INSTITUTO BRASILEIRO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA CNPJ nº 01.082.331/0001-80 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 9 DE FEVEREIRO DE 2015 DATA, HORÁRIO E LOCAL: 09 de fevereiro de 2015, às 16 horas, Através de conferência telefônica. PRESENÇAS: Srs. Eliane Lustosa, Emilio Carazzai, Fernando Alves, Luiz Cabrera, Marta Viegas, Robert Juenemann e Sandra Guerra estiveram presentes na reunião deste Conselho. AUSÊNCIAS JUSTIFICADAS: Ricardo Setubal e Roberto Waack. CONVIDADOS PRESENTES: Além dos conselheiros, estiveram presentes na reunião os Srs. Emilio Martos, Heloísa Bedicks, Alexandre Tanaami, Henri Vahdat, Sidney Ito, André Moura e Alfredo Marques. MESA: Presidida pela Sra. Sandra Guerra e secretariada por Denis Cuenca. INFORMAÇÕES E DELIBERAÇÕES 1. Aprovação das Demonstrações Financeiras 2014 O Coordenador do Comitê de Auditoria explicou que as demonstrações financeiras foram previamente analisadas pelos conselheiros em última reunião, não havendo aprovação final devido à falta do parecer formal da Auditoria. Informou que não houve ressalvas e atentou para três pontos das demonstrações em relação ao que foi visto em última reunião do conselho: (i) o superávit foi ajustado pelo aumento da remuneração variável em 110 mil, aprovado na ultima reunião; (ii) ausência de discussões nas reuniões precedentes com a gestão sobre computação do valor de trabalho voluntário, sendo que o mesmo não tem efeito de caixa, e que houve uma discussão em última assembleia que, caso este item fosse considerado da forma como está, dever-se-ia incluir as receitas com o trabalho voluntário dos coordenadores das comissões. Isto foi discutido quando da implantação desta metodologia com o conselho anterior, que decidiu não incluir o trabalho das comissões devido à falta de conclusão sobre a definição das comissões fazerem parte ou não da administração. E (iii) o aspecto positivo degasto com sistemas, que fortaleceram a infraestrutura do Instituto. 1.1 Perguntas e respostas ao Comitê – A conselheira Eliane Lustosa observou que no relatório dos auditores em “Contexto Operacional”, se no item “a) Contribuir para a otimização da governança corporativa nas Empresas” o termo “otimização da governança” seria o apropriado para expressar as atividades do IBGC. A gestão observou que o texto do relatório da BDO segue termos constantes do Estatuto do IBGC. 1 1.2. Sessão Exclusiva com Auditores Externos: A Presidente do Conselho solicitou comentarem os principais pontos nas demonstrações financeiras do IBGC. A BDO observa a tranquilidade nos fechamentos dos números do IBGC, sendo que o instituto é bem assessorado pelo escritório contábil, não havendo ressalvas ou comentários em relação ao trabalho, que transcorreu sem nenhum problema. Há alguns pontos de melhoria, relativos a risco tributário, os quais foram apresentados à gestão e diretoria financeira e enviados para a gerência financeira do IBGC, mas que estão bem suportados por pareceres jurídicos. Outro apontamento foram os valores pendentes de recebimento na conciliação no total de 32 mil. Os trabalhos voluntários estão corretamente escriturados nas demonstrações, não havendo ressalvas, nem motivos para modificação do parecer. Indagados sobre a interação com a gestão e sobre a infraestrutura e qual seria a percepção do ambiente de controles, a BDO informou que houve progresso e melhora contínua na colaboração e na integração com as equipes, não havendo pontos de dificuldades a serem observados. Indagados sobre a velocidade e reação do IBGC sobre os pontos de melhorias foi observado pela BDO que os pontos vêm sendo endereçados de maneira satisfatória. Sua não recorrência é o sinal claro do endereçamento assertivo das melhorias. Decisão: A gestão deverá compartilhar com o Comitê de Auditoria, tão logo receba o relatório de melhorias final da BDO. Os auditores externos foram liberados da conferência e os membros da gestão foram convidados a retornar à sala. 1.3. Decisão: foi solicitado que a gestão mande novo texto sobre o objeto social, em linha com o Estatuto Social, em “contexto operacional” no relatório. Indagados sobre eventuais perguntas sobre as demonstrações financeiras, aos membros da gestão, os Conselheiros, informaram não ter perguntas. Por fim as demonstrações foram aprovadas por unanimidade pelos conselheiros presentes. 2. Discussão sobre Operação Lava Jato – Os conselheiros Fernando Alves e Emilio Carazzai retiraram-se da conferência, sendo o primeiro devido a conflito de interesses. Permaneceram nesta parte da reunião os conselheiros: Sandra Guerra, Marta Viegas, Robert Juenemann, Luiz Cabrera, Eliane Lustosa, e a superintendente geral, Heloisa Bedicks. A situação atual da operação Lava Jato foi contextualizada e a superintendente geral informou sobre a solicitação de reuniões com empresas envolvidas na operação com algum vínculo com o IBGC. A Conselheira Eliane Lustosa informou da preocupação sobre as informações aos associados da posição do IBGC neste assunto, de que forma ele será trabalhado e quais seriam os cenários possíveis para esta situação. Sugeriu uma linha de cooperação para melhoria da governança corporativa dessas empresas, analisar se as mesmas estariam em linha com o que se espera de um associado e se há um compromisso por parte delas com a melhoria. Foi então colocada à questão do que o Instituto almeja exatamente nas conversas com as empresas. Propôs um exercício que possa ajudar na estruturação destas conversas, que devem acontecer em breve pela tempestividade do tema. Neste sentido, foram sugeridos os tópicos mais relevantes para a governança, que constam no Código das Melhores Práticas. O conselheiro Luiz Cabrera questionou quais seriam os limites que o IBGC deve respeitar em relação ao afastamento de empresas do quadro de 2 associados e os riscos de penalizar agentes genuínos de governança. A Presidente do Conselho observou que o IBGC nunca afastou um associado e que a base legal foi analisada de acordo com o código de conduta e Estatuto Social do IBGC, sendo o fator central, neste caso, o compromisso dos associados ao código de conduta o qual sempre é analisado pelo colegiado de apoio de conduta. O único ponto mais delicado é a necessidade de estruturar melhor as regras e tornando-as mais claras ao associado. Foi solicitado então à Gestão um sumário com o histórico e os pontos de recomendação do coordenador da Comissão Jurídica, Richard Blanchet, para ser distribuído aos Conselheiros. Observou-se que o processo de exclusão de uma associação deve seguir um processo administrativo, que assegure ao associado amplo direito de defesa, perante o Conselho do IBGC. Os Conselheiros ressaltaram a necessidade de uma lista do que se espera da empresa no âmbito da governança corporativa, que seja endereçada internamente à empresa, que produza informações que possam ser compartilhadas com os associados e que traduzam ações que demonstrem melhorias. A presidente do Conselho então levantou alguns pontos em continuidade às discussões entre eles, uma proposta construtiva, de contribuição e abordagem positiva do IBGC é válida, mas preocupa-se com uma atitude que passe postura concessiva ou mesmo ingênua do Instituto, perante a situação atual. A Conselheira Eliane observou a grande possibilidade de não obter nenhum compromisso com as empresas e sugeriu como um caminho, a tentativa em conversar sugerindo a busca de algum compromisso de melhorias efetivas, que podem não ser atendidas, mas que possam gerar algum empoderamento da gestão. A Superintendente Geral ressaltou o nível de atenção que representantes das empresas têm dispensado ao IBGC. Diante deste cenário, o IBGC deve decidir em qual momento deverá abrir processos administrativos, que devem ocorrer em sigilo. Após o feriado de carnaval o IBGC deverá entrar em contato e definir as datas das reuniões com estes associados. A decisão de abertura do processo passaria pela realização ou não destas reuniões, e do resultado das mesmas não prejudicaria o andamento das conversas e aconteceria em sigilo. O Conselheiro Robert Juenemann avaliou que o processo só deveria ser aberto após uma primeira reunião com as empresas, para que houvesse primeiro uma conversa evitando inconsistências no futuro. Devido à falta de quórum, foi solicitado à Secretaria encaminhar em caráter de urgência a todos a proposta dos conselheiros Eliane Lustosa, Marta Viegas, Robert Juenemann e Sandra Guerra, através de e-mail, de abertura do processo administrativo ao CAC Conduta, referente aos associados. A proposta consiste em comunicar aos associados envolvidos na operação lava a jato o Instituto abrirá um processo administrativo que correrá no âmbito do CAC - Conduta em absoluto sigilo, que deverá ser observado também por todos os envolvidos e associados ou colaboradores que de qualquer forma tomem conhecimento do caso ressaltando que isso acontecerá sem nenhum prejuízo no diálogo que já está acontecendo. Nada mais havendo a tratar a Presidente encerrou a reunião, lavrando-se à presente ata que vai por ela e pelo Secretário assinada, e que será levada a registro no competente Cartório do 7º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas da Comarca de São Paulo, Capital. São Paulo, 9 de fevereiro de 2015. 3 Sandra Guerra Eliane Lustosa Emílio Carazzai Fernando Alves Luiz Cabrera Marta Viegas Robert Juenemann 4