Vocações
O mês de agosto é uma grande oportunidade para refletir e rezar pelas
diversas vocações presentes na Igreja. Uma oportunidade para olharmos
nossa vida e avaliar como estamos respondendo ao chamado que o
Senhor nos fez, no dia a dia da nossa vida; verificar como estamos
avançando no caminho da santidade, nossa vocação fundamental. Afirma
o Concílio Vaticano II que “todos os fiéis cristãos são, pois, convidados e
obrigados a procurar a santidade e a perfeição do próprio estado” (LG,
42e).
Na primeira semana do mês lembramos a vocação sacerdotal, a vocação
do padre. Aquele que é ordenado sacerdote se torna, na Igreja e para a
Igreja, imagem real, viva e transparente de Cristo Sacerdote, uma
representação sacramental de Cristo Cabeça e Pastor. Esta é a identidade
do padre. Lembramos também a vocação do diácono, uma vez que neste
mês celebramos São Lourenço, diácono e mártir. A missão dos diáconos
está ligada ao Cristo-Servo. Esta é a sua identidade. Ele coloca em
evidência e potencializa para todo o povo de Deus a dimensão do serviço.
Contemplando o diácono devemos compreender a alegria do serviço.
Na segunda semana lembramos a vocação para a vida em família, o dia
dos pais, a semana da família. “Deus, criador de tudo, criou o homem e a
mulher como efusão de seu amor. Amou-os infinitamente e lhes deu uma
vocação ao amor e à comunhão. A família, consequência dessa vocação, é,
dentre todas as suas obras, a obra predileta de Deus nesse seu projeto de
amor. Ela não é criação humana, nem do Estado, nem da Igreja. É
constitutivamente ligada à natureza do homem e da mulher, para o bem e
a felicidade pessoal, da sociedade e da Igreja” (CNBB, Diretório da Pastoral
Familiar, 45).
Na terceira semana, quando celebramos a Solenidade da Assunção de
Nossa Senhora, a primeira consagrada, lembramos a vocação das
religiosas e dos religiosos, das pessoas consagradas. A vida consagrada,
profundamente arraigada nos exemplos e ensinamentos de Cristo Senhor,
é um dom de Deus Pai à sua Igreja, por meio do Espírito. Homens e
mulheres que são chamados a um seguimento mais radical de Cristo
pobre, casto e obediente. São consagrados pela profissão dos conselhos
evangélicos da pobreza, obediência e castidade.
Na quarta semana lembramos a vocação para os ministérios e serviços na
comunidade e o Dia Nacional do Catequista. O documento de Aparecida
lembra os “ministérios confiados aos leigos e outros serviços pastorais,
como ministros da Palavra, animadores de assembleia e de pequenas
comunidades, entre elas as comunidades eclesiais de base, os
movimentos eclesiais e um grande número de pastorais específicas” (DAp,
n. 99c). Por fim, lembramos a vocação do catequista. Ser catequista é viver
uma vocação característica dentro da Igreja. É uma concretização da
vocação batismal. O núcleo central do verdadeiro serviço catequético
reside nesta tomada de consciência: ele sabe que é Igreja e que atua em
nome da Igreja. O catequista é pessoa de fé, em busca de profunda
espiritualidade. Deixa-se evangelizar e fala mais pelo exemplo do que pela
palavra.
Rezemos por todos os vocacionados e vocacionadas para que sejam
generosos na resposta ao Senhor que chama; rezemos também pelos
nossos padres, pelos nossos diáconos, pelas nossas famílias, por nossos
religiosos e religiosas, pelos nossos leigos e leigas, pelos nossos
catequistas.
Dom Moacir Silva
Arcebispo Metropolitano
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Vocações - Paróquia São Francisco de Assis