Registrado sob nº 133
ISSN 1807-3441
Uso de corantes naturais: vantagens para o meio ambiente
MARIA CECILIA ROSINSKI LIMA GOMES
[email protected]
Prof(ª) MELISSA UMATA LUCATO
Universidade Estadual do Centro-Oeste
Palavras-chave: TÓXICOS, CORANTES NATURAIS, MEIO AMBIENTE
Por
serem
de
fácil
obtenção,
os
corantes
artificiais
como
o
E110,
ácido
cítrico,
escarlate GN e azul de idrateno, dominaram o mercado por muito tempo. Possuem menor
custo, maior estabilidade e capacidade tintorial. Com o avanço das ciências toxicológicas
e ambientais percebeu-se que suas vantagens são de curto prazo, despertando interesses
sobre a capacidade vegetal, mineral e animal de colorir a matéria (corantes naturais).Por
isto é objetivo deste trabalho mostrar as vantagens do uso de elementos do meio ambiente
nos processos de coloração e as desvantagens dos corantes artificiais. A cada ano é menor
o número de corantes artificiais liberados .A maior preocupação provém de efeitos tóxicos
e
cancerígenos.
Os
processos
de
fabricação
dos
corantes
artificiais
geram resíduos
tóxicos, além de ser indispensável a utilização combinada de outros produtos, devido à
dificuldade de fixação das anilinas químicas. Na indústria de tecidos o problema é maior,
considerando-se
que
o
montante
(como tensoativos, ácidos, etc) é
de tipos
de
corantes
e
produtos
químicos
auxiliares
aumentado. Os processos de tingimento artificial geram
resíduos tóxicos que devem ser levados a sistemas de tratamento para depuração físico-
química de eletrocoagulação, por exemplo. Tais procedimentos são de alto custo e na
maioria não são feitos: os resíduos de corantes, substâncias metálicas, neutralizantes,
sequestrantes,
entre
outros,
são
despejados
nos
corpos
d’agua.
Por
não
serem
biodegradáveis, permanecem muito tempo poluindo solo e água. Como os corantes naturais
nem sempre estão presentes naturalmente nos tecidos, alimentos etc, para sua fixação é
necessária a presença de certos metais (mordentes). Os metais podem ser substituídos por
“mordentes” naturais como o alume (pedra-ume), além de poderem ser solvidos por álcool ou
óleo mineral, sem a necessidade de fixadores. Os maiores benefícios destes corantes são a
fácil obtenção, cultivo e baixíssimo custo com grande diversidade. São usadas sementes
como a do urucum, folhas de laranjeira e até resíduos da atividade madeireira como lascas
de tronco de cedro. Deste modo, foi concluído que para todos os corantes é necessário
utilizar-se de aditivos em simultâneo porque eles próprios se degradam e precisam de
outros para se estabilizar. Portanto, os corantes naturais não estão livres do rótulo
“poluidor” mas são ecologicamente mais viáveis, se levados em conta sua disponibilidade,
preparação e disposição de resíduos de fabricação e extração.
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