ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO (COPING) DE FILHOS QUE TÊM A MÃE OU O PAI INTERNADOS EM
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
Fernanda de Azevedo Lima**
(FACULDADE ESTÁCIO DO RECIFE – RECIFE – PE)
Maria Cristina Lopes de Almeida Amazonas –
(UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO – UNICAP – RECIFE – PE)
Walfrido Nunes de Menezes
(FACULDADE ESTÁCIO DO RECIFE – RECIFE – PE)
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o setor de um hospital que oferece cuidados aos pacientes que apresentam
instabilidade clínica grave ou não, através de atenção constante e especializada. Seu ambiente, frequentemente, é
avaliado como altamente estressante. Diante disso, a hospitalização de um familiar neste local, pode gerar stress.
Este é uma reação particular entre a pessoa e o ambiente, que é avaliada por ela como excedendo seus recursos.
Se tal hospitalização for percebida desta forma, isso pode exigir uma adaptação. A forma como os indivíduos
enfrentam esses eventos estressores é chamada de coping, termo cujo correspondente em português é estratégias
de enfrentamento. Assim sendo, este estudo teve como objetivo verificar as estratégias de enfrentamento utilizadas
por filhos adultos que possuem a mãe ou o pai internado em uma UTI de um Hospital particular da cidade do Recife.
Para isto foi realizada uma pesquisa quantitativa. Participaram 30 filhos, de ambos os sexos, que responderam: Uma
Ficha Sócio Demográfica e o Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus (1985), adaptado por Savóia
et al. (1996). Na análise dos dados foi avaliado as estratégias predominantes e foram calculados os Coeficientes de
Correlação de Spearman entre as variáveis (religião, faixa etária e escolaridade), com as 66 questões do inventário.
Para isso foi utilizado o software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 17.0. As estratégias que
predominaram foram: Reavaliação Positiva (97%); Suporte Social (93%) e Resolução de Problemas (77%). Isto
aponta que eles estão lidando com a situação, buscando reagir e se reorganizar, pois, estas estratégias, tendem a
reduzir a aflição, os riscos de desordens e as tensões emocionais. Pôde-se perceber, ainda, que houve uma
correlação significativa negativa entre religião e a questão 51 (Prometi a mim mesmo que as coisas seriam diferentes
da próxima vez); no referente à correlação entre faixa etária dos filhos e as questões do inventário, constatou-se que
houve uma correlação significativa positiva com a questão 14 (Procurei guardar para mim mesmo (a) os meus
sentimentos) e houve uma correlação significativa positiva entre o grau de escolaridade dos filhos e a questão 2
(Tentei analisar o problema para entendê-lo melhor). Estes resultados podem subsidiar uma prática mais efetiva da
equipe de saúde junto a essa população. Destaque-se aqui a importância do psicólogo hospitalar e a teoria cognitiva
comportamental nestas intervenções, uma vez que um de seus focos é, justamente, trabalhar essas estratégias.
Palavras chave: Unidade de Terapia Intensiva; Stress; Estratégias de Enfrentamento.
Área Temática: Intervenções na área da saúde.
Comunicações Orais.
C749 Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas (10. : 2015 : Porto de Galinhas)
Programa e resumo do X Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas / Carmem Beatriz Neufeld, Aline Sardinha e Priscila de Camargo Palma
(organizadoras). – Porto de Galinhas: Federação Brasileira de Terapias Cognitivas, 2015.
ISBN 978-85-66867-01-5
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(coping) de filhos que têm a mãe ou o pai internados em uma