Campinas, 05 de maio de 2014
ANO XXVIII - Nº 525
www.sindae.org.br - Gestão 2012-2016
Auditoria da Sanasa consta problemas
e lote de uniformes é devolvido
Ação da empresa é resultado de ofício enviado pelo Sindae em fevereiro
Em reunião realizada no Almoxarifado Central na segunda-feira,
dia 28 de abril, dirigentes do Sindae
foram informados de que a Sanasa
realizou uma auditoria e constatou
problemas em um lote inteiro de
uniformes, que foi devolvido ao fornecedor. O procedimento da empresa é resultado de ofício enviado pela
entidade sindical no dia 6 de fevereiro de 2014, onde apontamos diversos problemas nos uniformes.
O documento do Sindae refletia
as inúmeras reclamações dos trabalhadores com os novos uniformes,
que iam desde qualidade ruim do
tecido, passando pela costura e acabamento, até o desconforto das camisas, que até agora só tem três botões e dificulta o próprio uso. Além
disso, a faixa refletiva, embora seja
uma exigência legal, em função do
calor, provoca aquecimento e causa
irritações na pele dos usuários.
Por conta da denúncia da entidade sindical, a empresa decidiu realizar uma auditoria no material que
estava sendo fornecido. E constatou
que os uniformes não estavam de
acordo nem com o previa o edital
da licitação e nem com o que foi estabelecido no contrato. A auditoria
da Sanasa constatou irregularidades
na qualidade do material, no acabamento e até mesmo na padronização, ou falta dela, dos tamanhos das
peças de roupas.
O fornecedor recebeu uma “notificação de desconformidade” e teve
devolvido um lote inteiro de uniformes com problemas para que fossem adotadas as providências necessárias. Com isso, quem precisar de
uniformes novos nos próximos dias
deve se preparar, porque não existem informações concretas sobre se
o fornecedor tem estoque suficiente
para substituir o lote devolvido.
A direção do Sindae cumpriu o
seu papel. Ouviu as reclamações dos
trabalhadores, analisou os uniformes, constatou que eles realmente
apresentavam problemas e encaminhou documento à Sanasa solicitando providências. Agora, esperamos
que a empresa faça marcação cerrada em cima do fornecedor para que
ele cumpra o contrato e entregue
uniformes em perfeitas condições
de uso.
O uniforme é um equipamento
de proteção individual (EPI) do trabalhador. Exatamente por isso, ele
deve proteger e não provocar desconforto, a ponto de dificultar até
mesmo a execução das tarefas.
CAMPANHA SALARIAL/2014
Empresa diz que apresenta
contraproposta até 9 de maio
A pauta de reivindicações da
Campanha Salarial/2014, aprovada pelos trabalhadores na assembleia realizada no dia 11 de
abril, foi protocolizada na diretoria da Sanasa 15 de abril. No
entanto, somente no último dia
29, terça-feira, houve um primeiro contato por parte da empresa; e ainda assim apenas uma
conversa, sem que houvesse negociações propriamente ditas.
Nesta conversa inicial com os
dirigentes sindicais, os representantes da empresa informaram
que estão analisando ponto por
ponto da nossa pauta de reivindicações. E até o dia 9 de maio,
pretendem apresentar, por escrito, uma contraproposta para, a
partir daí, iniciarmos o processo
de negociações.
Portanto, vamos aguardar a
apresentação desta contraproposta. Vamos ver o que a empresa nos reserva. Até lá, os
trabalhadores devem continuar
atentos e discutindo a campanha
salarial nos seus locais de trabalho.
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05/05/2014
O REGISGTRO
No ano passado ocorreram 68
acidentes de trabalho na Sanasa
Situação exige reflexão séria e ações voltadas para a prevenção
Durante todo o ano passado
foram registrados na Sanasa 68
acidentes de trabalho. Destes,
57 foram considerados acidentes típicos, isto é, ocorreram
nos próprios locais de trabalho.
Houve dois casos de doença
ocupacional. E os outros nove
foram acidentes de percurso, ou
seja, aconteceram no trajeto da
residência para o local de trabalho. Dos nove acidentes de trajeto, oito tiveram motocicletas
como agentes causadores; sendo
sete quedas e um atropelamento.
Estes dados foram obtidos a partir da
análise das cópias das Comunicações
de Acidentes de Trabalho (CATs) que a
empresa, por força do Acordo Coletivo
de Trabalho (ACT), deve enviar para o
Sindae.
Acidentes de trabalho, independente
do número de ocorrências, devem sempre nos manter alertas. Se não é possível evitar, pelo menos deve-se apostar
na prevenção. E isso se faz com campanhas esclarecedoras sobre a importância
e obrigatoriedade do uso de equipamentos individuais de proteção; palestras
que informem sobre formas seguras de
execução das tarefas; e constante vigilância do setor de segurança do trabalho
nos ambientes de trabalho para corrigir
situações que representem riscos à saúde e integridade física do trabalho.
Quando, infelizmente, ocorre um
acidente de trabalho, no caso de haver o
afastamento do trabalho do acidentado,
impõem-se duas visões diferentes sobre o fato. A empresa vê a questão sob
o prisma econômico, isto é, o número
de horas que deixarão de ser trabalhadas pela vítima. E o lado do trabalhador
que, dependendo das consequências do
acidente, pode até ficar incapacitado
para o trabalho em caráter permanente.
Nos casos de reabilitação, o trabalhador é alocado em outro setor
de trabalho. Só que nem sempre
esta alternativa mostra-se positiva
para ele, que se vê privado de alguns direitos em relação aos próprios companheiros de trabalho. O
mapeamento do Plano de Cargos
e Salários, por exemplo, é um dos
muitos problemas que os reabilitados enfrentam.
Nos últimos anos, a direção do
Sindae vem desenvolvendo esforços
para impedir qualquer tipo de diferenciação em relação aos trabalhadores reabilitados. A nossa luta é para que, uma
vez que foram considerados aptos para
o trabalho, ainda que em outro setor,
suas avaliações sejam feitas nas mesmas condições dos demais.
Mas, a melhor forma de evitar tudo
isso é a aposta na prevenção de acidentes de trabalho. Por isso, os dirigentes
sindicais vão continuar insistindo e cobrando da Sanasa a adoção de medidas
eficazes para proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
Por iniciativa do Consórcio
das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ)
foi realizado em Piracaia nesta
sexta-feira, 25 de abril, o manifesto “Salvem o Cantareira –
Água para todos”. Para marcar
o evento e chamar a atenção da
população para o problema, o
ato foi realizado em cima de um
dos braços secos do reservatório
Jaguari-Jacareí, o maior do Sistema Cantareira.
Ambientalistas, vereadores e
prefeitos das cidades abrangidas
pelas bacias destes rios, depu-
tados estaduais e federais marcaram presença. Dirigentes do
Sindae também participarem do
evento, que foi um marco na luta
pelo uso racional da água.
O cenário é assustador. Onde
antes havia água em abundância,
agora é só vegetação rasteira e
terra esturricada. Quem viu o reservatório cheio e hoje se depara
com este cenário mal contém as
lágrimas de decepção e revolta
pelo descaso de quem poderia ter
evitado que a situação chegasse
a este ponto.
No manifesto “Salvem o Can-
tareira – Água para todos”, os
representantes do Consórcio PCJ
destacaram a natureza do evento: “chamar a atenção de todos
para os reflexos que a falta de
água vem causando e ainda poderão causar nos abastecimentos
públicos, produção industrial,
agricultura e turismo dessas regiões (Bacias PCJ e Alto Tietê),
que representam juntas 14% do
PIB nacional, sendo respectivamente, o 1º e o 3º parque industrial do Brasil”.
EXPEDIENTE
Salvem o Cantareira – Água para todos
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Empresa diz que apresenta contraproposta até 9 de maio