Comunidades Virtuais de
Aprendizagem
..... O Aluno Virtual
EDU 3051
Conceitos relacionados...
 Cibecultura....



Cyber (originário de cybernetics) + cultura pode ser entendida
como uma forma sociocultural que advém de uma relação de
trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias
digitais principalmente pela convergência das telecomunicações
com a informática (Lemos, 2003).
A cibercultura se forma da relação entre as tecnologias digitais,
a sociedade e a cultura.
Mesmo sem percebermos, a cultura digital está presente
diariamente na nossa vida, em todas as atividades que
envolvem a nossa relação com a máquina, como por exemplo,
no uso de cartões de crédito, de celulares, de terminais
bancários e de tantas outras atividades que realizamos.
2
Ciberespaço??
 Caracterizado como um espaço virtual
(tempo x espaço), constituído através da
circulação de informações.
 Entendido sob duas perspectivas:


"como o lugar onde estamos quando
entramos em um ambiente virtual", ou seja,
num ambiente como as salas de chat, msn,
orkut, por exemplo, ou ainda,
como o " rede interligada de todos os
computadores no planeta na qual os seres
humanos interagem ".
3
 Várias são as maneiras pela qual podemos
entrar e usar esse espaço virtual - o
ciberespaço - na qual o sujeito se sente
presente, mesmo que as coisas não tenham
uma forma física.
 Uma dessas maneiras é através das
COMUNIDADES VIRTUAIS
4
O que é uma comunidade virtual?
 Chamamos de Comunidade a uma relação
social na medida em que a orientação da
ação social, na média ou no tipo ideal baseiase em um sentido de solidariedade: o
resultado de ligações emocionais ou
tradicionais dos participantes
 Ou seja.... qualquer tipo de ligação
emocional, afetiva ou tradicional
5
Comunidade virtual
 Muitos autores têm ressaltado a importância dos meios
de comunicação que, através de sua ação modificam o
espaço e o tempo, modificam também as relações entre
as várias partes da sociedade, transformando também a
idéia de comunidade (McLuhan, 1964).
 Deste modo, também a Comunicação Mediada por
Computador (CMC) está afetando a sociedade e
influenciando a vida das pessoas e a noção de
comunidade.
 Por isso, muitos autores optaram por definir as novas
comunidades, surgidas no seio da CMC por
"comunidades virtuais" (Rheingold, 1996 Palacios, 1998,
Donath, 1999 Smith, 1999 Wellman e Gulia, 1999
Paccagnella, 1997, entre outros.)
6
 "Comunidade Virtual" seria o termo utilizado para os
agrupamentos humanos que surgem no ciberespaço,
através da comunicação mediada pelas redes de
computadores (CMC).
 Rheingold (1996: 20), um dos primeiros autores a
efetivamente utilizar o termo "comunidade virtual" para os
grupos humanos que travavam e mantinham relações
sociais no ciberespaço, define-a:
 "As comunidades virtuais são agregados sociais que
surgem da Rede [Internet], quando uma quantidade
suficiente de gente leva adiante essas discussões
públicas durante um tempo suficiente, com suficientes
sentimento humanos, para formar redes de relações
pessoais no espaço cibernético [ciberespaço]."
7
 O primeiro requisito da comunidade virtual é
ser um grupo de pessoas que estabelecem,
entre si, relações sociais.
 Essas relações "são construídas através da
interação mútua" entre os indivíduos, em um
período de tempo, tendo a permanência entendida como espaço temporal contínuo de
relacionamento - entre seus requisitos
fundamentais
8
Elementos que caracterizam a CV
 "o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a
permanência, a ligação entre o sentimento de
comunidade, caráter corporativo e emergência de um
projeto comum, e a existência de formas próprias de
comunicação".
 O sentimento de pertencimento, ou "pertença", seria a
noção de que o indivíduo é parte do todo, coopera para
uma finalidade comum com os demais membros (caráter
corporativo, sentimento de comunidade e projeto
comum); a territorialidade, o locus da comunidade; a
permanência,
condição
essencial
para
o
estabelecimento das relações sociais.
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O que é uma comunidade virtual
de aprendizagem (CVA)?
 Comunidade virtual é uma agregação cultural
formada pelo encontro sistemático de um grupo de
pessoas no ciberespaço com fins educacionais.
 Caracterizada pela co-atuação de seus participantes
(REINHOLD, 1993).
 Quando as comunidades virtuais são constituídas a
partir de interesses comuns de construção de
conhecimento são consideradas de aprendizagem.
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O aluno em uma CVA
Deve primar pela:
 Interação: ação conjunta entre aluno-professorcomputador.
 Colaboração: são trocas coletivas que envolvem
emprestar, dar ou trocar materiais.
 Cooperação: é mais ampla, na qual está inserida a
colaboração, nela o grupo se compromete na ação
de “construir junto”. A ação de cooperar envolve o
trabalho coletivo, visando alcançar um objetivo
comum.
11
Responsabilidade do aluno na
formação da CVA
 Abertura: compartilhar detalhes acerca do trabalho e




da vida fora da escola, através:
do envio de apresentações pessoais e bibliografias,
da criação de um espaço de interação social no
curso,
do incentivo ao uso judicioso do chat para a
socialização,
do próprio exemplo, demonstrando abertura e humor.
12
Responsabilidade do aluno na
formação da CVA
 Flexibilidade e humor: desenvolver a compreensão




da natureza da aprendizagem online e a vontade de
“seguir com a turma”, através de:
estar pronto para abdicar do controle, permitindo que
os alunos assumam o processo de aprendizagem,
envolver os alunos em uma aprendizagem criada
também por eles,
orientar os alunos sobre o papel do professor e as
responsabilidades dos alunos na aprendizagem online,
dar oportunidades para a reflexão sobre o papel do
professor, do aluno e do próprio curso.
13
Responsabilidade do aluno na
formação da CVA
 Honestidade: estar pronto para dar e receber




feedback e compartilhar pensamentos e
preocupações assim que apareçam. Para isso, podese:
dar o exemplo de uma comunicação aberta e honesta,
orientar os alunos para que adquiram habilidades
adequadas de comunicação e para que dêem e
recebam um feedback substancial,
orientar os alunos sobre a realidade da aprendizagem
on-line,
propiciar oportunidades para o feedback, tais como
enviar textos para o site do curso com a expectativa
de que haja retorno e enviar as avaliações das
atividades colaborativas realizadas on-line.
14
Responsabilidade do aluno na
formação da CVA
 Desejo de ser responsável pela formação da
comunidade. Todos devem assumir esta
responsabilidade, integrando-se nas discussões e
em outras atividades de aprendizagem. Sugerem
técnicas como:
 alternar ou compartilhar com os alunos o papel de
facilitador,
 alternar a liderança dos grupos pequenos,
 adotar o “monitor de processos”, alternando-o entre
os integrantes do grupo (é um aluno que comente o
processo e o progresso do grupo semanalmente).
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Responsabilidade do aluno na
formação da CVA
 Desejo de trabalhar em conjunto. Esta capacidade




pode ser impulsionada ao se:
definir um envio mínimo de mensagens e monitorar o
processo;
avaliar a participação;
enviar os critérios de avaliação em que estejam
estabelecidos os níveis aceitáveis de participação e
envio de mensagens;
usar tarefas/desafios/atividades para pequenos
grupos e avaliá-las em conjunto.
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Conflitos em CVA
 No decorrer de um curso podem surgir conflitos em
uma comunidade, gerados por diferentes fatores.
 Aprender a conviver em grupo, a colaborar e
respeitar as pessoas, a falar e a ouvir ajudam a
superar conflitos.
 Cabe ao professor e ao tutor gerenciar e minimizar
situações individuais e competitivas.
17
ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Cultura:
 usar material cuja perspectiva seja multicultural,
 incentivar os alunos a trazerem materiais para o
curso ou abordar pontos de vista multiculturais em
trabalhos e projetos,
 usar atividades colaborativas que permitam aos
alunos trabalharem com sua cultura e ensinarem
sobre ela,
 incentivar os alunos a falar de suas perspectivas
culturais nas mensagens que enviam,
 desenvolver a sensibilidade a questões culturais ao
ensinar e entre os alunos, por meio de um feedback
adequado e pelo respeito às diferenças culturais.
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ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Gênero: criar um ambiente agradável a ambos os




sexos. Para isto:
alternar a facilitação entre homens e mulheres
dando-lhes oportunidades iguais,
incorporar tarefas colaborativas no curso,
confrontar, com respeito, qualquer uso de linguagem
ou comportamento que não incentive a eqüidade,
conversar com os alunos que não participam,
tentando remover barreiras que podem ter como
causa questões de gênero.
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ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Geografia:
 preparar o material do curso levando em
consideração o acesso e o uso de conexão discada
(simplifique),
 proporcionar alternativas, tais como versões em texto
para arquivos de vídeo e áudio,
 informar os alunos sobre como obter acesso grátis
ou de baixo custo a um computador, se eles não
possuírem em casa.
20
ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Religião e espiritualidade:
 permitir a inclusão de todas as crenças nas
discussões on-line,
 dar espaço para as práticas religiosas, tais como,
ausência em feriados,
 incentivar os alunos a responsabilizarem-se por suas
necessidades nesta área por meio de comunicação
regular com o professor.
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ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Problemas de leitura e escrita:
 incentivar os alunos a escreverem suas mensagens
em um editor de texto, a fim de que erros
ortográficos e questões gramaticais sejam
verificados,
 oferecer acesso a cursos de redação e de noções de
informática, inclusive sobre as ferramentas que serão
utilizadas no curso on-line (tutoriais),
 projetar o curso com o modo de acesso em mente:
use o meio textual como alternativa a áudio, vídeo e
gráficos, o que permite o uso de software de
assistência.
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ALGUMAS QUESTÕES QUE
PODEM GERAR CONFLITOS
 Acessibilidade: “significa não apenas permitir que
pessoas com deficiências participem de atividades
que incluem o uso de produtos, serviços e
informação, mas a inclusão e extensão do seu uso”
(Wikipédia).
 A tecnologia assistiva foi criada para promover a vida
independente e a inclusão. No Brasil =>portal das
tecnologias assistivas.
23
Quem é o aluno virtual?




O aluno virtual é:
um ser autônomo,
gestor de seu processo de aprendizagem,
capaz de auto-dirigir,
capaz de auto-regular o processo.
 A aprendizagem autônoma é um processo centrado
no aprendente, cujas experiências são aproveitadas
como recursos (BELLONI, 1999).
 Para acompanhar o processo on-line exige-se um
compromisso real e disciplina” (PALLOFF e PRATT,
2004).
Compromisso = responsabilidade + envolvimento.
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Quais as suas necessidades?
Segundo Palloff e Pratt (2004) o aluno precisa:
 Conexão e tecnologia.
 Treinamento e suporte técnico.
 Acessar os mesmos serviços oferecidos aos alunos
presenciais.
 Serviços de apoio ao estudante.
 Desenvolvimento de políticas de apoio ao aluno
virtual.
 Receber informações claras do professor e da
instituição sobre as expectativas de tempo para
feedback, avaliação, questões de propriedade
intelectual e direito autoral e comportamento online.
25
OS ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
 Os estilos são definidos pelo modo como as pessoas
pensam e aprendem.
 As categorias variam em função do número de
pessoas:
 Atividades individuais;
 Atividades em pares;
 Atividades professor/aluno;
 Atividades em grupo.
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OS ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
 Quanto aos diferentes estilos:







Visual-verbal;
Visual-não-verbal ou visual-espacial;
Auditivo-verbal ou verbal lingüístico;
Tátil-cinestésico ou corporal cinestésico;
Lógico-matemático;
Interpessoal-relacional;
Intrapessoal-relacional.
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OS ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
 Cada aluno possui um ou mais estilos de
aprendizagem.
 Para atender a todos os estilos de aprendizagem do




aluno virtual, é necessário incorporar atividades:
individuais,
em pares,
professor/aluno,
em grupos.
Paulsen (1995) apud Palloff e Pratt (2004).
28
OS ESTILOS DE
APRENDIZAGEM
 As tecnologias e a Internet têm favorecido este







processo, através:
da pesquisa,
das hipermídias e multimídias,
dos jogos e simulações,
a criação de lâminas e de home page,
os editores de texto coletivo e os blogs,
os projetos colaborativos,
os ambientes virtuais de aprendizagem e suas
ferramentas de interação.
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Estilos – Técnicas Instrucionais
 Visual-verbal: prefere ler a informação
• Usa apoio visual, tal como o PowerPoint.
• Apresenta, sob forma escrita, um sumário do
material apresentado.
• Usa materiais escritos, como livros textos e
recursos da Internet.
 Visual-não-verbal: prefere trabalhar com gráficos ou
diagramas que representam a informação.
• Usa material visual, como o PowerPoint, vídeo,
mapas, diagramas e gráficos.
• Usa os recursos da Internet, especialmente com
gráficos.
• Usa a videoconferência.
30
Estilos – Técnicas Instrucionais
 Auditivo-verbal: prefere ouvir o material
apresentado.
• Incentiva a participação em atividades
colaborativas e de grupo.
• Usa arquivos de áudio em streaming.
• Usa a audioconferência.
 Tátil-cinestésico: prefere atividades físicas e
práticas.
• Usa simulações.
• Usa laboratórios vistuais.
• Exije pesquisa de campo.
• Exije a apresentação e a discussão de projetos.
31
Estilos – Técnicas Instrucionais
 Lógico-matemático: prefere a razão, a lógica e os
números.
• Usa estudos de caso.
• Usa a aprendizagem baseada em problemas.
• Trabalha com conceitos abstratos.
• Usa laboratórios virtuais.
• Incentiva a aprendizagem que tem por base o
desenvolvimento de habilidades.
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Estilos – Técnicas Instrucionais
 Interpessoal-relacional: prefere trabalhar com os
outros.
• Incentiva a participação em atividades
colaborativas e de grupo.
• Usa o fórum de discussões.
• Usa estudos de caso.
• Usa simulações.
 Intrapessoal-relacional: prefere a reflexão e o
trabalho com os outros.
• Incentiva a participação em atividades
colaborativas e de grupo.
• Usa o fórum de discussões.
• Usa estudos de caso.
• Faz uso de atividades que requeiram o
acompanhamento individual e de grupo.
33
ESTRATÉGIAS QUE FACILITAM
AS AÇÕES EDUCATIVAS ON-LINE
 Gerenciamento do tempo
-Estabelecer objetivos e prioridades.
-Organizar agenda diária/semanal: acesso ao site do
curso, interações, download de materiais,
contribuições em fóruns, respostas a mensagens,
postagens de atividades e pesquisa.
-Evitar a sobrecarga dos alunos: estabelecer horário
de descanso semanal, sempre que possível.
-Comprometimento e credibilidade: divulgar diretrizes
e o plano de ensino podem vir a ser um “acordo de
aprendizagem”.
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ESTRATÉGIAS QUE FACILITAM
AS AÇÕES EDUCATIVAS ON-LINE
 Evitar o Plágio e cola e respeitar a autoria
-Uso de técnicas variadas de avaliação: trabalhos,
diários, artigos, projetos, apresentação oral
(presencial), etc.
-Mudanças de estilo de trabalho.
-Modificar a cada semestre as questões e os tipos de
trabalho.
-Verificar as fontes dos trabalhos dos alunos.
-Serviço de detecção de plágio www.plagiarism.com
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ESTRATÉGIAS QUE FACILITAM
AS AÇÕES EDUCATIVAS ON-LINE
 Avaliação da aprendizagem em EAD
-Avaliação processual.
-Focada no aluno.
-Promover a auto-reflexão e auto-avaliação.
-Incluir critérios de avaliação (indicadores) para as
participações em discussões e contribuições. O
pensamento complexo: composto por 3 níveis –
básico, crítico, criativo.
-Estimular a cooperação, interação.
-Técnicas adequadas ao contexto e objetivo da
aprendizagem.
-Envio de feedback constante das atividades.
-Ser claro e solicitar sugestões aos alunos.
-Informar ao aluno.
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Aula 8 - NUTED