Brasília, sábado,
26 de abril de 2014
Opinião.
Ar tigos
JORNAL DE BRASÍLIA
Charge
Comentáriosdo
Início de campanha
Mauro Benevides
Deputado Federal pelo PMDB do Ceará
Mesmo antes do prazo regulamentar, é indiscutível que a sucessão presidencial assuma contornos
de movimentação inusitada, notadamente da parte dos que aspiram
a ascender à primeira Magistratura
do País, no prélio a efetivar-se em
06 de outubro deste ano.
Dilma Rousseff, Aécio Neves e
Eduardo Campos, este último, já
com Marina Silva ao lado, utilizam
as modalidades disponíveis a fim de
veicular suas propostas. Transformam propagandas partidárias em
plataformas para divulgar seus projetos, de modo sibilino, como mensagens direcionadas ao eleitorado.
Em meio a tudo isso, os institutos
de pesquisa intensificam as aferições de preferências, mantendo a
titular do Planalto na liderança, embora com discreto decesso, mas, garantindo a pole position, apesar da
redução em seu índice majoritário.
O Ibope e o Datafolha, principalmente, comandarão as aludidas
prospecções, objetivando colher as
variantes percentualizadas, capazes de impor aos candidatos à vaga,
o tom de versatilidade, para alcançar os mais diversos setores da
massa votante.
O recente resultado indicou perda de 04 pontos de Dilma, acendendo a luz amarela na Esplanada,
fato que se constitui um mini-impacto ocasional, suscetível de refazimento nas vindouras rodadas
avaliadoras das inclinações.
Aécio Neves e Eduardo Campos,
mercê de estilos menos convencionais, ouvem marqueteiros competentes, que modificam os programas em algo mais apurado, com
palestras íntimas, repletas de alusões sutis à grande competidora
nesta corrida rumo à conquista de
nova investidura.
A posição, ainda amena, dos dois
oposicionistas, tende a evoluir para
a contundência, quando a árdua refrega estiver intensiva, com ataques incontroláveis, alterando o
padrão das críticas recíprocas, e ensejando a que seja instaurada aquela frase, sempre ocorrente, do “salve-se quem puder!”
Queremismo
Roberto da Silva
Jornalista e escritor
“Abril é o mais cruel dos meses.
Germina lilases na terra morta. Mistura memória e desejo.” Proféticas
palavras do poeta norte-americano
T.S. Eliot (1988/1965) relidas como
epígrafe da nossa cena eleitoral.
Mês cruel. Trás à tona a maldição
das más línguas contra Dilma no
início do seu mandato: “gerentona”
esquentando lugar para o retorno do
messias. O “queremos Lula” aumenta na proporção do medo de
perder as tetas gordas do Estado e da
queda nas pesquisas eleitorais.
Ressurge com o sugestivo nome
de Operação Lava Jato o fantasma da
corrupção que se imaginava conjurado pelos tribunais. Boiam malfeitos nessa piscina de petróleo belga.
Dilma não quer ser um segundo
José Dirceu, que amarga o papel de
Tiradentes tendo livrado a cara do
chefe maior do Mensalão. Ela já disse ter sido desinformada (leia-se
enganada) na escabrosa “compra”
da refinaria Pasadena. Graça Foster,
presidente da Petrobrás, também
não alisou o pepino: “foi um mau
negócio”. Os dilmistas não querem
assumir as jogadas de Lula. Sérgio
Gabrielli - ex-presidente da Petrobrás – rebateu ambas ao declarar
que, sim, Dilma é co-responsável.
Só falta um genérico de Roberto Jefferson para desandar o cortejo.
Está difícil criar uma agenda governista cor-de-rosa. Mas é uma sorte inesperada as eleições coincidirem
com as descomemorações dos 50
anos do Golpe de 64. Apropria-se de
um velho tema que pertence à sociedade civil, mas que serve como contraponto às mancadas governistas.
É o caso recente de insípida feira
literária em Brasília, obcecada com
questões políticas como se tivesse
sido planejada pelo comissariado
“cultural” de Cuba. Nesse evento
caríssimo, questões como a inclusão
cultural das classes de menor renda,
o monopólio das mega livrarias e
dos best sellers e a exclusão dos artistas e escritores brasilienses pelo
mecenato chapa-branca sobraram
em migalhas de segundo plano.
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com.br
Caso Pasadena
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Cotas
Sempre que leio ou ouço algum
comentário acerca de inclusão social, logo me deparo c om motivo de
cor e raça. O cantor de rapper MC
Emicida que se apresentara em um
show nesta capital na data de 17/04,
respondeu numa entrevista que
quando tiver gente nossa estudando
medicina, engenharia e direito, aí
sera inserida outra perspectiva dentro da nossa faculdade. Essa resposta me deixou um pouco apreensivo,
pois apesar de vivermos numa sociedade democrática, onde podemos manifestar nossas opiniões livremente, o artista é uma pessoa
pública e como tal será ouvido. Daí,
entendi que ele quis se referir a mais
pessoas de cor negra na universidade, por cotas. Ora, como cidadão,
também tenho o direito de me manifestar, dizendo que sou contra o
ingresso em universidades por cotas pela cor, e sim, por classe social
menos privilegiada, como pessoas
carentes economicamente, independentemente de cor ou raça.
Manoel Soares, Planaltina
Justiça
João Ricardo dos Santos Costa,
presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), faz uma
análise correta sobre a Justiça no
Brasil. Trata-se, sem dúvida, de
uma Justiça protelatória. O atual
Código de Processo Civil contém
quatro estágios ou instâncias de julgamento (primeira instância, tribunais estaduais, tribunais superiores e Supremo Tribunal Federal).
Quem ganha com essa impunidade? Os ricos e poderosos. Os maio-
res devedores. Para não pagar entram na Justiça. Os pobres e sem
advogados não têm chance. Alguma novidade? Nenhuma. Mas por
que essa situação permanece?
Muito simples. Os ricos e poderosos
é que dominam a política (os conservadores têm maioria no Congresso). Aliado a eles está a mídia
monopolista. Sem as duas reformas: política e da mídia jamais haverá mudanças nessas regras.
Antonio Negrão de Sá,
Copacabana (RJ)
Carga tributária
A Inconfidência Mineira ocorreu
num contexto de exploração da Coroa Portuguesa que o quinto (20%)
de imposto sobre o ouro das minas.
Tiradentes ficaria pensativo se hoje
soubesse da carga tributária que o
povo brasileiro ainda é cobrado. A
máquina do governo explora a
maioria que paga a conta de uma administração que muito gasta e pouco
oferece em benefícios ao povo. Que
Tiradentes e os Inconfidentes se
unam ao povo brasileiro em busca de
menos corrupção, mais eficiência e
honestidade no governo.
Paulo Roberto Girão Lessa,
Fortaleza (CE)
Vistoria da Fifa
O representante da Fifa, Geronimo
Walker, afirmou que as coisas irão
acontecer do jeito que for possível. É
visível que ele mudou de tática no
pronunciamento após mais uma decepção e, está mais resignado ao tratar
com gente de pouca responsabilidade
como são as autoridades brasileiras.
Edgard Gobbi, Campinas (SP)
A Petrobras é igual a casa
da mãe Joana comandada por
cafetinas ou cafetões sacanas. Todos chegam e querem
participar da fatia das orgias
do dinheiro público. O pior
que todos tem versões com
mentiras cabeludas e ninguém é culpado ou condenado por levar o dinheiro na
meia ou no cuecão de couro.
Lamentável que muitos diretores indicados pelo governo usam e esfolam do patrimônio público, são piores do
que criminosos assaltantes
de bancos. CPI para apurar as
irregularidades da Petrobras
já!
Viana Queiroz, nsobre a
matéria “ Petrobras nega
irregularidades em saque de
US$ 10 mi”
Homenagem
Fui aluno do professor
Nelsinho e vejo que a homenagem é merecida. O educador foi um dos grandes responsáveis pela fixação da cidade do Paranoá, por meio de
sua arte ele conscientizou os
adolescentes e jovens da
época a lutar por melhorias
na cidade, pois faltava de tudo,desta maneira crescia
dentro dos nossos corações a
esperança de dias melhores.Nelsinho faz parte da
história do Paranoá portanto
esta história não pode acabar.
Muita saudade e que Deus o
tenha.
Leodécio Rodrigues Matias,
sobre a matéria “Exemplo
para a vida toda no Paranoá”
Homenagem
Tenho muito orgulho desta
geração de alunos dos anos
80. Meu pai fez parte desta
geração e sempre me falou da
importância deste educador
na sua vida pessoal e social.
Parabenizo a matéria e esta
geração de sonhadores que
continua influenciando a geração de hoje. Boa sorte a todos e que Deus abençôe o
professor.
Pedro Salem Rocha Matias,
sobre a matéria “Exemplo
para a vida toda no Paranoá”
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26/04/2014 1a. Caderno A_19_Tb