"O verdadeiro é o todo."
Georg Hegel
Hegel: o
evangelista
do absoluto
By zéck
Biografia
► Georg
Wilhelm F. Hegel (1770(1770-1831)
► Nasceu em Stuttgart. Foi colega de
Schelling.
► Influências – Spinoza, Kant e Rousseau.
► Era também fascinado pela Revolução
Francesa.
Principais obras
►A
Fenomenologia do Espírito (1806)
1806); A
ciência da Lógica (1812)
1812); A Filosofia da
História (1818)
1818); e a Filosofia do Direito
1821)).
1821
Teoria
► Suas
obras de fato são difíceis de serem
lidas.. Hegel não apreciava a clareza de
lidas
pensamento, da qual era crítico
crítico.. Para ele, a
totalidade (o infinito, a coisa
coisa--emem-si) era
necessariamente obscura, daí a conclusão
de que a clareza não era adequada para
conceituar o objeto
objeto..
Filósofo da Totalidade
Em certo sentido, a filosofia de Hegel pode
ser vista como uma fusão das filosofias de
Fichte e de Schelling.
► Como Schelling, Hegel via a realidade como
uma unidade orgânica, uma unidade que
não estava numa condição estável, mas
num
constante
processo
de
desenvolvimento;;
desenvolvimento
►
A meta final desse desenvolvimento,
segundo Hegel e Schelling, era a obtenção
do autoauto-reconhecimento e do auto
auto-entendimento..
entendimento
► Contudo, Hegel discordava de Schelling ao
afirmar que a essência deste processo era
espiritual e não material:
material: “O real é racional,
o racional é real.
real.”
►
Noutras palavras, a mente ou espírito não é
um “produto” do processo da natureza, mas
é a sua própria realidade constituinte.
► Assim, o Espírito (Geist) é o sujeito do
processo histórico que constitui a realidade
realidade..
►
Geist
►
Geist é uma palavra que designa algo entre
a mente e o espírito
espírito.. É a existência mesmo
mesmo..
A essência última do ser:
ser: e o processo
histórico inteiro que constitui a realidade é
desenvolvimento
de
Geist rumo à
autoconsciência e ao autoconhecimento
autoconhecimento..
► Essa
posição ficou conhecida como
“idealismo absoluto”.
absoluto”.
A Lei da Mudança
Hegel, assim como Heráclito, via tudo como
tendo se desenvolvido
desenvolvido.. Tudo o que existe é
o resultado de um processo;
processo; portanto
pensava ele, entender, em qualquer área
ampla da realidade, envolve sempre
entender um processo de mudança
mudança..
► Esta mudança é sempre inteligível, nunca
totalmente arbitrária
arbitrária..
►
Todo estado de coisas contém em si
elementos conflitantes, e estes elementos
são desestabilizadores
desestabilizadores..
► Estes conflitos têm de se processar até
alcançarem uma solução, e esta constituirá
então um novo estado de coisas
coisas..
► Hegel
denominou este processo de
dialético..
dialético
►
A Dialética
Tese → estado de coisas inicial;
► Antítese → reação que a tese sempre
provoca, são as forças que se contrapõem à
tese;;
tese
► Síntese → a tensão ou o conflito entre a
tese e a antítese “resultam” numa nova
situação que elimina elementos de ambas,
mas retém também elementos de ambas
ambas..
►
A Síntese
Mas, o novo estado de coisas gerado pela
síntese contém em germe novos conflitos, e
se torna o início de uma nova tríade de
tese, antítese e síntese
síntese..
► É por isso, diz Hegel, que nada permanece
o mesmo, e tudo está sempre mudando
mudando::
ideias, religião, artes, ciências, economia,
etc...
etc...
►
Zeitgeist
► Mudanças
são o produto de forças
históricas,
portanto,
nós
enquanto
indivíduos nada podemos fazer para dirigilas. Cabe-nos humildemente obedecer o
Zeitgeist, o espírito do tempo.
A alienação
►A
alienação
é
um
processo
de
estranhamento em relação a algo com que
deveríamos nos identificar. Por exemplo as
instituições sociais.
O fim da história
►A
única coisa que poderia por fim ao
processo de desenvolvimento seria uma
situação livre de conflitos. Segundo Hegel,
este estado ideal ocorreria quando o
indivíduo comportar-se harmoniosamente
em relação à totalidade orgânica social.
► Esta
situação livre de conflito ocorrerá
quando o indivíduo livrar-se do seu estado
de alienação, isto é, quando o Geist vier a
se conhecer a si mesmo como a realidade
última, e se aperceber de que tudo o que
até então ele tinha considerado como alheio
a si mesmo é de fato uma parte de si
mesmo, não em conflito consigo mesmo.
O culto do Estado
► Do
ponto de vista histórico e social, esta situação
livre de conflitos foi interpretada pelos hegelianos
de direita (C. F. Göschel, J. E. Erdmann) como
sendo a monarquia constitucional da Prússia do
século XIX. Estes intérpretes utilizam a razão
hegeliana para justificar as verdades religiosas.
► Isto vai desembocar em uma espécie de culto do
Estado que culminará com a ascensão de Adolf
Hitler, no século XX.
A esquerda hegeliana
Os hegelianos de esquerda (Max Stirner,
Ludwig Feuerbach, Karl Marx) acreditavam
que era necessária uma mudança radical,
revolucionária, antes que a sociedade ideal
pudesse ser alcançada.
► Como sabemos, Karl Marx vai afirmar que o
fim da história ocorreria quando a sociedade
Comunista fosse alcançada.
►
Três ideias-chave
► 1.
A realidade é um processo histórico que,
portanto, só pode ser entendido em termos
de como vem a ser o que é, e também de
como, neste exato momento, está se
tornando algo diferente.
► 2.
A história do mundo tem uma estrutura
racional e que a chave para entender a
estrutura é a lei da mudança, em outras
palavras, a dialética.
► 3.
A alienação → o homem, no processo de
construção de sua própria civilização, cria
toda sorte de instituições e regras e ideias
(Estado, Religião, Escola, etc) que então se
tornam coerções sobre ele, externas a ele,
apesar de terem sido sua própria invenção.
O legado de Hegel
►O
grau de influência da filosofia de Hegel no
pensamento
posterior
pode
ser
demonstrado pelo fato de que muito que foi
escrito depois foi, ou um desdobramento de
suas ideias, ou uma reação a elas. Assim,
enquanto que o existencialismo de
Kierkegaard pode ser visto como uma
virulenta reação a Hegel, o marxismo pode
ser
visto
como
uma
interessante
interpretação do hegelianismo.
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