ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIV da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
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ALQUIMIA, VITRÍOLO, LEÃO VERDE E TINTURAS ASTRAIS
28.04.2015
Por Karl Bunn
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Bem-vindos ao PODCAST desta noite.
Os alquimistas que quiserem transformar seus sete metais e criar seus corpos de ouro
precisam fecundar o KHAOS do seu sistema seminal.
O KHAOS é uma mescla de FOGO e ÁGUA.
Com a prática alquímica, a TERRA FILOSOFAL é reduzida à ÁGUA, a qual, fecundada
pelo FOGO, faz surgir no interior do alquimista, o PEQUENO HÓRUS, o Filho da
Alquimia.
Numa única expressão: o alquimista precisa realizar em si a GÊNESE de sua CRIAÇÃO.
Um dos símbolos mais conhecidos da alquimia é o LEÃO.
Em realidade, a arte alquímica ostenta dois leões: o LEÃO VERMELHO e o LEÃO VERDE.
O Leão Vermelho é elaborado com o ouro potável, que alegoriza o Fogo de Kundalini. Por
conseguinte, o LEÃO VERMELHO é o FOGO SAGRADO do alquimista.
Dizem os alquimistas que é necessário “cozer e recozer a matéria prima por três vezes até
obter a perfeita TINTURA SOLAR”.
A TINTURA SOLAR é o FOGO DO CORPO ASTRAL, quer dizer, o “terceiro grau de fogo
perfeitamente elaborado em nossa retorta alquímica”.
Já o LEÃO VERDE, é o ÍNTIMO do alquimista. Diz o Mestre Samael que a realização do
LEÃO VERDE é feita com o VITRÍOLO DE VÊNUS.
Traduzindo a linguagem metafórica dos alquimistas para o português, podemos expressar
esse axioma da seguinte forma: “Aquele que quiser encarnar seu Íntimo, seu Deus Interno,
precisa trabalhar com seu ‘vidro líquido’ (sua semente), valendo-se do calor ou do fogo
erótico (vitríolo de Vênus), como ensinado pela arte alquímica”.
O VITRÍOLO se mostra com duas cores: vermelha e branca. O vermelho do vitríolo pode
até mesmo tingir com essa cor os corpos ou os metais brancos.
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O vermelho do vitríolo significa que o alquimista necessita atenuar - e até mesmo eliminar
totalmente - suas paixões animais, seus desejos impuros.
Trabalhar com o branco do vitríolo de Vênus é a maneira de limpar, purificar e branquear
os corpos tingidos do sangue da paixão. Isso se consegue ao longo do tempo, atenuando as
paixões e refinando o sacramento da Igreja do Amor.
É importante dar-se conta que ‘fogo intenso’ não significa ‘paixão intensa’. O fogo erótico
pode ser forte e intenso, mas sempre deve ser destituído de paixões.
Essa é a chave ou o segredo para o alquimista branquear seus metais e encarnar o LEÃO
VERDE.
Alguém poderia trabalhar a vida toda no laboratório alquímico, mas se descuidar desses
delicados aspectos, não conseguirá elaborar e produzir o ouro líquido, pois o vitríolo
vermelho contamina os metais, e daí, impossível elaborar o ouro.
Durante a realização da GRANDE OBRA e antes de encarnar os LEÕES VERMELHO e
VERDE, o alquimista necessita descer muitas vezes ao ABISMO. Descer é fácil; subir é bem
difícil. Nem todos que descem conseguem subir ou retornar depois.
A porta de entrada ao abismo é a paixão carnal, de cor vermelho-sanguinolento. Porém,
não há como resgatar do abismo interior as preciosas gemas das virtudes e valores da alma
e do espírito, sem descer até lá.
O laboratório alquímico, a Forja de Vulcano, está localizada em nossos órgãos sexuais. Ali,
portanto, é travada a grande batalha entre a luz e as trevas.
Em determinado momento, termina a etapa da PUTREFAÇÃO. A partir desse ponto,
surgirão sucessivamente o BRANCO, o AMARELO e o VERMELHO.
Esses processos alquímicos não são estanques. Mesmo tendo sido concluída a etapa da
PUTREFAÇÃO, o alquimista ainda verá, depois, escoar ou surgir o negredo em sua retorta
ou seu laboratório alquímico.
Isso se deve ao fato de seguirmos trabalhando no abismo, onde os tenebrosos atacam o
alquimista, impiedosamente, mesmo nas etapas mais elevadas da realização da Grande
Obra.
Os Mestres da Alquimia ensinam claramente que o trabalhador da Grande Obra precisa
seguir destilando os metais em sua retorta até aparecer o líquido branco.
Esse líquido branco concentra todos os poderes, graus e purificações da coluna vertebral do
alquimista.
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Importa aprender - e nunca esquecer - que o trabalho alquímico consiste em descer ao
abismo, ao centro da terra, para ali retificar inúmeras vezes as tinturas de nossos corpos
internos.
Esse é o significado mais profundo do V.I.T.R.I.O.L. cuja expressão em latim, diz: Visita
Interiora Terra Rectificando Invenies Occultum Lapidem.
No trabalho prático da alquimia isso simplesmente quer dizer que os alquimistas precisam
descer ao abismo ou inferno inúmeras vezes para retificar (ou aperfeiçoar) os poderes da
sua Pedra Filosofal.
Algo importante a ser ressaltado é que a PEDRA FILOSOFAL é influenciada pelos sete
planetas. Isso significa que na elaboração e também na composição da PEDRA estão
presentes as energias, os metais e as tinturas dos sete planetas.
A TINTURA-MÃE é formada de quatro partes de ÁGUA METÁLICA e duas partes de
TERRA VERMELHA DE SOL.
Esqueça as quantidades e se concentre apenas nos seguintes aspectos:
1. A água metálica é a nossa semente.
2. A terra vermelha é o sexo.
3. O sol de enxofre é o fogo ou Kundalini que o alquimista precisa despertar em si.
Essa mistura precisa ser solidificada três vezes. Quer dizer: ela precisa ser realizada no
corpo, na alma e no espírito.
A partir da TINTURA-MÃE o alquimista elabora as demais tinturas:
1. Com a tintura de mercúrio o alquimista tinge (ou transmuta) seu corpo (físico).
2. Com a tintura lunar tinge ou transmuta o corpo vital.
3. Com a tintura solar o corpo astral torna-se metal perfeito.
4. Com a tintura de Saturno o corpo mental transforma-se em metal puro.
5. Com a tintura de Vênus, o alquimista transmuta seu corpo da Vontade.
6. Com a tintura de Marte o alquimista transforma sua alma-consciência.
7. Com a tintura de ouro o alquimista se une ao Pai, o Uno.
Os sete metais, relativos aos sete planetas, mais as sete Serpentes de Fogo, sintetizam toda a
sabedoria dos sete cosmocratores.
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Durante o processo de elaboração das TINTURAS ASTRAIS de cada corpo, ou de cada
metal, o alquimista sintetiza em si toda a perfeição de cada cosmocrator.
Quando o alquimista tiver concluído os trabalhos de purificação dos sete metais, seus
corpos internos terão alcançado o grau de perfeição do fogo, e assim encarnará seu LEÃO
VERDE e poderá regressar ao PAI CELESTE.
Portanto, entenda-se que o alquimista necessita elaborar as SETE TINTURAS ASTRAIS
para poder limpar, purificar e transmutar os SETE METAIS ALQUÍMICOS. Esses metais,
repetimos, são os sete corpos do homem.
Até aqui nossas palavras desta noite.
Voltaremos em 3 minutos para responder as perguntas e comentar as questões que nos
forem apresentadas sobre este tema.
Muito obrigado!
PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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