AS REPRESENTAÇÕES AMBIENTAIS DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO E AS INTERPRETAÇÕES DO ESPAÇO ESCOLAR 1 AMARAL, Anelize Queiroz; 1 OBARA, Ana Tyomi & 2 SADRAQUE, Caetano Silva 1 Universidade Estadual de Maringá - UEM 2 Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE [email protected]; [email protected]; [email protected] De acordo com Mansano (2006), ao analisar as representações dos alunos, percebe-se que suas visões com relação ao espaço escolar vão além do que os olhos conseguem identificar, pois perceber é sentir, é vivenciar. É importante ressaltar que compreender como os alunos percebem o espaço escolar é fundamental para identificar suas pré-concepções e relações singulares que nela se estabelecem. Nesse contexto, torna-se urgente a discussão dessas visões na escola que possibilite o aluno uma reavaliação crítica perante os problemas ambientais. De acordo com Reigota (2001), é por intermédio da comunicação entre pessoas com diferentes concepções e relações cotidianas com os meios naturais e construídos que poderão ser estabelecidas as diretrizes mínimas para a solução dos problemas ambientais que preocupam a todos. Essa pesquisa desenvolveu-se num colégio público localizado na cidade de Curitiba – PR. Buscou-se por meio desse trabalho interpretar as representações que uma amostra de 83 alunos do ensino médio apresentam acerca da qualidade ambiental do espaço escolar. De acordo com a Agenda 21 as pessoas necessitam com urgência, responsabilizar-se pelas conseqüências ambientais de suas ações. Para que isso se concretize é necessário que a escola, como um dos núcleos importantes da sociedade, oportunize a formação de cidadãos críticos e conscientes ambientalmente. Para realização dessa pesquisa sete professores de diversas áreas do conhecimento (Biologia, Matemática, Química, Informática) elaboraram um projeto de trabalho interdisciplinar sobre educação ambiental na escola e, posteriormente, apresentaram em forma de oficinas aos alunos. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado antes das apresentações das oficinas e posteriormente submetidos a uma análise de cunho qualitativo. Segundo Bodgan e Biklen (1994), análise qualitativa busca interpretar no sujeito aquilo que eles experimentam, modo como eles interpretam suas experiências e o modo como eles próprios estruturam o meio em que vivem. Ao concluir a análise, pôde-se observar várias representações que os alunos possuem à respeito do espaço escolar, interpretações essas que podem indicar a maneira como esses interferem e regem suas ações nesse meio. Além disso, foi possível verificar que esses alunos possuem vários anseios, atitudes e valores com relação à qualidade ambiental da escola. Várias sugestões de mudanças foram citadas, entre elas à construção de espaços com vegetação (jardins, canteiros), possibilitando maior interação homem - natureza. Portanto, a participação ativa dos alunos na valorização do espaço escolar depende de um processo contínuo de sensibilização e educação ambiental em que suas representações sejam consideradas como ponto de partida para concretização da “escola dos sonhos” do grupo em questão.