Escreva o nome da escola, do distrito ou Região Autónoma em que se insere e a Sessão em que participa (Básico ou Secundário). O projeto de Recomendação tem de respeitar os seguintes limites de texto: – exposição de motivos: 3300 caracteres (incluindo espaços); – cada medida: 850 caracteres (incluindo espaços). Confira estes limites no seu texto antes de copiar e colar nos espaços previstos. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Secundária de Rio Tinto CÍRCULO: Porto SESSÃO: Básico PROJETO DE RECOMENDAÇÃO Exposição de motivos (considerações ou argumentos que justificam ou enquadram as medidas propostas) "Cada aluno é único e temos de intervir consoante o que está a perturbar a sua aprendizagem. No entanto, enquanto o aluno não tiver consciência de que tem de estudar para ter uma vida melhor, pouco ou nada se poderá fazer." in Educare É aí que reside o cerne da questão no combate ao insucesso: como levar o aluno a estudar. Avaliar a razão do insucesso, em cada individuo em concreto é tarefa difícil, mas essencial atendendo às inúmeras causas e à dificuldade em diagnosticar qual o transtorno de desenvolvimento do aluno que condiciona a sua vontade de aprender, de estudar, de aquisição e compreensão de competências e conteúdos. O leque de situações que se reflectem no quotidiano escolar e na formação psicossocial do aluno é enorme: problemas familiares, constante stress das famílias com muita falta de tempo para os filhos o que os leva a “depositar” os seus educandos em Centros de Estudo e em Atividades de Tempos Livres que no fundo muitas vezes de tempo livre nada têm e são mais um prolongamento das atividades letivas, e onde o objectivo primeiro é a realização dos TPC’s e não a compreensão dos conteúdos e muito menos a práticas de atividades lúdicas ou meramente de sociabilização e lazer, acrescentando mais carga horária letiva à já por si elevada carga semanal a que estão sujeitos na escola. Ainda devido ao facto de em muitas escolas não existir uma articulação entre docentes quanto aos TPC o que leva a que pequenos trabalhos de várias disciplinas acabem em grandes amontoados o que não ajuda na aprendizagem e muito menos quando são promovidos como forma de concluir parte de aula/programa que pela sua extensão não são trabalhados em contexto de sala de aula. Turmas com número elevado de alunos,dificultando o acompanhamento individual dos professores, em escolas em declínio no que ao seu grau de humanização diz respeito pela cada vez maior concentração de pessoas, contribuem também para o insucesso. Assim a Escola não é vista por muitos como uma mais valia o que contribui para a falta de hábitos consistentes de trabalho dos alunos, sem horário definido, sem motivação, baseado sempre nas mesmas fontes de pesquisa, que não diversificam as técnicas de estudo, e que nada contribuem para o sucesso escolar nem para uma auto estima muitas vezes desvalorizada. Não devemos no entanto, considerar o baixo rendimento escolar como se fosse um problema insolúvel, mas antes disso, como um desafio que faz parte do próprio processo de aprendizagem. Se no passado muito do insucesso escolar provinha do abandono escolar, hoje o manter na escola quem não vê nela nenhuma virtude é uma das razões para o insucesso. E mesmo para aqueles que finalizam os níveis obrigatórios, podemos questionar se efectivamente tiveram sucesso quando pretendendo ingressar num outro nível de ensino não conseguem ultrapassar as exigências impostas. Precisamos de uma sociedade que valorize a Escola e a Familia que pense os problemas de forma articulada, pois não é por falta de estratégias de reforço das aprendizagens que a Escola tem insucesso. Técnicos, Professores, Encarregados de Educação, Autarquias,(…) devem falar a mesma linguagem e definir objetivos comuns ao mesmo tempo que conjugam esforços. Educar é caro, quanto custa o Insucesso. Medidas propostas (redigir com clareza e objetividade, sem alíneas) 1. Criar nas escolas gabinetes técnicos pluridisciplinares – psicólogo, pais, professores, pediatras, (…) - com o objectivo de para ele serem encaminhados todos os alunos que evidenciem insucesso escolar para que possam ser diagnosticados e compreendidos os motivos concretos do insucesso de cada aluno, como individuo único, e só depois definir estratégias de intervenção. O problema não é o aluno, é o distúrbio que ele transporta consigo e não se resolve com estratégias de reforço das aprendizagens desgarradas em que o único contexto é o facto de não ter tido sucesso. 2. Aumentar a difusão e o uso dos jogos de computador com interesse lúdico/pedagógico. O recursos ao uso de jogos incluíndo os jogos de computador são a mais importante ferramenta dos nossos tempos. Os jovens hoje passam muito tempo defronte dos computadores e usam de forma intensa as TIC's e os jogos que estas disponibilizam. Com uma boa seleção as diferentes disciplinas podem de uma forma lúdica fomentar a aprendizagem atráves de uma ferramenta muito apreciada pelos jovens de hoje. 3. Exigir do Estado um apoio mais efetivo para com as famílias no sentido de diminuir as horas de trabalho de pelo menos um dos seus membros para que este possa acompanhar de forma mais efetiva os seus educandos e por outro lado possa participar de ações de formação que os ajudem a adotar níveis equilibrados de exigência e encorajamento no relacionamento com os filhos de forma a poder fazer com que o autoconceito dos seus filhos aumente e os resultados escolares melhorem.