ICB
OFICINA DE FORMAÇÃO
“COMO PLANEJAR UMA VISITA A UM
MUSEU E QUE ATIVIDADES
DESENVOLVER ATRAVÉS DA
EXPOSIÇÃO “TESOUROS DA
NATUREZA”
Ministrantes
Aline Schú
Flávia Biondo da Silva
Conceito de
Museu
“É uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da
sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que
adquire, conserva, investiga, difunde e expõe o patrimônio tangível
e intangível da humanidade, para educação, estudo e deleite da
sociedade.”
(Estatuto do ICOM - 2007).
Conceito de
Museu
Contudo, os museus não são mais vistos como instituições
permanentes, mas sim processuais. Não se limitam somente às
funções de locais de lazer e contemplação de objetos ou
espécimes.
São um espaço de diálogo – reflexo da sociedade (fórum) - e
têm como objetivos a busca da identidade e a preservação do
patrimônio histórico e natural.
Conservação
ex situ
É a manutenção de amostra de componente do patrimônio genético
fora de seu habitat natural, em coleções vivas ou mortas. (M.P
2.186-16/2001).
Objetivos:
- Estabelecem populações em locais seguros;
- Educam e engajam o público na conservação;
- Garantem oportunidades de pesquisa;
- Garantem animais para programas de reintrodução.
Onde ocorre?
A conservação ex situ pode ser vista em criadouros científicos ou
comerciais, instituições de pesquisa, zoológicos, jardins
botânicos, museus, entre outros.
Coleções
biológicas
-São registros permanentes da nossa biodiversidade (bancos de
materiais vivos ou preservados);
-Auxiliam na pesquisa e na reconstrução da história evolutiva
das espécies;
-Dão suporte para o desenvolvimento científico e tecnológico em
diversas áreas;
-São fonte de informações e têm valor didático.
Coleções
biológicas
Podem ser divididas em coleções didáticas e científicas
em museus:
Coleções
biológicas
Os tipos são espécimes conservados em coleções científicas pertencentes
a museus de história natural.
Os tipos podem ser classificados em:
Holótipo – Espécime único considerado como o tipo de uma espécie. O
autor designou no momento da descrição dessa espécie.
Parátipo – Qualquer espécime de uma série-tipo, além do holótipo.
Alótipo – Espécime do sexo oposto ao holótipo.
Coleções
biológicas
Síntipo – Qualquer espécime de uma série-tipo, da qual não foi
designado um holótipo.
Lectótipo – Espécime dentre os síntipos designado a posteriori como
espécime-tipo de uma espécie. Material original usado para a
publicação.
Paralectótipo - Qualquer espécime dentre os síntipos, além do
lectótipo.
Neótipo – Espécime único designado como espécime-tipo de uma
espécie cujos tipos (holótipo, lectótipo, parátipos ou síntipos) tenham
sido perdidos.
Museus e a conservação
da biodiversidade
O estudo da biodiversidade trata do reconhecimento das espécies
de animais e plantas de uma dada região, de sua descrição e
classificação, cabendo aos museus adquirir, acondicionar,
pesquisar, conservar, documentar e expor o acervo de
espécimes.
Os museus são instituições mantenedoras da representação da
biodiversidade.
Museus e a conservação
da biodiversidade
São responsáveis pela comunicação científica e divulgação
dos resultados das pesquisas para a sociedade.
As exposições podem fornecer a todos informações de qualidade,
expondo os resultados científicos de forma clara e atraente para
um público diversificado.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
Os museus podem ser considerados como espaços de educação
informal e não-formal, ou seja, locais que não são escolas, mas que
podem proporcionar a aprendizagem dos conteúdos da educação
formal, através de atividades direcionadas e com objetivos
definidos.
Na aprendizagem formal não é possível trabalhar todos os
conceitos e teorias científicas, devido à diversidade de temas e a
constante evolução da área científica, podendo com isso, serem
formadas algumas lacunas pela falta de disponibilidade destas
informações.
Museus, o ensino e a
biodiversidade
Ao longo da sua trajetória histórica, os museus de ciências naturais
desempenharam importantes papéis relacionados à educação.
Ao ensinar ciências é importante não privilegiar apenas a
memorização, mas promover situações que possibilitem a
formação de uma bagagem cognitiva e experiencial no aluno.
Isso ocorre através da compreensão de fatos e conceitos
fundamentais de forma gradual, sendo que os museus são lugares
em que pode ser efetivado este processo.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
O interesse das escolas que visitam o museu, geralmente, é
relacionado ao acervo que estes apresentam e, neste sentido,
muitas vezes, os professores procuram os museus que tenham
conteúdos relacionados aos que estão sendo abordados em sala
de aula.
Os museus não organizam os seus temas apresentados nas
exposições de acordo com os conteúdos abordados no currículo
formal, mas muitas delas possuem uma relação com as temáticas
científicas universais.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
Os museus trabalham com o “saber de referência” como as escolas,
mas dão a ele uma organização diferenciada e utilizam linguagens
próprias.
Contudo, os museus devem ser considerados como locais de uma
identidade própria, em que buscamos a ampliação da cultura e da
educação pelo patrimônio.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
Quando bem explorados, os espaços de ensino e aprendizagem
podem promover o desenvolvimento de valores, competências e
habilidades, permitindo um contato maior do público com os
conhecimentos científicos, tornando mais fácil a compreensão do
mundo.
A escola deve prestar atenção nas questões mais amplas da
sociedade, trazendo-as para a prática deve incentivar a
participação em movimentos de defesa do meio ambiente e
proporcionar aos alunos passeios e visitas a instituições, parques,
empresas, lugares históricos, entre outros locais de interesse para a
realização de atividades de educação ambiental.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
As coleções biológicas chamam a atenção e abrem espaço para as
questões subjacentes sobre a biodiversidade.
Através dos temas abordados pelos museus, a população se
apropria do conhecimento e pode tomar a consciência sobre o
seu papel diante das questões ambientais.
Museus, o ensino
e a biodiversidade
A qualidade da participação ocorre no momento em que as pessoas
aprendem:
a conhecer a sua realidade,
a refletir,
a identificar a origem dos conflitos existentes.
A participação é uma experiência coletiva de modo que
só se pode aprender quando se conquista os espaços para a
verdadeira participação.
CONTATO:
E-mail: [email protected]
Telefone: 54 3316 8316
Site: www.upf.br/muzar
1º Momento:
AINDA EM SALA DE AULA:
como planejar
um Passeio de Estudos
no Muzar?
O primeiro passo do educador, deve ser de obter o
máximo de informações sobre o local aonde pretende levar
seus alunos.
Atualmente, o meio informativo mais disponível é o
eletrônico, via internet é possível buscar informações sobre
a maioria dos assuntos e locais de interesse educativo.
Através do site www.upf.br/muzar, é possível conhecer o
Muzar e saber: o que é? que objetivos tem? o que oferece
para a comunidade e como trabalha? Maiores informações,
também podem ser solicitadas por e-mail [email protected] ou
telefone 54 3316 8316. Dentro de sua condições visite a
instituição pessoalmente e solicite informações e construa
propostas originais e exclusivas com seus colaboradores.
Como preparar seus alunos para uma atividade em um
museu?
A primeira pergunta está aí. O que é um museu
para você e seus alunos? De forma criativa podes
motivar seus alunos a representarem o que significa
“museu” para eles e com isso desmistificar as
representações equivocadas de museu que a sociedade
cria e valorizar a diversidade de idéias que podem surgir.
Use diferentes materiais e deixe seus alunos construírem
seus museus, guardarem suas histórias, seus objetos e
organizarem suas identidades. É importante observar que
a finalidade de um museu é conservar um acervo pelo
máximo de tempo possível e desenvolver a educação
dos povos através desse acervo.
A segunda pergunta é: o que é o Muzar? Com as
informações coletadas apresentará o Muzar aos seus
alunos, decifrando o significado dessa sigla:
MUZAR
“MU” - Museu (já estudado);
“Z” - Zoobotânico – “zoo” de zoologia - a ciência
que estuda os animais, “botânico” de botânica –
a ciência que estuda as plantas. Portanto, o
Muzar é um museu da categoria Ciências
Naturais;
“AR” - Augusto Ruschi - o patrono da ecologia no
Brasil, que dá nome ao Muzar.
Nas asas dos beija-flores e no perfume das orquídeas,
logotipo do Muzar e principais animais e plantas de
estudo de Augusto Ruschi, muitas relações pode ser
construídas no exemplo ecológico que esse naturalista
capixaba nos deixou. Lembrando também, de
contextualizar com os ecologistas e grupos ecológicos
de nossa cidade.
AUGUSTO
RUSCHI
Enquanto trabalha tudo isso em sala de
aula, fora dela tens que programar o
deslocamento e fazer o agendamento da
atividade por telefone ou pelo site
www.upf.br/muzar.
Contate e acorde com o veículo que irá levar seus alunos,
peça autorização por escrito dos pais e os oriente do
tempo em que estará fora da escola com os seus filhos,
informe o percurso que farão, bem como, acrescente
informações sobre o Muzar e a atividade que irá realizar:
PASSEIO DE ESTUDO, enfatize que é uma atividade
curricular complementar, e quais os objetivos que irá
buscar.
Falando em objetivos, esse é a terceira
pergunta: o que vamos conquistar com esse
passeio de estudos? Seus alunos devem ter claro
que objetivo a atividade tem e como irá alcançálo. Se os alunos têm claro o que e como vão fazer
a atividade, mais facilmente serão conduzidos no
passeio de estudos.
Portanto, ainda tem algumas orientações importantes que
devem ser lembradas aos mesmos:
- com a atividade bem conduzida, os alunos entenderão os
momentos de estudo e de brincadeira, assim sendo, deixe claro
o cronograma de atividades do passeio de estudos;
- geralmente a primeira orientação em um museu é que não se
deve tocar no material, muito bem, o Muzar também solicita
essa colaboração e explica o motivo: primeiro, os animais que
estão conservados no Muzar, estão conservados para tempo
indeterminado e devem ser cuidados para que não estraguem e
para que muitas pessoas possam conhecê-los; segundo, o
material muitas vezes é conservado com produtos químicos
tóxicos, que conforme a sensibilidade das pessoas pode causar
reações. É importante que seus alunos saibam disso, por você
professor e depois a equipe do Muzar reforçará a atenção sobre
essa questão;
- no museu também não se deve levar alimentos e
bebidas, oriente seus alunos que haverá um guardavolumes na recepção do museu para deixar os materiais;
- os alunos deverão entrar na exposição com o mínimo de
material necessário para realização da atividade. No
Muzar, é possível tirar fotografias, mas alguns museus
proíbem esse hábito, para melhor preservar o material e
ter exclusividade de imagem;
- seus alunos serão recepcionados e conduzidos pela
equipe do Muzar, que podem fazer esclarecimentos, mas a
condução da atividade está sob a responsabilidade do
professor.
Sugestão: Programar um piquenique para a hora do lanche,
aproveitando o espaço verde do Campus Universitário.
Incentivar a alimentação saudável e a hidratação do corpo.
Fim do passeio de estudos!!!
Não deve ser o fim. O Muzar tornou-se um meio educativo,
como é a maioria dos museus. A partir dessa atividade muitas
outras poderão surgir. Aí vem a quarta pergunta: como dar
continuidade? Ao voltar para a sala de aula faça a avaliação
dos objetivos propostos, se foram alcançados, por que, e
instigue os alunos para apresentarem suas atividades a outros
colegas, por exemplo, da série anterior, motivando-os para no
próximo ano visitarem o Muzar também. E busque ir além. Em
que mais seus alunos o desafiarão a partir dessa atividade? O
Muzar e equipe estão a sua disposição.
2º Momento:
SUGESTÕES DE ATIVIDADES:
o que trabalhar em uma visita
no Muzar?
Atividade n° 1 - CADEIAS
ALIMENTARES
Público: crianças de 6ª série ou 7º ano
Objetivos: Oportunizar que o aluno
possa visualizar alguns animais nativos
da região e conseguir fazer a relação
desses animais com as cadeias
alimentares. Identificando os produtores,
consumidores e os decompositores.
Metodologia: Primeiramente, o professor realizará uma
aula expositiva sobre o assunto em sala de aula.
No Muzar, os alunos deverão identificar na exposição
quais são os produtores, os consumidores e os
decompositores e poderão identificar também os animais
herbívoros, carnívoros e onívoros.
O professor irá desafiar os alunos a escolherem alguns
animais e montar uma cadeia alimentar e ao chegar em
sala de aula explicar para os outros colegas como
funciona a relação dos animais que escolhidos.
Podem ser propostas algumas perguntas para os alunos
responderem durante ou após visita:
1.Por que os produtores são assim chamados?
2. Dê exemplos de produtores
3. Quais são os tipos de consumidores?
4. Dê exemplos de consumidores
5. De que se alimenta um animal herbívoro?
6. De que se alimenta um animal onívoro?
7.De que se alimenta um animal carnívoro?
8. Qual o papel dos seres decompositores num
ecossistema?
Avaliação: Ao retornar
na escola avalie o que
seus alunos
apreenderam com o
Passeio de Estudos e
se o objetivo proposto
na atividade foi
alcançado.
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Espécime - Universidade de Passo Fundo