UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - CAMPUS DE BONITO/MS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DE SEMINÁRIO TEMÁTICO X – JOGOS DE EMPRESA / 8º SEMESTRE CONCEITO DE LOCUS DE CONTROLE DIA 19/11/2012 LOCUS DE CONTROLE: descreve as maneiras nas quais os indivíduos atribuem responsabilidade pelos eventos que ocorrem em suas vidas. Ele pode ser Interno e Externo. LOCUS INTERNO DE CONTROLE: são aqueles que acreditam que podem moldar seus destinos através de suas próprias capacidades e esforços. Buscam sempre analisar qual foi a sua contribuição para tudo o que lhes acontece. A partir desta análise, definem como agirão da próxima vez para evitar acontecimentos não desejados. Como se vêem responsáveis pelos problemas que enfrentam, acreditam também que a solução também está em si próprios. Agindo desta forma, sentem-se potentes para mudar situações vivenciadas. LOCUS EXTERNO DE CONTROLE - são aqueles que acreditam que o sucesso depende de fatores tais como: chance, política, condições da comunidade, ambiente econômico e sorte. Tendem a sempre buscar um fator externo responsável pelo o que lhe aconteceu. Como atribuem a responsabilidade pelo que lhes acontecem a fatores externos, também acreditam que a solução de seus problemas esteja fora de si, ou seja, dependem dos outros para que as situações sejam transformadas. Assim, livram-se da frustração pelo fracasso, mas também ficam impotentes diante dos problemas. (ROTTER, 1954; ADAPTADO POR JOACIR MARTINELLI) A QUEM RESPONSABILIZO (AUTOLIDERANÇA) No ano de 1982, iniciou-se uma pesquisa comandada pelo psicólogo David McClelland (Universidade de Harvard), que teve como objetivo a identificação das características dos empreendedores de sucesso. O estudo demorou 03 anos e foi realizado em 34 países. Pesquisa semelhante foi divulgada através do livro “A Lei do Triunfo”, escrito por Napoleon Hill. O autor pesquisou o hábito de pessoas de sucesso, durante 20 anos. As duas pesquisas possuem algumas semelhanças em suas conclusões. Talvez a mais marcante tenha sido a de que pessoas de sucesso, seja este profissional ou pessoal, acreditam que elas (próprias) sejam as principais responsáveis por tudo que lhes acontecem. A princípio, esta crença não parece ser inusitada. Entretanto, quando ficamos mais atentos ao discurso da grande maioria das pessoas, ao falarem sobre fatos que ocorreram em suas vidas, percebemos que, via de regra, a “culpa” dos acontecimentos é sempre externa. Assim, o comerciante atribui sua falência “ao mercado”. As dificuldades financeiras são responsabilidade exclusiva “do governo”. Nossa desmotivação profissional tem sua origem justificada “na empresa”. “Meu chefe pega no meu pé porque ele é um chato”. E assim prossegue: “foi Deus que quis assim”, “deve ser carma”, “isto é olho gordo”. Professora Ana Cristina Trevelin, [email protected], (67) 3255-2923 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - CAMPUS DE BONITO/MS – CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA DE SEMINÁRIO TEMÁTICO X – JOGOS DE EMPRESA / 8º SEMESTRE É claro que somos muito influenciados pelos agentes externos, ou meio ambiente onde estamos inseridos. Mas é muito cômodo jogar sempre a culpa pela forma como está nossa vida no primeiro bode-expiatório que for possível. Assim podemos preservar nossa vaidosa autoimagem de seres perfeitos. (Curiosamente, poucos atribuem a fatores externos a razão de seus êxitos...) Ora, se os agentes externos fossem os únicos responsáveis pelas adversidades ou sucessos da vida, poderíamos supor que todos os que estão submetidos a estes agentes teriam o mesmo resultado! Por exemplo, se o mercado ou governo foram os únicos responsáveis pela falência de meu negócio, como posso explicar que muitos dos meus concorrentes estão sobrevivendo frente à crise? Na certa, as pessoas reagem de formas diferentes diante das mesmas variáveis que o meio nos impõe, e esta reação definirá as respectivas consequências. Assim, vivemos as consequências das escolhas que fizemos em nossas vidas, ainda que não tivéssemos consciência destas consequências. Somos livres para discernir nas escolhas, mas prisioneiros das consequências de nossas decisões. Diante desta constatação, você pode pensar de duas formas: Uma é continuar se vendo como uma vítima azarada, um náufrago à mercê da direção dos ventos. A outra é pensar que você está onde se colocou, e compreender que pode pegar no leme e, mesmo em águas intranqüilas, definir o rumo. Dê uma parada agora e reflita: - Que coisas da minha vida estou buscando justificar, colocando a responsabilidade em algo ou alguém? Você deve estar se perguntando: “qual é a vantagem de me responsabilizar por tudo o que acontece comigo? Só para me sentir culpado? Já não basta a frustração a qual nos deparamos diariamente?” Na verdade, o sentimento de culpa de nada ajuda. Ter consciência de que minha vida está como eu a deixei, deve despertar outro sentimento: de que eu tenho poder para conduzi-la como eu desejo. Ora, se “jogo” a responsabilidade para fora de mim, então não há o que fazer... Fico impotente para mudar as coisas, pois não depende de mim... Líder de si: você está onde se põe. (Joacir Martinelli) FONTE: Joacir Martinelli. Especialista em Psicologia Social, pelo Centro de Estudos Psicopedagógicos de Curitiba / Buenos Aires. Possui formação em Dinâmica de Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos. É Certificado pela KreativAktion Experiential Consulting Services (Meissen/Alemanha), em facilitação de Metodologia Experiencial. Também Certificado pelo ICI – Integrated Coaching Institute (Los Angeles/EUA), para atuar com Processo de Coaching Executivo. http://www.duomoeducacao.com.br/Facilitadores/joacir-martinelli.html Professora Ana Cristina Trevelin, [email protected], (67) 3255-2923 2