Revista Científica do I.E.P.C. Volume 1 Número 1 Set/Out/Nov/Dez - 2005 Edição especial de lançamento com dois artigos científicos O que acontece com os dentes superiores durante o primeiro estágio do tratamento ortodôntico ? Afinal, a exodontia de incisivos inferiores pode ou não ser considerada como alternativa válida no tratamento ortodôntico de pacientes adultos ? Revista Científica do I.E.P.C. Volume 1, número 1, 2005 Periodicidade: Quadrimestral Editora: Revista Científica do I.E.P.C. - v.1, n.1, 2005 P.1-31; 29,7 cm Periodicidade: Quadrimestral ISSN 1808-740X 1. Odontologia periódicos. 2. Ortodontia I. IEPC. II. Título EDITORIAL A Revista Científica do IEPC é uma publicação do: O lançamento Diretor Geral O lançamento de um trabalho científico sempre vem acompanhado de grandes preocupações ! Prof. Dr. Irio Cavalieri Editor Científico Prof. Dr. Eduardo César Werneck Afinal, é de nosso entendimento que um trabalho desta natureza requeira, não somente qualidade nos artigos publicados, mas também, outros atributos deverão ser observados, tais como periodicidade, envolvimento da comunidade científica no projeto, e principalmente, a aceitação por parte dos clínicos. Conselho Científico Prof. Dr. Adriano Marotta Araujo Profa. Dra. Flavia Azevedo Prof. Dr. Carlos Henrique Guimarães Profa. Dra. Luciana Flaquer Martins Prof. Dr. Ronaldo Bastos Prof. Dr Norberto dos Santos Martins Editoração e Impressão Editora I.E.P.C Av. Nesralla Rubez, 1324 Cruzeiro SP CEP 12.710-070 A Revista Científica do IEPC é uma publicação quadrimestral (editada nos meses de março, julho e novembro) do I.E.P.C.- Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro. Jornalista Responsável Sergio Luis Santiago R 40.947 Endereço: Desta forma pretendemos com esta revista, não somente os trabalhos de investigação científica, mas também, trabalhos que possam agregar qualidade com aplicabilidade àqueles que exercem a clínica rotineira. Sendo assim, que sejam bemvindos ao nosso projeto, e que o mesmo possa preencher lacunas sempre existentes para aqueles que adotam a pesquisa como ofício, ou o encantamento clínico como forma de vida. Av. Nesralla Rubez, 1324 Cruzeiro SP Tel (12) 3144-4255 www.iepc.org.br Prof. Dr. Eduardo César Werneck Os direitos autorais estão reservados pelo I.E.P.C.; que resguardará os mesmos sobre os trabalhos nesta Revista publicados. Editor Científico Assinatura: R$ 50,00 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 3 SUMÁRIO Página 6 Avaliação Cefalométrica do Posicionamento Dental Superior após a Distalização dos Caninos Empregando a Barra Palatina Fixa como Elemento de Ancoragem Posterior Página 20 Setup: Um Valioso Recurso na Decisão da Exodontia de Incisivo Inferior Página 32 4 Normas para Publicação Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 LANÇAMENTOS E INFORMAÇÕES GERAIS Revista Científica do I.E.P.C. Vol.1, Número 1 Transcrito do Jornal da Sociedade Paulista de Ortodontia (SPO) ANO XVI, número 78, 2005. Congresso Nacional de los Odontólogos Ecuatorianos De 17 a 19 de noviembre de 2005 Curso: "A Disciplina de Alexander Filosofia e Práticas Atuais" - Duração 12 Horas Ministrador: Prof. Dr. Eduardo César Werneck Avaliação Cefalométrica do Posicionamento Dental Superior após a Distalização dos Caninos Empregando a Barra Palatina Fixa como Elemento de Ancoragem Posterior *Eduardo César Werneck **Flavio Augusto Cotrim-Ferreira Resumo E ste trabalho teve como objetivo avaliar cefalometricamente o posicionamento dental superior, após a distalização dos caninos, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. A pesquisa envolveu a avaliação de telerradiografias em norma lateral de 58 adultos brasileiros, sendo 38 do gênero feminino e 20 do gênero masculino. Destes 55 apresentavam maloclusão de classe II e 3, com maloclusão de classe I. Todos foram tratados ortodonticamente com aparelhos fixos empregando bráquetes da técnica edgewise, com encaixe .022” x .030”, e submetidos a quatro exodontias de primeiros pré-molares. Os pacientes estavam na faixa etária dos 18 aos 33 anos, com média de idade em torno de 19 anos e 6 meses. A partir da análise cefalométrica avaliou-se o grau de movimentação dos primeiros molares permanentes superiores no sentido horizontal e vertical, após a fase de retração dos caninos superiores. Ainda avaliou-se o grau de movimentação e de inclinação dos caninos superiores após o término da retração dos mesmos, comparando-se estes valores,com os valores iniciais. Os resultados evidenciaram perda de ancoragem molar média de 1,5 mm (6-PTV) e de 0,9 mm (C-ENA), assim como, alteração do posicionamento vertical dos molares no período, caracterizado por extrusão dos molares em média de 0,4 mm (C-PP), e de 0,8 mm (C-PF). Todos os pacientes apresentaram movimento efetivo de distalização de caninos, confirmado pela grandeza cefalométrica 3-PTV, com valores médios de (4,0 mm). Também foram observadas inclinações dos caninos superiores, caracterizando divergência de raízes dos mesmos em relação aos dentes posteriores, com valores médios de 13,9º. Palavras Chaves: Ancoragem intra-bucal --- Barra Palatina --- Retração de Canino 6 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Introdução do plano de tratamento elaborado E m Ortoontia corretiva as (Rajcich & Sadowsky – 1999). exodotias de pré- Para o controle, estabilização e molares freqüetemente preservação da ancoragem dos molares, a são indicadas e, quando realizadas, as barra palatina poderia ser de grande mesmas podem determinar uma melhor utilidade, permanecendo de forma estabilidade nos resultados obtidos passivaaté que a fase final da terapia (Graber & Vanarsadall – 1994). ortodôntica fosse completada (Higley – Desta forma, utilizando-se das 1969). exodontias como base para as correções Este dispositivo fixo, em ortodônticas, deve-se atentar para uma conjuntocom a subdivisão do movimento série de variáveis, sendo o controle de de retração anterior poderá ser de grande ancoragem, fator relevante para o sucesso valia na prática ortodôntica. (Alexander Revisão de Literatura Com o objetivo de melhor facilitar !· A biomecânica da distalização dos aapreciação caninos dos estudos científicosrealizados, os mesmos foram !· Avaliação cefalométrica da perda de agrupados em: ancoragem !· A ancoragem dos dentes posteriores A Ancoragem dos Dentes Posteriores Hixon et al (1969) ressaltaram arelevância da ancoragem em Ortodontiaprincipalmente na resistência sofrer rotação durante a retração com cadeias elastoméricas Ramos et al (2000). P r o f f i t & F i e l d s àmovimentação dentária indesejável; (2002),enumeraram uma série de métodos sendo possível a retração anterior possíveis e utilizados na prática clínica semquaisquer movimentos dos como o reforço da ancoragem, e a dentesposteriores no sentido mesial subdivisão do movimento. (Paulson, Speidel & Isaacson - 1970). Como reforço da unidade de Assim a barra palatina poderia ancoragem, os mini-implantes seriam seraplicada de forma passiva (Burstone ancoragem estável para o movimento &Köenig – 1981); se constituindo em ortodôntico, mas não totalmente estável fator de ancoragem Park & Kwon (2004), Liow, Pai & Lin (2004) mas não de ancoragem moderada por não Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 7 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. A Biomecânica na Distalização de Caninos Hixon et al. (1969) verificaram não existir dados que suportassem a teoria da força ótima para a retração de caninos. Os autores postularam que a rotação e inclinação dos caninos durante a retração seriam inerentes à movimentação. Hixon et al (1970) em estudos anteriores observaram, sobre a relação força/taxa de movimentação ortodôntica, que havia inclinação dentária quando forças acima de 100g foram aplicadas. Com o tempo total de retração exibindo resultados que variaram entre 2 a 8 semanas. Arbuckle & Sondhi (1980), observaram que a retração de caninos para o espaço do primeiro pré-molar resultou em inclinação da raiz daquele para mesial. Hocevar (1981), afirmou que na movimentação de caninos para o espaço da exodontia dos pré-molares, seria necessária ancoragem vertical e horizontal dos molares. A ancoragem horizontal, porque os molares poderiam mover-se mesialmente, enquanto a ancoragem vertical pela deflexão esperada no movimento de translação dos caninos. Rossato, Martins & Alves (1983) avaliaram o tipo de movimento dentário efetuado pelos caninos, durante sua distalização, comparando-se os bráquetes edgewise com encaixe de .022” x .028” para colagem direta, com bráquetes para exodontia da técnica straight-wire nos caninos e primeiros molares. No método 8 convencional o canino apresentou um movimento de inclinação com a mesma se acentuando com fios leves, em forças de alta magnitude; enquanto que no método com o “Power Arm”, o canino apresentou uma tendência para o movimento de corpo, com a espessura do fio e magnitude de força não interferindo nesta tendência. Schumacher, Bourael & Drescher (1991), observaram que a retração de caninos com elásticos correntes e molas de níquel-titânio foram preferidas pela constância da ativação; contudo, quando foram utilizados ganchos de força ou molas verticais, movimentos de corpo foram verificados, embora contra isso existisse um aumento no atrito entre o fio e o encaixe dos bráquetes. Shimizu (1995), ao estudar mecanismos de fechamento de espaços nos sítios de exodontias de primeiros prémolares, concluiu com referência às magnitudes de forças para as retrações de caninos, que as mesmas, quando aplicadas para os superiores, deveriam ser de 150 g. Lotzof, Fine & Cisneros (1996) compararam o tempo requerido para a retração de caninos utilizando-se de dois sistemas de bráquetes pré-ajustados, o Tip-Edge e o Straigth-wire. Constatou-se perda de ancoragem apenas na maxila, porém irrelevante e sem diferenças estatisticas. Hasler et al (1997), compararam a taxa de movimentação de distalização de caninos entre locais de exodontia recente Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. . Para isto realizaram a primeira exodontia do primeiro pré-molar em um dos lados da arcada dentária. E em média, 86 dias após, realizaram a segunda exodontia de primeiro pré-molar no outro lado da arcada. Concluiu-se que o canino no local de exodontia recente moveu-se comparativamente mais que no local já cicatrizado. Ainda, a inclinação no local de exodontia recente foi também maior. Iwasaki et al (2000) avaliaram a aplicação de forças de baixa magnitude como fator iniciador do movimento ortodôntico. Os resultados exibiram média de velocidade de movimentação em torno de 0,87 e 1,27 mm/mês para 18 e 60 g de força de retração, respectivamente. Concluiu-se que o movimento dentário poderia ser executado com forças de baixa magnitude Demarchi (2002), avaliou a degradação de forças in vitro das cadeias elastoméricas tendo concluído que: normalmente o nível de forças é elevado, mesmo para distensões da ordem de 50% do comprimento inicial; que as cadeias elastoméricas experimentaram degradação de forças que variaram de acordo com o tempo de exposição e a marca comercial; que nas primeiras 24 horas, o declínio de forças foi acentuado para todos os espécimes estudados, variando de 28,9 a 44,6% e o declínio de forças prosseguiu com perda adicional que variou de 5,5 a 9,4%, nos 20 dias restantes. Na Disciplina Vari Simplex (DVS), Alexander (2003) ponderou que os caninos superiores deveriam ser retraídos antes dos incisivos, pois, dessa forma haveria um maior controle da ancoragem do molar. Assim, retraindo-se primeiramente os caninos e os incisivos numa segunda fase, a movimentação total de retração teria menor perda de torque e ancoragem. A citada distalização de caninos poderia ser iniciada com elásticos em cadeia, com os mesmos produzindo forças em torno de 250-300 gramas, em fio de aço redondo .016”. Khulberg & Priebe (2003), propuseram a partir da avaliação cefalométrica, estudar, os movimentos dentários verificados em diferentes sistemas de forças exercidas no fechamento dos “loops”. Os caninos retraíram em média, 1,73 mm. A perda de ancoragem molar ocorreu em média de0,5 mm. Os caninos ainda exibiram típica inclinação ou translação, e os molares, movimento mesial de raízes. Sayin et al (2004) avaliaram o processo de distalização de caninos com os segundos pré-molares e os primeiros molares usados na unidade de ancoragem. Os caninos com palato-versão, ou, excessiva lábio-versão não foram incluídos neste estudo, tendo encontrado uma distalização média dos caninos em 5,76 mm com 11,47 graus de inclinação. Os primeiros molares superiores moveram-se mesialmente em média 0,56 mm e extruiram 0,64 mm. Shimizu (2004), afirmou que na retração dos caninos a força necessária para a retração dos mesmos deveria variar entre 120 a 200 gramas. E concluiu que: no fechamento de espaços, a retração inicial dos caninos seguida da retração dos incisivos contribuiu para a preservação da Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 9 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Avaliação Cefalométrica da Perda da Ancoragem Hart, Taft & Grenberg (1992) avaliaram clínica e cefalometricamente o controle mínimo e máximo de ancoragem em casos de exodontia. Ainda correlacionaram o tipo de má oclusão ântero-posterior com a severidade do apinhamento inferior. Dessa forma os pacientes que apresentavam apinhamento menor que 6,0 mm foram colocadas no grupo de ancoragem moderada e os pacientes com mais de 6,0 mm foram colocadas no grupo de ancoragem máxima. A comparação desses dois grupos revelou ainda, que houve maior perda de ancoragem no grupo que também apresentou sobressaliência inicial maior que 6,0 mm. Anic, Slaj & Muretic (1998), estudaram a capacidade de ancoragem posterior após as exodontias de prémolares, utilizando o aparelho transpalatal de Gosgharian como reforço de ancoragem. Nenhuma diferença foi encontrada entre as barras palatinas ativas e não ativas. Martins et al (1998) afirmaram que a grandeza cefalométrica relativa à distân cia da cúspide mesial do molar superior perpendicularmente ao plano palatino, apresentaria tendência de aumento progressivo dos valores, com estabilização dos mesmos ao redor dos 18 anos. Rajcich & Sadowsky (1999) utilizaram uma amostra de 24 pacientes com média de idade de 18 anos e 9 meses com exodontia de pré-molares superiores. Por meio de seis variáveis cefalométricas, observaram perda de ancoragem mínima (média de 0,7 mm) mediante o controle de forças com os primeiros molares superiores, direito e esquerdo combinados. Finalmente, não ocorreram Proposição M ediante a análise cefalométrica, de adultos jovens brasileiros, que foram submetidos a extração de quatro primeiros pré-molares e retração de caninos superiores empregando-se a barra palatina como recurso de ancoragem do molares, este estudo objetiva: primeiros molares permanentes superiores no sentido horizontal e vertical após a fase de retração dos caninos superiores. Avaliar o grau de inclinação dos caninos superiores após o término da retração dos mesmos, comparando-se esses valores, com os valores de inclinação inicial. Avaliar o grau de movimentação dos 10 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Casuística, Material e Métodos Foram avaliadas telerradiografias em norma lateral de 58 adultos brasileiros, sendo 38 do gênero feminino e 20 do gênero masculino (Figura 1). .016” x .022”, por meio de força elástica de um elástico corrente da marca GAC, com for ça inicial de 250 gramas (Figuras 2 e 3); Todos os pacientes apresentavam as seguintes características: & estavam no início do tratamento na & tratados ortodonticamente com aparelhos fixos empregando bráquetes da técnica edgewise, com encaixe .022” x .030”, e submetidos a quatro exodontias; a distalização de caninos ocorreu sobre um arco um arco contínuo de aço trançado de calibre faixa etária dos 18 aos 33 anos, com média de idade em torno de 19 anos e 6 meses; & apresentavam maloclusão, sendo 3 pacientes com Classe I de caninos, e 55 com classe II; & as ativações ocorreram a cada três semana Figura 1 - Traçado cefalométrico utilizado com as linhas e planos de referência complementares: Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 11 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Figura 2 - Alastik corrente sendo aplicado. Figura 3 - Quantidade de ativação do alastik corrente. Resultados A Tabela 1, mostra os valores das variações, das variações médias e dos desvios das grandezas estudadas. A tabela 1, que evidencia as alterações lineares e angulares de avaliação dos posicionamentos de primeiros molares, destaca as grandezas cefalométricas lineares de avaliação do posicionamento vertical (C-PP, C-PF), assim como as grandezas cefalométricas lineares de verificação do posicionamento horizontal (C-A, C-ENA, 6-PTV). Finalmente, ainda destaca uma grandeza angular de avaliação do posicionamento dos primeiros molares superiores. A Tabela 1, também apresenta valores lineares e angulares para a avaliação do posicionamento dos caninos superiores, sendo a grandeza cefalométrica para a avaliação de movimentação linear de distalização dos caninos superiores o 3-PTV; enquanto a grandeza cefalométrica de avaliação angular da movimentação dos caninos superiores o 3@. Estudo das Variações P ara se avaliar as variações, foi aplicado o teste de Student. Tendo sido calculados primeiramente as médias e os desvios (Tabela 1), e então aplicado o teste estatístico, calculando o valor de t a partir das expressões do apêndice, verificando se as variações apresentadas no tratamento estavam significativamente diferentes de zero. valores obtidos no teste de Student foram comparados aos valores limites para os casos estudados. Considerou-se significativa as diferenças para o nível de 0.05 (5%), assim como para os resultados de maior confiança também verificados (99% e 99.9 %). Para fazer uma análise de quais diferenças mostravam-se significativas, os 12 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Variações nas Medidas Média dp Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 13 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Discussão O papel da ancoragem foi abordada por diversos autores tais como Hixon et al (1969); Hart, Taft e Grenberg (1992); Anic, Slaj e Muretic (1998); Alexander (2003); Park e Kwon (2004); e Shimizu (2004). molares superiores, conforme descrita por Goshgarian (1972); Burstone e Köenig (1981); Anic, Slaj e Muretic (1998). Com os autores Hart, Taft e Gremberg (1992); Rajcich e Sadowsky (1999) a considerando como mecanismo de ancoragem máxima. Ao pesquisarmos a distalização de caninos, como alternativa para reduzir a p e r d a d e a n c o r a g e m p o s t e r i o r, observamos inúmeros trabalhos que tentaram investigar: a magnitude de carga, com a finalidade de se definir um nível de força ideal para o movimento ortodôntico, tais como Hixon et al (1969); Hixon et al (1970); Hocevar (1985; Shimizu (1995); Iwasaki et al (2000). Contudo, alguns autores tais como Paulson, Spiedel e Isaacson (1970); Proffit e Fields (2002), afirmam que a ancoragem somente seria mais efetiva com aparelhos extra-bucais, ao contrário dos resultados dos trabalhos de Rajcich e Sadowsky (1999). Outras pesquisas procuraram aferir a direção de movimentação dentária, tais como os trabalhos de Rossato, Martins e Alves (1983). Estudou-se também a duração do período de retração nos trabalhos de Lotzof, Fine e Cisneros (1996); e a força a ser utilizada na reativação nas pesquisas de Iwasaki et al (2000). Ainda observamos estudos à respeito da aplicação dos mini-implantes nos trabalhos de Hong, Heo e Ha (2004); Liow, Pai e Lin (2004); Park e Kwon (2004). Nesse experimento empregou-se, para reforço de ancoragem posterior durante a fase de retração dos caninos superiores, a barra trans-palatina soldada e adaptada de forma passiva aos primeiros 14 Para a avaliação do processo de distalização dos caninos e da perda de ancoragem molar, foram utilizados métodos cefalométricos conforme os anteriormente realizados por Hart, Taft e Gremberg (1992); Rajcich e Sadowsky (1999); Khulberg e Priebe (2003). Nossa pesquisa foi realizada em pacientes fora do período de crescimento do complexo crânio-facial, uma vez que existem grandes alterações dentoesqueletais na fase de infância e adolescência. Na fase de crescimento constatam-se modificações tanto no sentido horizontal, para os primeiros molares superiores, quanto no sentido vertical, com aumentos progressivos de 1,0 mm/ano e d.p. de 2,1, de acordo com Martins et al (1998). Em nossa pesquisa foram utilizados tanto valores cefalométricos angulares quanto lineares (Martins et al 1998). Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. E para se ter mais segurança no controle da ancoragem posterior Proffit e Fields (1992); Khulberg e Priebe (2003) descreveram outros mecanismos que deveriam ser utilizados para que o conceito de ancoragem no tratamento ortodôntico tenha uma abordagem de maior individualização. O ideal seriam forças aplicadas às mais próximas possíveis do centro de resistência dos dentes, que na prática clínica são inviáveis, pois somente desta forma teríamos a movimentação de corpo dos caninos descritos por Rossato, Martins e Alves (1983); principalmente, se as forças forem aplicadas por vestibular e palatina evitando a possibilidade de inclinação/rotação relatados por Hixon et al (1970). Hixon et al (1969); Hocevar (1981); Gjessing (1985) descreveram que a inclinação/rotação de caninos pode produzir outro problema que é a deflexão de arcos; para isso foram avaliadas as grandezas cefalométricas 3 angular (grau de paralelismo entre o longo eixo do primeiro molar superior e longo eixo dos caninos superiores em relação ao plano de Frankfurt). Como conseqüência da distalização de caninos, neste estudo sobre uma amostra de 58 pacientes adultos, foram observadas médias de alterações que indicaram movimentações no sentido mesial para as grandezas cefalométricas C-A (-1,2 mm com d.p. de 1,2) e C-ENA (-0,9 mm com d.p. de 1,4), e também para o 6PTV (1,5 mm com d.p. de 1,9), caracterizando portanto, uma mesialização de primeiros molares durante a distalização dos caninos superiores. Estes valores estão em concordância com aqueles encontrados por Burstone e Köenig (1976); Hocevar (1981); Charles & Jones (1982); Hart, Taft & Gremberg (1992); Ong e Woods (2001); embora alguns autores a tivessem denominado como incipientes, Rajcich e Sadowsky (1999); Khulberg e Priebe (2003); Sayn et al (2004). Verificando a movimentação dos primeiros molares observou-se também alterações no sentido vertical, confirmado pelos valores da Tabela 1, para as grandezas cefalométricas C-PP e C-PF em médias de respectivamente (0,4 mm e d.p.) e (0,8 mm com d.p. de 1,4). Segundo a Tabela 1, os valores confirmam a inclinação dos caninos superiores, após a sua movimentação, em valores médios de 13,90 com d. p. de 6,5 portanto, muito próximos aos encontrados por Sayin et al (2004), que obtiveram inclinações de coroas com médias de 11,470. Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 15 Avaliação cefalométrica do posicionamento dental superior, empregando a barra palatina fixa como elemento de ancoragem posterior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 5 - 18. Se avaliarmos os resultados da Tabela 1, observamos movimento efetivo para distal de 4,0 mm com d.p. de 2,3 independente do padrão facial, com valores próximos aos já anteriormente verificados por Liou & Huang (1988); Sayin et al (2004). O período de duração do experimento variou entre 4 a 8 meses. Conforme relatos anteriores, o fator tempo pode se transformar num componente crítico, principalmente quando o mesmo estiver aumentado, segundo afirmam Hixon et al (1970). Finalmente, a distalização dos caninos superiores, como recurso para subdividir o movimento de retração anterior e proporcionar o reforço da ancoragem posterior, adicionado ao recurso da barra palatina soldada às bandas dos primeiros molares superiores pode ser um meio de individualizar o controle da unidade de ancoragem posterior, sem que seja necessários a cooperação do paciente. Conclusões Considerando os resultados obtidos no período pesquisado podemos concluir: !existe perda de ancoragem molar média de 0,9 mm (segundo C-ENA), assim como existe alteração do posicionamento vertical dos molares, caracterizado por extrusão dos molares em média de 0,4 mm (segundo C-PP), e de 0,8 mm (segundo C-PF); !os pacientes apresentaram movimento efetivo de distalização de caninos, confirmado pela grandeza cefalométrica 3-PTV, com valores médios de 4,0 mm, sendo também observadas inclinações dos caninos superiores, caracterizando divergência de raízes destes em relação aos dentes posteriores, com valores médios de 13,90. Referências Bibliográficas ALEXANDER, R. G. A DISCIPLINA ALEXANDER Filosofia e conceitos contemporâneos. Livraria Editora Santos. 2003; 1a Edição. 443 p. ANIC S, SLAJ M, MURETIC Z. Computer anchorage analysis of digitized picture of modified typodont. Coll Antropol 1998. Dec; 22 Suppl:15-24. ARBUCKLE, J; SONDHI, A. 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SUMMARY The objective of this work was evaluate, cephalometricly, the superior dental position, after canine tooth dentalization using the palatal bar fixed like a posterior anchorage element. The research analysed the telerradiography in side norm of 58 brazilian adults, so that 38 it was female sex and 20 of masculine sex. From these, 55 carrier of class II malocclusion and 3 with class I malocclusion. Everybody was treated orthodonticly with fixed sets using BRÁQUETES of Edgewise technicist with mortice .022” x .030”, and submitted to four exodonthic on the first premolar teeth. The patients was ages between 18 to 33 years old with average of 19 ½ years old. Among the class II patients 30 presented superssalience upper 6,0 mm and 24 presented superssalience up to 6,0 mm. From the cephalometrics analysis it was evaluated the stage of movement of first superior permanents molars on horizontal and vertical direction, after the end of retraction of superior canine tooth phase. It was evaluated the movement and inclination stage of superior canine tooth, after the end of his retraction, confronting these information with the inicial report. The results detach lose of molar anchorage between 1,5 mm (6 PTV) and 0,9 mm (C ENA), such as alteration of vertical position of molars in the lapse of time, characterized by an extrusion of molars between 0,4 mm (C-PP) and 0,8 mm (C-PF). All patients presented effective movement of canine tooth distalization, confirmed by cephalometric magnitude 3-PTV, on the average 4,0 mm. Also, it was observed inclination of superior canine tooth, characterizing divergence of his nerve in respect to posterior tooth, on average 13,9°. Key words: anchorage - transpalatal arch - orthodontic fixed · Especialista e Mestre em Ortodontia Endereço para correspondência: [email protected] Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 19 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior * Stela Maris Bassi de Carvalho Resumo E ste trabalho visa demonstrar a possibilidade de tratamento com extração de incisivo inferior como uma alternativa para alguns tipos de maloclusões. Quando bem indicada a extração de incisivo inferior leva a um tratamento com grandes chances de sucesso. O Diagnóstico com o Setup, é uma ferramenta indispensável no planejamento de casos com extração de incisivo inferior, pois será um recurso valioso para que não somente o ortodontista, mas também o próprio paciente possa ter uma melhor compreensão da necessidade da extração de incisivo inferior mostrando aos mesmos a finalização do caso estética e funcionalmente. Introdução A extração de incisivo confirmando ao ortodontista que a inferior ainda hoje não extração trará uma oclusão aceitável, é bem aceita pelos predizendo o sucesso no plano de pacientes, pais e também causa tratamento proposto. Quando controvérsias entre ortodontista pois não é bem indicada a extração de um incisivo um tratamento de rotina. inferior torna-se um ótimo recurso, e O Setup ajuda na decisão da talvez o único em alguns casos, para um exodontia de incisivo inferior mostrando o bom relacionamento oclusal, e resultado final aos pacientee pais, contribuindo assim para harmonia facial 20 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 Revisão de Literatura Indicações para extração de incisivo inferior D e acordo com Tuverson tamanho da discrepância em geral (1980) as indicações que maior que 2mm; formato das coroas de devem ser levadas em incisivos superiores e inferiores (pois consideração para resultados favoráveis no com formatos triangulares poderão ser tratamento ortodôntico são: discrepância no feitos desgastes interproximais); comprimento do arco interoclusal anterior; espessura de esmalte nas coroas dos ausência, malformação ou patologia incisivos superiores; largura da raiz envolvendo incisivos inferiores; ausência do dos incisivos superiores e inferiores; incisivo central ou lateral superiores; classe inclinação de incisivos superiores e II com protrusão maxilar fora da fase de inferiores; estado da coroa dos crescimento com excessiva inclinação incisivos inferiores; estabilidade no vestibular dos incisivos inferiores; classe I tratamento. com biprotrusão e apinhamento dentário Segundo Moore (2000), as indicações para este tipo de extração são: quando o excesso de expansão poderá causar instabilidade ao tratamento; quando a extração de prémolares vai trazer prejuízo ao perfil facial; quando o apinhamento dentário anterior no arco inferior é maior que no arco superior. anterior inferior. De acordo com Owen (1993), pacientes indicados para extração de um incisivo inferior usualmente deverão seguir um diagnóstico padrão: relação de classe I de molar e canino de Angle; moderado apinhamento de incisivos inferiores com pequeno ou nenhum apinhamento no arco superior; perfil aceitável; moderada sobremordida e sobressaliência; mínimo potencial de crescimento; ausência de incisivos laterais superiores ou estes dentes conóides; excesso de material dental anterior inferior com discrepância de Bolton maior que 3 mm pois, se a discrepância for menor poderá ser indicada à redução interproximal. Para Kokich & Shapiro (1998), certos princípios deverão ser avaliados na decisão da extração de incisivo inferior: Os autores Lorsiripat & Kitsahawong (2001) dizem que o procedimento de extração deverá ser indicado seguindo algumas situações clínicas: anomalias no número de dentes anteriores; anomalias no tamanho; patologias evolvendo incisivos inferiores; erupção ectópica de incisivos inferiores; Classe I com biprotrusão e apinhamento inferior anterior; Classe I com apinhamento anterior inferior mas boa oclusão dental posterior; Classe I com mordida Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 21 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 tecido gengival, e, em algumas situações particulares como, por exemplo, Classe I com biprotrusão ou casos de Classe II com protrusão maxilar e apinhamento anterior inferior onde deverá ser feita a extração de um incisivo inferior combinado com a extração de dois pré-molares superiores. Contra-Indicações para casos de extração de incisivo inferior P ara Peck & Peck (1972), casos com exodontia de um incisivo inferior tem sido raramente publicados, talvez porque um reduzido número de pacientes preencha os requisitos para tal tipo de procedimento. Lorsiripat & Kitsahawong (2001), acham que extrações de dentes no tratamento de maloclusões tem causado muitas controvérsias na história da ortodontia. Em alguns casos as extrações de dentes são inevitáveis por muitas razões. A questão é qual dente deverá ser extraído? Os primeiros pré-molares são os mais sacrificados na maioria dos casos por várias razões: eles usualmente erupcionam antes de outros dentes posteriores com exceção dos primeiros molares, a extração de pré-molares Vantagens na extração de incisivo inferior 22 permite a erupção dos caninos permanentes e suas posições são no centro de cada hemiarcada neste caso o espaço da extração poderá servir para correção tanto da discrepância posterior quanto para anterior. A remoção de incisivo inferior tem sido relatada desde 1942 para ajudar na correção de maloclusão de Classe III. As experiências foram feitas no tratamento de pacientes com três incisivos inferiores devido à agenesia de um incisivo. Nóbrega & Chianelli, relatam que atualmente quando se inicia um tratamento em um paciente, espera-se resolver problemas no campo da estética dental, estabilidade da oclusão, estética facial, saúde periodontal e oclusão funcional, ainda que não hajam critérios claros para que se estabeleça quais as D e acordo com Grob (1995) a extração de incisivo inferior traz as seguintes vantagens, que deverão ser os objetivos do tratamento: correção da discrepância da linha média maxilar; promover um melhor alinhamento dos Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 maxila e mandíbula para melhor estética, função e higiene; desenvolver uma proteção de toda a oclusão; manter um aceitável perfil facial e tônus muscular; compensar excesso de massa dental mandibular com a remoção de um incisivo inferior. Segundo Moore (2000), a extração de incisivo inferior tem as seguintes vantagens: minimiza o efeito no perfil; mantém a oclusão posterior; minimiza o movimento dental; encurta o tempo de tratamento ortodôntico; melhor estabilidade do alinhamento dos incisivos inferiores. Para Lorsiripat & Kitsahawong (2001) as vantagens são: criar espaços na área da discrepância; melhora o alinhamento da raiz e aumenta o osso interdental; protege as estruturas de suporte do dente e melhora os problemas de gengiva; minimiza mudanças no perfil; diminui o número de dentes a serem extraídos; limita o movimento somente aos dentes necessários; reduz o tempo de tratamento; simplifica a mecanoterapia; Desvantagens em casos com extração de incisivo inferior Existem algumas desvantagens em casos de maloclusões tratadas com extração de incisivos inferiores: linha média perdida, devendo agora a linha média superior coincidir com o plano sagital mediano e com a metade da coroa do incisivo inferior mais central; redução da distância intercaninos; aumento da sobremordida e da sobressaliência, que serão compensadas na etapa de finalização do caso. dizem que os fatores que devem ser considerados na decisão de qual incisivo deverá ser extraído são os seguintes: quantidade de discrepância anterior no comprimento do arco; tamanho do dente; condições periodontais e do dente; relação das linhas médias superior e inferior; geralmente remove-se o incisivo mais próximo da discrepância. Decisão de qual dente deverá ser extraído D e acordo com Moore (2000) você deverá remover o incisivo central com pior prognóstico, algum problema periodontal ou restaurações comprometidas. Lorsiripat & Kitsahawong (2001), Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 23 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 Estabilidade em casos com extração de incisivo inferior R iedel (1974) sugeriu que em casos de extração inferior devido a grande estabilidade nesta área poderá haver ausência de contenção permanente. Tuverson (1980) diz que o fechamento do espaço da extração é um procedimento simples mas é imperativo que ocorra paralelismo das raízes. Se o caso for finalizado com divergência de raízes, um perceptível espaço ocorrerá no local da extração. Ocasionalmente mesmo com o paralelismo das raízes um pequeno espaço poderá acontecer. O pequeno espaço interdental poderá ser usualmente e l i m i n a d o o u perceptivelmente eliminado com a redução de esmalte interproximal, reduzindo a ponto de contato das coroas adjacentes ao local da extração. P a r a Va l i n o t i (1994), casos com extração de um incisivo inferior exibem menos recidiva de apinhamento depois da contenção. Isto pode ocorrer devido aos dentes próximos ao local da extração permanecerem perto de suas posições originais onde músculos pressionam menos diminuindo assim a instabilidade. Outra Diagnóstico Setup S possibilidade é o mínimo estresse na ancoragem adjacente durante o fechamento do espaço deixando todo o espaço para correção anterior. Lorsiripat & Kitsahawong (2001), dizem que mais importante que a evolução do tratamento de extração de incisivo inferior é a estabilidade póstratamento. A falta de um plano de tratamento correto pode certamente prejudicar a estabilidade do caso. Nóbrega & Chianelli (2004), acham que a estabilidade póstratamento ortodôntico bem como o equilíbrio etup é a remoção e remontagem de dentes do modelo de gesso em posições experimentais, com finalidade diagnóstica. Moyers (1979), diz que a montagem de diagnóstico (Setup) é necessário nos casos com problemas de difícil manejo de espaço, onde se verifiquem precisamente, antes de iniciar o tratamento ortodôntico: a quantidade e a direção do movimento de cada dente. O Setup é uma técnica prática para visualização de problemas de espaço em três dimensões na dentição permanente na qual cortamos os dentes de uma série de modelos e os recolamos em posições mais desejáveis. 24 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 O s modelos de registro não são usados para esta técnica, pois devem ser reservados para comparação com a montagem de diagnóstico e com os modelos de registros progressivos. P a r a Tu v e r s o n ( 1 9 8 0 ) , o diagnóstico Setup é imperativo e informativo para um tratamento com extrema exatidão. O Setup é valioso em: determinar se um incisivo poderá ser extraído; mostrar a relação oclusal no final do tratamento; determinar qual dente deverá ser extraído; mostrar a quantidade de redução de esmalte interproximal nos incisivos superiores se for necessário; prever o sucesso do plano de tratamento proposto; mostrar ao paciente e/ou seus pais o fechamento do espaço da extração e o possível desvio de linha media antecipadamente. Para Tavares & Zanini (1999) o Setup é a montagem dos dentes de modelos de gesso baseada em um plano de tratamento ortodôntico objetivando visualizar a oclusão que será obtida com o tratamento antes mesmo de seu inicio. A confecção do Setup deveria fazer parte de todo planejamento ortodôntico e sua elaboração deverá ser iniciada somente após o exame clínico, Confecção do Setup análise cefalométrica e das fotografias, e o estudo dos modelos (discrepância de espaços, discrepância de Bolton e verificação de assimetrias, uma vez que todos os procedimentos de montagem do Setup serão baseados no plano de tratamento. Analisando o Setup pode-se observar : se a sobremordida e a sobressaliência estão corretas; se a intercuspidação dos dentes posteriores ficou excelente; se a distância intercaninos e intermolares foram mantidas. Através do Setup pode-se avaliar diversas opções de tratamento para um mesmo paciente, executando-se diferentes montagens de dentes. O resultado obtido poderá então ser exposto ao paciente de forma muito mais compreensível do que apenas uma explanação teórica daquilo que se pretende com o tratamento ortodôntico. Segundo Nóbrega & Chianelli (2004), para o diagnóstico de um caso, objetivos e critérios claros são uma necessidade, acompanhados de um plano de tratamento que identifique todas as áreas de problemas e que também avalie os resultados obtidos. Sem esta conduta o diagnóstico se torna subjetivo, as metas 1. Inicialmente os dentes deverão ser numerados para evitar que sejam confundidos após terem sido removidos do modelo. 2. A linha média dentária deverá ser marcada em ambos os modelos. Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 25 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 3. A remoção dos dentes tem início fazendo-se um túnel na altura das raízes dos incisivos, com uma broca esférica n. 6. Através do túnel feito com o auxílio da broca passa-se a serrinha que é presa ao arco de ambos os lados. 4. Os dentes são serrados tanto no sentido horizontal como no vertical p r o c u r a n d o - s e acompanhar a anatomia das raízes, e sem tocar nos pontos de contato dos dentes para não alterar a suas dimensões mésiodistais. 5. Os dentes então são soltos através de uma leve pressão dos dedos, para que não se perca material no sentido mésio-distal. 6. Após a remoção dos dentes as raízes recebem uma forma mais natural, desgastando-se o gesso com uma fresa em forma de pêra, evitando-se desta forma interferências q u a n d o d o reposicionamento dos dentes. 7. Nas bases dos modelos e na porção apical das raízes são feitas retenções que são preenchidas com cera utilidade, que será o primeiro meio de sustentação para os dentes. 8. A montagem do Setup é iniciada pelos incisivos inferiores, a seguir são montados os caninos e outros dentes dependendo do plano de tratamento. 9. Após terem sido montados e a oclusão considerada a melhor possível, será adicionada cera n.7 para fixar os dentes nas posições definitivas. 10. Para finalizar, faz-se então a escultura da gengiva com auxílio de Relatos de caso e conclusão E xistem poucos relatos sobre Extração de Incisivos Inferiores na Literatura talvez porque este seja um procedimento reservado para casos atípicos, devendo ser feito um bom plano de tratamento para que não existam erros na escolha desta técnica. O Setup é um Caso I recurso que se torna e s s e n c i a l n o planejamento da extração de um incisivo i n f e r i o r, c o m e s t e diagnóstico poderá ser visualizado antes do início do tratamento qual dente poderá ser extraído, a quantidade e a direção de movimento de cada dente . O P diagnóstico Setup tem como objetivo a verificação da oclusão final antes do início do tratamento. O resultado obtido com a confecção do Setup, poderá além de auxiliar o Ortodontista tornar o tratamento de e s c o l h a m a i s compreensível para o paciente. aciente do sexo masculino, com 23 anos e 2 meses, apresentou-se para tratamento ortodôntico com a queixa principal de mordida cruzada anterior. Ao exame clínico e análise cefalométrica, constatou-se um padrão braquifacial com tendência a Classe III. 26 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 Devido à idade, análises cefalométrica, clínica, de modelos e Setup o tratamento de escolha foi com extração de 1 (um) incisivo inferior. Figura 1: Vista frontal mostrando FIGURA 2: Vista lateral com aspecto a mordida cruzada anterior. de maloclusão de Classe III. FIGURA 3: Vista frontal mostrando o descruzamento da mordida anterior. FIGURA 4: Vista lateral direita. FIGURA 5: Vista lateral esquerda. P FIGURA 6: Vista oclusal aciente, sexo masculino, com 28 anos e 11 meses, procurou por tratamento ortodôntico com a queixa principal de espaço nos dentes inferiores anteriores devido a perda de um dente por doença periodontal, em análise clínica e cefalométrica foi constatado padrão braquifacial, protrusão mandibular e maxilar, relação de molar e caninos de Classe II. O tratamento de escolha após análise clínica, cefalométrica Caso II Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 27 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 de modelos foi a extração dos dois primeiros pré-molares superiores e utilizar o espaço da perda do incisivo inferior. FIGURA 1: Ausência do dente 41 devido doença periodontal. Relação de Classe II de Caninos. FIGURA 2: Aspecto lateral caracterizado porRelação de Classe II de Caninos. FIGURA 3: Vista Frontal, após o fechamento dos espaços das extrações e da ausência. FIGURA 5:Vista lateral esquerda FIGURA 4:Vista lateral direita FIGURA 6: Aspecto oclusal do arco inferior, após fechamento de espaço do dente 41 P aciente, sexo masculino, 18 anos, apresentou-se para tratamento ortodôntico com a queixa principal de falta de alinhamento dos dentes, em análise clínica, cefalométrica e de modelos constatou-se padrão mesofacial, perfil reto, Classe I dentária e apinhamento dentário inferior anterior. Após as avaliações de diagnóstico, incluindo o diagnóstico Setup o tratamento de escolha foi a extração de um incisivo inferior. Caso III 28 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 FIGURA 1: Aspecto anterior antes do inicio do tratamento. FIGURA 2:Canino direito em relação de Classe I. FIGURA 3: Canino esquerdo em relação de Classe I. FIGURA 4: Vista frontal no início do tratamento. FIGURA 5: Vista oclusal mostrando severo apinhamento dentário anterior inferior. FIGURA 6: Espaço do dente 41 logo após a extração. Confecção do setup FIGURA 1:Vista frontal dos modelos de estudo. FIGURA 2: Vista lateral mostrando bom relacionamento oclusal posterior Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 29 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 FIGURA 3: Modelo de trabalho , arco e serra Troquel. 30 FIGURA 4: Modelo de trabalho com os serrados. FIGURA 5: Remoção dos dentes com leve. pressão digital. FIGURA 6: Modelo e os dentes serrados. FIGURA 7: Broca para melhorar o formato dos dentes que serão reposicionados. FIGURA 8: : Modelo após montagem dos dentes nas posições ideais e modelo de estudo. FIGURA 9: Vista oclusal do modelo Setup e modelo de estudo. FIGURA 10: Vista frontal do modelo Setup em oclusão Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 Setup: um valioso recurso na decisão da exodontia de incisivo inferior. Rev. Cient. do I.E.P.C. 2005;1(1): 19 - 30 Referências Bibliográficas 1. Peck, H.; Peck, S. An index for assessing tooth shape deviations as applied to mandibular incisors. Am Orthod 1972, v.61, p.384-401 Am J Orthod Dentofacial Orthop 1995; 108:533-41 9. Kokich, V.G; Shapiro PA. Lower Incisor Extraction in Orthodontic 2. Riedel Ra. A post-retention evaluation. Angle Orthod 1974; 44: 194-212 Treatment. Angle Orthod 1998; 54:139-53 3. Moyers, R.E. 3ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1979. p.323-324 10. Tavares, C.A.E.; Zanini, L.K. A confecção do “Set Up” de 4. Tuverson, D.L. Anterior interocclusal relations. Part II. Am J Orthod Diagnóstico Ortodôntico. Revista Dental Press de Ortodontia e Ortopedia Facial, v.4, n.5, Set/Out 1999 1980;78:371-93. 5. Tuverson, D.L. Anterior interocclusal relations. Part I. 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The Setup Diagnosis is an indispensable instrument to planning cases with extraction of inferior foretooth, because it is a precious resources, as orthodontic surgeon as patient, to make a comprehension of necessity extraction of inferior foretooth, showing the esthetic and functionally conclusion of the case. * Aluna do Curso de Especialização-MEC do IEPC Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005 31 Normas para publicação 1. O artigo deverá ser enviado em disquete ou CD rom identificado para o IEPC Instituto de Ensino e Pesquisa de Cruzeiro Av. Nesralla Rubez, 1324 Cruzeiro P CEP 12 710 071 , com o autor devendo ter para sua segurança cópia do trabalho enviado. 2. O artigo recebido será enviado para análise do Conselho Editorial, somente após a avaliação positiva a Revista se compromete em publicar o trabalho. 3. O Conselho Editorial poderá sugerir modificações necessárias, quando as mesmas se tornarem necessárias, ou ainda, rejeitar ao trabalho, se o mesmo não preencher aos requisitos básicos para publicação. 4. Num prazo de 30 dias o autor será avisado sobre as resoluções do item 3. 5. O trabalho deverá conter assinatura do responsável, com a Revista sendo a partir de agora responsável sobre os direitos autorais do trabalho publicado. 6. As referências devem ser apresentadas em ordem alfabética de sobrenome do autor e numeradas em ordem crescente. 7. As abreviaturas dos títulos dos periódicos devem estar em acordo com o Index Medicus; 8. O artigo deve apresentar a seguinte estrutura: 9. Título objetivo do artigo em português (página de rosto); 10. Nome completo dos autores em letra maiúscula, sendo destacado no rodapé a titulação dos autores; 11. Resumo; 12. Texto contendo: Introdução, Revisão de Literatura, Materiais e Métodos (se houver), Resultados (se houver), Discussão, Conclusão, Referências Bibliográficas; 13. Na citação de autores, digitar nomes com a primeira letra maiúscula (ex: Angle) e quando mais de três autores usar a expressão “el al”; 14. O trabalho deve ser digitado em espaço “um e meio”, na fonte Times New Romam, corpo 12, não excedendo a 15 laudas de 30 linhas e 60 toques, não inlcuindo as ilustrações; 15. As ilustrações devem ser gravadas em resolução 300 dpi, num máximo de 10 por artigo, com as adicionais sendo cobradas a parte dos autores; 16. As tabelas devem ser numeradas em algarismos arábicos contendo legendas 17. As unidades de medidas e seus símbolos e abreviaturas deverão seguir às normas internacionais 32 Revista Científica do I.E.P.C. - Vol 1, n. 1, 2005