1. INTRODUÇÃO No âmbito das acções de auditoria realizadas em pontos de venda na Europa, procedeu-se à aquisição de Vinhos do Porto nos mercados holandês, belga, francês e português. O critério definido para 2004 está justificado nas conclusões do relatório final das Acções de Aquisição de vinhos para CQ de 2003: ……….. Pela análise feita, pode-se concluir que deverá ser feito um maior controlo a Vinhos do Porto de Produtores Engarrafadores de uma forma geral e às Categorias Especiais dos Comerciantes. Com esse objectivo, o mercado Português deverá ser ainda mais controlado e nos mercados estrangeiros, nomeadamente em França, na Holanda e na Bélgica, o controlo deverá ser mais focalizado para as Categorias Especiais, principalmente 10 Anos e LBV. As BOB não deverão ser descuidadas, mas não apresentam resultados que causem preocupação, em termos de reprovações.” 2. TIPOS DE VINHOS ADQUIRIDOS Assim, procedemos à aquisição, nos mercados da Europa, de vinho do Porto das categorias: Reserva, Reserva Tawny , 10 Anos e LBV’s, quer de BOB’s quer de marcas próprias, para além de algumas marcas que não tinham sido adquiridas em acções anteriores. No mercado Português tentou-se concentrar as aquisições em vinhos do Porto de Produtores-Engarrafadores pelas razões acima referidas. 3. VINHOS ADQUIRIDOS POR TIPO DE OPERADOR Do universo de 128 amostras de vinhos registados no IVDP, abrangemos 47 empresas, sendo 11 ProdutoresEngarrafadores, 12 Comerciantes da RDD e 24 Comerciantes de Gaia: Operadores Abrangidos Produtores Engarrafadore s 23% Comerciantes Douro 26% Comerciantes Gaia 51% As quantidades adquiridas por tipo de operador distribuíram-se da seguinte forma: 1 Vinhos adquiridos por Tipo Operador Produtores Engarrafadores 18% Comerciantes Gaia 55% Comerciantes Douro 27% 4. RESULTADOS OBTIDOS. Das 128 amostras, 37 mereceram não aprovação correspondendo a 29%. Em termos de resultados por local de aquisição verifica-se que taxa de não aprovações oscilou entre um mínimo de 10%, no mercado belga, e um máximo de 43% na França. PAÍS AM.ADQUIRIDAS AM.REPROVADAS % REPROVAÇÃO BÉLGICA 31 3 10% FRANÇA 14 6 43% HOLANDA 24 8 33% PORTUGAL 59 20 32% TOTAL 128 37 29% De salientar que esta taxa não pode ser extrapolada para o universo de Vinhos do Porto dado que a aquisição, baseada num plano prévio, incidiu preferencialmente nos chamados grupos de risco: vinhos standard, de preço mais baixo. REPROVAÇÕES POR TIPO: Numa análise por tipo de reprovação verifica-se na maioria dos casos que o vinho não possuía a qualidade compatível para a DO Porto ou para a respectiva Designação Complementar. Em menor percentagem, mas logo a seguir encontrava-se a detecção de defeitos no vinho, sendo os mais frequentes os defeitos de casco, seguidos do mofo e acescência. 2 Reprovações na Prova Limpidez 5% Defeito 34% Não corresponde designação (qualidade, idade, evoluído) 61% Caracterização Defeitos Acescente 8% Mofo 23% Não caracterizável / Atípico 23% Casco 46% 5. CONCLUSÕES E PLANO PARA 2005 Perante os resultados obtidos, conclui-se da necessidade de um reforço das acções em França, com menor preocupação na Bélgica, este último, curiosamente, com grande quantidade de BOB’s nas grandes superfícies visitadas. A maioria das reprovações dá-se na prova e em grande parte por não corresponderem à designação e por defeitos, dos quais se destacam “casco”, “não caracterizável/atípico” e “mofo”. 3 Especial atenção e controlo passaremos a ter com os Reservas, 10 Anos e LBV, uma vez que são vistos cada vez mais em BOB’s nas grandes superfícies tanto em Portugal como no estrangeiro e apresentam taxas de reprovação significativas. Deverão ser intensificadas as acções do SAQ no mercado Português. Um base de dados histórica por operador, que permita a classificação destes pelo número de casos não conformes, revela-se um instrumento vital com vista a futuras actuações. 4