Imperialismo e cultura Eurocentrismo, tecnologia e totalitarismos Hegel: o fim história “A história universal vai do leste para oeste, pois a Europa é o fim da história universal, e a Ásia é o começo” Georg Hegel (1770 – 1831) Os “orientais” segundo Hegel “Os orientais ainda não sabem que o espírito, ou o homem como tal, é livre em si mesmo; e porque não o sabem, eles não o são. Eles sabem apenas que só um ser humano é livre, mas por isso mesmo tal liberdade é apenas arbitrariedade, barbárie e embrutecimento reprimidos, ou suavidade da paixão, mansidão dessa mesma paixão que é apenas contingência da natureza ou capricho. Esse único é, consequentemente, um déspota, e não um homem livre” Hegel: o cristianismo como “salto” histórico [Para o cristianismo] “o homem é considerado como homem por sua natureza universal em Deus; cada indivíduo é objeto da graça de Deus e do objetivo final divino: Deus quer que todos os homens sejam bem-aventurados. A rigor, o homem, já como homem e sem qualquer particularidade, tem valor infinito, e exatamente esse valor supera toda a particularidade do nascimento e da pátria.” O fardo do homem branco (Rudyard Kipling, poeta britânico) "Assumi o Fardo do Homem Branco, Enviai os melhores dos vossos filhos, Condenai vossos filhos ao exílio, Para que sejam os servidores de seus cativos, Para que velem, pesadamente ajaezados, Os povos sublevados e selvagens, Povos recém-dominados, inquietos, Meio demônios, meio infantis. Assumi o Fardo do Homem Branco, Tudo o que fizerdes ou deixardes Servirá a esses povos silenciosos e consumidos, Para pesar vossas mercadorias e vós mesmos." Império mobiliza arte, ciência, cultura e religião “É a arte e a ciência. Retire-as ou desgaste-as e não existirá mais império. O império segue a arte e não vice-versa, como supõem os ingleses.” Poeta inglês William Blake (1757 – 1827) Arte e literatura como instrumentos do império Robinson Crusoé, de Daniel Defoe (1719) é o modelo do europeu que conquista uma ilha exótica, povoada por nativos preguiçosos. Nos séc 18 e 19, o eurocentrismo influenciou a produção cultural e os romances, fazendo com que a soberania europeia se estendesse à maneira de pensar e à imaginação dos dominadores e dominados. O legado imperial ainda afeta as relações entre o ocidente e o mundo por ele colonizado. Professor palestino Edward Said (1935 – 2003) • Os últimos anos do século XIX e os primeiros do XX foram marcados pelo cientificismo (a convicção de que a ciência e a técnica poderiam resolver os problemas básicos da humanidade ): • estudo da natureza (evolucionismo de Darwin) • da sociedade (positivismo de Comte e o darwinismo social de Spencer) • direito e psiquiatria (com a antropologia criminal de Cesare Lombroso e Enrico Ferri) Novas invenções começam a alterar radicalmente as formas de perceber o tempo e o espaço O emergente comércio mundial exigia informações rápidas O emergente comércio mundial exigia informações rápidas Amarração de um cabo marítimo. O emergente comércio mundial exigia informações rápidas 1914 – 1918: guerra imperialista • Redesenho do mundo • Novas tecnologias de destruição • Des-humanização do homem Europa inventa o humanismo racista “Não há nada mais coerente que um humanismo racista; o europeu só se tornou homem após gerar escravos e monstros”. Filósofo francês Jean Paul Sartre (1905 – 1980) A arte registra a vida na grande metrópole capitalista As senhoritas d’Avignon (1907) Ulysses – James Joyce (1921) Sagração da Primavera (Stravinsky, 1913) • A coreografia, liderada por Nijinsky, rompeu com o balé clássico, ao colocar o corpo em evidência Revolução nas artes cênicas Isadora Duncan Josephine Baker Mal estar na literatura Franz Kafka André Breton Mal estar na arte: Dadaísmo Tristan Tzara Como fazer um poema dadaísta Brasil: Semana de 1922 A questão da identidade nacional GV: o Estado moderno Ordem e Progresso • Guerra às oligarquias (bombardeio de São Paulo, em 1932) • Centralização do Estado • Criação do mito nacional brasileiro • “Marcha rumo ao Oeste” • Industrialização Anos 20 -30: os Estados fortes • • • • • • Espanha: Francisco Franco Portugal: Oliveira Salazar Itália: Benito Mussolini Estados Unidos: Franklyn Roosevelt Alemanha: Adolf Hitler URSS: Josef Stalin Anos 30/40: totalitarismo e guerra Começa a era nuclear Guerra Fria Harry Truman Josef Stalin