1 Resumo: Esse estudo analisou o processo de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas escolas do Riacho Fundo I. O referencial teórico traz uma retrospectiva dos caminhos percorridos pela a inclusão, o processo de inclusão das crianças com necessidades educativas especiais nas escolas regulares, desde primórdios, até chegar os tempos atuais; os movimentos que se fizeram presente na luta a favor da inclusão; e os documentos oficiais que amparam o direito das crianças com NEE. Esse estudo utilizou a pesquisa qualitativa, sendo o questionário o instrumento de coleta de dados. Participaram da pesquisa 18 professores da rede pública do DF. Os resultados foram organizados em três categorias: Perfil dos respondentes; com idade entre 31 e 49 anos, todos com ensino superior completo, atuam em turmas inclusivas entre 3 meses a 10 anos. O processo de inclusão escolar nas escolas pesquisadas acontece de forma precária, porque falta apoio, recursos e suporte, contrariando a legislação. Em relação à formação dos professores para atuar na inclusão, os pesquisados demonstraram despreparo para acolher essas crianças devido a sua capacitação. Desse modo, a inclusão escolar caminha num processo lento, pois demanda cuidados por parte do poder público, das escolas, dos professores e das famílias. Para que seja efetivada, de fato, a inclusão das crianças com necessidades educativas especiais no espaço escolar faz-se necessário a criação das condições necessárias para o seu pleno desenvolvimento. Palavras-chave: Crianças. Inclusão Escolar. Políticas Públicas. 1 INTRODUÇÃO O foco deste estudo é o processo de inclusão escolar de crianças com necessidades educativas especiais (NEE) na rede pública de ensino do Riacho Fundo I, região administrativa do Distrito Federal. O interesse em pesquisar sobre o tema inclusão partiu de um trabalho acadêmico que teve como objetivo aplicar um questionário de anamnese com familiares de uma criança com necessidades Graduanda do curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade Católica de Brasília (UCB). [email protected] 1 5 educativas especiais. A escolha foi com uma criança que possui síndrome de Down. Em vista disso, interessei-me sobre o tema inclusão escolar. Desse modo, iniciei uma visita constante em escolas públicas ao longo do curso para realizações de trabalhos acadêmicos e a observar as crianças com necessidades educativas especiais, as suas limitações, as suas dificuldades encontradas no espaço escolar, a questão da acessibilidade na escola para recebêlas, o acompanhamento dos pais no processo de ensino-aprendizagem, o compromisso dos professores e da direção com essas crianças. Essas observações no âmbito escolar levaram-me a pesquisar sobre a inclusão escolar. Percebe-se que não basta somente incluir os estudantes com NEE em escolas regulares de ensino, mas assegurar-lhes que tenham qualidade na educação ofertada. A inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais no espaço escolar deve garantir ao o indivíduo respeito e dignidade. Segundo Alves (2003), os alunos com necessidades educativas especiais devem ser acompanhadas por profissionais capacitados que ajudarão no seu pleno desenvolvimento. Portanto, o fundamental é que esses estudantes sejam apoiadas e que não sofram preconceito da coletividade, porque o preconceito pode agravar as dificuldades. A efetivação da inclusão nas escolas exige a superação de vários obstáculos. Por exemplo: adaptação dos estabelecimentos de ensino ao aluno com NEE, desse modo, os estabelecimentos deveriam ter mobília adequada para atender as crianças com diversas necessidades; material didático apropriado para atender esse discente; adaptação do currículo ao aluno com NEE; capacitação dos profissionais da escola para lidar com diferentes problemáticas e situações; os estudantes e a sociedade devem aprender a conviver com essas diferenças, respeitando-as e convivendo harmonicamente com elas. A inclusão não deve limitar-se na inserção das crianças especiais na escola regular, mas garantir-lhes as condições necessárias para que consigam interagir com outras crianças e desenvolver suas potencialidades. Segundo Cardoso (2004), o processo inclusivo expressa uma verdadeira revolução no espaço escolar, 6 tornando as escolas um lugar mais democrático, onde a diversidade encontrada leva ir além do limite da integração atingindo a inclusão escolar. Este estudo tem seu ponto de partida na seguinte problemática: Como está o processo de inclusão escolar de crianças com necessidades educativas especiais do Riacho Fundo I? Para pesquisar sobre essa questão, foi definido como objetivo geral analisar o processo de inclusão de crianças com necessidades educativas especiais nas escolas do Riacho Fundo I. Especificamente, busca-se investigar como o Estado envolveu a comunidade escolar no processo de inclusão; analisar que contribuições a inclusão traz para os estudantes e identificar o processo da formação dos professores para atuarem com turmas inclusivas. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 INCLUSÃO ESCOLAR Neste tópico, será apresentado um breve histórico da inclusão escolar no Brasil e sua compreensão no atual contexto. A história da educação especial iniciou-se com profissionais da área da educação e da saúde no século XVI. Esses profissionais que estavam na ativa atuando em suas áreas, preocupavam-se com crianças e jovens com NEE, porque mantinham contatos constantes com eles. Assim, esses especialistas desenvolveram seus estudos através das observações realizadas com essas crianças e jovens com NEE, pois eles próprios eram professores dessas crianças e jovens, considerados diferentes dos demais e fora dos padrões pré-estabelecidos pela sociedade e acreditavam que poderiam educá-los. Naquele tempo, o direito a educação era privilégio da classe dominante economicamente. Em vista disso, a educação era privilégio dessa classe social. Portanto, as crianças e jovens com NEE que não pertenciam à classe dominante ficavam sem ter o acesso à instrução. Nessa época, as crianças e os jovens com NEE eram internadas em instituições como: asilos e manicômios para tratamentos que usava medicamentos para contê-las ou apenas para escondê-las da sociedade, porque havia crença que 7 essas pessoas eram más, devido aos comportamentos atípicos. Assim isolados e separados dos demais cidadãos, essa sociedade acreditava que estaria bem cuidada e em segurança. Essa era a convicção da sociedade daquela época. Portanto, por escassez de experiências que trouxessem progresso nesse campo de estudo, esse século XVI trouxe apenas isolamento e marginalização dessas crianças e jovens com deficiência. Segundo Mendes (2006), emergiram as classes especiais nas escolas regulares no século XIX, assim os alunos com NEE eram encaminhados a essas classes, pois as classes do ensino regular eram incapazes de atender as demandas desse tipo de aluno com NEE. Entretanto, Mendes (2006) aponta que o acesso à educação para crianças e jovens com NEE vai sendo lentamente conquistado, na medida em que vão se ampliando oportunidades educacionais para a população. Intensificaram os movimentos sociais pelos direitos humanos na década de 1960, esse movimento tinha o objetivo de sensibilizar e conscientizar a sociedade sobre o prejuízo da marginalização, da segregação de indivíduos, de grupos com status minoritários, tornando a prática intolerável a qualquer tipo de preconceito e discriminação. O movimento consolidou uma espécie de base moral para a proposta de integração, sob a discursão do que todas as crianças e jovens com necessidades educativas especiais teriam o mesmo direito em programas e atividades que antes atendiam só a crianças tidas como normais perante a sociedade, dessa forma abrange a todas, acolhendo-as sem distinção de qualquer espécie. De acordo com a visão de Mendes (2006), os movimentos sociais eram constituídos por grupos organizados de pessoas com deficiência, pais, profissionais que se preocupavam com essas classes minoritárias, tidas a margem da sociedade e lutavam pela a integração fazendo pressão ao governo. Logo, surge o princípio de normalização sendo disseminado na América do Norte e na Europa, que tinha como escopo que todas as pessoas com necessidades educativas especiais teriam os mesmo direitos e oportunidades, foi um princípio bastante censurado, pois era confundido como normalizar pessoas, mas não era o objetivo do princípio que era de apreciação dos projetos, programas, destinados as pessoas com NEE, sendo por final avaliado o que deu certo e errado para serem modificados adaptando-as as necessidades de cada indivíduo. 8 Como retratado por Mendes (2006) na década de 70, houve uma mudança de paradigma levando as instituições de ensino regular a receberem as crianças e jovens com necessidades educativas especiais, no mesmo espaço das outras crianças. Na década de 80, essa filosofia de inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais em escolas regulares de ensino foi sendo difundida em toda a esfera mundial, proporcionando debates de estudiosos pelo mundo inteiro a favor da inclusão escolar nas escolas comuns de ensino. Na década de 90, o termo inclusão foi substituindo a palavra integração resultando em educação inclusiva que centraliza na escola, subtendendo-se a inserção de todas as crianças e jovens com NEE nas escolas regulares de ensino e interagindo com as outras crianças. Os termos tiveram fortes influências Norte Americanas. No final do século XX, a inclusão se torna um paradigma para ser adotada por todos. No ano de 1992, estabeleceu-se o dia 3 de dezembro para comemorar e conscientizar a sociedade, procurando gerar compromissos e ações a favor das pessoas com NEE. Com a implantação do Ministério da Educação (MEC) em 1970, houve um avanço no que cerne a educação brasileira no país, pois o órgão destina verbas para melhorias na educação, fiscaliza, regulamenta cursos, desenvolvem programas, projetos e capacitam profissionais para atuarem junto à educação em benfeitorias. O problema é que o órgão tenta equiparar a educação em todas as regiões, tornando um modelo padrão em todos os cantos do país, mas esbarra em alguns obstáculos como: má formação de professores, economia da região que é precária, a cultura que difere em cada região e etc. Contudo, todos esses fatores levantados, influenciam na educação e em sua qualidade. Para Alves (2003), a escola inclusiva tem que se preocupar com o desenvolvimento físico e mental dos estudantes com NEE, procurando trabalhar suas habilidades corporais, sociais, a fim de desenvolver sua autonomia, despertando o interesse e lhe proporcionando a aprendizagem adequada. As atividades desenvolvidas nas escolas tem que ter início, meio e fim, pois eles necessitam de rotinas para melhorar na sua organização espacial, mental e social. Desse modo, dando condições de descobrir o seu gosto, oferecendo a sensação de conforto, alegria, diversão, pois só ha aprendizagem sistematizada, se der significados a elas. 9 A sociedade precisa se conscientizar que todos podem contribuir para a inclusão de crianças e jovens com necessidades educativas especiais em escolas regulares de ensino, entretanto é preciso termos subsídios, para que possamos auxiliar esses indivíduos nesses ambientes, para que eles possam desenvolver suas habilidades e capacidade. “O que não podemos esquecer é que qualquer profissional tem a condição de realizar alguma coisa para incluir o indivíduo conforme sua capacidade, e ritmo e função” (ALVES, 2003, p. 37). Segundo ALVES (2003), temos que ressaltar a importância do planejamento nos procedimentos adotados pela escola para o desenvolvimento do processo de aprendizagem das crianças com necessidades educativas especiais. Um aspecto de suma importância é: capacitar os profissionais da educação para lidar com essa clientela, não somente professores, mas todos aqueles que fazem parte da equipe de funcionários da escola. “Está preparação, com todos os profissionais serve para promover o progresso no sentido do estabelecimento de escolas inclusivas” (ALVES, 2003, p.46). Em continuidade a essa visão ALVES (2003), pontua que o empenho na educação especial é o reflexo do interesse da sociedade, pois antes de fazer educação inclusiva deve se fazer a inclusão social, ou seja, tem que haver um trabalho com a sociedade, a comunidade escolar e o educador para fazer a inclusão social antes de tudo, estabelecendo programas, projetos educacionais, parcerias, ofertando aos indivíduos especiais, através de atitudes gerais e compreensão da sociedade oportunidades futuras bem sucedidas, porque assim a sociedade estará preparada para aceitar o diferente, isso acontecendo à escola estará pronta para aceitar outra responsabilidade importante. Assim, para Enumo (2005), as escolas devem se transformar, rompendo com o modelo tradicional de ensino e adaptando-se com as características dos alunos para o processo de inclusão, assegurando-lhes o atendimento de acordo com as suas necessidades, entretanto essas crianças encontram barreiras a começar pelo diagnóstico das dificuldades de aprendizagem. Segundo a autora, se faz presente à avaliação assistida através do atendimento pedagógico e psicológico, que auxiliaria os professores em suas práticas pedagógicas, a fim de mudar o pensamento dos educadores quanto à capacidade de aprendizagem dessas crianças, também 10 levanta a questão da falta de capacitação dos profissionais para lidar com a problemática, pois quanto mais qualificado se torna o profissional, mais será a qualidade do ensino ofertado por esses profissionais as crianças com NEE. De acordo com Pletsch, Fontes e Glat (2006), a importância da capacitação dos profissionais para oferecer uma educação de qualidade a todos os educandos, apontam os princípios que orientam a inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no contexto escolar. Por exemplo: a inserção desses alunos no contexto escolar tirando os do isolamento, dando condições de socializar, participar com outras crianças das atividades pré-estabelecidas pela escola e levando-o ao desenvolvimento da aprendizagem. Conforme Pletsch, Fontes e Glat (2006), a inclusão escolar só acontecerá de fato, se os estudantes com necessidades educativas especiais estiverem dentro das escolas e participando do processo de aprendizagem com base na interação com o outro e na sua própria construção de conhecimento, que vai adiante da concepção defendida só pela socialização desses estudantes no âmbito escolar, ou seja, não basta só inclui-los no espaço escolar tem que dar suporte para que consigam se desenvolverem plenamente. Em vista disso, percebemos que a história da educação especial vem tendo avanços, mas ainda há muito a ser feito. Como: quebrar os preconceitos, capacitar os profissionais, equipar as escolas e envolver os pais no processo educativo de crianças com necessidades educativas especiais. 2.2 POLÍTICAS PÚBLICAS PARA INCLUSÃO ESCOLAR Neste item, são destacados os documentos oficiais que organiza a educação inclusiva no Brasil. A Carta Magna Título I Dos Princípios Fundamentais, Inciso IV, propõe promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Na Seção IV da Assistência Social, no artigo 203, Inciso IV, trata da habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária. O Capítulo III, Da Educação, da Cultura e do Desporto artigo 205 diz: a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 11 desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O artigo 206, Inciso I, dispõe da igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, Art. 208, Inciso III, preconiza que o dever do Estado com a Educação levará a efeito a garantia de atendimento educacional especializado às pessoas com deficiências, de preferência no ensino regular. Assim sendo, o atendimento às pessoas com deficiência afastase da visão de caridade ou assistência social para a dimensão dos direitos humanos. Logo, as pessoas com necessidades educativas especiais são sujeitos de direitos. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases) destina um capítulo à educação especial. O artigo 58 da LDB dispõe da oferta de matrícula, sendo, preferencialmente nas escolas regulares de ensino aos estudantes com necessidades educativas especiais. No parágrafo 1º do artigo 58, traz a importância do serviço especializado dentro da escola regular, com objetivo de atender sempre que necessário esses estudantes com NEE em suas peculiaridades. O artigo 59 menciona sobre a necessidade de métodos, técnicas, recursos educativos e currículos adaptados para proporcionar o desenvolvimento da aprendizagem às crianças deficientes. O referido artigo refere-se também à capacitação dos professores do ensino regular. Em 1999, o Decreto nº 3.298, que regulamenta a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção e direitos individuais e sociais das pessoas com NEE. No capítulo IV, artigo 7º, referente aos objetivos da Política Nacional para integração das pessoas com deficiências, o Inciso I discorre sobre o acesso e a permanência das pessoas com deficiência em todos os serviços ofertados a sociedade. Os Incisos, III, IV tratam da importância de desenvolver programas e formação de recursos humanos para atender as necessidades dessas pessoas com deficiências em suas particularidades de modo a suprir suas necessidades. Em 2001, foi sancionada a Lei 10.172/2001 que aprova o Plano Nacional de Educação – PNE. Este documento indica que a educação especial deve ser promovida nos diferentes níveis de ensino e garantida vagas no ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência. 12 A Lei nº 10.436/2002 reconhece a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS como meio legal de comunicação e expressão, onde a comunidade surda no Brasil tem seus direitos reconhecidos e que a LIBRAS seja integrada nos currículos dos cursos de formação dos profissionais na área de Educação e Saúde. O governo do Distrito Federal sancionou em 05 de novembro de 2003 a Lei nº 3.218, que determina a universalização da Educação Inclusiva nas escolas da rede pública de ensino no Distrito Federal, com o objetivo de integrar as crianças com necessidades educativas especiais no âmbito escolar, respeitando suas diferenças e atendendo suas necessidades. Para isso, estabeleceu prazos para que as escolas fizessem adaptações físicas e pedagógicas para o atendimento desses alunos, até que sejam atingidas 100% das instituições de ensino públicas do DF. Em 2003, foi implementado pelo MEC o Programa de Educação Inclusiva que tem como foco o Direito a Diversidade. Busca-se difundir a política de educação inclusiva, sensibilizando e envolvendo a sociedade e a escola. O cerne que fundamenta o programa é o de garantir o direito dos alunos com necessidades educativas especiais ao livre acesso nas escolas da rede regular de ensino pública com qualidade. A ONU adotou a Convenção sobre Direitos das Pessoas com Deficiência em 2006. Este documento tem como propósito certificar o acompanhamento e tornar efetivas, as obrigações que o Estado tem com as pessoas com deficiência, promovendo a inserção dessas pessoas na sociedade e reconhecendo seus direitos como cidadãs de bem. O objetivo central da convenção, a qual o Brasil tornou-se signatário em 2007 é promover, defender e garantir os direitos e a dignidade das pessoas com deficiências proporcionando-lhes qualidade de vida, acesso de bens e serviços, espaço para conquista da cidadania, construindo a democracia onde todos têm os mesmos direitos e deveres. A Declaração de Salamanca (1994) é considerada um marco na história da educação especial, sendo aprovada na conferência mundial na Espanha na cidade de Salamanca com representantes de várias nacionalidades e organizações internacionais, tendo como objetivo principal, de promover a Educação para Todos. O documento reafirmou que as crianças com necessidades especiais devem ser assistidas dentro do sistema comum de ensino, concedendo-lhes os mesmos direitos das outras crianças. Nessa conferência, foram pensadas políticas e práticas que atendam as crianças com necessidades educativas especiais, sendo definidas 13 metas para os países alcançarem e no ano de 2010 teve uma revisão da declaração com o objetivo de rever o que deu certo e errado. As condições necessárias para uma pessoa com NEE ir e vir não era proporcionado condições adequadas, no entanto com a criação de leis específicas esses direitos de ir e vir começou a tornar-se possível, pois se criou condições de acessibilidade a essas pessoas com NEE. Alguns direitos garantidos por esses documentos oficiais são: de estudarem nas mesmas escolas do que as demais crianças; de participarem de quaisquer atividades com outros cidadãos. Em vista disto, o exercício de sua cidadania estará garantido. 3 METODOLOGIA A pesquisa utilizada neste artigo foi à qualitativa. Segundo Goldenberg (2007), esta pesquisa se preocupa com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, seja em uma empresa, escola e etc. Este estudo possui caráter exploratório e descritivo, porque procura compreender a percepção das pessoas frente a uma temática. A coleta de dados ocorreu em duas escolas públicas do Distrito Federal em uma região administrativa do Distrito Federal no Riacho Fundo I. A primeira escola participante foi a Escola Classe 01 situada na QS 04 Área Especial 02/04, lote A. Oferta o Ensino Fundamental Fase I (1º ao 5º ano). Essa escola tem 34 turmas, sendo 17 no turno matutino e 17 no turno vespertino. A segunda escola participante foi o Centro de Educação Telebrasília. Essa escola oferece a modalidade de Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano, sendo que no matutino há 22 turmas do 1º ao 5º. Utilizou-se o questionário como instrumento para a coleta dos dados. De acordo com Goldenberg (2007, p.86) as questões devem ser enunciadas de forma clara e objetiva, sem induzir e confundir, tentando abranger diferentes pontos de vista. Foi aproveitado o espaço do estágio supervisionado para aplicação dos questionários na Escola Classe I. Alguns professores demonstraram muita resistência para responder aos questionários. Foram distribuídos vinte instrumentos e retornaram dez. No Centro de Ensino Telebrasília, houve apenas uma visita na coordenação coletiva dos professores, através da carta de apresentação emitida 14 pela UCB, a grande maioria dos professores que se encontravam naquele momento apresentava receptividade, respondendo o questionário na hora solicitada. A estratégia utilizada para a análise dos questionários foi organização e interpretação dos dados, conforme os objetivos da pesquisa. Sendo assim, os dados foram organizados em três categorias: a) Perfil dos respondentes; b) O processo de inclusão escolar; c) Formação dos professores. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 PERFIL DOS RESPONDENTES Responderam o questionário dezoito professores, sendo dez da Escola Classe 01 e oito do Centro de Ensino Telebrasília. A Escola Classe 01 oferta o Ensino Fundamental, 1ª Etapa, 1º ao 5º ano. O Centro de Ensino Telebrasília oferece o Ensino Fundamental do 1º ao 9º ano. Todos os professores pesquisados são do Ensino Fundamental Primeira Etapa. Do total de dezoito docentes, seis nunca receberam estudantes com deficiências. Cabe destacar que as escolas são inclusivas, mas há professores que não trabalham com estudantes com necessidades educativas especiais. A idade dos professores está entre 31 e 49 anos. Dois professores são do sexo masculino e os demais do sexo feminino. A grande maioria dos professores são casados, sendo nove casados, cinco solteiros, dois divorciados, um viúvo e um outros. Todos os professores participantes tem ensino superior completo. Somente quatro não tem pós-graduação na área de educação. Este dado revela que os professores no DF apresentam uma formação satisfatória para exercer a função na docência. Quanto ao tempo de atuação na educação inclusiva, observa-se que doze professores que realmente recebem estudantes com NEE, dois atuam a mais de 10 anos com turmas inclusivas, cinco atuam entre 5 e 10 anos e cinco entre 3 meses e 4 anos. Pode-se afirmar, portanto, que os professores estudados apresentam razoável experiência com turmas inclusivas. 15 4.2. O PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR Os dados da pesquisa revelam que a inclusão no Riacho Fundo I acontece de forma precária. Segundo os professores pesquisados a inclusão é insatisfatória, porque o suporte para o trabalho do professor e para o estudante ainda não está conforme indica a legislação. Os professores queixam da falta de monitores para o apoio em sala. Segundo eles, falta espaço físico adequado para as adaptações necessárias à locomoção dos estudantes, ou seja, nas escolas estudadas não há salas adaptadas às demandas dos estudantes. Para ilustrar, destaca-se a seguinte afirmação de um dos respondentes: “As crianças de fato são incluídas, mas só acontece isso. Não vejo um bom suporte para as crianças e nem para o professor regente. O termo inclusão é muito bonito, mas a secretaria, como um todo, deixa muito a desejar”. Outra indagação que surgiu nos questionários diz respeito às questões pedagógicas. Segundo os participantes, os recursos didáticos não são suficientes para atender às necessidades dos estudantes. A afirmação que segue exemplifica: “Administrativamente ela funciona, porém no aspecto pedagógico deixa a desejar”. Os resultados mostram que um dos aspectos que dificulta a inclusão escolar no Riacho Fundo I é a falta de apoio do Sistema Educacional. Segundo os professores, a inclusão escolar foi imposta pela Secretaria de Educação sendo constatada pela lei 3.218 e promulgada pelo o governo a inclusão escolar nas escolas do DF. Há ausência de orientações para os professores desempenharem melhor as suas funções na inclusão escolar. O texto a seguir reforça esta asserção: “É uma proposta boa, mas teria que ter mais apoio por parte do Sistema e sempre orientações para que possamos cada vez melhorar o nosso rendimento em sala de aula”. Um elemento recorrente na escrita dos professores é a formação insuficiente para atuar na área. De acordo com os respondentes, os professores devem ser bem orientados e preparados para atuarem na inclusão. Há um esforço solitário dos professores para dá conta das adversidades da inclusão, o que causa frustração e até problemas de saúde. A afirmação que prossegue válida o que foi apresentado: “Os professores não estão preparados para a inclusão, os alunos e a família não foram preparados para essa nova realidade, não temos dependências adequadas para receber novos alunos, o número de alunos por turma e muito grande”. Com 16 estes dados nota-se que o processo de inclusão escolar no Riacho Fundo I ainda tem um longo caminho a ser percorrido. Com estes, observa-se que o processo de inclusão escolar no Riacho Fundo I ainda tem um longo caminho a ser trilhado. A LDB, artigo 58, indica a necessidade de apoio especializado às escolas para o atendimento das crianças com NEE. A Constituição Federal afirma que o Estado garantirá o atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência. A Convenção de direitos humanos das pessoas com deficiência levanta a questão da democracia onde todos têm seus direitos assegurados independente de ter deficiência ou não. Observa-se que a realidade das escolas do Riacho Fundo I está inadequada as sugestões dos documentos oficiais. 4.3. FORMAÇÃO DOS PROFESSORES De acordo com as respostas obtidas pelos questionários, os professores informam que realizam cursos oferecidos pela Secretária de Educação e também por instituições particulares. Os professores alegam participar de palestras, encontros pedagógicos e estudos constantes para se inteirar sobre o assunto. Cabe destacar que os professores pesquisados corroboram que a formação também ocorre no dia-a-dia do trabalho com crianças deficientes. Os respondentes mencionam que o apoio recebido para estudar provém da direção da escola, dos orientadores que direcionam os professores sobre como trabalharem com as crianças com NEE, da equipe especializada que trazem suporte necessário ao acompanhamento dessas crianças, da sala de recursos que favorece a aprendizagem desses estudantes com necessidades educativas especiais. Conforme afirma depoimento que se segue: “Há apoio pedagógico da direção, sala de recursos, equipe de apoio psicopedagógico e SOE”. Portanto, de acordo com o que foi constatado nas respostas dos questionários dos professores, é destacada a importância da formação continuada que Alves (2003), aponta que é de suma importância a capacitação dos profissionais que lidam com crianças e jovens com necessidades educativas especiais, a fim de oferecer-lhes melhores serviços com qualidade. Desse modo, Enumo (2005), reitera que a falta de capacitação dos profissionais torna um problema, porque compromete 17 a qualidade do atendimento as crianças com necessidades educativas nas escolas. Do ponto de vista de Pletsch, Fontes e Glat (2006), a importância de tornar os profissionais capazes, através da formação a fim de proporcionar uma educação rica e com qualidade aos estudantes com NEE. Outro ponto a ser considerado pelos respondentes é a questão do apoio que de acordo com LDB nos mostra, no artigo 59 que as crianças com NEE têm direitos aos recursos que auxiliam no seu processo de ensino e aprendizagem e propõe a qualificação dos profissionais para atuarem com a inclusão escolar, com o objetivo dos professores proporcionarem maiores condições ao atendimento das crianças com NEE, garantindo-os a aprendizagem necessária, não podemos nos omitir no apoio aos professores, para que possam estar em condições adequadas ao lidar com o desenvolvimento de alunos com NEE, o sistema também deve oferecer um suporte aos professores. A convenção dos direitos humanos discorre sobre a necessidade da acessibilidade para as pessoas com NEE, assim proporcionando-lhes plenos direitos. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O artigo buscou compreender o processo de inclusão das crianças com necessidades educativas especiais nas escolas do Riacho Fundo I. Desse modo, para elucidar o objetivo proposto, percorremos pela a história da inclusão, desde sua origem, aprofundando os estudos em documentos oficiais que ampara os direitos desses indivíduos, procurando investigar se a realidade vivida por esses estudantes com NEE condiz com que são determinados pelos documentos oficiais. Em vista disso, após analisarmos os diferentes aspectos pertinentes ao objeto deste estudo, quanto o processo de inclusão das crianças com necessidades educativas especiais nas escolas regulares de ensino. Inferimos que para se ter uma inclusão mais eficiente nas escolas do Riacho Fundo I, deve-se haver um esforço enorme de todos: da secretaria de estado de educação, da escola, da comunidade e da sociedade do Distrito Federal, todos devem se unir em prol da inclusão total das crianças com NEE nas escolas de ensino regular, pois o que foi constatado pelo estudo são obstáculos que dificultam a inclusão escolar, porque a situação da inclusão nas escolas do Riacho Fundo I ainda se encontra muito precária, devido à ausência de suporte aos estudantes e professores, a inadequação aos documentos 18 oficiais sobre os deficientes, as instalações impróprias para a inclusão desses estudantes, falta acessibilidade nas escolas para atender as necessidades específicas de cada estudante com NEE, a ausência de recursos comprova a precariedade para favorecer a aprendizagem dessas crianças, a estrutura inadequada para o recebimento desses estudantes no espaço escolar, a carência de qualificação dos profissionais para lidar com as diversas necessidades de estudantes com NEE. Contudo, percebe-se que necessitamos melhorar muito as políticas e as práticas educativas, para que haja mais êxito no processo de inclusão nas escolas do Riacho Fundo I, assim promover aos estudantes com NEE uma educação com mais qualidade. Portanto, a educação tem que ser capaz de atingir todos os estudantes independe de cor, raça, religião, etnia, deficiência, dentre outros, nos quatro pilares da educação aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, respeitando-o e educando na diversidade. 19 REFERÊNCIAS GDF. Portal do Cidadão: Administração do Riacho Fundo I. Disponível em: <http://www.riachofundo.df.gov.br/>. Acesso em 01 mai. 2011. ALVES, Fátima. Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e um grande desafio. Rio de Janeiro: Wak, 2003. p.126. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui %C3%A7ao.htm>>. Acesso em 25 abr. 2011. BRASIL. 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Análise sobre a relevância das classes especiais nos sistemas estaduais de educação, face ao movimento da inclusão de alunos com deficiência nas salas comuns de ensino. 2005. 234 f. Dissertação (PósGraduação em Ciências da Educação) - Universidade Internacional, Lisboa, 2005. 23 ANEXO 24 Pró-Reitoria de Graduação – Curso de Pedagogia Trabalho de Conclusão de Curso QUESTIONÁRIO DE PESQUISA Estimado (a) Participante, Sou Suedma Rodrigues Bandeira, aluna do Curso de Pedagogia da Universidade Católica de Brasília – UCB. Estou realizando uma pesquisa acadêmica com o objetivo de pesquisar sobre a inclusão escolar no Riacho Fundo I. Para que se torne possível o alcance do referido objetivo, solicito que preencha o questionário que segue adiante. IDENTIFICAÇÃO 1. Idade: ______anos 2. Sexo: ( ) Masculino 3. Estado civil: ( ) Solteiro Outros 4. Escolaridade: Ensino Superior: Pós-Graduação: Doutorado ( ) Feminino ( ) Casado ( ) Completo ( ) Especialização ( ) Divorciado ( ) Viúvo ( ) Incompleto ( ) Mestrado 5. Tempo de atuação na docência com turmas inclusivas: _______. 6. Descreva como você avalia a inclusão escolar nessa instituição de ensino. ( ) ( ) 25 7. A inclusão realizada nesta escola atende as necessidades dos estudantes com deficiências? Como? 8. Informe como acontece a sua formação para trabalhar em turmas inclusivas. 9. Destaque qual o apoio que você recebe para trabalhar em turmas inclusivas. 10. Destaque como está à estrutura de acessibilidade para os estudantes nesta escola. Informe o que tem e o que falta. 11. Gostaria de levantar alguma questão que não foi abordada neste questionário. Muito obrigada pela sua colaboração!