Resultados do QREN Contributos para 2014-2020 Análise contrafactual dos impactos incentivos às empresas no POE/PRIME dos incentivos às empresas no POE/PRIME Tipologia Clusters Porquê este estudo? Principais resultados do estudo A avaliação dos incentivos ao investimento Os incentivos às empresas têm impactos positivos empresarial na generalidade dos países europeus tem-se baseado, fundamentalmente, em métodos qualitativos de pesquisa e na análise da evolução de indicadores que traduzem os objetivos das intervenções (investimento, criação de emprego, despesas em inovação, etc.). Trata-se, em ambos os casos, de abordagens fundamentais para o adequado acompanhamento das políticas públicas. Não obstante, os métodos referidos não permitem aferir de forma precisa os impactos efetivos dos incentivos no desempenho das empresas. no desempenho das empresas, aumentando a probabilidade de sobrevivência das empresas ao fim de 3 anos em 11 pontos percentuais. Assim, a Comissão Europeia tem vindo a apelar aos Estados Membros para que adotem uma abordagem contrafactual à avaliação das políticas de apoio às empresas, assente numa comparação rigorosa entre o desempenho de empresas apoiadas e o de empresas não apoiadas. No mesmo sentido, o Memorando de Entendimento que enquadra o programa de assistência económica e financeira a Portugal refere a necessidade de elaboração de estudos que analisem o impacto efetivo dos instrumentos de apoio às PME em Portugal. O presente estudo visa responder a estes apelos e contribuir para preencher as lacunas de conhecimento neste domínio, tirando partido da informação disponível (referente ao anterior período de programação dos fundos estruturais, 2000-2006). Entre as empresas que sobrevivem, os incentivos conduzem, ao fim de três anos, à criação líquida de 2,1 postos de trabalho, e 0,2 postos de trabalho qualificado, adicionais por empresa. O montante médio de incentivo atribuído por cada posto de trabalho gerado ao fim de 3 anos é de 55 mil euros, o que corresponde a cerca de 18 mil euros por ano. O esforço público total associado à criação de cada posto de trabalho tende a ser inferior a este valor, já que uma parte dos incentivos é posteriormente reembolsada pelas empresas beneficiárias. O impacto dos incentivos é positivo qualquer que seja o tipo de empresa analisado (por dimensão, idade, setor, âmbito geográfico do negócio, etc.). O impacto positivo na sobrevivência é mais pronunciado em empresas com menos de 10 trabalhadores, novas empresas e empresas com níveis mais reduzidos de autonomia financeira. O impacto positivo na criação de emprego é mais expressivo em grandes empresas, empresas recentes e empresas com níveis mais reduzidos de autonomia financeira. Maio 2013 Resultados do QREN Contributos para 2014-2020 Relevância dos resultados obtidos para o futuro Os resultados obtidos sugerem que, à luz das Os resultados sugerem que os incentivos são mais variáveis de resultado analisadas (sobrevivência e criação de emprego), os incentivos às empresas estão essencialmente bem concebidos. Note-se, porém, que aquelas variáveis não correspondem integralmente aos objetivos definidos para os instrumentos de política sob análise (que incluem aspetos como a produtividades, a inovação, a internacionalização, etc.). Assim, os resultados deste estudo devem ser complementados com as avaliações e outros estudos em curso. eficazes em termos de criação de emprego quando dirigidos a empresas cuja atividade se dirige fundamentalmente a mercados suprarregionais, independentemente da dimensão ou do setor específico em que atuam. Estes resultados sugerem que a opção que tem vindo a ser assumida nas políticas públicas em Portugal, no sentido de privilegiar o acesso aos apoios por parte de empresas mais expostas à concorrência internacional, tende a revelar-se adequada à criação de emprego nas empresas apoiadas. Os incentivos são particularmente eficazes no caso de empresas tipicamente mais frágeis (empresas novas, com reduzida autonomia financeira, etc.). No entanto, o apoio a empresas com tais características acarreta riscos acrescidos para as intervenções públicas, o que tem levado à fixação de limites mínimos de autonomia financeira das empresas que têm acesso aos incentivos. Os resultados do estudo sugerem a necessidade de, à luz do contexto atual, reponderar o balanço entre o risco assumido pelas políticas e o seu impacto efetivo na economia. O custo médio, em termos de fundos públicos por emprego gerado em resultado dos incentivos, é menor nas grandes empresas do que nas PME com características semelhantes. Sendo o emprego criado, em média, mais elevado no caso das grandes empresas, os resultados sugerem que faz sentido manter a possibilidade de apoio a projetos de não-PME, dentro dos limites previstos nas atuais regras de Auxílios de Estado e demais regulamentação aplicável. Mais Informações em: O custo total do apoio público por emprego gerado em resultado dos incentivos às empresas atinge, no máximo, cerca de 18 mil euros por ano, podendo, em muitos casos, ser substancialmente inferior. Tendo em conta que a criação líquida de postos de trabalho nas empresas apoiadas não constitui um objetivo primordial destas políticas – que, tipicamente, são concebidas para promover a produtividade, a inovação e a internacionalização das empresas, bem como a alteração do perfil de especialização da economia – pode afirmar-se que o custo médio do apoio público por emprego gerado é globalmente modesto. Ficha Técnica do Estudo Autores: Ricardo Paes Mamede, Teresa Fernandes e Ana Alexandrino da Silva Período de referência do estudo: 1999-2008. Fontes de dados: Quadros de Pessoal do GEP/MSSS, INE e Autoridade de Gestão do Compete Data de conclusão do estudo: Maio de 2013. Entidade responsável: Observatório do QREN Custo: 9.900 euros. http://www.observatorio.pt/ Maio 2013