II Congresso Nacional de Formação de Professores
XII Congresso Estadual Paulista sobre Formação
de Educadores
Maria Isabel de Almeida
Fac. de Educação – USP
GEPEFE/FEUSP
 Ex-professora
de História na Educação Básica
(16 anos)
 Ex-assessora
educacional da APEOESP - Sindicato
dos Professores de São Paulo (10 anos)
 Profa.
de Didática em Cursos de Licenciatura (16
anos)

desafio de formar licenciandos que não querem ser
professores
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 Dados
da Pesquisa “Inserção Profissional de
Licenciados Egressos das Licenciaturas da USP:
processos de construção de identidades,
socialização profissional e profissionalização
docente” (Pimenta, S.G; Fusari, J.C; Almeida, M.I):

Realizada com 4.633 egressos de todas as áreas
de ensino oferecidas pela USP no período de
2005 a 2008
O que dizem os egressos
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 Estágio
como espaço/tempo de aproximação do
estudante de Licenciatura (futuro professor) com
suas múltiplas possibilidades presentes
- no lócus de trabalho
- no mundo profissional
- na práxis docente
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A
formação de professores tem vivido:
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 Na
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O predomínio de uma visão conservadora, sustentada na perspectiva
técnico/intrumentalizadora, que esvazia o papel do professor
enquanto criador e organizador de sua prática;
A sobreposição dos conhecimentos teóricos em detrimento dos
saberes experienciais;
A distância que separa a formação universitária da realidade das
escolas.
contramão dessas tendências, é preciso:
Potencializar a participação dos professores em exercício na
formação dos futuros professores;
Fomentar a troca de saberes derivados das pesquisas acadêmicas e
os saberes do campo de trabalho;
Incorporar à formação inicial as contribuições dos saberes da prática
propiciadas pelos professores em exercício;
Potencializar as contribuições da universidade na formação
continuada dos professores das escolas;
Reafirmar o compromisso ético-político da formação de professores
frente à realidade brasileira.
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 Estágio

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compreendido como
Campo de conhecimento em processo constante de
interação entre o que se passa nos cursos de formação e
as escolas, lócus de desenvolvimento da atuação
docente;
Espaço/tempo de realização de observações e de
aproximação com o exercício da prática acompanhada,
com problematizações, análises e proposições de novos
conhecimentos essenciais à atuação docente;
Favorecedor da articulação entre teoria e prática no
contexto da aprendizagem da profissão;
Propiciador da aproximação com as tensões constitutivas
da profissão docente.
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 Estágio
como pesquisa;
 Estágio que toma a prática docente como ponto de
partida e de chegada na formação docente;
 Residência Pedagógica;
 Estágio inserido em projetos de pesquisa de docentes;
 A escola como lócus privilegiado da formação;
 Integração entre o local de trabalho e a formação;
 Estágio com aproximação entre universidade/escola
com vistas à colaboração recíproca;
- projetos de parcerias
- PIBID
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 Excessivo
controle das políticas educacionais
dificultam as possibilidades da escola se
organizar a partir de projetos próprios emanados
do trabalho coletivo;
 Esvaziamento da formação dos professores,
oferecida em sua maioria por instituições sem
compromisso político-social;
 Crescente deterioração das condições de
funcionamento das escolas e da intensificação
do trabalho docente;
 Substituição da prioridade na aprendizagem
pela avaliação do rendimento escolar.
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 Secundarização
da importância da formação de
professores no seio da universidade;
 Dificuldade na redefinição dos papéis/
identidade/ competências dos formadores
acadêmicos e da escola no processo formativo;
 No estabelecimento de relações entre os alunos
das licenciaturas e os professores das escolas,
seu futuro espaço de trabalho;
 Fortalecimento do modelo formador dos
mestrados profissionais (PROFs) sustentados na
ideia de incrementar a apropriação dos
conhecimentos dos campos específicos sem
articulação com o campo pedagógico.
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 Os
conhecimentos que são possíveis produzir
frente à realidade da escola, mediados pelos
conhecimentos teóricos, tornam possível ao futuro
professor produzir suas compreensões pessoais,
seus saberes e o compromisso ético-profissional;
 Se apropriar da realidade concreta presente nas
escolas, suas contradições, problemas e
possibilidades;
 Compreender os elementos que interferem
decisivamente na condução da sala de aula e na
vida dos profissionais do magistério;
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 Oportunidade
de ter contato com a real situação
da escola;
 Perceber a relação entre teoria estudada, práticas
escolares e ações de seus profissionais;
 Apreender a vida dos professores, a profissão em
suas vidas e as ações em sala de aula;
 Identificar os hábitos, as atitudes e o cotidiano
dos professores, seus relacionamentos com os
pares, alunos, orientadores de estágio, com a
comunidade escolar;
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 Perceber
a distância entre o discurso/ marketing
governamental sobre a escola pública e a realidade;
 A observação das diferenças no comportamento das
crianças, jovens e adultos;
 A oportunidade de encontrar professores realizando
excelente trabalho na escola pública e o acesso a
atividades nunca vistas no decorrer do curso;
 Perceber que é possível colocar em prática muitos
dos conhecimentos acumulados;
 Construção de parâmetros para o desenvolvimento
de sua profissionalidade docente (atuação em
contexto).
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É
importante e necessário reafirmar que a
formação de professores no ensino superior –
por mais adequada e comprometida que seja
- não é capaz, sozinha, de mudar a maneira
como hoje se desenvolvem as práticas
educacionais em nosso país. É preciso que
tenhamos políticas públicas voltadas também
para a melhora das condições de trabalho,
salário e carreira dos nossos professores.
...
OBRIGADA!
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Maria Isabel de Almeida