Análise Estatística Mercado português Janeiro a Novembro de 200 Cruzeiros no Porto de Lisboa Cresce a venda de bilhetes BSP, estagna a tarifa média Só faltou bater o recorde de passageiros em turnaround As agências de viagens portugueses venderam até Novembro, inclusive, 1,79 milhões bilhetes BSP, mais 52.261 ou mais 3% que no período homólogo de 2007, e é este dinamismo que sustenta o crescimento do mercado, uma vez que a tarifa média apenas sobe 2,21 euros. Os dados mais recentes da IATA sobre o mercado BSP Portugal, actualmente com 101 companhias aéreas e 920 agências de viagens, indicam um crescimento de Janeiro a Novembro em 3,5%, para 865,54 milhões de euros, enquanto a tarifa média apenas sobe 0,5%, para 481,68 euros. A tendência torna-se ainda mais evidente quando se compara com o período homólogo de 2006. Neste caso, o crescimento das vendas totais é em 6,1%, pelo aumento em 5,2% do número de bilhetes vendidos, enquanto a subida da tarifa média fica em 0,9%. Os dados da IATA relativos a Novembro mostram que no caso deste mês, porém, foi a queda do número de bilhetes vendidos que mais acentuou a descida do BSP. Em Novembro venderam-se 139,59 mil bilhetes BSP, menos 3,2% ou menos 4,6 mil que no mês homólogo de 2007, enquanto a tarifa média desceu 0,4% ou 2,24 euros, para 517,74 euros, levando a uma queda do volume de vendas em 3,6%, para 72,27 milhões de euros. Quando se compara com o mês de Novembro de 2006, a descida do volume de vendas BSP situa-se em 3,3%, por uma descida em 8,4% do número de bilhetes vendidos, que anula a subida da tarifa média em 5,6%. A evolução em Novembro de 2008, ainda que negativa face a 2007 e 2006, no entanto está 6 longe de ser comparável com a verificada em outros mercados, designadamente o espanhol e o francês, que são de alguma forma referências para Portugal. Em Espanha o BSP caiu 19% em Novembro e nos onze meses desde o início de 2008 têm uma descida de 8%. Em França, o BSP também caiu 19% em Novembro e nos onze meses a descida está em 2%. Ainda assim, em 2008 ainda não tinham ocorrido dois meses consecutivos de queda do BSP. Em Outubro, o BSP baixou 1,2%, pela descida da tarifa média em 3,1%, que anulou a subida do número de bilhetes vendidos em 2%. O balanço possível do último trimestre de 2008 (meses de Outubro e Novembro), marcado pelo acentuar da crise financeira global e seus impactos na chamada economia real, mostra uma queda das vendas BSP em 2,3%, por uma diminuição do número de bilhetes vendidos em 2,3% e uma redução da tarifa média em 1,9% Estas comparações, porém, comportam o erro associado a partirem do pressuposto que o mercado tem comportamentos uniformes, o que não é o caso, tanto no que diz respeito aos períodos de compra como ao tipo de tarifas compradas. Uma maior ou menor antecedência nas compras para viagens de Natal e Ano Novo, principal pico de tráfego nesta época do ano, levará a um Novembro melhor ou pior, como uma maior procura de voos de longo curso levará a uma tarifa média mais elevada. Ainda assim, os dados do BSP mostram um perfil de evolução sazonal das vendas e tarifa média muito semelhante nos últimos dois anos, o que é muito significativo quando se leva em conta que na primeira metade de 2008 ocorreram fortes aumentos das sobretaxas de combustível e na segunda a tendência foi de ligeiras descidas, pelo menos quando comparadas com a acentuada descida dos preços do petróleo. O que os gráficos parecem indicar é, pois, que a evolução da tarifa média segue muito de perto a evolução da procura, atingindo picos nos meses em que as compras são mais fortes e apresentando os valores mais baixos nos meses de menor dinamismo. Este perfil reflecte a tradicional subida de preços dos voos nos períodos de alta da procura, bem como, em termos de tarifa média, também espelhará maiores ou menores incidências da procura de viagens de lazer. A convicção no mercado é de que o balanço positivo do BSP este ano é sustentado num comportamento favorável da procura do segmento corporate, que concentra fortemente as suas compras nos destinos europeus, pela cada vez maior integração da economia portuguesa no espaço da União Europeia e designadamente da Zona Euro. O Porto de Lisboa nunca teve tantas escalas e tantos de passageiros de cruzeiros como em 2008, e apenas com o balanço até ao final de Novembro, o qual mostra que apenas ficou por atingir o recorde de 2000 em passageiros que começam ou acabam cruzeiros na capital portuguesa. De Janeiro a Novembro, o Porto de Lisboa recebeu 295 escalas de navios de cruzeiros, mais 39 que em todo o ano de 2007 e mais 51 na comparação com o período homólogo de 2007, bem como se acentuou a tendência para a capital portuguesa receber navios de maiores dimensões, o que permitiu subir a média de passageiros por navio em 12,2%, para 1.299,4. Estes dois factores levaram a um aumento em 35,6% no total de passageiros de cruzeiro no Porto de Lisboa, para 383.329, que é novo recorde e supera o total de 2007 em 78.144. O crescimento face ao período homólogo de 2007 ocorre tanto nos passageiros em turnaround (que começa ou acabam cruzeiros em Lisboa), que sobe 20,9%, para 34.477, como nos passageiros em trânsito, que por um aumento em 37,3%, para 348.852, atinge um novo recorde e supera o total do ano de 2007 em 75.377. O número de passageiros em turnaround também já superou o total de 2007, em 1.037, mas neste caso ainda fica longe da marca de 77.669 passageiros, atingida no ano 2000. Os dados da APL – Administração do Porto de Lisboa sobre o movimento de cruzeiros indicam que o mês de Novembro divergiu da tendência do ano, com a comparação com o período homólogo de 2007 a indicar menos duas escalas, para 28, e menos 6,2 mil passageiros (-15,5%), para 40.254. Esta descida, também de forma diferente em relação à tendência de 2008, centrou-se nos passageiros em trânsito (-22,6%, para 35.422), enquanto no segmento turnaround se verificou um crescimento em 36,9%, para 6.617. REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 Análise Estatística Janeiro a Outubro Em Novembro Cruzeiros em portos portugueses crescem 30,4% e atingem 652.465 passageiros em trânsito Movimento nos aeroportos portugueses cai menos que a descida média a nível mundial Os portos marítimos portugueses acolheram entre Janeiro e Outubro de 2008 652.465 passageiros de cruzeiros em trânsito pela costa de Portugal, mais 30,4% ou mais 152.296 que no período homólogo de 2007. O Porto de Lisboa é o que mais contribui para este crescimento, com u m a c r é s c i m o d e 9 7. 5 1 8 , p a r a 321.702, e o Funchal teve a segunda maior contribuição, com mais 51.089, para 265.521. Lisboa representou assim 49,3% dos passageiros em trânsito nos portos portugueses e o Funchal, 40,7%, segundo dados dos Portos Marítimos d i v u l g a d o s p e l o Tu r i s m o d e P o r t u gal. O Porto dos Açores é o terceiro com mais peso, tendo um total de 31.252 passageiros (4,8% do total), mas em queda de 10.457 face ao período h o m ó l o g o d e 2 0 0 7. Depois vêm o Porto Douro/Leixões, com 24.282 (3,7% do total), mais 9 . 0 9 7 q u e e m 2 0 0 7, e P o r t i m ã o , c o m 9.708 passageiros em trânsito (15% do total), mais 5.049 que nos p r i m e i r o s d e z m e s e s d o a n o a n t e r i o r. A i n f o r m a ç ã o d o Tu r i s m o d e P o r t u gal indica que entre Janeiro e Outubro de 2008 os portos portugueses receberam 534 escalas de cruzeiro, mais 44 que no período h o m ó l o g o d e 2 0 0 7. L i s b o a l i d e r o u c o m 2 6 7, m a i s 5 3 q u e no ano a n t e r i o r, seguindo-se Funchal, com 174, mais duas, Douro/ Leixões, com 51, mais 13, Portimão, com 22, mais duas, e Ponta Delgada, c o m 2 0 , m e n o s 2 6 q u e e m 2 0 0 7. Para o mês de Outubro, o total de escalas indica um aumento de dez, para 81, das quais 36 em Lisboa (+10), 28 no Funchal (o mesmo em que em 2007), seis em Ponta Delgada (+1), seis no Douro/Leixões (o mesmo número que em 2007) e cinco em Portimão (-1). Em número de passageiros em trânsito, o crescimento em Outubro foi em 13,5% ou 12mil, para 100.594, com o Porto de Lisboa a somar 43.897 (43,6% do total). REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 O movimento de passageiros nos aeroportos portugueses teve uma queda de 3,5% no mês de Novembro, acompanhando, mas de forma menos pronunciada, a evolução verificada a nível mundial pelo ACI - Airports Council International, que indica uma queda no mês em 7,8%. O ACI, que se baseia nos dados de 165 aeroportos "chave", indica que em Novembro a queda foi comum aos segmentos de voos internacionais e domésticos, com o primeiro, que se mantinha o "motor" do crescimento, a ter uma descida em 5,8% e o segundo a baixar 8,5%. Por regiões, o ACI indica que na Europa a queda foi de 8,4%, sendo apenas inferior à verificada na América do Norte, onde atingiu os 12,8%. Os dados da ANA para os aeroportos portugueses indicam que no Continente apenas caiu Lisboa, que é o maior aeroporto do País, tendo um movimento de passageiros que em nos dois da Madeira, para 2,4 milhões, e uma queda em 1,3%, para 1,19 milhões, nos quatro dos Açores. O balanço do ACI para este período mostra um crescimento pela margem mínima, em 0,1%, pelo aumento do tráfego internacional, em 2,5%, que compensa a queda no doméstico em 1,8%. A Europa é a região que apresenta a menor taxa de crescimento nesses onze meses, em 0,6%, apenas melhor que na América do Norte, onde ocorre uma queda em 2,9%. Os dados da ANA sobre os aeroportos portugueses nos onze meses de Janeiro a Novembro mostram que o crescimento no Continente é sustentado principalmente pelo Aeroporto do Porto, em 14,6%, para 4,2 milhões, associado ao aumento em 1,7% em Lisboa, para 12,65 milhões, enquanto Faro tem uma ligeira queda, em 0,2%, para 5,29 milhões. Para os Açores, os dados da ANA indicam descidas em Ponta Delgada, em 2,4%, para Novembro equivaleu a 54,6% do total de embarques e desembarques no País. Lisboa baixou 5,9%, para 908,26 mil passageiros, o que levou a uma queda média de 2,9% nos aeroportos do Continente, para 1,422 milhões, embora o Porto tivesse crescido 1,3%, para 285,36 mil, e Faro, 1,8%, para 228,9 mil. Para os Açores, os dados da ANA indicam uma queda média em 5,8%, para 70,6 mil, com -3,9% em Ponta Delgada, maior aeroporto da região, com 72,6% dos passageiros de e para a Região no mês, e -28,4% em Santa Maria, enquanto a Horta cresceu 1,3% e as Flores, 17,7%. Para a Madeira, os dados da ANA indicam uma descida do número de passageiros em 7,4%, para 168,9 mil, com quedas em 6% no Funchal, para 163,28 mil, e em 35,9% no Porto Santo, para 5,6 mil. Para os onze meses de Janeiro a Novembro, os dados da ANA indicam um crescimento do número de passageiros em 3%, 25,738 milhões, com crescimentos em 3,5% nos três aeroportos do Continente, para 22,145 milhões, e em 0,9% 867,85 mil, e na Horta, em 1,7%, para 186,67 mil, e subidas em Santa Maria, em 5,2%, para 95,28 mil, e Flores, em 9,6%, para 40,6 mil. Na Madeira, o balanço dos onze meses era um crescimento em 0,9%, para 2,4 milhões, com +1,6% no Funchal, para 2,277 milhões, e 10,7% no Porto Santo, para 124,5 mil. Funchal cresce 1,2% em 2008 Os dados de Dezembro já divulgados pelo Aeroporto do Funchal indicam que neste mês teve uma nova queda do tráfego comercial, em 4,2%, mas ainda assim o balanço de 2008 é positivo, apresentando um crescimento em 1,2%, para 2.446.924 passageiros. Este crescimento sustenta-se num aumento em 1,1% do tráfego doméstico, para 1.063.921 passageiros que associado ao aumento em 14,2% do tráfego com países da União Europeia não Schengen, para 609.539, compensa a queda nos voos internacionais de e para o espaço Schengen em 8,4%, para 705.906. 7 Análise Estatística Ocupação dos hotéis portugueses cai em Outubro em todas as categorias A hotelaria portuguesa teve uma queda média da taxa de ocupação dos quartos em 5,78% no mês de Outubro, com descidas em todas as categorias, designadamente nos 5-estrelas e 4-estrelas, que tiveram as quedas mais fortes, respectivamente em 9,2% e em 8,7%, segundo o Hotel Monitor da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal. Nos estabelecimentos de três estrelas a ocupação baixou 2,14% e nos de duas estrelas diminuiu 3,82%.O barómetro, elaborado pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP, com base nos dados fornecidos pelas unidades aderentes ao Hotel Monitor, indica que a queda da ocupação levou a uma descida da RevPAR (receita por quarto disponível), indicador de rentabilização da capacidade mais utilizado na hotelaria, em 5,78%, já que o preço médio por quarto vendido (Average Daily Rate) teve uma subida de 1,59%. O mesmo tipo de evolução é dado pelo Hotel Monitor para o período de Janeiro a Outubro, relativamente ao qual indica uma queda da RevPAR em 2,43%, apesar de um aumento em 1,92% no preço médio dos quartos vendidos, para 68,63 euros. O Hotel Monitor especifica ainda alguns valores por regiões: Porto: em Outubro a subida do preço médio em 9,6% permitiu melhorar a RevPAR em 2,01%, apesar da queda da ocupação em 6,93%. O mesmo tipo de evolução encontra-se para o período de Janeiro a Outubro, no qual a RevPAR sobe 5,09%, pelo aumento do preço médio em 9,63%, enquanto a ocupação cai 4,15%. Coimbra: a ocupação subiu 2,37% em Outubro, mas a descida do preço médio em 2,37% levou a uma queda da RevPAR em 0,99%. Nos dez meses, a RevPAR sobe 3,73%, para 35,60 euros, pelo aumento do preço médio em 5,18%, para 56,23 euros, compensando a queda da ocupação em 1,4%, para 63,31%. Viseu: em Outubro a ocupação baixou 6,23% e o preço médio caiu 28,79%. Nos dez meses, a queda da RevPAR é de 16,98% face a uma descida do preço médio em 3,3%. Oeste: em Outubro a taxa de ocupação melhorou 1,3%, para 64,01%. Nos dez meses a RevPAR sobe 1,43%, pela melhoria da ocupação em 4,33%, que supera o efeito da descida do preço médio em 2,77%. Leiria/Fátima/Templários: a RevPAR subiu 1,72% em Outubro, pelo aumento do preço médio em 12,86%, que compensou a queda da ocupação em 9,88%. No período de Janeiro a Outubro, a RevPAR sobe 5,6%, também pelo aumento do preço médio, em 15,74%, que supera a queda da ocupação em 8,77%. Estoril: a RevPAR cai 16,78%, com quedas na ocupação, em 6,14%, e no preço médio, em 21,9%. Nos dez meses, a RevPAR baixa 5,63%, para 48,98 euros, pela descida da taxa de ocupação em 5,6%. Lisboa: a taxa de ocupação caiu 8,11% em Outubro e o preço médio baixou 3%, para 89,37 euros. No período de Janeiro a Outubro, a RevPAR cai 7,28%, pelo efeito conjugado das descidas da taxa de ocupação, em 5,71%, e preço médio, em 1,67%. Costa Azul: Em Outubro a ocupação subiu 28,42% e o preço médio 1,29%, levando a um aumento em 30,07% da RevPAR. Nos dez meses, a RevPAR sobe 5,03%, pela melhoria da ocupação, em 11,74%, para 61,94%. Alentejo: em Outubro a RevPAR baixou 2,6%, pela descida do preço médio em 6,38%, enquanto a taxa de ocupação subiu 4,03%. No período de Janeiro a Outubro, a RevPAR cai 4,69%, pela descida da ocupação em 5,03%, para 62,48%, que supera o aumento do preço médio em 0,33%. Algarve: em Outubro a taxa de ocupação baixou 9,97%, para 60,44%, e o preço médio desceu 1,8%. Nos dez meses, a RevPAR baixa 1,19%, pela descida da ocupação em 2,61%, para 69,89%, enquanto o preço médio sobe 1,46%. Madeira: em Outubro a RevPAR subiu 4,08%, com aumentos em 5,22% no preço médio e uma descida na ocupação em 1,09%. Nos dez meses, a RevPAR sobe 4,97%, pelo aumento do preço médio em 7,22%, enquanto a ocupação desce 2,11%. Açores: em Outubro a subida do preço médio em 12,72% foi anulada pela queda da ocupação em 17,97%, levando a uma descida da RevPAR em 7,55%. Nos dez meses, o preço médio sobe 6,82% e a ocupação decresce 6,45%. 8 REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 Notíciário REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 9 Noticiário Mondial Assistance em parceria com APAVT A Mo n d i a l A s s i s t a n c e , e m p r e s a líder no mercado mundial de assistência em viagem, é o novo parceiro da APAVT neste domínio, no âmbito do protocolo estabelecido anteriormente entre a associação, a SGS, Allianz e AIDE, empresa que vem substituir. Baseada numa plataforma com mais de 400.000 prestadores de serviços de qualidade certificada e mais de 180 correspondentes internacionais, a Mondial Assistance está representada com centros operacionais em 26 países dos cinco Continentes, sendo um deles Portugal. Com ferramentas informáticas de suporte ao negócio e com possibilidade de criação de produtos à medida “cliente a cl iente”, vai permitir uma melhor resposta global aos associados. Mais informações sobre esta nova parceria poderão ser obtidas através do secretariado da APAVT ou da SGS. Miguel Cymbron é o novo Director Regional de Turismo dos Açores P rofundo conhecedor do trade nacional, Cymbron é licenciado em Direcção e Gestão de Operadores Tu r í s t i c o s , tendo desempenhado 10 cargos nas Pousadas de Portugal, onde durante mais de quatro anos foi sub-chefe de reservas; director comercial no grupo Bensaúde durante três anos; director de vendas e m a r k e t i n g d a B l a n d y Tra v e l ; e m a i s recentemente director comercial do Porto Palácio. REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 REVISTA APAVT • JANEIRO/FEVEREIRO 2009 11