EDITORIAL A atividade de Guerra Eletrônica no Exército Brasileiro vem se transformando, fruto da necessidade de acompanhar a rápida evolução tecnológica experimentada nos setores da eletrônica e da tecnologia da informação. Operacionalmente, a Guerra Cibernética é considerada como uma evolução natural da atividade de Guerra Eletrônica. Quando foi criada, a Guerra Eletrônica tinha duas grandes tarefas: Defender as nossas comunicações e fornecer informações importantes para a tomada de decisão a partir da interceptação interceptação e análise das emissões do oponente. Naquela época, a informação estava disponível no espectro eletromagnético, o rádio era o meio principal por onde ela transitava e foi identificada a necessidade de se implantar a GE no EB, hoje consolidada como uma atividade fundamental para o aumento do poder de combate da Força Terrestre. A evolução da eletrônica e da tecnologia da informação gerou o conceito de Guerra Centrada em Redes onde os elementos de comando, de sensoriamento e de combate estão ligados em redes e por elas trafegam, de forma digital, as informações críticas necessárias à sincronização das ações de combate. Esse é o modelo conceitual do nosso atual Sistema de Comando e Controle da Força Terrestre, o C2 em Combate. Aquelas duas grandes tarefas tarefas visualizadas pelos pioneiros da Guerra Eletrônica no início dos anos 80 continuam atuais. Só que a informação sobre o oponente já não circula, como antes, aberta no espectro eletromagnético. O cenário bélico mudou e hoje, os grandes exércitos estão buscando ndo desenvolver novas capacidades para obter a informação em uma dimensão até então desconhecida. Hoje a informação trafega no espaço cibernético e é lá onde ela deve ser defendida, atacada ou explorada. Esse é o panorama no qual está inserido o nosso XI Seminário de Guerra Eletrônica, tradicional encontro de especialistas que, contagiados pela arte de construir o futuro legada pelos nossos pioneiros, têm por compromisso diário buscar novas tendências e oportunidades no contexto da GE, a fim de orientar os destinos dessa atividade no Exército Brasileiro. Desse Seminário sairão alguns dos temas que serão discutidos no I Encontro de Guerra Eletrônica de Defesa que tem por propósito contribuir para a implementação dos objetivos da Política de Guerra Eletrônica Eletrôni de Defesa. Os artigos selecionados para a 9ª edição da revista Sentinela da Colina foram elaborados por militares dotados de grande espírito inovador e curiosidade produtiva que, com seus esforços intelectuais, tornaram realidade o XI Seminário de Guerra Gue Eletrônica. Tenham uma instrutiva e agradável leitura. ALAN DENILSON LIMA COSTA – Ten Cel Comandante do CIGE