6a Lista de Exercı́cios de Espaços Métricos. Professor: José Carlos de Souza Júnior Curso: 7o Perı́odo - Licenciatura em Matemática 1. Considere o espaço vetorial Mn (R), das matrizes quadradas de ordem n, com entradas reais. Podemos dar a Mn (R) uma estrutura de espaço métrico, com qualquer uma das três métricas de um espaço euclidiano, uma vez que podemos associar os pontos de Mn (R) 2 com os pontos de Rn , da seguinte forma: a11 a12 a21 a22 .. .. . . an1 an2 . . . a1n . . . a2n ←→ (a11 , a12 , . . . , a1n , a21 , a22 , . . . , a2n , . . . , an1 , an2 , . . . , ann ) . . . .. . . . . ann Assim, dados A = (aij ), B = (bij ) ∈ Mn (R), podemos definir d(A, B) = d(a, b), onde 2 2 a, b ∈ Rn são, respectivamente, os pontos de Rn associados às matrizes A e B. Seja GLn (R) = {A = (aij ) ∈ Mn (R); A é invertı́vel}. Temos que GLn (R) é um conjunto aberto em Mn (R). Mostre esse fato para o caso particular em que n = 2, ou seja, mostre que GL2 (R) é aberto em M2 (R). 2. Seja f : M → R uma função contı́nua. Mostre que o conjunto A = {x ∈ M ; f (x) 6= 0} é um conjunto aberto em M . 3. Sejam f : M → R e g : M → R funções contı́nuas. Então, mostre que o conjunto A = {x ∈ M ; f (x) 6= g(x)} é aberto em M . 4. Mostre que o conjunto A = {(x, y) ∈ R2 ; xy = sen(x)} é fechado em R2 . 5. Seja A = n1 ; n ∈ N∗ ⊂ R, com a métrica usual induzida. Considere a função f : A → R, dada por f ( n1 ) = n. (a) Use o GeoGebra para visualizar alguns pontos do gráfico de f . Para tanto, siga os seguintes passos: i. Crie um controle deslizante, chame-o de n, com intervalo de variação de 1 à 5, considerando o incremento de 1. ii. Defina no Campo de Entrada o ponto P = iii. Habilite o rastro do ponto P . iv. Manipule o controle deslizante. (b) f : A → R é uma função contı́nua? 1 ,n n . (c) Seja M = {0} ∪ A. Mostre que a função f : M → R dada por f (0) = 0 e f ( n1 ) = n não é contı́nua no ponto x = 0. 6. Uma função f : M → N satisfaz a condição de Holder de ordem k, onde k é uma constante estritamente positiva, se existe c > 0 de maneira que d(f (x), f (y)) ≤ c · [d(x, y)]k , ∀ x, y ∈ M. Mostre que nessas condições, f é contı́nua. 7. Mostre que não é contı́nua no ponto (0, 0) a função f : R2 → R dada por xy , se (x, y) 6= (0, 0) x2 +y 2 f (x, y) = 0, se (x, y) = (0, 0). 8. Seja M um espaço métrico cuja métrica é a zero-um. Mostre que toda função f : M → N , qualquer que seja o espaço métrico N , é contı́nua. 9. Mostre que f : M → N é contı́nua se, e somente se, f (A) ⊂ f (A), para todo A ⊂ M . 10. Sobre M = {1, 21 , 13 , . . .} considere a métrica usual induzida por R. Mostre que f : M → R dada por f ( n1 ) = n não é uniformemente contı́nua. 11. Sejam M = {(x, y, z) ∈ R3 ; z = x2 + y 2 } (paraboloide) e N = R2 . Mostre que M ' N . 12. Seja f : M → N um homeomorfismo. Para qualquer A ⊂ M , mostre que: (a) p ∈ A◦ ⇔ f (p) ∈ (f (A))◦ . (b) p ∈ A ⇔ f (p) ∈ f (A). 13. Sejam M e N espaços métricos e f, g : M → N funções contı́nuas. Se f (a) 6= g(a), para algum a ∈ M , mostre que existe uma bola B = B(a, δ) tal que f (x) 6= g(y), para quaisquer x, y ∈ B.