IMPRESSO ESPECIAL
CONTRATO 9912296029
ECT/DR/MG
SINTUFEJUF
ANO XVIII - EDIÇÃO 198 - MAIO DE 2015
Juntos Somos
Fortes!
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XXII CONFASUBRA elege nova
diretoria da Federação e aprova
indicativo de greve para 28 de maio
Novo Conselho Fiscal
Confira todas as notícias sobre o congresso
Nova diretoria
jornal do
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SINTUFEJUF MAIO DE 2015
EDITORIAL
XXII Confasubra
Trabalhadores de 59 universidades federais e estaduais, além de
institutos federais, reuniram-se em Poços de Caldas/MG, envoltos a uma
temperatura média de 17º, de 04 a 08 de maio, no XXII CONFASUBRA,
no espaço mais importante de discussão da categoria. Ainda mais num
ano em que a presidente Dilma Rousseff defende em seu projeto uma
pátria educadora, que pressupõe investimentos não só em salários, mas
condições de trabalho, na estrutura, em pessoal, nos estudantes, na
qualidade do ensino. Nós queremos também ser ouvidos e respeitados
como parte do processo de desenvolvimento da nossa nação.
Durante o congresso,
tivemos manifestações da Plenária
em diversos assuntos, além de
debates sistematizados que serviriam
para orientação dos grupos de
trabalho - GT's, organizados nos
temas: Conjuntura Nacional e
Internacional, Organização e
estrutura sindical, Relação de
trabalho e concepção de Estado,
Hospitais Universitários e EBSERH,
Carreira e Jornada de Trabalho,
Terceirização, Educação,
Seguridade Social e Aposentadoria,
Opressões e Reforma Estatutária.
Os GT's elaboraram seus relatórios contendo reivindicações a
serem consolidadas entre si que dariam base para a elaboração do Plano
de Lutas a ser defendido frente aos nossos governantes.
Vale considerar que a luta dos trabalhadores passa por um
momento interessante. Hoje, com o corporativismo das classes trabalhadora e empregadora, dificulta a identificação de movimentos contrários.
Contudo, o importante é que o sindicato seja atuante a partir da sua base.
O sindicato só existe porque insistem em (re)tirar os direitos
dos trabalhadores. Começou por reuniões para combater doenças
laborais, já que a jornada e as condições de trabalho levavam os trabalhadores à exaustão. Com a pulverização dos sindicatos, nos anos 80 tivemos
a Central Única dos Trabalhadores - CUT, para convergir as atuações
sindicais das bases, representando-os frente às unidades governantes. Em
seguida, outras organizações em prol dos trabalhadores foram surgindo,
como Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST, a Coordenação
Nacional de Lutas - CONLUTAS etc.
No Congresso, tivemos debates contra a terceirização dos serviços,
que hoje já alcançam as atividades fins das instituições, além da histórica
fragmentação da classe trabalhadora e precarização das relações de trabalho.
Expediente
Sintufejuf
Sindicato dos Trabalhadores TécnicoAdministrativos em Educação das
Instituições Federais de Ensino no
Município de Juiz de Fora
Rua Santo Antônio, nº 309 - Centro
Tel.: (32) 3215-7979 / Fax: (32)3215-3876
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Coordenação Geral:
Paulo Dimas de Castro
Lucas da Silva Simeão
Coordenação de Comunicação:
Luiz Roberto Pereira
Silvestre dos Santos
Jornalista Responsável:
Camila Pravato
13.164 - DRT/MG
Debates envolvendo Relações de Trabalho e Carreira defendendo que o ambiente de trabalho seja voltado para o pleno desenvolvimento da própria instituição, numa perspectiva de uma relação democrática e
de igualdade entre os fazeres. Na esteira, desloca-se as atenções para o
valor do trabalho, cuja ascensão funcional é fundamental para desenvolvimento institucional. Em última análise, sugere-se que o plano de cargos
e carreiras do trabalhador seja convergente com o plano de desenvolvimento institucional.
A própria greve de 1984, primeira após a queda do regime
militar, não se pautava apenas
por reajuste de salário, mas por
reconhecimento da categoria e
seu próprio desenvolvimento. A
CUT e a FASUBRA criaram o
plano nacional de carreira da
Educação, com revisões posteriores.
As condições de trabalho
têm sido alvo de negociações,
não menos de alertas como da
própria Organização Mundial de
Saúde, que realizou um estudo
em 1986 em que apontara que
60% dos trabalhadores adquiriram um tipo de doença laboral. Contudo, os ambientes de trabalho vêm
evitando exames periódicos de saúde e fechando os olhos para os
frequentes assédios morais e funcionais.
No GT de Seguridade social e Aposentados, vimos a necessidade de acompanharmos (vigiarmos) as iniciativas do governo, pois seu
histórico é de retirada de direitos, como quando consideraram o tempo
de serviço apenas federal, ignorando situações trabalhistas anteriores, o
que colocou muitos trabalhadores em prejuízo. Contudo, o acordo de
greve de 2012 trouxe a possibilidade de somar cargas horárias de formação, excluindo os aposentados. A lei 12.772/12 permite que o incentivo
seja acessível a todos nos níveis (A, B, C, D e E), exceto se aposentados.
Estas e demais considerações levantadas nos debates fortaleceram
e esclareceram aos companheiros da necessidade de uma luta permanente
pelos direitos dos trabalhadores, de forma que contribuíram para a
elaboração do Plano de Lutas e da pauta de negociação com o Governo,
pelas causas trabalhistas. Os próximos passos serão marcados pela expectativa da acolhida das reivindicações por parte do Governo ou de uma
eminente Greve Geral pela manutenção das condições dignas de trabalho.
Conselho Editorial:
Carlos Augusto Martins Santos
José Fanias Lima
José Pedro de Paula
Lêda Maria Chaves Faria
Lucas da Silva Simeão
Luiz Roberto Pereira
Paulo Dimas de Castro
Rogério da Silva
Rosângela Frizzero
Silvestre dos Santos
Diagramação: Sintufejuf
Colaboração: Laura Caputo,
Laura Kronbauer, e Mauro Assis
.
Fotos:
Sintufejuf
Projeto gráfico:
Kojio Comunicação
Os artigos
assinados são
de total
responsabilidade dos
autores e não
refletem
necessariamente a
opinião da
Diretoria do
Sintufejuf.
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SINTUFEJUF MAIO DE 2015
Plano de lutas
Delegados votam indicativo de greve para 28 de maio
Sindicatos deverão convocar assembleias para apresentar proposta à categoria
Durante todo o XXII Confasubra,
a necessidade da greve esteve presente em
todas as falas dos representantes dos
coletivos e de diretores que compuseram as
mesas de debate. As discussões abordaram
a necessidade de fortalecer o combate aos
ataques dos direitos dos trabalhadores.
Com discursos que pregavam a unidade,
não havia dúvidas de que o momento era
de somar forças e organizar a categoria
para a luta unificada.
Na manhã do dia 08 de maio,
durante a plenária sobre o Plano de Lutas
para o próximo triênio, os delegados
aprovaram, com ampla maioria dos votos,
o Indicativo de Greve para o dia 28 de
maio. A proposta deverá ser apresentada
às bases em assembléias convocadas pelos
sindicatos para referendarem a decisão.
No entanto, devido ao grande número de
destaques apontados pelos delegados, o
Plano de Lutas elaborado pelos GTs ainda
será sistematizado e divulgado pela
Federação.
Base aprova luta unificada com greve no final de maio
Eleição
Categoria de Juiz de Fora tem três representantes na Fasubra
Coordenadora do Sintufejuf, Rosangela Frizzero compõe o conselho fiscal, e os técnico-administrativos
Maria Angela Costa e Flávio Sereno, a nova diretoria da Federação.
Confira todos os nomes
Diretoria:
Diretoria e suplentes
A eleição para a nova diretoria da
Fasubra teve uma disputa acirrada. Com uma
diferença de apenas 28 votos, a chapa 1
"Contra o governismo na Fasubra" (Vamos à
luta, Unidos pra lutar, coletivo Base e
PSLivre) ficou em vantagem, podendo
indicar 2 dos 3 coordenadores gerais. Foram
648 votos a 620 respectivamente, 4 brancos e
3 nulos. No total, pela proporção, a chapa 1
elegeu 13 representantes, e a chapa 2 "Reafirmar a luta" (Tribo, Ressignificar, CTB,
Independentes) elegeu 12.
Os cargos da coordenação geral
foram ocupados por Léia de Souza Oliveira
(Tribo), Rogério Marzola (Vamos à Luta) e
Gibran Jordão (Coletivo Base).
Outros 22 titulares e 25 suplentes
compõe a nova diretoria, entre eles, dois
técnico-administrativos de Juiz de Fora,
Maria Ângela Costa e Flávio Sereno.
Entre os conselheiros fiscais, tomou
posse a coordenadora do Sintufejuf,
Rosangela Frizzero.
COORDENAÇÃO GERAL
Rogério Fagundes Marzola
Léia de Souza Oliveira
Gibran Ramos Jordão
C. DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
Paulo César Vaz Santos
Rolando Rubens Malvásio Júnior
COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO
Rafael dos Santos Pereira
Mário Costa de Paiva G. Júnior
C. DE FORMAÇÃO E COM. SINDICAL
Edson Nascimento Lima
Neide S. Dantas Mendes
C. DE POLÍTICAS SOCIAIS E GÊNERO
Francisco de Assis dos Santos
Maria Ângela Ferreira Costa
C. DA MULHER TRABALHADORA
Eurídice Ferreira de Almeida
Larissa Piazzetta Gysi
COORDENAÇÃO DA RAÇA E ETNIA
Roberto Luiz Machado da Silva
Angela Maria Targino Silva
COORDENAÇÃO DA
SEGURIDADE SOCIAL
Cristina Del papa
Pedro Rosa Cabral
C. JURÍDICA E RELAÇÕES DE TRABALHO
Adriana Cristina de T. Estella
Fátima dos Reis
C. DE APOSENTADOS E DE
APOSENTADORIA
Darci Cardoso da Silva
Maria Loura O. Silveira
C. DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL
Marcelino Rodrigues da Silva
André dos S. Gonçalves
C. DAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS
Neuza Santa Alves
Antônio Alves Neto
Suplentes:
Bernadete B. de Menezes
Carlos Roberto A. Silva
Fernando José Salvador
Flávio Sereno Cardoso
Francisco Genésio Lima
de Mesquita
Humberto Luiz Pietronero
Igor Pereira. L. Resende
Ivanilda Oliveira S.Reis
João Portácio Filho José
Carlos de Assis
José Maria De Castro
Kellcia R. Souza
Luan Diego Badia
Lucivaldo S. Da Casa
Luiz Antonio de A. Silva
Marcia S. Santos
Maria De Lourdes Loze
Mario Garofolo
Mauro Barbosa da Silva
Mozart S. da Casa
Rafael Medeiros Santos
Rogério Fidelis
Sérgio Geraldo Neves
Vinicius H. De Resende
Wellington Pereira
Jorge Luiz Ranieri
Leonir Tunala Resende
Manoel Euflausino
Pereira Filho
Marcelo Pereira Ramos
José Valdevino Neto
Conselho Fiscal:
Ademar Sena e Carvalho
Mauro Mendes
Rosângela Márcia Frizzero
Ana Paula Azevedo
Mozart Robério de Sá Siqueira
Conselho Fiscal
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SINTUFEJUF MAIO DE 2015
Lugar de mulher é aonde ela quiser
Mulheres marcam presença no XXII Confasubra
Historicamente um ambiente ocupado
por homens, a política têm ganhado cada vez
mais a força e participação feminina. São
mulheres trabalhadoras, muitas vezes mães e
militantes que reivindicam a igualdade de
gênero e seu espaço na sociedade. Na luta
sindical não é diferente, durante o XXII
Confasubra realizado na cidade de Poços de
Caldas (MG) a presença feminina se mostrou
significante entre um público de cerca de 1.200
sindicalistas.
O Sintufejuf, por exemplo, contou com
a participação de 10 técnica-administrativas em
uma delegação de 26, o que representa 43% dos
trabalhadores vindo de Juiz de Fora. Fossem
jovens ou idosas, negras, brancas ou mulatas,
elas dividiram um espaço político e democrático
com a mesma finalidade de todos os presentes:
defender os direitos dos servidores frente às
medidas impopulares aplicadas pelo Governo
Federal.
De acordo com a Coordenadora Geral
da Fasubra, Léia Oliveira, as mulheres tem
alcançado conquistas importantes dentro da
entidade em razão de seu engajamento político e
competência. Atualmente, as técnicasadministrativas de Juiz de Fora, Rosângela
Frizzero (Conselho Fiscal) e Maria Ângela
Costa (Coordenação), também ocupam cargos
dentro da Fasubra.
Militância, um substantivo feminino
Da Universidade Federal de Juiz de
Fora (UFJF) e exercendo o cargo de técnicaadministrativa no campus de
Governador Valadares, a professora
Bethânia Guimarães, fala com
naturalidade sobre trazer junto com
ela seus dois filhos para o congresso.
“A educação eficaz é feita pelo
exemplo e isso também é educar
politicamente”. Para ela, o XXII
Confasubra é uma oportunidade de
ultrapassar as barreiras do filiado e
militar com uma base crítico-reflexiva
sobre um cenário nacional.
Veterana, Nilza Lino é uma
inspiração para as jovens companheiras. Ela conta que se filiou ao Sintufejuf quando
ainda era associação, para conquistar direitos e
benefícios enquanto trabalhadora. “Depois de
36 anos dedicados a UFJF sinto que faço parte
da história dessa universidade, minha luta hoje é
principalmente para não ser esquecida após a
aposentadoria”, conta Niza, que relembra sua
trajetória.
Entre as diferentes bandeiras das lutas
sociais presentes no congresso, as reivindicações
dos trabalhadores aposentados também se
destaca na voz da militante Enaura Graciosa da
Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC). “Minha militância sempre foi voltada
aos aposentados. Temos dificuldades com o PCCTAE, a defasagem
dos salários e no enquadramento,
por exemplo. Sinto que muitas
vezes somos rejeitados ou excluídos pela sociedade em geral”,
desabafa.
A sociedade que destinou à
mulher o espaço doméstico já
observa mudanças e avanços neste
comportamento. Na luta contra o
preconceito, equiparação de
salários, assédio sexual e machismo, elas devem encontrar em seu
sindicato, uma unidade representativa e
disposta a lutar por seus direitos.
De acordo com a aposentada Enaura, o
olhar do jovem é ambicioso e moverá muitas
conquistas. Enquanto o olhar do idoso é 'luz',
solidário e companheiro.
GT's
Grupos de Trabalho elaboram propostas para plano de lutas
GT discute situação de trabalhadores cedidos à EBSERH
Listagem única informa distribuição dos GTs em cima da hora
No último dia do XXII
Confasubra, momentos antes de começar a eleição da nova diretoria, os delegados deram início à discussão do Plano de
Lutas. O documento foi elaborado a
partir das reuniões dos Grupos de
Trabalho, GTs, realizadas na tarde do dia
07. Os grupos foram divididos em 10
áreas de interesse sindical: Conjuntura
nacional e internacional; Organização e
estrutura sindical; Relação de trabalho e
concepção de estado; Educação;
Reforma Estatutária; Seguridade Social e
Aposentados; HU/EBSERH;
Terceirização; Opressões; Carreira e
Jornada de Trabalho.
Os cerca de 1200 delegados
presentes foram distribuídos sem terem
sido consultados. Uma listagem disponibilizada na entrada principal do auditório
minutos antes das reuniões começarem
informava onde cada participante estava
inserido. No entanto, contrariados,
muitos delegados não seguiram a lista, e
fizeram parte das discussões que possuem
mais experiência.
Trata-se de relatos dos trabalhadores sobre suas experiências no ambiente de trabalho e em âmbito nacional. A
troca de conhecimentos unifica a
categoria em prol de reivindicações
comuns e também presta solidariedade e
apoio entre as diferentes instituições. Os
trabalhos dos grupos foram sintetizados e
distribuídos no plenário para iniciar,
junto à base, a discussão do que foi
debatido nos GTs. A mesa leu todos os
pontos e abriu para intervenções.
Devido ao grande número de
destaques apontados pelos delegados, o
Plano de Lutas ainda será sistematizado
e divulgado pela Federação.
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SINTUFEJUF MAIO DE 2015
Eleição
Em entrevista ao Sintufejuf, representantes de cada corrente
defendem suas teses
Durante os cinco dias de congresso, o
Sintufejuf conversou com um representante de
cada coletivo. Eles fizeram uma avaliação sobre o
XXII Confasubra e defenderam seus grupos para a
nova direção da Fasubra.
Rolando Rubens M. Jr., membro do
coletivo ‘‘Pensamento Sindical Livre’’, PSLivre,
afirma que o congresso não é apenas de eleição,
mas é importante para formular um plano de luta
para os próximos anos da Fasubra. Rolando define
seu grupo como socialista por convicção, porém
sem partidos ou centrais. Acredita que partidos
políticos sejam importantes para a democracia,
mas não deve existir aliança partidária dentro dos
sindicatos e organizações sociais. ‘‘Na Fasubra, o
que muitas vezes acontece é que a vontade do
partido prevalece sobre a vontade da categoria e
isso é muito ruim’’ afirma Rolando.
Representante do coletivo ‘‘Tribo’’, e
eleita diretora da Fasubra, Leia de Souza Oliveira
faz uma crítica a organização do congresso. Alerta
que a diretoria é passageira, mas a base que
sustenta a federação merece respeito e mais
atenção no trato das demandas da categoria.‘‘Foi
desorganizado desde o início, e isso é um retrato
da desorganização da atual direção. Somos todos
companheiros no mesmo lado na luta’’, lamenta
Leia. Portanto, para ela, o momento é de escolher
uma Fasubra mais forte para uma categoria mais
legitimamente representada. Ela lembra que são
milhares de trabalhadores da base representados
pelos mil e duzentos delegados, e esperam do
congresso mais do que disputa de vaidade de
correntes, mas a criação de um plano de lutas
contra o atual Congresso Nacional ultraconservador e que dificulta a negociação salarial.
De acordo com Gibran Jordão, do
coletivo ‘‘Base’’, o XXII Confasubra é o maior
congresso da história da federação. Mais de 1200
delegados de todo o país estiveram reunidos,
desde o extremo norte ao extremo sul. Para ele,
apesar da disputa política acirrada, que atrapalhou
o debate, foi possível armar a categoria para o
enfrentamento contra os ataques do governo.
Gibran acredita que o ‘‘Base’’ foi o coletivo que
mais construiu espaço dentro das universidades.
Luiz Antônio de Araujo Silva, do ‘‘Vamos
à luta’’ define seu coletivo como uma frente de
trabalhadores que entende que o movimento
sindical deve ser independente do governo e dos
patrões. Sobre o congresso, afirma que teve a
tarefa de marcar a data da greve, e precisa ser
unificada com todos os setores. ‘‘Uma greve que
não é pra ser obviamente só da Fasubra, mas toda a
educação em função dos ataques desde o final das
eleições passadas’’ opina, Luiz Antônio.
Segundo João Paulo Ribeiro, JP, da
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil, CTB, o congresso é a oportunidade de
colocar todas as ideias em um único momento.
‘‘1200 cabeças é melhor para pensar do que uma
direção compactada em 25 pessoas’’, comenta.
Com as ameaças e perdas de direitos para a classe
trabalhadora, ele diz que a luta é necessária para
pressionar. “Governo e feijão, só amolece com
pressão”, brinca JP.
Coordenador de Seguridade Social da
Fasubra, Pedro Rosa, classifica seu coletivo
‘‘Unidos para lutar’’ como de esquerda, porém de
oposição ao atual governo. Ele faz uma análise
sobre o momento político do país, em que o
governo ataca, mas os trabalhadores reagem. Ele
cita como exemplo os professores, que já marcaram a greve. ‘‘A educação virou a referência
máxima desse último período, em fazer greves e
lutas, e esse congresso é importante para sinalizar
qual vai ser o eixo, qual vai ser a nossa capacidade
de unificar e derrotar a política do governo
federal’’, afirma.
A coordenadora de coomunicação
sindical da Fasubra, e membro do coletivo
‘‘Independentes’’ Neide Dantas lembra que o
acordo da greve de 2012 se encerrou em 2015, e
não há perspectiva de aumento salarial a partir
desse período. O congresso é importante para
garantir para 2016 um compensação às perdas
salariais, por meio da formulação de um plano de
lutas. Sobre o coletivo, esclarece que o ‘‘Independentes’’ não tem organização enquanto grupo, mas
se uniu a partir das demandas que beneficiam os
TAEs. Embora tenha muitas críticas ao governo,
acredita que o poder da negociação leva às
conquistas, e não a radicalização pela radicalização.
PALAVRA DA BASE
De que forma você acredita que o debate político no XXII Confasubra pode contribuir para a categoria?
Nossa expectativa é que o Confasubra elabore um bom
plano de lutas e consigamos as forças políticas com todos
servidores públicos federais. O congresso tem que ser
menos político partidário, e seja pautado mais especificamente em nossa campanha salarial, especificamente o
aumento, a database, política salarial permanente. Toda a
campanha que os servidores já aprovaram, o congresso
precisa referendar. Também a difícil tarefa de construção de uma greve geral,
caso as negociações não avancem.
Ricardo Norberto - Universidade Federal de Santa Maria
Espero que a nossa categoria saia daqui unida, para a
construção de um plano de lutas efetivo. Apesar de todas
as divergência que temos, que consigamos fazer esse
plano contra as políticas que estão sendo implantadas
contra os trabalhadores da educação, que não são
poucas. Entre muitas lutas nossas, está a questão da
terceirização, as Mps 664 e 665, database, reposição
salarial, aprimoramento de carreira e reposicionamento de aposentados.
Lucivaldo Alves dos Santos - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
A Fasubra precisa avançar mais nas discussões. Os trabalhadores, inclusive os servidores públicos da area de educação
estão tendo muito prejuízo nestas discussões que estamos
tendo. São discussões em que a Fasubra dá dois passos para
frente e cinco para trás por interesses das forças políticas. A
forças políticas causam problemas nas negociações. Hoje vejo uma
Fasubra de interesses. O Confasubra é um patrimônio que nós fundamos e não foi
pela mão do pelego. Antigamente nossos interesses eram ganhos para a categoria
e hoje não temos mais isso.
Luiz Macena da Conceição - Universidade Federal da Bahia
A minha esperança é que a Fasubra saia daqui de verdade,
unificada, com todas as forças que tem aqui dentro
brigando somente pela sua base, pelos técnicoadministrativos em educação, brigando com o governo
por maiores benefícios e maiores direitos para nós. Então
eu espero que o Congresso saía daqui apontando um norte
para nós trabalhadores em educação e apontando sim um plano de lutas, não
aquela mentira que elas apresentaram nos outros congressos pra nós que não
vimos luta nenhuma.
Mozarte Simões da Costa Junior - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
jornal do
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SINTUFEJUF MAIO DE 2015
Programação comprometida
Problemas com credenciamento atrasam início do XXII Confasubra
No primeiro dia do XXII Confasubra
estava programado o credenciamento, leitura e
apreciação do regimento, apresentação das teses
e debate sobre a conjuntura. No entanto, devido
a falta de entendimento em relação à
documentação de um dos sindicatos presentes, a
abertura do congresso não passou do
credenciamento. De acordo Fernando Salvador,
coordenador geral do SINTEPS – Sindicato dos
Trabalhadores do Ceeteps, do Ensino Público
Estadual Técnico, Tecnológico e Profissional do
Estado de São Paulo, o problema ocorreu pois o
documento fornecido pelo governo não
contabilizava o número exato de sindicalizados.
Segundo ele, o sindicato representa também
terceirizados, e esse contigente, conforme com o
documento é de cerca de 3.500 trabalhadores.
Sem comprovar o total de terceirizados, a
organização do congresso entendeu que os
mesmos não poderiam ser contabilizados para o
cálculo de delegados. O SINTEPS levou 102
delegados, no entanto, conforme o Fernando
Salvador, apenas 40 foram credenciados.
Em resposta aos protestos da categoria
de São Paulo, o coordenador geral
da Fasubra, Paulo Henrique
Rodrigues do Santos afirmou que
de acordo com estatuto, direção da
Federação não poderia resolver o
impasse sozinha, e que portanto,
seria necessário montar uma
comissão com a participação de
um representante de cada base
presente para abrir uma
sindicância.
No entanto, os problemas com
credenciamento desta e de outras bases
continuaram sendo discutidos. Na manhã de
quarta-feira, 06, aconteceu a votação dos
recursos sobre o credenciamento de delegados.
Os presentes decidiram, de forma democrática,
pelos três pedidos de recursos analisados. Sendo
dois deles vetados e um liberado.
Com uma plenária bastante dividida,
para a primeira votação, foi necessária a
contagem exata dos crachás. Com 635 votos
contra e 582 a favor, foi negado o
credenciamento de 2 delegados da Universidade
Federal de Goiás (UFG). O motivo apontado é
que o número de delegados não estava
compatível com a base do sindicato, o que seria
contra o regimento da Federação. Pela mesma
razão, a Universidade Federal de Uberlândia
também deixou de credenciar uma delegada.
O credenciamento de parte dos
representantes do SINTEPS foi aprovado pela
maioria da plenária. Este recurso também foi
analisado pelo advogado da Fasubra, todos os
documentos para legitimar o credenciamento
foram apresentados.
Momentos do XXII Confasubra
Lott. Presente!
Representando coletivos opostos, Paulo Dimas e
Flávio Sereno fazem brincadeira com crachá
Heronides e Sérgio representam o coletivo ‘‘Ressignificar’’
Foto: Fasubra
Delegação de Juiz de Fora se despede do XXII Confasubra
Aluízio de Governador Valadares faz o credenciamento
Com muito pesar,
comunicamos o falecimento do
companheiro da Universidade Federal
do Acre, e ex-diretor da FASUBRA,
José Alberto de Araujo Lima (LOTT)
no dia 12/05/2015.
Sua última participação na
militância ocorreu no XXII Confasubra.
Aos amigos e familiares, nossos
sinceros sentimentos.
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