ID: 59975064 02-07-2015 Tiragem: 14617 Pág: 13 País: Portugal Cores: Cor Period.: Diária Área: 15,48 x 30,29 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1 Paula Nunes A bancada parlamentar do PS deu entrada com um diploma sobre a ADSE a 19 de Maio, mas acabou por não agendar a sua discussão. PS desiste da proposta que passava ADSE a instituto público Parlamento A proposta sobre a ADSE deu entrada a 19 de Maio mas não chegou a ser agendada porque “houve matérias mais urgentes”. Márcia Galrão e Catarina Duarte [email protected] O grupo parlamentar do PS desistiu de agendar a discussão do projecto de lei que propunha a passagem da ADSE a instituto público. O projecto dos socialistas, que deu entrada no Parlamento a 19 de Maio, defendia que o subsistema de saúde da Função Pública, actualmente Direcção-Geral Protecção Social passasse a ser a “Agência de Protecção Social dos Trabalhadores em Funções Públicas”, um instituto público integrado na administração indirecta do Estado, sob tutela do Ministério da Saúde. O projecto defendia ainda que os sindicatos passassem a integrar a gestão da ADSE. Mas a proposta vai, afinal, ficar na gaveta. A deputada do PS Isabel Santos disse ao Diário Económico que “houve outras matérias com mais urgência para agendar”, pelo que “não foi possível introduzir este diploma e encaixá-lo na agenda”. Em Maio, Isabel Santos tinha sublinhado que a matéria reunia “amplo consenso entre os partidos políticos” e que era a altura certa para se avançar com o projecto, tendo em conta que a ADSE já é auto-sustentável, sendo “do mais elementar tornar o sistema mais transparente, abrindo-o à participação dos trabalhadores”. A deputada garante agora que “fica como um compromisso do PS para o futuro nesta matéria”. O programa eleitoral do PS, conhecido a 3 de Junho, também prevê a “mutualização progressiva da ADSE, abrindo a sua gestão a representantes legitimamente designados pelos seus beneficiários, pensionistas e familiares”, mas não refere a transformação da ADSE num instituto público. Uma ideia que, aliás, não é consensual en- O programa eleitoral do PS também prevê a abertura da gestão da ADSE aos sindicatos, mas não defende a sua passagem a instituto público. tre os peritos da Saúde que trabalharam no programa eleitoral, apurou o Diário Económico. Os peritos estão convencidos que, a prazo, a sustentabilidade da ADSE poderá estar em causa, por isso querem tirar o subsistema de saúde da esfera pública, libertando o Estado desse risco orçamental. Projecto dos benefícios fiscais para paridade sem calendário Outro projecto do PS que já não terá tempo de ser discutido nesta legislatura é o que prevê benefícios fiscais para as empresas e institutos do sector público e privado que tenham, no mínimo, 33,3% de mulheres nos seus órgãos de administração e fiscalização. A iniciativa deu entrada no Parlamento só na semana passada, não tendo por isso hipótese de ser discutida nesta legislatura. Mais uma vez servirá como base para um futuro governo socialista, tal como a deputada Elza Pais assumiu ao jornal i: “Fica o compromisso e a afirmação. A iniciativa será apresentada” quando o Parlamento reabrir, até porque traduz uma das ideias do programa eleitoral do PS, garantiu. ■