A força de trabalho em 2020 A iminente crise de talentos Visão geral Preparar a força de trabalho para 2020 é uma ação decisiva quando o que está em jogo é a estratégia, o crescimento e o desempenho dos negócios. Visando identificar os desafios e as oportunidades, a Oxford Economics e a SAP entrevistaram mais de 2.700 executivos e mais de 2.700 colaboradores em 27 países durante o segundo trimestre de 2014. Descobrimos que muitas empresas carecem de estrutura, estratégias, cultura, soluções e recursos para administrar efetivamente seu quadro de colaboradores. Para ter êxito nessa empreitada, as empresas precisam levar em conta a função e a relevância da estratégia de pessoal; a transformação da demografia e a evolução do conceito de trabalho; a capacidade e a cultura de liderança; os desejos e as necessidades dos colaboradores; e o desenvolvimento de talentos. A nova face do trabalho As empresas precisam compreender a força de trabalho do futuro, bem como sua importância para o sucesso dos resultados financeiros. A força de trabalho em 2020 será cada vez mais flexível. • Entre os executivos entrevistados, 83% destacaram que planejam nos próximos 3 anos incrementar a contratação de colaboradores temporários, ocasionais ou consultores; com isso observaremos uma mudança no perfil das empresas. A força de trabalho em 2020 será cada vez mais diversificada. • Para lidar com essas realidades, a gestão de RH terá que adotar uma forma de atuação que privilegie as evidências. A carência de ferramentas e de métricas de avaliação impede que o setor de RH desenvolva estratégias voltadas à preparação da força de trabalho do futuro. • A maioria não conta com apoio de dados suficientes sobre as potencialidades e vulnerabilidades e não usa métricas confiáveis e processos de benchmark para o desenvolvimento da força de trabalho. • Apenas 42% dizem saber como extrair insights significativos dos dados disponíveis sobre os colaboradores. Consequentemente, as empresas não evoluem no sentido de atender aos objetivos de sua força de trabalho. • Para um quinto dos executivos entrevistados, o progresso alcançado pela empresa foi fraco; para 47% deles foi moderado e apenas 33% consideram ter observado um avanço bom ou significativo. Com muita frequência, o setor de RH carece de informações ou insights capazes de embasar ações verdadeiramente estratégicas. • As ações do setor de RH costumam visar aos executivos da diretoria, mas não estimulam estratégias no nível da diretoria. • As empresas estão colocando em prática planos operacionais, mas falta visão estratégica sobre a força de trabalho. A incompreendida Millennials Os profissionais da geração Millennials são diferentes, mas não tanto como as empresas imaginam. Muitos mitos sobre a geração Millennials são contestados pela nossa pesquisa, incluindo: • Para esses profissionais o mais importante é modificar positivamente o mundo por meio do trabalho. • O equilíbrio entre trabalho e vida é mais importante para a geração Millennials. • Fazer com que o trabalho seja significativo do ponto de vista pessoal é mais importante para os profissionais da geração Millennials. • Desde que possam aprender e crescer, os profissionais da geração Millennials atribuem menor importância à realização de suas metas salariais. Contudo, para administrar esses profissionais, é necessário adotar diferentes ações em termos de feedback e desenvolvimento. • A geração Millennials depende mais de treinamento e orientação formal para o desenvolvimento de suas competências. • Os profissionais da geração Millennials querem feedback informal de seus gerentes, com uma frequência 50% maior do que seus pares de gerações anteriores. O que mais importa no trabalho As empresas não compreendem o que seus colaboradores esperam delas. Quando se trata de satisfazer os colaboradores, a remuneração é importante, muito importante. • O benefício que tem mais peso para os colaboradores em termos de atratividade e permanência no emprego é a remuneração. • • Apenas 39% dos executivos dizem que suas empresas oferecem remuneração competitiva; outros benefícios corporativos frequentemente ficam aquém das preferências dos colaboradores. Apenas 39% dos entrevistados na pesquisa disseram estar totalmente satisfeitos com o seu trabalho. Os executivos atribuem à fidelidade um peso maior do que ao desempenho. • Apesar dessa preferência, eles não estão efetivamente engajados em estimular a fidelidade. • Os colaboradores têm uma visão distorcida em relação às qualidades que seus chefes consideram mais importantes. Os três principais atributos que os executivos procuram em seus funcionários são: alto nível educacional e/ou de treinamento institucional (33%), fidelidade e comprometimento no longo prazo (32%) e capacidade de aprender e ser treinado com rapidez (31%). Os três principais atributos que os colaboradores procuram nos seus líderes são: capacidade de aprender e ser treinado com rapidez (34%), fidelidade e comprometimento no longo prazo (31%) e desempenho e resultados no trabalho (31%). A solidez da liderança Executivos e colaboradores concordam que existe uma carência de liderança e de desenvolvimento de futuros líderes. Lacunas de liderança se traduzem em problemas para o crescimento futuro. • Os executivos citam a falta de líderes qualificados como o maior obstáculo para consecução dos objetivos da força de trabalho. Apenas 35% acreditam que os talentos que ocupam atualmente posições de liderança são suficientes para promover o crescimento global. • Cerca de metade dos executivos diz que suas equipes têm competências para gerir talentos ou para inspirar e capacitar os colaboradores; os líderes não estão capacitados a conduzir uma força de trabalho global e diversificada. Os colaboradores compartilham com os executivos a opinião de que, em geral, os líderes são fracos. • Apenas 44% dos colaboradores dizem que os líderes nas empresas em que trabalham estão aptos a conduzir a organização ao sucesso; um número ainda menor reconhece na empresa o comprometimento com a diversidade. • A classificação dentro de um conjunto de atributos necessários para um líder é, na melhor das hipóteses, mediana. • No entanto, os colaboradores não citam as qualidades diretas de gestão como fatores capazes de estimular o engajamento e sugerem que qualidades em níveis mais altos deveriam ser o foco de melhorias. A maioria das empresas não cultiva a capacidade de liderança dentro da organização. • O planejamento objetivando a sucessão e a continuidade nos principais cargos não é comum. • Poucos colaboradores e executivos apontam a capacidade de liderança como um fator valorizado pelos gestores. Eliminando a falta de qualificação: a importância da aprendizagem Melhores condições de treinamento e formação beneficiam colaboradores e empresas. Para os colaboradores, a obsolescência é uma preocupação bem maior do que as demissões. • Os colaboradores apontam a mudança de cargo e a possibilidade de obsolescência como suas maiores preocupações. • Os profissionais da geração Millennials estão insatisfeitos com as opções de desenvolvimento e a ausência de uma trajetória claramente definida para a carreira. O desenvolvimento de competências tecnológicas continuará defasado. • A necessidade de profissionais com competências tecnológicas aumentará nos próximos três anos, em especial nas atividades de programação/desenvolvimento de funções de análise. Entre os entrevistados, 48% dizem que em três anos a capacidade analítica será fundamental para os colaboradores e 59% apontam a importância das competências de programação/desenvolvimento. • Existe uma carência acentuada de amplo treinamento sobre os tópicos essenciais da tecnologia, a exemplo do que acontece com a disponibilidade de acesso aos recursos tecnológicos de última geração. As empresas têm dificuldade em encontrar colaboradores qualificados, mas investem muito pouco no desenvolvimento do pessoal interno. • Cerca de metade dos executivos diz que a dificuldade de encontrar profissionais com formação básica compromete a estratégia da empresa em relação à força de trabalho. • O crescimento do número de cargos que não fazem parte da folha de pagamento deverá estimular novas formas de pensar o desenvolvimento. As empresas sugerem que se desenvolva, dentro da organização, uma cultura de aprendizagem. • Não chega à metade o número de executivos entrevistados que reconhecem na empresa em que trabalham a capacidade de reter, atualizar e compartilhar conhecimento institucional; e 47% deles dizem que existe na empresa a cultura de aprendizagem contínua. • Apenas 41% dos colaboradores dizem que a empresa oferece a eles oportunidades de ampliar o seu universo de competências. Para obter mais informações, visite www.successfactors.com/workforce2020. Documento traduzido pela SAP