A IMPORTANCIA DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA Angelita Gralak Bernardine – UNICENTRO/ Departamento de Geografia, DEGEO/ Programa de Educação Tutorial- PET [email protected] Resumo: O presente relatório vem delatar as experiências vividas durante o período de estágio supervisionado no ensino fundamental da disciplina de Geografia. O estágio foi realizado no Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro, situado no município de Guarapuava-PR, com a turma da “5ªA”, composta por 33 (trinta e três) alunos, a qual tem como responsável pela disciplina, a professora Flávia C. Coletti. O objetivo dessa prática de estagio foi trabalhar alguns conteúdos que constavam na estrutura curricular do colégio, e a partir disso acrescentar no futuro profissional do graduando. Palavras-chave: pratica de estágio, sala de aula, vivências, Introdução O estágio realizou-se no período de 02 de maio a 30 de maio do ano de 2011. Totalizaram-se 10 horas aulas, sendo destas, 02 foram utilizadas para a observação da turma, para uma maior adaptabilidade, por parte das estagiárias, e as outras 08, para a intervenção dos estágios. Sendo que estas eram distribuídas, durante a semana, da seguinte forma: as aulas eram na parte da tarde, aulas na segunda e na sexta – feira 01 aula. O objetivo dessa prática de estágio foi abordar alguns conteúdos que constavam na estrutura curricular de uma turma de quinta série. Sendo estes: orientação no espaço geográfico; pontos cardeais, colaterais e subcolaterais (rosa dos ventos); instrumentos de orientação; coordenadas geográficas, paralelos e meridianos, latitude e longitude. Para trabalhar com esses conteúdos foram utilizadas várias técnicas de ensino, como a utilização do livro didático; uso da TV pen drive, para mostrar imagens e vídeos relacionados com o conteúdo e textos de apoios montados pelas estagiárias. Trabalhar com esses conteúdos nas séries iniciais, do ensino fundamental, é de suma importância, uma vez que nessa idade, os alunos tem muitas dificuldades para conseguirem se orientar no espaço geográfico, fato este constatado por mim no período de estágio e com a regência foi, esperado de minha parte, diminuir essas dúvidas tidas pelos alunos. A partir desta experiência de estágio supervisionado, buscou-se sucintamente, relatar essa vivência em sala de aula e as atividades desenvolvidas nesta prática, neste trabalho, que é parte do relatório de conclusão da disciplina de Estágio Supervisionado – Ensino Fundamental I. Material e Métodos Para a realização desse relato de experiência do estágio supervisionado utilizou-se a seguinte metodologia, em um primeiro momento buscou-se fazer um levantamento teórico a respeito da importância da prática de estágio supervisionado, Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID 25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400 para graduandos de cursos de licenciatura. Posteriormente, antes de entrar na sala de aula, buscou-se uma preparação realizar os planos de ensino e de aula, exigidos pelo regimento da disciplina, e em sala de aula foram utilizados das mais variadas metodologias, já que cada aula se deu de forma diferente. E por fim apresentar os resultados alcançados em um relatório, sendo que este resumo é parte dele. Resultados e Discussão A prática de estágio é de suma importância para graduandos de cursos de licenciatura, pois é através desta que estes podem perceber, se a carreira de professores é a que querem seguir. Segundo Cavalcanti (2002), não existe uma receita para se dar aula, o que existem, são ideias e métodos para se ensinar, para ela, o caminho mais certo para se desenvolver um tema de ensino em Geografia é, de uma discussão inicial sobre o objetivo do ensino proposto com o estudo daquele assunto, ensino este que para a referida autora, deve ser mediado pelo professor, no qual estejam envolvidos os objetivos, os conteúdos e os métodos de uma forma interdependente. Com isso, deve-se então saber como ensinar os alunos, e a prática de estágio ajuda a construir uma receita própria, pois como a autora coloca que não existem receitas para se dar aula, mas, cada professor deve ter seus métodos e receitas, mas para isso é preciso que se saiba como construir essa receita e para isso precisa-se de experiências, fato que só vai acontecer na pratica. Claro que nem sempre o que se vê dentro das universidades é o que se vai ensinar dentro de uma escola, mas deve-se fazer o possível para dar a melhor aula possível para nossos alunos. Vesentini (1992), defende a idéia do construtivismo no ensino, dentro das escolas. Segundo ele, o objetivo maior do ensino socioconstrutivista, é a construção do conhecimento pelo aluno. É “sócio”, porque é um conhecimento construído pelo professor e pelo aluno, é construtivista porque o aluno constrói, elabora seus conhecimentos, seus métodos de estudos, com a ajuda da cultura socialmente elaborada e com a ajuda do professor. Para Kaercher (2003), a Geografia não é apenas o que esta nos livros, ela esta presente na vida do homem desde quando ele nasce. As pessoas fazem Geografia diariamente, indo a escola de carro ou de ônibus, estas conscientes ou inconscientemente acabam mapeado o trajeto em suas cabeças. Com isso pode-se perceber que, os futuros professores devem, então saber como aproveitar os conhecimentos trazidos à escola, pelos alunos, pois, fazendo isso, estar-se-á praticando o socioconstrutivismo e trazendo a Geografia para perto dos alunos. Através dessas poucas aulas trabalhadas, na prática do estagio, já foi possível perceber, que quando os assuntos estão ligados ao cotidiano dos alunos, o interesse pelo conteúdo, por parte dos estudantes é bem maior, do que quando se fala de lugares distantes, que alguns, nem sequer tinham ouvido falar. É bem obvio que não se encontre, nos dias atuais, crianças que não conheçam os mais diferentes tipos de lugares, pois através da internet é possível conhecer todos os lugares do mundo sem sair de casa. Esse recurso deve ser aproveitado pelo professor, para que ele possa preparar suas aulas, porém, deve estar preparado para trabalhar com os mais variados tipos de alunos, pois assim como ele pode trabalhar em escolas com uma mega infra-estrutura, pode também ter que trabalhar em escolas que, às vezes, não tem nem energia elétrica. Contudo, Cavalcanti (2002), diz que o profissional licenciado não pode deixar de se atualizar, Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID 25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400 pois essas escolas, com pouca infra-estrutura são em números relativamente pequenos, a até mesmo nessas escolas, deve se promover a inclusão de novas tecnologias, e também o professor tem a obrigação de passar os mesmos conteúdos trabalhados em escolas com boa infra-estrutura, nas escolas com pouca infraestrutura, uma vez que, tanto em uma escola quanto em outra os alunos tem o direito de aprender com a mesma eficácia. O estágio funciona como uma “janela do futuro” através da qual o aluno antevê seu próximo modo de viver. Deve ser uma passagem natural do “saber sobre” para o “saber como”; um momento de validação do aprendizado teórico e prático em confronto com a realidade. O Estágio Supervisionado é uma forma eficiente que proporciona um elo entre os mundos acadêmico e profissional ao possibilitar ao estagiário a oportunidade de conhecimento da administração, das diretrizes e do funcionamento das organizações e suas relações com a comunidade. Descrição de algumas atividades desenvolvidas durante o estágio No primeiro dia de aula foi trabalhado com os alunos as maneiras pelas quais pode-se orientar no espaço geográfico, através do Sol, pela Lua e pelas Estrelas. Para trabalhar esse conteúdo, foi utilizado um texto cm conceitos básicos. Em seguida, foi realizada uma dinâmica com os mesmos, conduzindo-os para fora da sala de aula para que, colocassem em prática o que foi explicado em sala. Foi trabalhado também sobre “Instrumentos de orientação”, como a bússola, também foi buscado mostrar a diferença entre pólo geográfico e pólo magnético; foi dado, também, uma breve introdução sobre os instrumentos de orientação mais modernos como o GPS, os satélites, radares e rádios. Para a condução dessa aula, foram utilizados, o livro didático, quadro negro, o mapa, o globo e a TV pendrive, para que os alunos conseguissem visualizar as imagens dos instrumentos. Ao término dessa atividade descritiva, foi realizada uma atividade em grupo com os alunos, sendo que esta foi a confecção de uma bússola. Os materiais utilizados foram levados pelas estagiarias, já que estas acharam perigoso pedir para os alunos levarem agulhas para a sala de aula. Dificuldades encontradas para o desenvolvimento das atividades no estágio Quanto a estrutura da escola, um dos problemas encontrados foi, a questão de ser uma turma de 5ª série com muitos alunos, que ficava em uma sala pequena. Mas isso é uma realidade de todas as escolas públicas e não somente do Colégio Tupy. Esse era um dos principais problemas, que fazia com que a turma fosse agitada, inquieta. Com relação aos materiais didáticos, todos os que foram solicitados, o colégio possuía, em bom estado de conservação e não havia nenhuma restrição para o uso desses materiais, pelas mesmas. Todos da equipe pedagógica, direção e funcionários do colégio foram muito receptivos. A professora, que cedeu suas aulas, não interferiu nas aulas, apenas em momentos de extrema necessidade, como para fazer a chamada. Com relação as dificuldades encontradas para a preparação das aulas, ou melhor, dos planos de aula, foram diversas, contudo, essas dificuldades tidas podem ser resolvidas, com algum tempo de experiência Conclusões A prática do estágio supervisionado é muito importante para graduandos, não somente de cursos de licenciatura, mas de qualquer outro curso, tanto de graduação quanto técnico. Pois é através deste que os futuros profissionais podem perceber se Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID 25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400 essa profissão, realmente supera as expectativas que os mesmos têm em relação a ela. O estágio é bom para que se possa aprimorar as técnicas de trabalho, uma vez que, quando as pessoas fazem um curso de graduação ou cursos técnicos, acham que podem trabalhar de uma forma e por fim acabam se deparando com diversas situações que os abrigam a mudar de estratégias, e a prática de estágio proporciona a oportunidade de conhecer as formas que dão certo, que podem ser aplicadas e as que não dão tão certo assim, que muitas vezes precisam ser repensadas. Mesmo que o tempo de estágio seja pequeno, já é possível se ter uma noção de como se deve trabalhar em sala de aula, ou em qualquer outra profissão. Em fim, a prática de estágio é a oportunidade de ter contato com o futuro profissional precocemente, para que se possa ter uma preparação melhor para ser bons profissionais, e não levar sustos quando situações que podem deixar o profissional de mãos e pés atados, surpreendendo-o. Agradecimentos Agradeço ao Colégio Estadual Antonio Tupy Pinheiro, e a Professora Flavia C. Coletti por terem dado toda uma assistência durante o estagio e também pela disponibilidade em aceitar o estagio dentro do colégio. Referências CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e Pratica de Ensino. Goiana: Alternativa, 2002, p.11-100. VESSENTINI, Jose Willian. In OLIVEIRA. Para onde vai o ensino de Geografia? São Paulo: Contexto, 1991, p.109-124. KAERCHER, N. A. Desafios e utopias no ensino de geografia. In: CASTROGIOVANI. A. C. et al (orgs.) Geografia em sala de aula: praticas e reflexões. Porto Alegre: UFRGS, 2003 Anais do I Fórum das Licenciaturas e III Encontro do PIBID 25 e 26 de outubro de 2011 - ISSN 2237-1400