IMPRESSO ESPECIAL CONTRATO 9912296029 ECT/DR/MG SINTUFEJUF ANO XVIII - EDIÇÃO 198 - MAIO DE 2015 Juntos Somos Fortes! spec E o ã ç i Ed ial XXII CONFASUBRA elege nova diretoria da Federação e aprova indicativo de greve para 28 de maio Novo Conselho Fiscal Confira todas as notícias sobre o congresso Nova diretoria jornal do 2 SINTUFEJUF MAIO DE 2015 EDITORIAL XXII Confasubra Trabalhadores de 59 universidades federais e estaduais, além de institutos federais, reuniram-se em Poços de Caldas/MG, envoltos a uma temperatura média de 17º, de 04 a 08 de maio, no XXII CONFASUBRA, no espaço mais importante de discussão da categoria. Ainda mais num ano em que a presidente Dilma Rousseff defende em seu projeto uma pátria educadora, que pressupõe investimentos não só em salários, mas condições de trabalho, na estrutura, em pessoal, nos estudantes, na qualidade do ensino. Nós queremos também ser ouvidos e respeitados como parte do processo de desenvolvimento da nossa nação. Durante o congresso, tivemos manifestações da Plenária em diversos assuntos, além de debates sistematizados que serviriam para orientação dos grupos de trabalho - GT's, organizados nos temas: Conjuntura Nacional e Internacional, Organização e estrutura sindical, Relação de trabalho e concepção de Estado, Hospitais Universitários e EBSERH, Carreira e Jornada de Trabalho, Terceirização, Educação, Seguridade Social e Aposentadoria, Opressões e Reforma Estatutária. Os GT's elaboraram seus relatórios contendo reivindicações a serem consolidadas entre si que dariam base para a elaboração do Plano de Lutas a ser defendido frente aos nossos governantes. Vale considerar que a luta dos trabalhadores passa por um momento interessante. Hoje, com o corporativismo das classes trabalhadora e empregadora, dificulta a identificação de movimentos contrários. Contudo, o importante é que o sindicato seja atuante a partir da sua base. O sindicato só existe porque insistem em (re)tirar os direitos dos trabalhadores. Começou por reuniões para combater doenças laborais, já que a jornada e as condições de trabalho levavam os trabalhadores à exaustão. Com a pulverização dos sindicatos, nos anos 80 tivemos a Central Única dos Trabalhadores - CUT, para convergir as atuações sindicais das bases, representando-os frente às unidades governantes. Em seguida, outras organizações em prol dos trabalhadores foram surgindo, como Corrente Socialista dos Trabalhadores - CST, a Coordenação Nacional de Lutas - CONLUTAS etc. No Congresso, tivemos debates contra a terceirização dos serviços, que hoje já alcançam as atividades fins das instituições, além da histórica fragmentação da classe trabalhadora e precarização das relações de trabalho. Expediente Sintufejuf Sindicato dos Trabalhadores TécnicoAdministrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino no Município de Juiz de Fora Rua Santo Antônio, nº 309 - Centro Tel.: (32) 3215-7979 / Fax: (32)3215-3876 www.sintufejuf.org.br [email protected] Twitter: @sintufejuf Facebook: https://www.facebook.com/sintufejuf Coordenação Geral: Paulo Dimas de Castro Lucas da Silva Simeão Coordenação de Comunicação: Luiz Roberto Pereira Silvestre dos Santos Jornalista Responsável: Camila Pravato 13.164 - DRT/MG Debates envolvendo Relações de Trabalho e Carreira defendendo que o ambiente de trabalho seja voltado para o pleno desenvolvimento da própria instituição, numa perspectiva de uma relação democrática e de igualdade entre os fazeres. Na esteira, desloca-se as atenções para o valor do trabalho, cuja ascensão funcional é fundamental para desenvolvimento institucional. Em última análise, sugere-se que o plano de cargos e carreiras do trabalhador seja convergente com o plano de desenvolvimento institucional. A própria greve de 1984, primeira após a queda do regime militar, não se pautava apenas por reajuste de salário, mas por reconhecimento da categoria e seu próprio desenvolvimento. A CUT e a FASUBRA criaram o plano nacional de carreira da Educação, com revisões posteriores. As condições de trabalho têm sido alvo de negociações, não menos de alertas como da própria Organização Mundial de Saúde, que realizou um estudo em 1986 em que apontara que 60% dos trabalhadores adquiriram um tipo de doença laboral. Contudo, os ambientes de trabalho vêm evitando exames periódicos de saúde e fechando os olhos para os frequentes assédios morais e funcionais. No GT de Seguridade social e Aposentados, vimos a necessidade de acompanharmos (vigiarmos) as iniciativas do governo, pois seu histórico é de retirada de direitos, como quando consideraram o tempo de serviço apenas federal, ignorando situações trabalhistas anteriores, o que colocou muitos trabalhadores em prejuízo. Contudo, o acordo de greve de 2012 trouxe a possibilidade de somar cargas horárias de formação, excluindo os aposentados. A lei 12.772/12 permite que o incentivo seja acessível a todos nos níveis (A, B, C, D e E), exceto se aposentados. Estas e demais considerações levantadas nos debates fortaleceram e esclareceram aos companheiros da necessidade de uma luta permanente pelos direitos dos trabalhadores, de forma que contribuíram para a elaboração do Plano de Lutas e da pauta de negociação com o Governo, pelas causas trabalhistas. Os próximos passos serão marcados pela expectativa da acolhida das reivindicações por parte do Governo ou de uma eminente Greve Geral pela manutenção das condições dignas de trabalho. Conselho Editorial: Carlos Augusto Martins Santos José Fanias Lima José Pedro de Paula Lêda Maria Chaves Faria Lucas da Silva Simeão Luiz Roberto Pereira Paulo Dimas de Castro Rogério da Silva Rosângela Frizzero Silvestre dos Santos Diagramação: Sintufejuf Colaboração: Laura Caputo, Laura Kronbauer, e Mauro Assis . Fotos: Sintufejuf Projeto gráfico: Kojio Comunicação Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da Diretoria do Sintufejuf. jornal do SINTUFEJUF MAIO DE 2015 Plano de lutas Delegados votam indicativo de greve para 28 de maio Sindicatos deverão convocar assembleias para apresentar proposta à categoria Durante todo o XXII Confasubra, a necessidade da greve esteve presente em todas as falas dos representantes dos coletivos e de diretores que compuseram as mesas de debate. As discussões abordaram a necessidade de fortalecer o combate aos ataques dos direitos dos trabalhadores. Com discursos que pregavam a unidade, não havia dúvidas de que o momento era de somar forças e organizar a categoria para a luta unificada. Na manhã do dia 08 de maio, durante a plenária sobre o Plano de Lutas para o próximo triênio, os delegados aprovaram, com ampla maioria dos votos, o Indicativo de Greve para o dia 28 de maio. A proposta deverá ser apresentada às bases em assembléias convocadas pelos sindicatos para referendarem a decisão. No entanto, devido ao grande número de destaques apontados pelos delegados, o Plano de Lutas elaborado pelos GTs ainda será sistematizado e divulgado pela Federação. Base aprova luta unificada com greve no final de maio Eleição Categoria de Juiz de Fora tem três representantes na Fasubra Coordenadora do Sintufejuf, Rosangela Frizzero compõe o conselho fiscal, e os técnico-administrativos Maria Angela Costa e Flávio Sereno, a nova diretoria da Federação. Confira todos os nomes Diretoria: Diretoria e suplentes A eleição para a nova diretoria da Fasubra teve uma disputa acirrada. Com uma diferença de apenas 28 votos, a chapa 1 "Contra o governismo na Fasubra" (Vamos à luta, Unidos pra lutar, coletivo Base e PSLivre) ficou em vantagem, podendo indicar 2 dos 3 coordenadores gerais. Foram 648 votos a 620 respectivamente, 4 brancos e 3 nulos. No total, pela proporção, a chapa 1 elegeu 13 representantes, e a chapa 2 "Reafirmar a luta" (Tribo, Ressignificar, CTB, Independentes) elegeu 12. Os cargos da coordenação geral foram ocupados por Léia de Souza Oliveira (Tribo), Rogério Marzola (Vamos à Luta) e Gibran Jordão (Coletivo Base). Outros 22 titulares e 25 suplentes compõe a nova diretoria, entre eles, dois técnico-administrativos de Juiz de Fora, Maria Ângela Costa e Flávio Sereno. Entre os conselheiros fiscais, tomou posse a coordenadora do Sintufejuf, Rosangela Frizzero. COORDENAÇÃO GERAL Rogério Fagundes Marzola Léia de Souza Oliveira Gibran Ramos Jordão C. DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS Paulo César Vaz Santos Rolando Rubens Malvásio Júnior COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO Rafael dos Santos Pereira Mário Costa de Paiva G. Júnior C. DE FORMAÇÃO E COM. SINDICAL Edson Nascimento Lima Neide S. Dantas Mendes C. DE POLÍTICAS SOCIAIS E GÊNERO Francisco de Assis dos Santos Maria Ângela Ferreira Costa C. DA MULHER TRABALHADORA Eurídice Ferreira de Almeida Larissa Piazzetta Gysi COORDENAÇÃO DA RAÇA E ETNIA Roberto Luiz Machado da Silva Angela Maria Targino Silva COORDENAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL Cristina Del papa Pedro Rosa Cabral C. JURÍDICA E RELAÇÕES DE TRABALHO Adriana Cristina de T. Estella Fátima dos Reis C. DE APOSENTADOS E DE APOSENTADORIA Darci Cardoso da Silva Maria Loura O. Silveira C. DE ORGANIZAÇÃO SINDICAL Marcelino Rodrigues da Silva André dos S. Gonçalves C. DAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS Neuza Santa Alves Antônio Alves Neto Suplentes: Bernadete B. de Menezes Carlos Roberto A. Silva Fernando José Salvador Flávio Sereno Cardoso Francisco Genésio Lima de Mesquita Humberto Luiz Pietronero Igor Pereira. L. Resende Ivanilda Oliveira S.Reis João Portácio Filho José Carlos de Assis José Maria De Castro Kellcia R. Souza Luan Diego Badia Lucivaldo S. Da Casa Luiz Antonio de A. Silva Marcia S. Santos Maria De Lourdes Loze Mario Garofolo Mauro Barbosa da Silva Mozart S. da Casa Rafael Medeiros Santos Rogério Fidelis Sérgio Geraldo Neves Vinicius H. De Resende Wellington Pereira Jorge Luiz Ranieri Leonir Tunala Resende Manoel Euflausino Pereira Filho Marcelo Pereira Ramos José Valdevino Neto Conselho Fiscal: Ademar Sena e Carvalho Mauro Mendes Rosângela Márcia Frizzero Ana Paula Azevedo Mozart Robério de Sá Siqueira Conselho Fiscal jornal do 6 SINTUFEJUF MAIO DE 2015 Lugar de mulher é aonde ela quiser Mulheres marcam presença no XXII Confasubra Historicamente um ambiente ocupado por homens, a política têm ganhado cada vez mais a força e participação feminina. São mulheres trabalhadoras, muitas vezes mães e militantes que reivindicam a igualdade de gênero e seu espaço na sociedade. Na luta sindical não é diferente, durante o XXII Confasubra realizado na cidade de Poços de Caldas (MG) a presença feminina se mostrou significante entre um público de cerca de 1.200 sindicalistas. O Sintufejuf, por exemplo, contou com a participação de 10 técnica-administrativas em uma delegação de 26, o que representa 43% dos trabalhadores vindo de Juiz de Fora. Fossem jovens ou idosas, negras, brancas ou mulatas, elas dividiram um espaço político e democrático com a mesma finalidade de todos os presentes: defender os direitos dos servidores frente às medidas impopulares aplicadas pelo Governo Federal. De acordo com a Coordenadora Geral da Fasubra, Léia Oliveira, as mulheres tem alcançado conquistas importantes dentro da entidade em razão de seu engajamento político e competência. Atualmente, as técnicasadministrativas de Juiz de Fora, Rosângela Frizzero (Conselho Fiscal) e Maria Ângela Costa (Coordenação), também ocupam cargos dentro da Fasubra. Militância, um substantivo feminino Da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e exercendo o cargo de técnicaadministrativa no campus de Governador Valadares, a professora Bethânia Guimarães, fala com naturalidade sobre trazer junto com ela seus dois filhos para o congresso. “A educação eficaz é feita pelo exemplo e isso também é educar politicamente”. Para ela, o XXII Confasubra é uma oportunidade de ultrapassar as barreiras do filiado e militar com uma base crítico-reflexiva sobre um cenário nacional. Veterana, Nilza Lino é uma inspiração para as jovens companheiras. Ela conta que se filiou ao Sintufejuf quando ainda era associação, para conquistar direitos e benefícios enquanto trabalhadora. “Depois de 36 anos dedicados a UFJF sinto que faço parte da história dessa universidade, minha luta hoje é principalmente para não ser esquecida após a aposentadoria”, conta Niza, que relembra sua trajetória. Entre as diferentes bandeiras das lutas sociais presentes no congresso, as reivindicações dos trabalhadores aposentados também se destaca na voz da militante Enaura Graciosa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Minha militância sempre foi voltada aos aposentados. Temos dificuldades com o PCCTAE, a defasagem dos salários e no enquadramento, por exemplo. Sinto que muitas vezes somos rejeitados ou excluídos pela sociedade em geral”, desabafa. A sociedade que destinou à mulher o espaço doméstico já observa mudanças e avanços neste comportamento. Na luta contra o preconceito, equiparação de salários, assédio sexual e machismo, elas devem encontrar em seu sindicato, uma unidade representativa e disposta a lutar por seus direitos. De acordo com a aposentada Enaura, o olhar do jovem é ambicioso e moverá muitas conquistas. Enquanto o olhar do idoso é 'luz', solidário e companheiro. GT's Grupos de Trabalho elaboram propostas para plano de lutas GT discute situação de trabalhadores cedidos à EBSERH Listagem única informa distribuição dos GTs em cima da hora No último dia do XXII Confasubra, momentos antes de começar a eleição da nova diretoria, os delegados deram início à discussão do Plano de Lutas. O documento foi elaborado a partir das reuniões dos Grupos de Trabalho, GTs, realizadas na tarde do dia 07. Os grupos foram divididos em 10 áreas de interesse sindical: Conjuntura nacional e internacional; Organização e estrutura sindical; Relação de trabalho e concepção de estado; Educação; Reforma Estatutária; Seguridade Social e Aposentados; HU/EBSERH; Terceirização; Opressões; Carreira e Jornada de Trabalho. Os cerca de 1200 delegados presentes foram distribuídos sem terem sido consultados. Uma listagem disponibilizada na entrada principal do auditório minutos antes das reuniões começarem informava onde cada participante estava inserido. No entanto, contrariados, muitos delegados não seguiram a lista, e fizeram parte das discussões que possuem mais experiência. Trata-se de relatos dos trabalhadores sobre suas experiências no ambiente de trabalho e em âmbito nacional. A troca de conhecimentos unifica a categoria em prol de reivindicações comuns e também presta solidariedade e apoio entre as diferentes instituições. Os trabalhos dos grupos foram sintetizados e distribuídos no plenário para iniciar, junto à base, a discussão do que foi debatido nos GTs. A mesa leu todos os pontos e abriu para intervenções. Devido ao grande número de destaques apontados pelos delegados, o Plano de Lutas ainda será sistematizado e divulgado pela Federação. jornal do 7 SINTUFEJUF MAIO DE 2015 Eleição Em entrevista ao Sintufejuf, representantes de cada corrente defendem suas teses Durante os cinco dias de congresso, o Sintufejuf conversou com um representante de cada coletivo. Eles fizeram uma avaliação sobre o XXII Confasubra e defenderam seus grupos para a nova direção da Fasubra. Rolando Rubens M. Jr., membro do coletivo ‘‘Pensamento Sindical Livre’’, PSLivre, afirma que o congresso não é apenas de eleição, mas é importante para formular um plano de luta para os próximos anos da Fasubra. Rolando define seu grupo como socialista por convicção, porém sem partidos ou centrais. Acredita que partidos políticos sejam importantes para a democracia, mas não deve existir aliança partidária dentro dos sindicatos e organizações sociais. ‘‘Na Fasubra, o que muitas vezes acontece é que a vontade do partido prevalece sobre a vontade da categoria e isso é muito ruim’’ afirma Rolando. Representante do coletivo ‘‘Tribo’’, e eleita diretora da Fasubra, Leia de Souza Oliveira faz uma crítica a organização do congresso. Alerta que a diretoria é passageira, mas a base que sustenta a federação merece respeito e mais atenção no trato das demandas da categoria.‘‘Foi desorganizado desde o início, e isso é um retrato da desorganização da atual direção. Somos todos companheiros no mesmo lado na luta’’, lamenta Leia. Portanto, para ela, o momento é de escolher uma Fasubra mais forte para uma categoria mais legitimamente representada. Ela lembra que são milhares de trabalhadores da base representados pelos mil e duzentos delegados, e esperam do congresso mais do que disputa de vaidade de correntes, mas a criação de um plano de lutas contra o atual Congresso Nacional ultraconservador e que dificulta a negociação salarial. De acordo com Gibran Jordão, do coletivo ‘‘Base’’, o XXII Confasubra é o maior congresso da história da federação. Mais de 1200 delegados de todo o país estiveram reunidos, desde o extremo norte ao extremo sul. Para ele, apesar da disputa política acirrada, que atrapalhou o debate, foi possível armar a categoria para o enfrentamento contra os ataques do governo. Gibran acredita que o ‘‘Base’’ foi o coletivo que mais construiu espaço dentro das universidades. Luiz Antônio de Araujo Silva, do ‘‘Vamos à luta’’ define seu coletivo como uma frente de trabalhadores que entende que o movimento sindical deve ser independente do governo e dos patrões. Sobre o congresso, afirma que teve a tarefa de marcar a data da greve, e precisa ser unificada com todos os setores. ‘‘Uma greve que não é pra ser obviamente só da Fasubra, mas toda a educação em função dos ataques desde o final das eleições passadas’’ opina, Luiz Antônio. Segundo João Paulo Ribeiro, JP, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, CTB, o congresso é a oportunidade de colocar todas as ideias em um único momento. ‘‘1200 cabeças é melhor para pensar do que uma direção compactada em 25 pessoas’’, comenta. Com as ameaças e perdas de direitos para a classe trabalhadora, ele diz que a luta é necessária para pressionar. “Governo e feijão, só amolece com pressão”, brinca JP. Coordenador de Seguridade Social da Fasubra, Pedro Rosa, classifica seu coletivo ‘‘Unidos para lutar’’ como de esquerda, porém de oposição ao atual governo. Ele faz uma análise sobre o momento político do país, em que o governo ataca, mas os trabalhadores reagem. Ele cita como exemplo os professores, que já marcaram a greve. ‘‘A educação virou a referência máxima desse último período, em fazer greves e lutas, e esse congresso é importante para sinalizar qual vai ser o eixo, qual vai ser a nossa capacidade de unificar e derrotar a política do governo federal’’, afirma. A coordenadora de coomunicação sindical da Fasubra, e membro do coletivo ‘‘Independentes’’ Neide Dantas lembra que o acordo da greve de 2012 se encerrou em 2015, e não há perspectiva de aumento salarial a partir desse período. O congresso é importante para garantir para 2016 um compensação às perdas salariais, por meio da formulação de um plano de lutas. Sobre o coletivo, esclarece que o ‘‘Independentes’’ não tem organização enquanto grupo, mas se uniu a partir das demandas que beneficiam os TAEs. Embora tenha muitas críticas ao governo, acredita que o poder da negociação leva às conquistas, e não a radicalização pela radicalização. PALAVRA DA BASE De que forma você acredita que o debate político no XXII Confasubra pode contribuir para a categoria? Nossa expectativa é que o Confasubra elabore um bom plano de lutas e consigamos as forças políticas com todos servidores públicos federais. O congresso tem que ser menos político partidário, e seja pautado mais especificamente em nossa campanha salarial, especificamente o aumento, a database, política salarial permanente. Toda a campanha que os servidores já aprovaram, o congresso precisa referendar. Também a difícil tarefa de construção de uma greve geral, caso as negociações não avancem. Ricardo Norberto - Universidade Federal de Santa Maria Espero que a nossa categoria saia daqui unida, para a construção de um plano de lutas efetivo. Apesar de todas as divergência que temos, que consigamos fazer esse plano contra as políticas que estão sendo implantadas contra os trabalhadores da educação, que não são poucas. Entre muitas lutas nossas, está a questão da terceirização, as Mps 664 e 665, database, reposição salarial, aprimoramento de carreira e reposicionamento de aposentados. Lucivaldo Alves dos Santos - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul A Fasubra precisa avançar mais nas discussões. Os trabalhadores, inclusive os servidores públicos da area de educação estão tendo muito prejuízo nestas discussões que estamos tendo. São discussões em que a Fasubra dá dois passos para frente e cinco para trás por interesses das forças políticas. A forças políticas causam problemas nas negociações. Hoje vejo uma Fasubra de interesses. O Confasubra é um patrimônio que nós fundamos e não foi pela mão do pelego. Antigamente nossos interesses eram ganhos para a categoria e hoje não temos mais isso. Luiz Macena da Conceição - Universidade Federal da Bahia A minha esperança é que a Fasubra saia daqui de verdade, unificada, com todas as forças que tem aqui dentro brigando somente pela sua base, pelos técnicoadministrativos em educação, brigando com o governo por maiores benefícios e maiores direitos para nós. Então eu espero que o Congresso saía daqui apontando um norte para nós trabalhadores em educação e apontando sim um plano de lutas, não aquela mentira que elas apresentaram nos outros congressos pra nós que não vimos luta nenhuma. Mozarte Simões da Costa Junior - Universidade Federal do Rio Grande do Sul jornal do 8 SINTUFEJUF MAIO DE 2015 Programação comprometida Problemas com credenciamento atrasam início do XXII Confasubra No primeiro dia do XXII Confasubra estava programado o credenciamento, leitura e apreciação do regimento, apresentação das teses e debate sobre a conjuntura. No entanto, devido a falta de entendimento em relação à documentação de um dos sindicatos presentes, a abertura do congresso não passou do credenciamento. De acordo Fernando Salvador, coordenador geral do SINTEPS – Sindicato dos Trabalhadores do Ceeteps, do Ensino Público Estadual Técnico, Tecnológico e Profissional do Estado de São Paulo, o problema ocorreu pois o documento fornecido pelo governo não contabilizava o número exato de sindicalizados. Segundo ele, o sindicato representa também terceirizados, e esse contigente, conforme com o documento é de cerca de 3.500 trabalhadores. Sem comprovar o total de terceirizados, a organização do congresso entendeu que os mesmos não poderiam ser contabilizados para o cálculo de delegados. O SINTEPS levou 102 delegados, no entanto, conforme o Fernando Salvador, apenas 40 foram credenciados. Em resposta aos protestos da categoria de São Paulo, o coordenador geral da Fasubra, Paulo Henrique Rodrigues do Santos afirmou que de acordo com estatuto, direção da Federação não poderia resolver o impasse sozinha, e que portanto, seria necessário montar uma comissão com a participação de um representante de cada base presente para abrir uma sindicância. No entanto, os problemas com credenciamento desta e de outras bases continuaram sendo discutidos. Na manhã de quarta-feira, 06, aconteceu a votação dos recursos sobre o credenciamento de delegados. Os presentes decidiram, de forma democrática, pelos três pedidos de recursos analisados. Sendo dois deles vetados e um liberado. Com uma plenária bastante dividida, para a primeira votação, foi necessária a contagem exata dos crachás. Com 635 votos contra e 582 a favor, foi negado o credenciamento de 2 delegados da Universidade Federal de Goiás (UFG). O motivo apontado é que o número de delegados não estava compatível com a base do sindicato, o que seria contra o regimento da Federação. Pela mesma razão, a Universidade Federal de Uberlândia também deixou de credenciar uma delegada. O credenciamento de parte dos representantes do SINTEPS foi aprovado pela maioria da plenária. Este recurso também foi analisado pelo advogado da Fasubra, todos os documentos para legitimar o credenciamento foram apresentados. Momentos do XXII Confasubra Lott. Presente! Representando coletivos opostos, Paulo Dimas e Flávio Sereno fazem brincadeira com crachá Heronides e Sérgio representam o coletivo ‘‘Ressignificar’’ Foto: Fasubra Delegação de Juiz de Fora se despede do XXII Confasubra Aluízio de Governador Valadares faz o credenciamento Com muito pesar, comunicamos o falecimento do companheiro da Universidade Federal do Acre, e ex-diretor da FASUBRA, José Alberto de Araujo Lima (LOTT) no dia 12/05/2015. Sua última participação na militância ocorreu no XXII Confasubra. Aos amigos e familiares, nossos sinceros sentimentos. Acompanhe nossas notícias também pelo site www.sintufejuf.org.br