editorial comentários do editor Tocando de longe E u sempre fui fascinado pelo jeito que a tecnologia que criamos para nos ajudar a fazer um trabalho, muitas vezes, nos leva para outras direções, nos instigando a desenvolver algo nunca considerado antes. Por exemplo, quem teria imaginado que computadores antigos, como o Commodore 64 e o Atari ST, tornariam possível o sequenciamento MIDI que, pelas capacidades de quantizar e copiar/colar, deu origem a uma geração inteira de dance music, que ainda influencia a música pop de hoje em dia, um quarto de século depois? Então temos o Auto-Tune, um software originalmente projetado para afinar vocais levemente imperfeitos, com efeitos colaterais mínimos, mas que (pelo menos no interesse do público ouvinte) seria mais bem conhecido pelos artefatos robóticos que ele cria quando suas configurações são intencionalmente malajustadas. Agora é a vez do tablet da Apple, o iPad, fazer a diferença. Até agora, as opiniões permanecem divididas, com algumas pessoas alegando que ele é só um grande iPhone que não faz ligações telefônicas, enquanto outros preveem todos os tipos de possibilidades surgindo. Eu acho que é como um controlador sensível ao toque com conectividade wireless que ele mostra maior potencial. Enquanto o iPhone já criou algumas úteis aplicações de controle, o tamanho pequeno da tela sempre vai ser uma limitação. Se a Apple já não estiver criando um aplicativo para permitir que o iPad seja usado como um controlador de transporte/mixador para o Logic Pro, eles não olham tanto para o futuro como eu sempre acreditei, mas a verdadeira inovação provavelmente virá de empresas terceirizadas que podem ver possibilidades que outros ainda nem consideraram. Eu não estou dizendo que vejo mais à frente no futuro do que ninguém, mas entre as aplicações mais óbvias do iPad vejo um controlador via Wi-Fi de consoles de mixagem e controladores de iluminação para pequenos eventos (onde o iPad age como o controle remoto para equipamentos com Wi-Fi), reprodução de trilhas e playbacks, reprodução de efeitos sonoros no teatro e controladores multifunções como o Dexter e o Lemur da Jazz Mutant. Ele também seria um útil controlador móvel para qualquer pessoa com múltiplos sistemas de som em casa, ligados a um sistema de distribuição de áudio Wi-Fi como o Airport Extreme da Apple. No estúdio, um controlador remoto pode permitir que a DAW controle uma bateria dos bastidores, de dentro de uma sala de gravação de voz ou ao tocar em um local ao vivo, e enquanto há dispositivos de hardware existentes que já podem fazer isso, a vantagem de uma tela maior aponta para a possibilidade de controles mais sofisticados. Até mesmo usar um iPad para proporcionar um espelho de uma tela da DAW dentro de uma sala de gravação já seria incrivelmente útil, mas eu tenho a sensação de que a ideia mais criativa ainda está por vir. Eu não posso deixar de me perguntar que efeito esta tecnologia vai ter na nossa criação musical dentro de mais 25 anos. Por último, preciso dizer que estou muito feliz porque Julho de 2010 é um mês histórico! Estamos lançando a versão em português da nossa revista e ficamos muito orgulhosos por alcançar também os leitores brasileiros! Nós, da Sound On Sound, esperamos ajudá-los com nossos artigos, testes e todo o conteúdo da revista, assim como, trocar experiências com este grande país que é famoso por seus engenheiros, produtores, músicos e sua inconfundível música. Olá Brasil! 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