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(“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos reservados.
Anuário de Transparência Contábil e
Governança da Região Administrativa
de Campinas (SP)
Edição 2009/2010
AUDIT
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
1
A partir da esquerda:
Prof. Ms. José Carlos Pacheco Coimbra,
Diretor Geral da Policamp;
Saulo Duarte Pinto Júnior, Presidente do IBEF-Campinas;
Jean Paraskevopoulos Neto, Sócio da KPMG no Brasil.
Da direita para esquerda:
Marcio Santos, Gerente Sênior, coordenador do projeto,
responsável por ministrar as aulas junto aos alunos
da POLICAMP e pela preparação da pesquisa.
Marcela Bezerra, supervisora reponsável pela preparação
das aulas e pela compilação dos dados para os gráficos.
Carina Nogueira, Issac Melo, Katia Scabelo e Wellington Santos,
time responsável pelo monitoramento e suporte das aulas.
Instalações da POLICAMP, em Campinas.
Fundada em 2003, a Policamp – Faculdade Politécnica
de Campinas é uma Instituição de Ensino Superior, mantida
pelo Instituto Bandeirantes de Ciência e Tecnologia e
certificada pela FGV – Fundação Getúlio Vargas.
Terminal Multimodal Ramos de Azevendo de Campinas (SP)
Agradecimentos
Pela coleta de dados e suporte na elaboração deste documento, agradecemos aos alunos e corpo
docente da Policamp e, aos profissionais da KPMG, pela coordenação técnica e suporte em sala de aula.
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
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Equipe-líder do Anuário de Transparência Contábil e
Governança da Região Administrativa de Campinas (SP).
2
2009/2010
Conteúdo
Sobre o estudo
A parceria KPMG, IBEF-Campinas e POLICAMP....................................................................................................................4
Sumário executivo
Apresentação geral do estudo................................................................................................................................................5
Universo pesquisado e questionário.......................................................................................................................................5
Retrospecto da Lei nº 11.638/07.............................................................................................................................................5
Divulgação versus publicação das demonstrações financeiras..............................................................................................6
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e International Financial Reporting Standards (IFRS)....................................6
A Região Administrativa (RA) de Campinas (SP).....................................................................................................................6
O Anuário
Parque do Taquaral
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Anuário de
Transparência Contábil e Governança
da Região Administrativa de Campinas
Síntese dos resultados do estudo..........................................................................................................................................8
Índices financeiros selecionados............................................................................................................................................8
Questionário de assuntos contábeis, governança e sustentabilidade..................................................................................10
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
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Sobre o estudo
Parceria KPMG Auditores Independentes, IBEF-Campinas e POLICAMP no desenvolvimento do
Anuário de Transparência Contábil e Governança da Região Administrativa de Campinas (SP)
Edição 2009/2010
Os mercados de capitais caminham em direção a uma maior
Dentre os objetivos do IBEF-Campinas está o de levar para
Para nós da POLICAMP, foi muito gratificante participar de um
harmonização com os padrões contábeis internacionais. Isso
seus associados e membros da Comunidade de Negócios
projeto de tal significância e, em especial, pela oportunidade
significa que muitas organizações terão de mudar a maneira
em que vivemos, informações sobre boas práticas nas áreas
de dividir muitas horas de trabalho com equipes brilhantes e
como se apresentam aos mercados. Nesse contexto, a KPMG
financeira e contábil existentes nas empresas de nossa região
comprometidas, como as do IBEF-Campinas e KPMG.
vem, ao longo de sua história, auxiliando empresas a adaptar-se
sempre considerando nesta análise a preservação da Ética, da
de forma eficaz.
Sustentabilidade, da Governança Corporativa e Transparência,
Aos amigos Saulo, Jarib e Jean minha gratidão por nos convidar
do respeito ao meio ambiente, bem como aos stakeholders das
para participar desse projeto, que por certo será um marco para
empresas analisadas.
a Região Administrativa de Campinas.
que pudesse medir o empenho e os desafios das empresas
Para realizar este intento, estabelecemos uma parceria com a
À equipe da POLICAMP: Profa. Márcia, Profa. Rosana,
na elaboração de suas demonstrações financeiras em face dos
KPMG no Brasil e a Policamp para criar o primeiro “Anuário de
Prof. Fred, Prof. Miro e alunos dos Cursos de Administração e
novos e extensivos requerimentos internacionais.
Transparência Contábil e Governança da Região Administrativa
Ciências Contábeis, meus cumprimentos pelo profissionalismo
de Campinas” que, tenho certeza, se tornará importante meio
e comprometimento.
Atentos a essa realidade, percebemos que a Região
Administrativa de Campinas não dispunha de um mecanismo
Essa avaliação nos motivou ao trabalho de pesquisa e
de pesquisa para o nosso público.
compilação das informações das empresas da região no
Estou certo que os leitores desse material encontrarão, em
presente Anuário. O estudo, está alinhado à missão da KPMG
Reitero agradecimentos aos representantes das empresas
suas páginas, farto subsídio para aprimorarem suas práticas
de transformar conhecimento em valor para benefício de
parceiras, KPMG e Policamp, pelo excelente trabalho
empresariais.
nossos clientes, de nosso pessoal e do mercado de capitais,
desenvolvido.
visa a fornecer ao mercado e à sociedade informações úteis
Prof. Ms. José Carlos Pacheco Coimbra
e relevantes no sentido de ajudá-los na adaptação às novas
Saulo Duarte Pinto Júnior
diretrizes globais.
Presidente
Diretor Geral
Jean Paraskevopoulos Neto
Sócio
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
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Sumário executivo
Apresentação geral do estudo
Universo pesquisado e questionário
O estudo tem como objetivo avaliar o grau de transparência
O estudo considerou um universo de aproximadamente 50
A edição da nova lei é resultado de iniciativa da Comissão
e aderência das empresas situadas na Região Administrativa
empresas situadas na RA de Campinas enquadradas nos
de Valores Mobiliários (CVM), que há alguns anos
de Campinas (RA de Campinas) quanto às novas regras
requerimentos da Lei nº 11.638/07 (que inclui o conceito
elaborou projeto de lei propondo alterações na “Lei das
contábeis, às práticas de governança e ações voltadas a
de grande porte), quanto à adequação às novas normas de
SAs”, de maneira que se inicie no Brasil um processo de
questões de sustentabilidade. A RA de Campinas possui um
contabilização e divulgação, conforme estabelecido pelo
convergência das práticas contábeis adotadas no País
extenso pólo industrial formado por empresas de grande
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovado
com as adotadas nos principais mercados financeiros e de
porte de capital nacional e estrangeiro, atuantes nos mais
pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre as
capitais internacionais, de acordo com os parâmetros das
variados ramos de atividades.
empresas pesquisadas, a grande maioria se constitui em
International Financial Reporting Standards (IFRS).
sociedades anônimas de capital aberto e fechado.
Com as constantes mudanças ocorridas no cenário
As novas regras contábeis foram aplicadas às demonstrações
econômico, a confiança na transparência das demonstrações
O questionário contém 25 questões, sendo dez relacionadas
financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2008, e
contábeis, associadas a políticas sólidas de governança e à
à Governança Corporativa, nove à Contabilidade e seis à
também nos casos de elaboração de levantamento de
sustentabilidade é refletida na forma com que o mercado
Sustentabilidade. Como forma de traçar um perfil adequado
balanços especiais àquele ano. O processo de convergência
– formado por investidores, bancos, governo, acionistas e
das empresas de nossa região, foram compilados, ainda,
para as normas internacionais será concluído em 2010 com
público em geral – enxerga essas empresas. Como parte
dados financeiros referentes ao capital de terceiros quanto
a adoção dos pronunciamentos emitidos durante o exercício
de um constante processo de convergência, o mundo
ao capital próprio, à inadimplência, à liquidez, entre outros.
de 2009.
corporativo tem buscado maior identidade com os leitores
e os consumidores de seus produtos. Dessa forma, os
investimentos em transparência e em controles internos,
sejam eles financeiros ou não, têm sido referenciais de valor
agregado para as empresas.
Além das alterações introduzidas na “Lei das SAs”, o art.
Retrospecto da Lei nº 11.638/07
A Lei nº 11.638/07 é originária do Projeto de Lei nº 3.741/00,
o qual foi ampla e longamente discutido no Congresso
Nacional. Após ter sofrido diversas alterações e ajustes,
que resultaram em pontos de grande complexidade e
interpretação polêmica, a lei foi aprovada e divulgada
em 28 de dezembro de 2007.
Foram divulgadas diversas mudanças na legislação societária
que afetam não somente as sociedades anônimas, como
também as sociedades limitadas. A Lei nº 11.638/07
introduziu diversas alterações na Lei nº 6.404/76 (“Lei das
SAs”), especificamente em relação ao Capítulo XV, que trata
de assuntos de natureza contábil sobre as demonstrações
financeiras das sociedades anônimas.
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
3º da Lei nº 11.638/07 determinou que as sociedades de
grande porte, ainda que não constituídas sob a forma de
sociedade por ações, devem observar as disposições da
“Lei das SAs” quanto à escrituração e à elaboração de suas
demonstrações financeiras, devendo também ser auditadas
por auditor independente devidamente registrado na CVM.
Incluem-se no conceito de sociedade de grande porte as
sociedades que, individualmente ou em conjunto com outras
sociedades sob o mesmo controle, tiverem, no exercício
social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita
bruta anual superior a R$ 300 milhões. Assim, o comando
contido no art. 3º da Lei nº 11.638/07 obriga as sociedades
de grande porte a observarem, quanto à elaboração das
demonstrações financeiras, o art. 176 da “Lei das SAs”.
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Divulgação versus publicação das
demonstrações financeiras
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
e International Financial Reporting Standards
(IFRS)
Com o advento da nova lei, o principal ponto de
questionamento é se as sociedades constituídas sob
Desde sua criação, em 2005, as IFRS já foram adotadas
os diversos tipos societários, em especial as limitadas
por mais de 100 nações. No mesmo ano foi criado no
– excetuando-se as sociedades anônimas –, estariam
Brasil o Comitê dos Pronunciamentos Contábeis (CPC),
obrigadas também a publicar suas demonstrações
Aeroporto Internacional de Viracopos
financeiras.
Desde então, o assunto vem gerando controvérsias
e surgiram entendimentos defendendo os dois
posicionamentos, ou seja, pela exigibilidade de publicação
das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande
porte e pela sua inexigibilidade. A tese da necessidade da
publicação é reforçada pela exigência expressa de realização
de auditoria independente das demonstrações financeiras
Ao se analisar o processo legislativo que culminou na edição
da Lei nº 11.638/07, tal entendimento é reforçado. O Projeto
de Lei nº 3.741/00, que deu origem à nova lei, era expresso
no sentido de que as disposições da “Lei das SAs” relativas
à publicação deveriam ser aplicadas às sociedades de
grande porte. Entretanto, tal disposição não foi mantida no
texto final da lei, o que, aparentemente, demonstra que não
Ainda que existam argumentos relevantes para a defesa da
societários tal obrigatoriedade.
não consta expressamente no texto da Lei nº 11.638/07. A
CVM, inclusive, já se manifestou nesse sentido em relação
à matéria, em comunicado ao mercado divulgado em 14 de
foi a intenção do legislador estender para os demais tipos
Ainda que a nova lei não obrigue expressamente as
sociedades de grande porte a publicar suas demonstrações
financeiras, a publicação ou a divulgação de tais
janeiro de 2008.
informações, por quaisquer meios, inclusive eletrônicos
O art. 3º da Lei nº 11.638/07 é claro no sentido de que as
apresenta-se como uma das medidas que mais agregam
sociedades de grande porte devem observar as regras da
“Lei das SAs” no que tange à elaboração e à escrituração
é extremamente positiva, uma vez que a transparência
valor à empresa no campo da governança corporativa,
especialmente perante investidores potenciais, institucionais
das demonstrações financeiras.
e estrangeiros, além de consumidores, credores,
Ainda que a regra esteja inserida em um dos parágrafos
em geral.
do art. 176 da “Lei das SAs”, que trata da elaboração das
demonstrações financeiras, não se discute que a publicação
esteja inserida dentro do processo de sua elaboração,
pois são duas atividades completamente distintas e
inconfundíveis.
às internacionais. O CPC é formado por representantes da
Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA),
de tais sociedades.
exigibilidade, o fato é que a obrigatoriedade da publicação
cuja missão é alinhar as regras de contabilidade brasileiras
fornecedores, empregados, governos e a sociedade
Por fim, vale mencionar que, caso as sociedades de grande
porte optem pela publicação ou pela divulgação voluntária
de suas demonstrações financeiras, estas devem seguir os
parâmetros exigidos pela legislação em vigor.
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do
Mercado de Capitais (APIMEC Nacional), BM&F BOVESPA,
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Instituto dos
Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) e Fundação
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
(FIPECAFI); e conta ainda com o apoio dos chamados
membros observadores – Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), Banco Central, Secretaria da Receita Federal (SRF) e
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
Buscando maior competitividade nos negócios e projeção
no cenário internacional, o Governo Brasileiro promulgou,
em 2007, um conjunto de alterações importantes na lei
das sociedades anônimas. Essas mudanças visavam a
um alinhamento, ainda que em etapas, com as normas
internacionais de contabilidade.
O estudo revela que, com o advento da nova lei das
sociedades anônimas (Lei nº 11.638/07), o ambiente de
divulgação das informações financeiras tem evoluído
constantemente, principalmente com o impacto, em 2008,
da adoção inicial da primeira série de pronunciamentos
emitidos pelo CPC. Ainda em 2009, novos requerimentos
em busca de um processo de convergência foram
requeridos como a obrigação de preparação e arquivamento
do formulário de referência, conforme instrução CVM nº 480.
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Novas exigências farão com que as demonstrações
Campinas é a segunda região do Estado de São Paulo
A ampliação do aeroporto de Viracopos, anunciada
financeiras, que conhecemos hoje, se tornem cada vez
em valor de produção industrial, atrás apenas da Região
pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, em 2008, está
mais analíticas e relevantes nos próximos anos, e o
Metropolitana de São Paulo, e é responsável por mais
em discussão entre a Infraero, o Estado e os agentes
principal divisor é a adoção definitiva, em 2010, de todos os
de 10% do total da produção industrial nacional. Abrange
ambientais e deverá ser custeada com verbas da própria
pronunciamentos emitidos pelo CPC, buscando, assim, um
desde áreas industriais tradicionais como automotiva,
estatal e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento),
alinhamento com as regras internacionais de contabilidade
têxtil, metalúrgica, alimentícia, petroquímica e farmacêutica
do governo federal, mesmo com a possibilidade de
para todo o mercado nacional, uma vez que os estes são
até nichos da produção de ponta em telecomunicações,
concessão do aeroporto à iniciativa privada. A previsão de
aplicáveis para as demais empresas fechadas, de grande
eletrônica, informática e química fina.
término de todas as obras é 2014.
O fluxo de transporte rodoviário regional é suprido por
Já o projeto do Trem de Alta Velocidade, conhecido como
excelente malha rodoviária, onde têm destaque as Rodovias
“trem-bala”, que interligará Campinas, São Paulo e Rio
Anhanguera e Bandeirantes. A infraestrutura de transportes
de Janeiro, com cerca de 550 quilômetros de trilhos,
inclui, também, ferrovia operada pela Ferroban, que faz a
teve a licitação adiada para o final de novembro de 2010.
ligação Mato Grosso do Sul-Porto de Santos, a estrada de ferro
O início das obras dependerá de eventuais alterações
operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos
feitas no projeto pelo vencedor da licitação, com término
(CPTM), a Hidrovia Tietê-Paraná que tem sua porta de entrada
originalmente previsto até a copa de 2014. Entretanto,
no município de Piracicaba e inúmeras estradas vicinais.
especula-se que o prazo de conclusão deverá ser adiado
porte ou não.
A Região Administrativa (RA)
de Campinas, SP
A Região Administrativa de Campinas é formada por 90
municípios, dos quais 19 também compõem a Região
Metropolitana de Campinas. A RA ocupa uma área de 27.079
km², que representam 10,9% do total do território do Estado
de São Paulo.
O parque produtivo tem forte presença de setores
modernos e plantas industriais de alta tecnologia que, ao
atraírem diversas redes de fornecedores especializados,
aumentam o dinamismo industrial, intensificando as
relações entre as empresas.
A disponibilidade de mão de obra, com capacidade de
ocupar postos de trabalho que exigem elevada qualificação,
formada a partir do excelente parque universitário instalado,
colabora para acentuar esse dinamismo, aumentando os
para o ano de 2016 considerando o início das Olimpíadas.
A RA abriga o Aeroporto Internacional de Viracopos, o
segundo maior do Brasil em movimento de carga aérea e
Esse cenário promissor e com grandes expectativas
o primeiro em volume e valor de importação, o Aeroporto
de investimentos, nos faz acreditar ainda mais na
Campo dos Amarais e o Aeroporto de Bragança Paulista.
importância de um mercado de capitais desenvolvido,
que adote consistentemente práticas contábeis aceitas
Dois grandes projetos de expansão na área de infraestrutura
internacionalmente, e que forneça a seus acionistas e
são considerados como primordiais para os planos de
a interessados em geral uma estrutura de governança
crescimento da economia e dos negócios da região, do
corporativa adequada, a fim de mitigar riscos e, sobretudo,
estado e do país, que são a ampliação do aeroporto de
alinhada às boas práticas de sustentabilidade.
Viracopos e o Trem de Alta Velocidade.
níveis de competitividade da indústria e gerando um círculo
virtuoso.
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
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O Anuário
%
50
Síntese dos resultados do estudo
Índices financeiros selecionados
Das empresas pesquisadas, identificamos dados
índice médio de liquidez corrente
interessantes que nos levam a algumas conclusões
O índice médio de liquidez corrente apresentado pelas
quanto ao perfil de empresas e de mercados de
empresas nos anos de 2008 e 2009 são, respectivamente,
nossa região. Nota-se, de forma geral, que o nível de
de 1,38 e 1,81, ou seja, houve um aumento da média de
inadimplência apesar de baixo, em sua grande maioria,
um ano para o outro de aproximadamente 23%. Um ponto
aumentou de 2008 para 2009, reflexo do momento de
importante a ser ressaltado é que, em 2008, 44% das
crise global, cujo efeito no Brasil foi percebido ainda
empresas estavam com o índice abaixo de 1, porém esse
que em escala menor. As empresas da região tendem
percentual caiu para apenas 28% no ano de 2009.
40
a trabalhar com capital de terceiros em relação ao
44
41
34
30
28
22
20
22
9
10
0
capital próprio, o que poderia nos levar a uma conclusão
equivocada sobre sua saúde financeira.
Acima de 3
Entre 1,5 e 2,9
Entre 1 e 1,5
Abaixo de 1
 2009
 2008
Ao se analisar de forma mais profunda o que vemos é
uma grande concentração de empresas de concessões,
logística, saneamento básico e bebidas, em alguns casos
pertencentes a grandes grupos empresariais com boa
saúde financeira, e que trabalham com linhas de crédito
%
70
63
disponíveis a seu mercado de atuação.
60
A pesquisa nos revela ainda um constante crescimento
50
no nível de adesão às novas normas de contabilidades
oriundas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC). Nota-se que, de forma geral, as empresas da
região estão preocupadas com a divulgação adequada
de suas informações, principalmente em assuntos de
grande polêmica, como Instrumentos Financeiros, Partes
Relacionadas, Remuneração de Administradores, entre
outros. No campo da sustentabilidade a adesão ainda
é limitada, e isto ocorre por conta da diferença entre a
percepção da necessidade e a adoção destas práticas.
Os gráficos e o comentário que seguem demonstram
os resultados da pesquisa em cada um dos quesitos
Índice de liquidez seca
O índice de liquidez seca mede a capacidade das
empresas em liquidar suas obrigações em curto prazo,
desconsiderando seus estoques. Nota-se que a maioria
44
40
possuía estoques significativos, pois, em 2008, 63%
estava com índice abaixo de 1, entretanto, nota-se que
em 2009, o percentual teve um decréscimo, apresentando
34
melhores índices. É importante ressaltar que, nos dois anos,
30
os índices apresentados entre 1,5 e 2,9 são referentes
19
20
19
a empresas do ramo industrial e prestação de serviços,
19
ou seja, entre os melhores percentuais também estão
empresas que possuem estoques significativos.
10
3
0
Acima de 3
Entre 1,5 e 2,9
Entre 1 e 1,5
Abaixo de 1
 2009
 2008
analisados.
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Índice de capital de terceiros
Quociente – Capital de terceiros
Inadimplência
As empresas apresentam um bom índice para os dois anos,
Observa-se que, nos dois anos, 66% das empresas
Como ponto forte de atenção, a inadimplência é algo
pois praticamente todas estão abaixo de 1, o que significa
da população pesquisada da Região Administrativa de
que preocupa as empresas e nota-se de forma geral que
que o nível de endividamento está relativamente baixo de
Campinas possuem em seus registros maior capital de
os índices tiveram um aumento em 2009. Do universo
maneira geral. O índice médio apresentado nos anos de
terceiros do que capital próprio, uma vez que estão com o
pesquisado, a maioria das empresas está em níveis de
2008 e 2009 é de 0,50 e 0,90, respectivamente. Apenas
índice acima de 1. Entre esses percentuais, destacam-se as
endividamento abaixo de 1, sendo 69%, em 2009, e 75%,
3% das empresas apresentaram índice acima de 1 no ano
empresas que estão com os índices entre 5 e 10, e acima
em 2008. Constatou-se ainda empresas com índices entre
de 2008, sendo basicamente do ramo de entretenimento e
de 10. Na média, as empresas encontram-se alavancadas
1 e 2,9, e acima de 3, representados basicamente pelos
lazer.
entre 1 e 5 e estão representadas basicamente pelos ramos
ramos de atividade universitário, energia elétrica, lazer,
de rodovia, energia elétrica, logística, saneamento básico e
indústria e bebidas.
bebidas.
%
70
66
%
80
69
75
69
70
60
60
%
50
50
47
50
40
40
34
34
28
30
10
3
 2009
 2008
19
20
16
10
6
0
Acima de 1
28
3
0
40
30
13
10
34
30
20
20
50
Entre 0,5 e 0,9 Abaixo de 0,5
Acima de 10
 2009
 2008
Transparência Contábil das Empresas da Região Administrativa de Campinas 2009 / 2010
Entre 5 e 10
Entre 1 e 5
Abaixo de 1
0
6
Acima de 3
Entre 1 e 2,9
Abaixo 1
 2009
 2008
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Questionário de assuntos contábeis, governança e sustentabilidade
Demonstrações Financeiras Resumidas
Gerenciamento de Riscos
A Auditoria Interna
Parcialmente
22%
81%
6%
91%
72%
19%
9%
A demonstração financeira é resumida?
Quanto à prática de gerenciamento de riscos, foram
A empresa disponibiliza publicamente informações
A demonstração financeira é um dos meios mais
divulgados os fatores de riscos e os controles adotados
quanto à existência de auditoria interna?
importantes para que os investidores e os interessados em
para minimizar o impacto destes no negócio?
As principais atribuições da auditoria interna são servir
geral consigam ter acesso às informações das empresas,
É essencial que as empresas divulguem os fatores de
como um suporte ao Conselho de Administração, bem
visto que é essencial que essas informações sejam
riscos que podem afetar seus negócios e os respectivos
como a aprovação das práticas contábeis, a aprovação
apresentadas de maneira completa. Nota-se que 81% das
controles que os mitigam, pois, desta forma, os investidores
das demonstrações financeiras antes de sua divulgação,
empresas apresentam suas demonstrações de maneira
e interessados em geral podem integrar-se da estratégia das
a implementação e o monitoramento dos mecanismos
completa, e somente 19% resumida.
empresas para geri-los.
de controles internos, com respectivo gerenciamento de
riscos significativos. Porém, nota-se que somente 9% das
Diante desse contexto, 72% das empresas preocuparam-se
Código de Ética e Conduta
empresas publicam a existência de auditoria interna.
em divulgar essas informações detalhadamente, 22% de
forma parcial, e somente 6% não divulgaram.
69%
31%
Existe um Código de Ética e Conduta disponível
publicamente?
Como tendência de mercado, a prática da divulgação desses
fatores de riscos deve sofrer melhoras significativas nos
próximos anos em razão das novas exigências em 2009 para
as empresas de capital aberto, conforme instrução CVM
480, o que também deve permear as práticas de divulgação
das demais empresas fechadas.
A existência de um Código de Ética e Conduta público
divulgado para funcionários, clientes, fornecedores e
interessados em geral é considerado fundamental para a
gestão de boas práticas de governança das empresas.
Do universo pesquisado, 69% das empresas não estão
divulgando este documento, ainda que em formato de
Websites ou canal de relacionamento com o mercado.
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EsPCEx - Escola Preparatória de Cadetes do Exército
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O Conselho de Administração
A Auditoria Independente do Exercício de 2009
Quantos membros compõem o Conselho de
Administração (não leve em consideração os suplentes)?
13%
O Conselho de Administração precisa ter um regimento
87%
interno que possua parâmetros para a sua composição,
respectivos objetivos e normas de funcionamento.
Grande parte das empresas, 53%, não divulgou a
As demonstrações financeiras do exercício encerrado em
quantidade de membros que compõem o Conselho de
31 de dezembro de 2009 foram auditadas por auditores
Administração.
independentes?
O exame das demonstrações financeiras por auditoria
Já 47% das empresas que divulgaram a quantidade, esta
independente é obrigatório para empresas listadas em
variou entre três e nove membros, considerando ainda a
bolsa, instituições financeiras e empresas de grande porte,
existência de um membro como especialista financeiro e
conforme estabelecido pela nova “lei das Sociedades
o atendimento às regras de independência em relação aos
Anônimas” (Lei nº 11.638/07). O auditor independente é
auditores externos e à administração da empresa.
responsável pela aplicação de um conjunto de exames
que deve atender a normas locais e internacionais de
3% 3%
auditoria, a fim de emitir sua opinião independente sobre
as demonstrações financeiras das empresas. Nota-se que
6%
87% das empresas divulgaram ter tido suas demonstrações
6%
financeiras auditadas.
13%
53%
16%







3 membros
4 membros
5 membros
7 membros
8 membros
9 membros
Informação não divulgada
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Torre do Castelo
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Qualificação/Ressalva do Parecer
Continuidade Operacional
do Auditor no Exercício 2009
O parecer do exercício encerrado em 31 de dezembro
9%
de 2009 auditado apresentou algum tipo de
qualificação/ressalva?
A maioria das empresas, com a representatividade de 85%,
apresentou um parecer sem qualificação/ressalva, ou seja,
suas demonstrações financeiras estavam apresentadas de
maneira adequada, sem limitações e/ou discordâncias com
91%
o auditor independente, e apenas 9% das empresas, apesar
de divulgarem ter tido suas demonstrações financeiras
auditadas por auditor independente, não deram detalhes
sobre a conclusão dos auditores.
 Não apresentou ênfase
 Parecer não divulgado
Somente 6% das empresas apresentam pareceres com
qualificação/ressalva, ou seja, ocorreu alguma situação na
qual o auditor conclui negativamente sobre os possíveis
efeitos de um determinado assunto sobre as demonstrações
financeiras (limitação de escopo – 3%), ou ocorreu algum
tipo de discordância de opinião (ressalva por erro – 3%).
O parecer do exercício encerrado em 31 de dezembro de
2009 apresentou ênfase quanto ao risco de continuidade
operacional?
A continuidade operacional consiste na capacidade das
empresas em manter suas operações no curso normal dos
negócios, de tal forma que os ativos sejam realizados e os
passivos pagos em uma situação normal, e não de liquidação
6%
forçada (going concern). Diante desse contexto, nenhuma
9%
empresa, bem como seus auditores independentes,
divulgaram a existência de riscos significativos quanto à
continuidade operacional das empresas.
85%
Rotatória de interligação das Rodovias
Anhanguera e Santos Dumont
 Divulgado sem qualificação/ressalva
 Divulgado com qualificação/ressalva
 Parecer não divulgado
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Relação com Investidores
O Relatório da Administração
CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos
ente
Parcialm
19%
56%
31%
47%
69%
34%
44%
A empresa possui um Departamento de Relações
Foram divulgados os requerimentos mínimos ao
De acordo com o CPC 01 – Redução ao Valor
com Investidores (RI)?
Relatório da Administração nos quesitos:
Recuperável de Ativos, foi divulgado se a empresa
A relação com investidores é um conjunto de atividades,
(i) desempenho financeiro da empresa;
avaliou a existência de algum risco relacionado à perda
métodos, técnicas e práticas que tem o propósito de
(ii) atividades globais da empresa e/ou grupo;
na valorização de seus ativos permanentes?
estabelecer uma ligação entre a administração da empresa,
(iii) informações por segmento; e
Com a padronização das normas de contabilidade, o Comitê
os acionistas e os demais agentes que atuam no mercado
(iv) análise dos resultados e da posição financeira da
de Pronunciamentos Contábeis (CPC) emitiu relatórios com
de capitais e integram a comunidade financeira nacional e
internacional.
empresa e/ou grupo?
a explicação das normas internacionais. Entre estes está o
As informações sobre as atividades globais, segmentos
CPC 01, que estabelece critérios para a avaliação do valor
e respectivos desempenho e resultados financeiros das
recuperável dos ativos, uma vez que, após essa avaliação,
Com base nesse ambiente, 44% das empresas possuem
empresas são consideradas relevantes, pois com a globalização
algumas empresas podem ter tido diferenças nos registros
uma estrutura voltada às relações com investidores, até
é importante que as empresas estejam alertas com as
dos seus ativos.
por se tratar de empresas de capital aberto, as demais não
constantes mudanças, corroborando o ambiente interno com o
possuem ou não divulgaram essa estrutura.
ambiente externo para as tomadas de decisões.
Logo, as empresas precisam apresentar o motivo da
diferença em notas explicativas e, diante desse contexto,
Dessa forma, é imprescindível que os investidores
69% das empresas divulgaram essas informações nas
tenham acesso a essas informações. 53% das empresas
demonstrações financeiras.
as divulgaram, e, desse percentual, 19% as divulgam
parcialmente, enquanto 34% divulgaram suas informações
detalhadamente, restando praticamente a metade das
empresas – 47% – que não divulgaram.
Com a adoção do Pronunciamento CPC 22 – Informações
por Segmento, para o exercício de 2010, é esperado que
no próximo exercício esse nível de divulgação aumente
significativamente.
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CPC 05 – Transações com Partes Relacionadas
CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado
De acordo com o CPC 09 – Demonstração do Valor
ente
lm
Parcia
22%
53%
59%
16%
31%
19%
Adicionado, o demonstrativo contábil foi divulgado?
O objetivo do CPC 09 é estabelecer critérios para elaboração
e divulgação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), a
qual representa um dos elementos componentes do balanço
social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela
entidade e sua distribuição, durante determinado período.
Nota-se que 69% das empresas julgaram necessária a
De acordo com o CPC 05 – Transações com Partes
De acordo com o CPC 05 – Transações com Partes
divulgação da Demonstração do Valor Adicionado, e 63%
Relacionadas, foram divulgadas as transações com
Relacionadas, as divulgações relacionadas à
apresentaram por ter sido requerido, e 6% mesmo não
partes relacionadas, principalmente nos quesitos:
remuneração do pessoal-chave da Administração
sendo requerido.
(i) natureza do relacionamento e montantes das
foram apresentadas considerando o detalhamento,
transações;
por:
(ii) remuneração do pessoal-chave da Administração; e
(i) benefícios de curto prazo a empregados;
(iii) benefícios a empregados e administradores?
(ii) benefícios pós-emprego;
O objetivo do CPC 05 é fazer com que que as
(iii) outros benefícios de longo prazo;
demonstrações contábeis de uma entidade contenham
(iv) benefícios de rescisão de contrato de trabalho; e
as divulgações necessárias para evidenciar a possibilidade
(v) remuneração com base em ações?
de que sua posição financeira e seu resultado possam ter
Segundo o CPC 05, considera-se pessoal-chave da
sido afetados pela existência de partes relacionadas e por
Administração as pessoas que têm autoridade e
transações e saldos existentes com tais partes.
responsabilidade pelo planejamento, direção e controle das
6%
31%
63%
atividades da entidade, direta ou indiretamente, incluindo
O ponto de maior importância é o atendimento das
qualquer administrador (executivo ou outro) da entidade.
condições de mercado nas transações com as partes
relacionadas e a divulgação do motivo quando estas
Com o intuito de demonstrar para os investidores o
não foram atendidas. 84% das empresas respondentes
detalhamento de benefícios e remuneração pagos ao
divulgaram suas informações sobre as transações mantidas
pessoal-chave da Administração, somente 41% das
com as partes relacionadas, e desse percentual 53%
empresas divulgaram tais informações, e desse percentual
apresentaram-nas de forma detalhada, 31% de forma
22% de forma parcial e 19% de forma completa. As demais
parcial, restando somente 16% que não as divulgaram.
empresas, que representam 59%, não divulgaram.
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 Divulgou por ser requerido
 Divulgou mesmo não sendo requerido
 Não divulgou
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CPC 14 – Instrumentos Financeiros
A publicação e aplicabilidade dos CPCs 15 a 43
9%
19%
13%
62%
19%
16%
62%
Aplicação antecipada das IFRS




Divulgou apenas nas Notas Explicativas
Divulgou apenas no Sumário de Práticas Contábeis
Divulgou em ambos
Não divulgou
De acordo com o CPC 14 – Instrumentos Financeiros, a
empresa divulgou no sumário das práticas contábeis
e notas explicativas as operações relacionadas a
instrumentos financeiros?
De acordo com o CPC 14 existe uma obrigatoriedade de
publicação das informações de instrumentos financeiros
nas notas explicativas, uma vez que nestas deve conter
informações qualitativas e quantitativas, como, por exemplo,
riscos associados a cada estratégia de atuação no mercado
e ganhos e perdas no período. Porém, mesmo existindo a
obrigatoriedade, 16% das empresas não divulgaram essas
informações.
 Publicou os pronunciamentos aplicáveis e seus efeitos
 Publicou apenas os pronunciamentos aplicáveis
 Não publicou
(International Financial Reporting Standards)
A empresa avaliou e divulgou nas demonstrações
financeiras do período encerrado em 31 de dezembro
94%
de 2009, a aplicabilidade dos pronunciamentos emitidos
pelo CPC com vigência a partir 1º de janeiro de 2010
(CPCs 15 a 43)?
6%
Os pronunciamentos emitidos pelo CPC de número 15
Conforme facultado pela Lei nº 11.638/07, a empresa
a 43, emitidos em 2009, têm vigência mandatória para
adotou de forma antecipada a aplicação integral
o exercício iniciado a partir de 1º de janeiro de 2010. A
das Normas Internacionais de Relatório Financeiro
adoção antecipada dos CPCs era permitida, porém deveria
(IFRS – International Financial Reporting Standards)
ser feita de forma integral (todos os pronunciamentos),
nas demonstrações financeiras individuais e/ou
e não de forma seletiva. Para o exercício encerrado em
consolidadas para o exercício encerrado em 31 de
31 de dezembro de 2009, mesmo que não requeridas
dezembro de 2009?
suas aplicações, as empresas deveriam divulgar em suas
Somente 6% das empresas adotaram de forma antecipada a
demonstrações os pronunciamentos mais representativos
aplicação integral das IFRS. Mas é importante ressaltar que
para a empresa e seus principais efeitos sobre aquelas
uma das vantagens dessa adoção é proporcionar critérios
demonstrações financeiras. Observamos que somente 19%
de comparabilidade e transparência entre as empresas de
das empresas divulgaram essas informações por completo,
diferentes países que já divulgaram suas demonstrações de
e 62% divulgaram somente os pronunciamentos aplicáveis.
acordo com as normas.
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Provisões para Contingências
Divulgação de covenants
Sustentabilidade socioambiental
e Responsabilidade Social
Foram divulgadas nas demonstrações financeiras
Não
34%
62%
60%
6%
38%
informações relacionadas à sustentabilidade e/ou à
natureza socioambiental?
O cenário do mercado atual exige, além da postura
competitiva, um comportamento mais cooperativo das
empresas em relação à sustentabilidade e/ ou à natureza
Foram divulgados os requerimentos relacionados
Quando aplicável, foram divulgadas as transações
às provisões para contingências, compreendendo
relacionadas a cláusulas restritivas de contratos de
no mínimo:
financiamento (covenants) normalmente vinculadas à
Mas, mesmo com a relevância da cooperação com o
(i) uma breve descrição da natureza da obrigação e o
manutenção de determinados índices financeiros (de
meio ambiente, somente 34% das empresas divulgam
endividamento, cobertura de despesas com juros etc)?
informações relacionadas à questão, uma vez que isso é
Os covenants são regras estabelecidas nos contratos
um indicador de que, provavelmente, 66% das empresas
de financiamentos e empréstimos que têm por objetivo
ainda não possuem ou não executam projetos para essa
comprometer o devedor de forma mais eficaz do que as
finalidade.
cronograma esperado de quaisquer desembolsos;
(ii) uma indicação das incertezas sobre o valor ou o
cronograma desses desembolsos; e
(iii) o montante de qualquer reembolso esperado,
declarando o valor de qualquer ativo que tenha sido
socioambiental do negócio.
garantias tradicionais.
reconhecido por conta desse reembolso?
É fundamental que as empresas tenham uma análise das
É muito importante para o investidor ter acesso a essas
contingências que podem ser decorrentes de processos
informações, pois, se a empresa não for capaz de cumprir
fiscais, trabalhistas e/ou cíveis. Geralmente, essa análise
determinadas condições estipuladas em contrato, os bancos
é feita com os advogados responsáveis das empresas,
podem exigir a liquidação antecipada dos contratos. Porém,
uma vez que as causas são classificadas de acordo com
mesmo diante desse contexto, somente 37% das empresas
a probabilidade de perda ou êxito.
divulgaram as informações.
Diante desse contexto, nota-se que 94% das empresas
Vale lembrar que certos índices financeiros podem ser
divulgam essas informações, visto que desse percentual,
significativamente impactados pela adoção de novos
59% divulgam de maneira parcial, e 35% de maneira
pronunciamentos contábeis, e tais efeitos devem ser
completa.
considerados na revisão dos índices.
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66%
34%
16
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A empresa divulgou a existência de um
Natureza dos projetos socioambientais mantidos pelas empresas
departamento de responsabilidade social?
De acordo com o gráfico, nota-se que o maior número de projetos está relacionado à educação para crianças (inclusive
As empresas estão inseridas em um ambiente de negócios
creches), a patrocínios a projetos culturais (teatro, cinema etc.) e à educação para preservação do meio ambiente, perfazendo
que exige cada vez mais um desempenho global que
um total de 56% dos projetos divulgados. Existe ainda um volume significativo de projetos em outras áreas.
promova a eficiência e a eficácia de suas operações,
1% 1%
1%
1%
1%
1%
uma vez que, além disso, seja socialmente responsável.
Logo, é fundamental que as empresas tenham essa visão
e promovam a responsabilidade social. Somente 34%
3%
divulgaram que possuem um departamento voltado
ao assunto.
5%
25%
7%
66%
9%
34%
17%
11%
A empresa divulgou quais tipos de projetos
socioambientais tem apoiado?
Os projetos socioambientais visam a promover iniciativas
de apoio à inclusão social, à conscientização ambiental e
à participação no desenvolvimento da sociedade. Dessa
forma, 84% das empresas mantêm esse comprometimento,
uma vez que os respectivos projetos são subdivididos em
diversas naturezas, conforme representado no gráfico a
seguir.
16%
17%














Educação para preservação do meio ambiente
Educação para crianças
Patrocínios a projetos culturais
Educação para adultos e/ou idosos
Reciclagem de lixo e/ou coleta seletiva
Assistência a abrigos de menores carentes e abandonados
Assistência médica para adultos e/ou idosos
Assistência médica para crianças
Apoio a projetos de outras naturezas
Assistência a lares de idosos
Não foram divulgados projetos apoiados pela empresa
Patrocínios a projetos esportivos
Profissionalização de jovens
Revitalização de hospitais filantrópicos
84%
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Qual o valor gasto com projetos socioambientais
Foi divulgado em separado um relatório
Foram divulgadas transações relacionadas à compra ou
em relação ao exercício?
de sustentabilidade de acordo com os requerimentos
à venda de crédito de carbono, conforme requerimentos
As empresas estão, gradativamente, se conscientizando
e padrões da Global Reporting Initiative (GRI)?
do “Protocolo de Kyoto”?
sobre a importância dos projetos socioambientais.
A Global Reporting Initiative (GRI) tem como foco o
O “Protocolo de Kyoto” rege um procedimento obrigatório
Mas somente 9% divulgaram o valor gasto com tais
desenvolvimento de um padrão de relatório que aborde os
que objetiva reduzir a emissão de gases poluentes e
projetos, de maneira que esses gastos variam de
aspectos relacionados à sustentabilidade econômica, social
estabelece metas para tal redução. Em consequência disto,
R$ 136 mil a R$ 2.241 mil.
e ambiental das organizações.
originaram-se as transações de compra e venda de créditos
3%
3%
de carbono que consistem em projetos ambientais, como,
3%
Porém, mesmo que haja muitas empresas que possuem
por exemplo, o reflorestamento.
tais projetos de sustentabilidade, somente 19% divulgaram
o relatório com os padrões propostos pela GRI.
Como o Brasil é considerado um país “rico” em recursos
naturais e possui muitas indústrias, acaba sendo um ícone
no interesse dessas transações, porém somente 9% das
empresas divulgaram essas informações.
81%
91%
19%




Até R$ 150.000
Até 500.000
Entre R$ 500.000 e R$ 2.250.000
Não divulgado
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91%
Sim
9%
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Av. Orozimbo Maia
Bairros Proença e Ponte Preta
Contatos
KPMG Auditores Independentes – Campinas
Jean Paraskevopoulos Neto
Sócio de Auditoria
Tel (19) 2129-8700
IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos
de Finanças – Campinas
Saulo Duarte Pinto Junior
Presidente
Tel (19) 3233-1851
POLICAMP – Faculdade Politécnica de Campinas
José Carlos Pacheco Coimbra
Diretor Geral
Tel (19) 3756-2300
Parque do Taquaral
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kpmg.com.br
As informações contidas neste documento são de caráter geral e não se destinam a abordar as circunstâncias de nenhum indivíduo ou entidade
específicos. Embora tenhamos nos empenhado em prestar informações precisas e pertinentes, não há nenhuma garantia de sua exatidão na data em
que foram recebidas nem que de que tais informações continuarão válidas no futuro. Essas informações não devem servir de base para se empreender
qualquer ação sem orientação profissional qualificada, precedida de um exame minucioso da situação em pauta.
KPMG e o logo KPMG são marcas comerciais registradas da KPMG Internacional, uma cooperativa suíça.
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brasileira e firma-membro da rede KPMG de firmas-membro
independentes e afiliadas à KPMG International Cooperative
(“KPMG International”), uma entidade suíça. Todos os direitos
reservados. Impresso no Brasil. Julho/2010.
Design & produção: Índice Arte Gráfica e Editoração Ltda.
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