UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios
e propostas
uma candidatura
património
da humanidade COIMBRA
COIMBRA2007
2007
UNIVER(SC)IDADE
desafios
e de
propostas
de auma
candidatura
ALGUMAS BREVES NOTAS
SOBRE A HISTÓRIA DA
REABILITAÇÃO URBANA
José Aguiar (ICOMOS-Portugal)
Com o apoio da Arq.ª Ana Pinho (LNEC)
http://icomos.fa.utl.pt/ email: [email protected]
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
como nasce uma cultura de “conservação”?
DOS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO
INDUSTRIAL
As tradições são postas em causa pela revolução
industrial, mas, no momento em que se anuncia um
mundo novo, (re)descobre-se o valor do que se perde.
Dessa nova consciência histórica, nascerá a
necessidade de estreitar os contactos com os
testemunhos culturais do passado.
A luta pela salvaguarda patrimonial coexistirá
intimamente com o advento da própria modernidade,
surgindo, como esclareceu Choay, a «consagração»
de um novo tipo de culto: o dos MONUMENTOS.
(F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine. Paris: Ed. Du Seuil, 1992)
Violet-le-Duc, Entretiens…
Galerie des Machines, 1889
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
1
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
como nasce uma cultura de “conservação”?
DOS IMPACTOS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
«L´INDUSTRIE REPLACE L ´ART!»
« À quoi servent ces monuments ? disent-ils.
Cela coûte des frais d’entretien, et voilà tout.
Jetez-les à terre, et vendez les matériaux.
C’est toujours cela de gagné.
Depuis quand ose-t-on, en pleine civilisation, questionner
l’art sur son utilité?
Malheur à vous si vous ne savez pas à quoi l’art sert ! »
Victor Hugo: «Guerre au démolisseurs», em Revue de Paris, 1829 e 1832
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A “VALORIZAÇÃO”
DOS MONUMENTOS
A regularização de Paris e o Plano de Haussman!
como nasce uma cultura de “conservação”?
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
2
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
como nasce uma cultura de “conservação”?
DA AMPLIAÇÃO DO CONCEITO DE
“MONUMENTO”: o vernacular como património!
William Morris, Manifesto da Society for the
Protection of Ancient Buildings (SPAB), bases da
noção de “património vernacular”:
«If, for the rest, it be asked us to specify what kind
of amount of art, style, or other interest in a building,
makes it worth protecting, we ansewer, anything
which can be looked on as artistic, picturesque,
historical, antique, or substantial: any work, in short,
over which educated, artistic people would think it
worth while to argue at all».
Cf. W. Morris, manifesto da Society for the Protection of Ancient Buildings,
Londres, SPAB, 1877.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
DO NOVO CONCEITO DE “PATRIMÓNIO URBANO”
Como nos esclareceu Choay, o conceito de
“Património Urbano” surge quatro séculos depois do
conceito de “património histórico” e é um contributo
específico da cultura europeia!
Ocorre em contra-corrente às transformações da
revolução industrial, no confronto com o inevitável
processo de urbanização moderna.
Ao surgir o “urbanismo” como disciplina surge também,
por contraste e diferença, um novo olhar sobre a
arquitectura da cidade pré-industrial.
Hoje acrescentamos à arquitectura (toda ela) e à
cidade-património, a paisagem dos territórios
humanizados e o património intangível (dos saberes),
no conceito abrangente de PATRIMÓNIO CULTURAL!
F. Choay, L´Allégorie du Patrimoine, Ed. Du Seuil, Paris, 1992.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
3
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 1
J. Ruskin: MOMENTO MEMORIAL
A cidade histórica como repositório das ligações
“memoriais” com as gerações precedentes, com as
quais Ruskin defende estreitas ligações de
identificação cultural, não só no espaço como no
tempo, contra as transformações radicais do momento
histórico que vive.
Ruskin, foi pioneiro da militância pela preservação das
cidades históricas europeias (Oxford, Lucerna, Ruão,
Génova, Florença, Veneza, Siena); teoriza a inclusão,
como património a preservar, de conjuntos urbanos
históricos, da arquitectura anónima que, ao longo de
inúmeras gerações construiu cidade, ampliando, de
forma decisiva, o conteúdo tipológico do próprio
conceito de monumento histórico.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 2
Camillo Sittte: A CIDADE HISTÓRICO-ARTÍSTICA
«Der Stadtbau nach seiner kunstlerischen
Grundsatzen: Nem mesmo a moderna história da
arte, que aborda toda e qualquer insignificância,
dedicou um espaço à construção urbana (...)».
Sitte, consciente da inevitabilidade das mudanças
provocadas pela técnica, deplora a «beleza urbana»
que se perde, tanto quanto a que não se produz.
Estudando cidades-museu e as Villes-d´Art procura
determinar as bases de uma nova e mais qualificada
estética urbana, apta a representar e satisfazer as
necessidades da nova era industrial.
Camillo Sitte, A construção da cidade segundo seus princípios artísticos, Editora
Ática, 1889 (tradução brasileira de 1992, com base na tradução francesa), p.95.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
4
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 2
Sitte é primeiro dos «morfólogos urbanos»: estuda, in situ,
dezenas de cidades antigas. Os espaços públicos são
analisados fenomenologicamente através das suas
configurações formais, articulação entre volumes e vazios,
riqueza formal das diferenças ou continuidades, realçando a
importância dos contextos.
Mas, para Sitte a cidade histórica era desadequada para os
novos usos que a cidade moderna tinha de resolver; reservalhe o papel de museu, de contentor da cultura histórica e do
prazer estético: a visão da cidade como facto artístico, induz,
como escreve Choay o tema da “cidade-museu”, “cidademorta” ou ainda a noção, ambivalente, de “ville d´art”».
F. Choay, ob. cit, (1992) p.6.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de PATRIMÓNIO URBANO
PATRIMÓNIO URBANO 3
A TEORIA INTEGRADORA DE GIOVANNONI
G. Giovannoni, «Vecchie città, edilizie nuova», primeira
enunciação do conceito de “património urbano”.
Para Giovannoni a arquitectura menor consistia, no seu
conjunto, um novo tipo de «monumento» colectivo: a
cidade histórica (definida pela sua estrutura, morfologia,
paisagem e imagem urbanas, a qual deveria ser sujeita a
leis de protecção e a critérios de restauro similares aos já
existentes para os monumentos). Adivinhando o
«desurbanismo», reclama para os antigos núcleos
históricos valores de uso actualizados, inserindo-os nas
novas teias de organização territorial. O papel da cidade
histórica deveria ser compatível e complementar das
novas estruturas e escalas do planeamento moderno. Uma
nova concepção que transfere os valores do património
urbano do espaço do museu para o espaço do quotidiano,
atribuindo-lhes valor de uso.
Veja-se em G. Giovannoni, Città vecchia ed edilizia nuova, em Nuova Antologia, Milão,
1913 (reeditado por Unione Tipografico-editrice, Turim, 1931).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
5
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO URBANO: uma teoria “integradora”
PATRIMÓNIO URBANO 3
Condições (Giovannoni) para que a reapropriação dos
centros históricos sejapossível:
1. a renúncia a uma vocação de centralidade única dos CH
no contexto territorial, ou, no mínimo, inclusão dos CH´s na
lógica de um sistema urbanístico polinuclear;
2. a total COMPATIBILIDADE DOS USOS atribuídos aos CH
com as características específicas da sua morfo-tipologia, escala
e capacidades do seu parcelamento, propondo funções
vocacionados à modicidade da escala dos C.H., à complexidade e
riqueza morfológica dos seus tecidos (exp: lugares de utilização
diversificada, convivial e de permanência, funções de proximidade
e de encontro);
3. a supressão de edificações ou construções “parasitas” como
OPORTUNIDADE para revitalizar os tecidos e o funcionamento da
cidade histórica (DIRIDAMENTO);
4. na introdução de novas edificações, o RESPEITO ABSOLUTO
PELA TIPOLOGIA CADASTRAL e pelos condicionamentos
(volumetrias, escala, etc.) da morfologia preexistente!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
como nasce e se estabelece uma cultura de “conservação”?
TAXIONOMIAS: de ANTIQUALHAS a PATRIMÓNIO CULTURAL
Período (Séc.)
Descrição
Taxionomias
VI-XV
Idade Média
Edifícios Antigos
XV-XVIII
Renascimento/Barroco
Antiguidades (antiqualhas)
XVIII-XIX
Historicismo e
Nacionalismo
Monumento Histórico
XX (antes IGG)
Arquitectura Menor
Cidade Histórica
XX (inter-guerras)
Edificação e Ambiente
Património Urbano
XX (depois 2GG)
Arquitectura e Território
Património Paisagístico e
Intangível
XXI
Era da Globalização
Património Cultural
Adaptado de: Ana Roders, Re-architecture. Lifespan rehabilitation of built heritage. Eindhoven, TUe,
2007, p. 81. Com base em: Francoise Choay, The invention of the historic monument. Cambridge:
Cambridge University Press, 2001.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
6
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Documentos de referência: as primeira das CARTAS
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931
Conclusões da Conferência Internacional de Atenas sobre a Restauração dos
Monumentos, organizada pelo Conselho Internacional dos Museus (antecessor
directo do actual International Council of Museums - ICOM, fundado em 1946).
20 países e Primeira Carta Internacional do Restauro ao ser adoptada pelo Comité
Internacional para a Cooperação Intelectual e aprovada pela Liga das Nações como
Recomendação aos Estados-Membros (10 de Outubro de 1932).
Repercussões:
- uma nova praxis conservativa. O termo da fase de maior influência do restauro
estilístico, evoluindo-se, a partir daqui, no sentido da conservação estrita;
- o modelo de conservação pressuposto pela Carta influencia o processo de
reestruturação das políticas de conservação em diversos países europeus, como a
Itália (Carta del Restauro de 1931), ou Espanha (Lei de 13 de Maio de 1933, de
defesa e conservação do património histórico-artístico).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931
CARTA DE ATENAS DO RESTAURO, 1931. Conclusões:
- evitar as restituições integrais em favor da conservação estrita através da manutenção regular
dos monumentos (art. II), e preservar os vestígios das diversas épocas históricas
representadas (art. II, 2º parágrafo);
- os monumentos são considerados bens públicos, na sua gestão defende-se a primazia
do
interesse colectivo sobre o privado (art. III);
-recomenda-se uma utilização funcional (programa) adequada às
características dos monumentos (art. II);
-nas acções de restauro, aceita-se a utilização judiciosa de técnicas e de
materiais modernos (como o betão) (art. V);
-recomendam-se cuidados especiais com a envolvente dos monumentos, que deverão
respeitar «(...) o carácter e a fisionomia da cidade, em especial nas proximidades dos
monumentos antigos, onde o ambiente deve ser objecto de um cuidado especial. Igual respeito
deve ter-se com determinadas perspectivas especialmente pitorescas.» (...) (art. VII);
- recomenda-se a realização, em cada Estado, de inventários, incluindo o registo fotográfico e
de dados referentes a cada monumento, num arquivo central onde se proceda à compilação da
documentação útil à conservação.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
7
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
CARTA DE ATENAS DO URBANISMO 1933
IV congresso do CIAM, Novembro de 1933:
Redacção do Grupo CIAM-France em 1941. Paris, Annales Techniques, 1945 (tradução livre):
O património arquitectónico [i.e. os monumentos] deveria ser salvaguardado:
- SE o seu valor arquitectónico correspondesse a um interesse geral;
- SE a sua conservação não provocasse o sacrifício das populações mantidas
em condições insalubres;
- SE fosse possível remediar a sua presença prejudicial por medidas radicais:
por exemplo o desvio de elementos vitais da circulação...)»
Recomenda-se ainda: «(...) a destruição de acrescentos e construções de
menor importância em torno dos monumentos o que permitiria [sic] criar
superfícies verdes>>.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Da aversão do MODERNO à cidade histórica
Le Corbusier, legenda: como lidar com o “problema” dos centros históricos!
Em: Maneiras de Pensar o Urbanismo. Lisboa: Europa-América, 1977
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
8
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O MODERNO E SONHO DAS CIDADES-TORRES
Wassily Luckardt: An die Freude, 1919
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ARRANHA CÉUS DE CRISTAL
Mies Van der Rohe, Torre de cristal, 1919 e 1921
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
9
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A RENOVAÇÃO DEPOIS DA II GRANDE GUERRA
A necessidade de recuperar rapidamente as cidades europeias, para realojar
milhões de pessoas e permitir o relançamento da sua economia, obrigou a
actuações de extrema urgência e à aplicação de métodos expeditos de reconstrução
de monumentos (Montecassino), ou de cidades históricas destruídas pela guerra
(Varsóvia, Génova, Colónia, Bruxelas, Nápoles, etc.). Abandonam-se os métodos de
restauro anteriores à guerra e surge a primazia da RENOVAÇÃO URBANA.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
WelfareState e o Baby Bum!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
10
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Richard Hamilton - Just
what is it that makes
today's homes so different,
so appealing,
Exhibition, ICA, London, 1956
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Da aversão do MODERNO à cidade histórica
A mão de Corbusier:
Plan Voisan, e Unité´s!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
11
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Red Road Flats, Glasgow, 1964-66
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
Elgin Estate, Westminster, Londres, 1968
COIMBRA 2007
Royston Estate, 1969
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
12
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
COIMBRA 2007
ZAC, Riquet, Paris
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
B. Fuller, “6000 pounds home”
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
13
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
B. Fuller, “Buchy 2”
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Jungman, Dyoden, 1968: arquitecturas insufláveis!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
14
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Frei Otto, et al, Pavilhão Alemão, Expo Montreal, 1965-67. Olimpíadas,
Munique, anos 70.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Nils Lund Future of Architecture, 1979
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
15
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Chelmsley estate, near Solihull.
Demolição em 1989
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
COIMBRA 2007
Aeuforia pósmoderna
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
16
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Leon Krier, Echternach, 1970
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ARQUITECTURA ANTI-MODERNA?
Quinlan Terry, The Howard Building,
Downing College, Cambridge; The
Howard Building, Downing College,
Cambridge
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
17
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A (RE)INVENÇÃO DE VERSÓVIA
A reconstrução de Varsóvia foi uma necessidade política e psicológica,
reinstituindo a cidade histórica como o monumento referencial de uma nação cuja
cultura foi intencionalmente atingida.
Manteve-se a morfologia urbana anterior, mas a correspondência das novas
construções para com as antigas é apenas exterior, os interiores foram
significativamente modernizados, alterando profundamente as tipologias
arquitectónicas. O inventivo modelo de uma nova-cidade-cópia-da-antigacidade levantou interrogações incómodas tanto no campo da conservação
urbana, como para a nova disciplina do urbanismo.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
RENOVAÇÃO DA DOUTRINA
CARTA DE VENEZA , Carta Internacional sobre a
Conservação e o Restauro de Monumentos e Sítios (1964)
II Congresso Internacional de Arquitectos e Técnicos dos Monumentos
Históricos. UNESCO, Conselho da Europa, ICCROM e ICOM, com 61
países da Europa, América, África, Ásia e Oceania. Na mesma reunião
funda-se o ICOMOS.
Clara influência italiana: Piero Gazzola, dirigiu os trabalhos; Roberto Pane
representa a Itália, propondo o modelo da Carta Italiana do Restauro de
1932 como a matriz. Influência de Cesare Brandi e do RESTAURO
CRÍTICO.
Determina-se como objectivo essencial do restauro arquitectónico «(...) a
preservação dos valores estéticos e históricos do monumento ... [e que] o
restauro... deve terminar no ponto em que as conjecturas
comecem»(art. 9).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
18
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
CARTA DE VENEZA , Carta Internacional sobre a Conservação e o
Restauro de Monumentos e Sítios (1964)
Avanço disciplinar na definição do conceito de património, englobando «(...) não
só as criações arquitectónicas isoladamente, mas também os sítios,
urbanos ou rurais (...)» (art. 1);
preocupação com a necessidade de qualificação e de preservação das
envolventes (art. 6); considera-se que «(...) um monumento é inseparável da
história de que é testemunho e do meio em que está inserido», pelo que se
recusam as remoções do todo ou de parte do monumento excepto por exigências
de conservação (art. 7) defendendo a reconhecibilidade e reversibilidade dos
acrescentos;
no importante problema da reutilização funcional, opta-se claramente por adequar
o programa ao monumento, recusando implicitamente o seu inverso, ou seja, a
alteração do monumento para responder ao programa;
realça-se de novo a essencialidade da manutenção para a conservação
dos monumentos (art. 4).
O RESTAURO dos RESTAUROS!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
CARTAS ESSENCIAS PARA A CONSERVAÇÃO DO
PATRIMÓNIO URBANO
1877, SPAB, Manifesto
1883, Boito Primeira Carta italiana do Restauro
1931, ICOM, Carta de Atenas do Restauro
1933, CIAM, Carta de Atenas do Urbanismo
1932, I Carta Italiana do Restauro
1964, ICOMOS Carta de Veneza
1972, II Carta Italiana do Restauro
1972, UNESCO/ICOMOS, Convenção para a Protecção do Património Cultural e
Natural da Humanidade
1975, COE, Carta Europeia do Património Arquitectónico e Declaração de
Amsterdão para a Conservação Integrada
1981, ICOMOS, Carta de Florença, ou dos Jardins Históricos
1985, COE, Convenção para a Salvaguarda do Património Arquitectónico Europeu
1987, ICOMOS, Carta Internacional para a Salvaguarda das Cidades Históricas
1992, UNESCO, Convenção do Património Mundial
1999, ICOMOS, Carta do Património Vernacular, México
2000, ICOMOS, Carta de Kracóvia
2000, COE, Convenção Europeia da Paisagem
2003, ICOMOS, Recomendações para a Análise, Conservação e Restauro Estrutural
2003, CEU, Nova Carta de Atenas (do Urbanismo)
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
19
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
DA RENOVAÇÃO PARA A REABILITAÇÃO: A LEI MALRAUX DE 1962
“Secteurs Sauvegardés”, “Plan de sauvegarde et mise en valeur”, POS –
Planos de Ocupação do Solo. Operações-modelo de preservação de espaços
urbanos de grande valor, considerados como património nacional da França,
intervindo com grande profundidade e vasto suporte financeiro, debaixo de um
forte controlo por parte do Estado central. Política restritiva da reconstrução, da
demolição e da alteração do existente.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
INGLATERRA: cerca 10 000 Conservation Areas!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
20
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E A CONSERVAÇÂO DA CIDADE HISTÓRICA EM PORTUGAL?
1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria,
Família” .....Autoridade!
Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!
Paralelo entre a recuperação de valores históricoideológicos e nacionalistas e os critérios de
intervenção no património ...”na medida em que os
monumentos são o espelho vivo desses valores,
influenciando a filosofia do restauro a utilizar”.
Sobre o tema: Maria João B. Neto, Memória Propaganda e Poder. O Restauro
dos Monumentos Nacionais (1929-1960). Porto: Edições FAUP, 2001. p.143.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
1933 ESTADO NOVO: “Deus, Pátria, Família” .....Autoridade!
Restauração: a primeira palavra de ordem do regime!
.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
21
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
Fotos: O Castelo de São Jorge, antes e depois do restauro.
Fonte: Boletim DGEMN 25-26.
«O Castelo de S. Jorge, o mais antigo Monumento de Lisboa, verdadeira acrópole da
Nação, talvez a peça de maior e melhor nobreza do nosso Património de glória, merece
incontestavelmente que se dignifique, desafrontando-o de malefícios construtivos,
isolando-o na sua solene beleza evocadora, reintegrando-o enfim, quanto possível, na sua
rude e expressiva estrutura de fortaleza de outros tempos.»
Cf: Portaria de 29 de Agosto de 1938, Diário do Governo nº 203-II Série de 1-09-1938
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
antes
depois
Fotos: O Castelo de São Jorge, antes e depois antes e depois do restauro.
Fonte: Boletim DGEMN 25-26.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
22
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
antes
depois
Fotos: Paço de Sousa, antes e depois do restauro.
Fonte: Boletim DGEMN 17.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
antes
depois
Fotos: Guimarães, Paço do Duques de Guimarães entes e depois do restauro,
Boletim DGEMN 20
Fonte: Boletim DGEMN 20.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
23
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
Intervenções de Restauro Estilístico:
São Tiago,Coimbra
antes
Edição:
depois
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
PÓS II GUERRA: RENOVAÇÃO!
Congresso Nacional de Arquitectura,
1948, e o apelo a uma renovação
urbana “Moderna”.
Duarte Pacheco
1934 – Planos Gerais de Urbanização
(tutela: DGEMN)
Divulgação da Carta de Atenas (NTP, IST,
1941?)
1945 – Criam-se as “Zonas de protecção
aos monumentos” (desde 1932 existia o
“raio de 50m”).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
24
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL? ANOS 60
INQUÉRITO À ARQUITECTURA POPULAR
Ministro Arantes e Oliveira apoia a realização
do Inquérito à Arquitectura Portuguesa
proposto pelo Sindicado dos Arquitectos
(realizado entre 1955-60).
AAVV Arquitectura Popular em Portugal, Sindicato Nacional dos
Arquitectos, Lisboa, 1961.
Orlando Ribeiro, reedita nos anos 60 o
fundamental Portugal, o Mediterrâneo e o
Atlântico, da Coimbra Editora, 1945.
2ª e 3ª edições revistas e actualizadas em edição da Livraria Sá da
Costa, Lisboa, 1963 e 1967.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 50: PLANOS DE EMBELEZAMENTO E PLANOS DE MELHORAMENTO
O despontar de intervenções urbanas de requalificação em
tecidos históricos: Anos 50. as iniciativas de Arantes e Oliveira
(Ministro MOP)
1954: os “Planos de Embelezamento” e os “Planos de Melhoramento”
1954, intervenções urbanas nos tecidos históricos de Guimarães, Bragança e
Miranda do Douro. 1955: Lança-se o Plano de Melhoramentos de Valença do Minho.
Depois iniciam-se intervenções em Monção, Almeida, Monsaraz, Marvão, Ourém e
Porto de Moz.
Por embelezamento entendia-se (Paulino Montêz citado por M. Tomé) o: “...projecto
de espaço público que visava a reorganização do enquadramento físico dos
monumentos, a concretizar normalmente à custa de dispendiosas operações de
expropriação”.
Por melhoramento entendia-se (M. Tomé): “...a construção de infra-estruturas e a
recuperação do espaço construído enquanto operações prioritárias e fundamentais
para a qualidade das áreas urbanas. Operava-se a nível do ambiente físico,
requalificação do espaço público, reailtação habitacional, restauro de monumentos e
gestão/regulamentação da construção privada”.
Tomé, Miguel, Património e restauro em Portugal (1920-1955). Porto: edições FAUP, 2002, p.169.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
25
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
“Planos de Embelezamento” e “Planos de Melhoramento”
Anos 50: novas atitudes
Lisboa, Alfama, anos 40 e 50, intervenções do Arq.º Veloso Reis Carmelo, mais
tarde forma-se (em 1954) uma “Comissão do Plano de Melhoramento de
Alfama”, pretendia-se o desafogo perspectivo a eixo dos grandes Monumentos,
acompanhadas de intervenções estruturais em redes e equipamentos,
desenvolvendo-se um plano de saneamento.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
Anos 50 e o despontar de novas atitudes
Paulino Montês (vogal da JNE), em 1954: Propõe a classificação da Baixa
pombalina ..”como imóvel de interesse público”!
Desenvolve uma Proposta de Classificação como imóvel de interesse
público do conjunto constituído pela Avenida da Liberdade e pelas praças
dos Restauradores e do Marquês de Pombal. Propostas CONTESTADAS
PELA CML argumentando com incapacidade do poder central de “gerir” a
“dinâmica construtiva” da cidade, ressalvando a capacidade técnica da autarquia
para lidar com, e assegurar, a “protecção” desse conjunto!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
26
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
Anos 50: novas atitudes?
GUIMARÃES
Francisco Azeredo nomeado em 1955, por
Arantes e Oliveira, responsável pelo
“Arranjo da zona antiga de Guimarães”.
Em 1957 propõe a classificação da zona
antiga de Guimarães como imóvel de
interesse público.
ÓBIDOS
Restauro das fortificações iniciada em
1932, complementada em 1946, com o
projecto da instalação de uma pousada na
Álcaçova, prevendo-se outras intervenções
urbanas: calcetamento de ruas e largos,
reconstrução do alpendre do Largo do
Pelourinho, numa acentuação do carácter
“pitoresco e tradicional”, continuamente
perseguida pelo Município (antes e hoje).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL?
CHAVES
Intervenções da DGEMN desde 1961 a 1972! Demolições do Largo da Lapa,
restauro da torre de menagem, execução de arruamentos e de ajardinamentos
nos baluartes, início dos estudos de adaptação do Convento São Francisco
(dentro do forte) a pousada.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
27
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL:? A OPOSIÇÃO DOS MODERNOS À CIDADE HISTÓRICA!
A OPOSIÇÃO DOS MODERNOS
À CIDADE HISTÓRICA!
PORTO:
Planos de renovação urbana dos
anos 50 e 60 propondo a
DEMOLIÇÃO da Ribeira-Barredo,
hoje inscrita na Lista do Património
Mundial da Unesco.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: O DESPONTAR DE NOVAS ATITUDES
1968 –DGSU, Criação do Serviço
de Defesa e Recuperação da
Paisagem Urbana e dos Serviços
de Ordenamento da Paisagem
Rural
Anos 60: Contacto com influência
exterior (Cullen; Lynch), estágios no
estrangeiro de quadros técnicos da
DGSU, realização em Portugal de
eventos sobre Urbanismo com os
melhores especialistas mundiais.
Destes serviços saíram alguns dos
técnicos que, na Divisão de Estudos
de Renovação Urbana da DGPU
(sucedânea da DGSU), irão em 1985
criar o inovador Programa de
Reabilitação Urbana, dos GTLs.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
28
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE
DGSU - Estudo de Prospecção e Defesa
da Paisagem Urbana do Algarve (19661970)
Previstos 49 volumes, 31 são entregues em
1970; estudo verdadeiramente precursor pelo
valor que é reconhecido aos tecidos urbanos e
aos espaços públicos pré-existentes; visão
integradora do património no ordenamento do
território; estudo que nunca foi aprovado; e
desapareceram TODOS os volumes da DGSU!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: ANOS 70 FERNANDO TÁVORA
1969: Fernando Távora, Estudo de Renovação Urbana do
Barredo, CM Porto (Direcção Serviços de Habitação)
Integra pioneiramente os contributos das ciências sociais (apoia-se nos estudos de
alunas do Instituto de Serviço Social e nos levantamentos feitos por alunos da
ESBAP), propõe a salvaguarda e recuperação da zona da Ribeira com base no
estudo de uma área piloto, o Barredo. O valor patrimonial atribuído ao Barredo não
se restringe ao espaço físico, mas engloba a comunidade que o habita. Estudo
percursor do conceito contemporâneo de uma Reabilitação Urbana Integrada!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
29
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Fernando Távora: Barredo, CM Porto, 1969
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Fernando Távora: Barredo, CM Porto, 1969
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
30
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Fernando Távora: Barredo, CM Porto, 1969
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORA
«Entre 557 famílias estudadas na zona,
112 (20,14%) são saudáveis, 339
(60,95%) têm pessoas doentes e sobre
106 (18,96%) não foi obtida qualquer
indicação. Entre os doentes figuram
108 casos de tuberculose pulmonar».
F, Távora, 1969, p.15
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Fernando Távora: Barredo, CM Porto, 1969
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
31
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: FERNANDO TÁVORA
Távora: Barredo, CM Porto, 1969
«Quem me dera juntar dinheiro, cinco contos. Comprava cimento, cal e tijolo e começava a
construir uma casa só para mim, com um jardim para ter flores, sempre admirei a natureza…,
e depois ter um quarto meu, onde eu pudesse rir à vontade sem ninguém me ver, pensar, ler
e sorrir de coisas…chorar é feio, mas num quarto assim se quisesse podia chorar, ninguém
via, e fazer caretas e macacadas sozinho, Assim chamavam-me logo maluco, mas eu sei que
não é ser maluco». Relatório Távora, citando estudo: As condições sociais do Barredo, p.19.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO, ANOS 70: O CRUARB
A REVOLUÇÃO DE ABRIL E A REBILITAÇÃO URBANA
Despacho conjunto dos Ministros da Administração Interna e do Equipamento Social e do Ambiente, de 7
de Outubro de 1974. Criação do CRUARB, objectivo:
«(...) conduzir eficazmente o processo de renovação [SIC!] urbana da zona da
Ribeira (...), por forma a assegurar que a população trabalhadora que há muito
habita essa zona nas piores condições de alojamento e exploração não venha a
ser deslocada por força da valorização da propriedade e da zona decorrentes da
própria operação em tempo planeada.
Esta operação implicava «…a conjugação de recursos de diferentes entidades
nomeadamente a Câmara Municipal do Porto, do Fundo de Fomento da
Habitação, da Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização e dos Serviços Sociais
e ainda da própria população organizada para o efeito.»
É designado como Comissário o Arq. Guimarães Gigante, que «(...) embora
naturalmente articulado à entidade camarária, é directamente responsável perante
os Ministros que subscrevem este despacho (...).»
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
32
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A REABILITAÇÃO DEIXA DE SER UMA QUIMERA!
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB E O PORTO
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
33
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A DIMENSÃO SOCIAL DA REABILITAÇÃO: O CRUARB
DEPOIS DE 1974: A GRADUAL DESCENTRALIZAÇÃO E O NOVO PODER
DOS MUNICÍPIOS
A maior relevância dos poderes e políticas locais reforçando a democracia e
aproximando as decisões do cidadão.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL, FINAL DOS ANOS 70 e 80: OS PROCESSOS DE
PARTICIPAÇÃO POPULAR (do SAAL aos GTL´s)
A procura da integração e dos processos de
PARTICIPAÇÃO POPULAR.
A importância das propostas de Nuno Portas
(Movimento SAAL) para relançar a construção
habitacional e a produção de novos pedaços,
mais justos e democráticos, de cidade.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
34
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: “PAZ, PÃO HABITAÇÃO”. O PROCESSO SAAL
Surgimento de nomes de referência da nova arquitectura portuguesa: Álvaro Siza Vieira,
Vítor Figueiredo, Eduardo Souto de Moura, Gonçalo Byrne, José Gigante, Sérgio Fernandez,
Manuel Tainha, Nuno Portas. A procura de «formas alternativas que desbloqueassem a
produção de habitação social, substituindo formas estatizadas ou estatizantes» (Portas,
1986). Sobre o tema: J. Bandeirinha, O Processo SAAL e a Arquitectura no 25 de Abril de 1974. Coimbra. DARQ. 2001
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1975, COE, Carta Europeia do Património
Arquitectónico, e Declaração de
Amsterdão para a Conservação Integrada
Surgimento do conceito de “conservação integrada”, ainda
hoje central para a reabilitação urbana, resultando de um
processo de alargamento do conceito de património
(abrangendo já, não só, os monumentos isolados mas
também o património urbano e as construções
vernaculares que «tenham adquirido significado cultural
com o passar do tempo»); e da constatação do seu gradual
desaparecimento ou da ocorrência de dramáticas
alterações havidas na cidade histórica.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
35
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1975, COE, Carta Europeia do Património
Arquitectónico, e Declaração de
Amsterdão para a Conservação Integrada
A Conservação Integrada visa: defender o património
urbano, através: «(...) da acção conjugada de técnicas de
restauro e da procura das funções apropriadas...). A
conservação integrada deve ser, por conseguinte, um dos
pressupostos importantes do planeamento urbano e
regional. (…) a conservação integrada não exclui a
introdução de arquitectura contemporânea em áreas que
contenham edifícios antigos, desde que o contexto
existente, as proporções, as formas, a disposição dos
volumes, e a escala sejam integralmente respeitados e
sejam utilizados materiais tradicionais.» Carta Europeia do
Património Arquitectónico, Art. 7º.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
da invenção do conceito de REABILITAÇÃO URBANA INTEGRADA
1976, Resolução 28 do Comité de
Ministros do Conselho da Europa
A primeira definição de “reabilitação”, tomada
como o processo pelo qual se procede à
integração dos monumentos e edifícios antigos
(em especial os habitacionais) no ambiente
físico da sociedade actual, «(...) através da
renovação e adaptação da sua estrutura
interna às necessidades da vida
contemporânea, preservando ao mesmo
tempo, cuidadosamente, os elementos de
interesse cultural». A reabilitação deveria ser
realizada segundo os princípios da
conservação integrada e constituir um dos
aspectos fundamentais a ter em conta no
planeamento regional e urbano.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
36
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
EUROPA ANOS 70 e 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
PARIS: LE MARAIS
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA, AS OPHA´s, FRANÇA
PARIS: OPHA GOUTTE D´OR
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
37
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
AMIENS: OPAH
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA, OPHA´s, FRANÇA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80
O REGRESSO À CIDADE
(consolidada)
BERLIM: IBA 1987; LONDRES:
DOCKLANDS; PARIS: LE MARAIS e etc.;
BARCELONA, as Olimpíadas e depois!
O regresso ao centro da cidade como lugar
privilegiado para residir (e não já só
trabalhar, ou para diversão).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
38
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
IBA, Berlim, o regresso à cidade!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
IBA, Berlim, o regresso à cidade!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
39
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
IBA, Berlim, o regresso à cidade!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ALEMANHA: IBA 1987
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
40
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
LONDRES: CONVENT GARDEN
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
LONDRES: CONVENT GARDEN
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
41
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
LONDRES: NORTH AND SOUTH BANK
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
LONDRES: NORTH AND SOUTH BANK
ANOS 80: O REGRESSO À CIDADE CONSOLIDADA
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
42
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
ANOS 80 E 90: A REABILITAÇÃO URBANA NA EUROPA
REABILITAÇÃO URBANA
INTEGRADA
No último quartel do século XX, na Europa
constata-se que a Reabilitação Urbana se
tornou a mais corrente taxionomia da cultura
dos “r´s”, afirmando-se como:
- um instrumento-chave para a
competitividade das cidades;
- representa já mais de 1/3 da actividade da
indústria da construção civil.
Assume-se a crescente importância cultural
e económica da conservação do património
arquitectónico e urbano, assim como da
reabilitação do parque habitacional.
Pressupõe-se uma actuação integrada
articulando as políticas físicas com a
melhoria dos processos sócioeconómicos de revitalização e
regeneração urbanas.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL E A REABILITAÇÃO URBANA
PORTUGAL ANOS 80 E 90:
DUAS DÉCADAS DE GTL´S
O Programa de Reabilitação Urbana – PRU e
PRAUD, 1985 – (2007?)
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
43
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL INÍCIO DOS ANOS 80:
A REABILITAÇÃO COMO UM FACTOR DE
COESÃO SOCIAL: UMA POLÍTICA ANTIGENTRIFICATION
A reabilitação entendida como contributo
essencial para a coesão social através da
preservação dos valores sociais e culturais
das comunidades locais.
A manutenção do tecido edificado não implica
a segregação dos mais pobres ou dos mais
fracos, respeitando e compreendendo as
diferentes culturas e comunidades.
Procura-se a adopção de medidas legais e
financeiras (o PRID) com o intuito de proteger
a função residencial, garantindo a não
expulsão dos residentes em consequência do
aumento dos preços gerado pelo próprio
processo da reabilitação. O modelo de acção
local do CRUARB dará origem aos GTL´s
(PRU e PRAUD).
Texto e foto: Ana Pinho
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL - Programa de Reabilitação Urbana – PRU 1985
OUTRA FORMA DE LIDAR COM A CIDADE
EXISTENTE: OS GTL´S
Vontade política para abordar a temática da
reabilitação urbana, consagrando-a a nível
nacional.
Um novo tipo de actuação concertada da
Administração Central com a Administração Local,
na base do respeito da autonomia e das
DISTINTAS competências.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
44
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL - PRU 1985 e PRAUD 1987
Programa de Reabilitação Urbana
(PRU 1985) e Programa de
Recuperação de Áreas Urbanas
Degradadas (PRAUD 1987), OS
GTL´S:
Possibilitaram às autarquias
contarem com um apoio técnico
multidisciplinar e especializado,
essencial para a concretização de
políticas locais de salvaguarda e
reabilitação.
É gerado um processo de
reabilitação em que, através dos
Gabinetes Técnicos Locais, são
chamados a participar vários níveis
de intervenção: a Administração
Central, as Câmaras Municipais, os
técnicos especializados e a
população residente.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PRID e PRAUD: RESULTADOS POSITIVOS
O PRU e posteriormente o PRAUD
deram origem a uma progressiva
responsabilização das autarquias pela
reabilitação urbana e pela conservação
do próprio património URBANO,
encarado como efectivo factor de
desenvolvimento sócio-económico e
como valor cultural.
Os GTL´s lançaram e geriram os
primeiros processos de reabilitação
urbana, desenvolvidos numa nova
perspectiva integrada, desenvolvendo
uma intensa actividade quer na
elaboração de estudos e projectos de
obras, quer no apoio às câmaras, quer
ainda na sensibilização e no APOIO
DIRECTO às populações.
Texto e foto: Ana Pinho
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
45
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
CONCLUSÕES DO PROCESSO (MAS FALTA A SUA ANÁLISE)
Aprendemos, em duas décadas de
reabilitação, algo que hoje parecemos
alienar (nos processos SRU´s):
Que a reabilitação urbana só é bem
sucedida quando é realizada com a
população e para a população!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA EM PORTUGAL
O GTL de GUIMARÃES: acção social
versus conservação do património
urbano.
(i) uma reabilitação para e pelas pessoas,
contra a segregação; (ii) a conservação
estrita dos valores identitários e de
autenticidade patrimonial, preservando as
qualidades referenciais existentes na
arquitectura da cidade histórica,
prolongando-as para o território; (iii) a
garantia da continuidade das permanências
essenciais de longo prazo (a cidade
enquanto monumento, na estrutura da sua
morfologia e tipologia fundiária), conservando
as qualidades formais já sedimentadas (a
arquitectura erudita e vernácula que
construiu, no tempo, este “Centro Histórico”).
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
46
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
Conservar a cidade histórica é trabalhar com (e para) a sua população
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
Conservar a cidade histórica é trabalhar com (e para) a sua população
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
47
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães: Albergue de São Crispim.
Conservar é projectar com a realidade!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
A requalificação dos espaços públicos como motor do (re)interesse privado
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
48
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
A requalificação dos espaços públicos como motor do (re)interesse privado
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
Intervenções modelares de responsabilidade municipal e a solidariedade
institucional
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
49
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
Apoio e controlo técnico das intervenções particulares
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
Recusa do fachadismo e preferência de intervenções de impacto mínimo.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
50
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães:
O exemplo vem de cima (ESTADO e AUTARQUIA), as obras públicas deveriam
garantir a máxima exemplaridade!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
GUIMARÃES: O EXEMPLO DE REFERÊNCIA
Guimarães: programa de formação PAGUS 2006
«Dieu est dans le détail»
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
51
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
BENS INSCRITOS NA LISTA DO PATRIMÓNIO MUNDIAL
PATRIMÓNIO MUNDIAL
MONUMENTOS
Convento de Cristo em Tomar
Mosteiro da Batalha
Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro do Jerónimos e Torre de Belém
SÍTIOS
Sítios Arqueológicos no Vale do Côa
CIDADES HISTÓRICAS
Centro Histórico de Évora
CH Angra do Heroísmo, Açores
CH Guimarães
CH Porto
PAISAGENS NATURAIS E CULTURAIS:
Alto Douro Vinhateiro
Floresta Laurissilva da Madeira
Paisagem Cultural de Sintra
Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Évora (um planeamento operacional, PDM e GTL)
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
52
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Évora: PDM e Gabinete de Centro Histórico
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E HOJE?
-
O DESINVESTIMENTO DO ESTADO
O DESMANTELAMENTO (DGEMN e IPPAR) DE UMA PRAXIS DE
CONSERVAÇÃO BASEADA EM EXPERIÊNCIAS DE DÉCADAS (AINDA SEM
ALTERNATIVA CREDÍVEL), COM O SABER ADQUIRIDO EM RISCO DE SE
PERDER (levar-nos-á 20 anos para formar a geração que hoje alienamos).
AS INCÓGNITAS E AS NECESSIDADES DE REVISÃO URGENTE DOS
PROCESSOS SRU´s.
-
-
-
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
53
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
A REABILITAÇÃO URBANA E O PORTUGAL DE HOJE
fluxos migratórios tardios e dramáticas
alterações na estrutura económica e social;
transformações rápidas e profundas na estrutura
de ocupação do território nas últimas décadas;
crescimento explosivo das áreas metropolitanas
e dos seus subúrbios;
cidade construída sem desenho ou no desenho
deformado dos intervalos entre infra-estruturas;
proliferação de áreas urbanas simbólica e
fisicamente desqualificadas.
rodoviárias;
expulsão da população para os “não-lugares”
das periferias.
Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação
Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL NAS ÚLTIMAS DÉCADAS?
Investimos em cidades de periferia feitas
sem desenho, ou no apressado traçado
dos todo poderosos engenheiros de
tráfego, nem sempre, como em outros
países, com suficiente sensibilidade
urbana ou estética. E, depois de
destruídas as periferias, descobrimos um
tardio e rápido apetite pelo centro
histórico.
Foto: Holanda, auto-estrada Amesterdão – Eindhoven.
Foto: Portugal visto do céu, Filipe Lopes
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
54
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL ANOS 90: NOVAS LUTAS SOCIAIS
AVENIDA SIM!
VIADUTO NÃO!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Algumas Contradições
Segmento da reabilitação no sector da construção em 2002. Enquadramento internacional. Fonte:
Euroconstruct, 2003.
Ana Pinho, José Aguiar, Reabilitação em Portugal. A mentira denunciada pela verdade dos números! Em
Jornal Arquitecturas, nº 5, Outubro. Lisboa: jornal Arquitecturas, 2005.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
55
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Algumas Contradições
Percentagem de alojamentos por época de construção do edifício. Fonte: Housing Statistics
EU 2002; INE, Censos 2001. idem, Ibidem.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
Alojamentos clássicos, ocupados como residência habitual, construídos antes de 1919. Fonte:
INE, Censos 1979, 1981, 1991 e 2001. Idem, Ibidem.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
56
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
DEMOGRAFIA 2005:
1,46 filhos por
cada família
portuguesa!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
José Aguiar -
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
OS NOVOS DESAFIOS: A SUSTENTABILIDADE
The “Case” of Lisbon Adrian Atkinson - Local Agenda 21 and Future
Reality in Europe, in: http://mestrado-reabilitacao.fa.utl.pt/
Uma ARQUITECTURA ecologicamente inconsciente e uma extrema
dependência de transportes particulares, num país que importa mais de 4/5 da
energia que consome.
O nosso planeamento urbano não está a conseguir atingir a redução dos
tempos e distâncias na translação casa-trabalho, que as novas realidades
ecológicas exigem!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
57
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E PORTUGAL HOJE? A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS NOSSOS PROBLEMAS
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
OS NOVOS DESAFIOS
Ana Pereira Roders – Re-Architecture, TU/eindhoven
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
58
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
OS NOVOS DESAFIOS
http://www.re-architecture.eu
Ana Pereira Roders – Re-Architecture, TU/eindhoven
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
A sensibilização
técnica
COIMBRA 2007
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
59
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
TERRITÓRIOS E PAISAGENS CULTURAIS:
Da necessidade de evoluirmos da apreciação e salvaguarda exclusiva da
“Paisagem Urbana” como auge de um projecto abstracto da construção
humana…para um novo e mais amplo sistema que também integre o suporte
natural e as mais amplas relações e condições biofísicas no cultural.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE: PAISAGENS CULTURAIS
Foto: Versalhes
1992 – UNESCO, WORLD
HERITAGE CONVENTION
INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CONCEITO
DE PAISAGENS CULTURAIS E
NOVOS CRITÉRIOS PARA A SUA
INSCRIÇÃO NA LISTA DO
PATRIMÓNIO MUNDIAL
Novos critérios e três categorias (parágrafos 35
a 39):
1. Paisagens desenhadas e criadas
intencionalmente pelo Homem
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
60
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE: PAISAGENS CULTURAIS
Fotos: IPA/DGEM; e Arq. Nuno Lopes
1992 – UNESCO, WORLD HERITAGE CONVENTION
2. Paisagens que evoluíram organicamente
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O DESPONTAR DE UMA NOVA ATITUDE
Fotos: Uluru Kata Tjuta, Austrália; Tongariro, Nova Zelândia; Sukur, Nigéria
1992 – UNESCO, WORLD HERITAGE CONVENTION
Tipologias: 3. Paisagem cultural associativa
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
61
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
UM NOVO INSTRUMENTO EUROPEU!
2000, a Convenção Europeia da Paisagem
(Aprovada por Portugal em 2005, Decreto nº 4 de 14 de
Fevereiro)
-Procura responder à degradação e perda de paisagens culturais na Europa.
-Propõe uma definição de paisagem centrada no social, tomando-a como «(…)uma
área tal como é percebida pelas pessoas e cujo carácter é o resultado da
interacção entre factores naturais e/ou humanos».
- As necessidades sociais e um desenvolvimento sustentável são entendidos como
fulcrais para a gestão das paisagens, assim como elementos fundamentais das
políticas nacionais e para uma democracia participativa.
- A implementação da Convenção focaliza-se e propõe políticas para a paisagem
de escala nacional, ao nível dos sistemas de protecção, gestão e planeamento.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: TERRITORIAL dimension of the problems
POLÍTICAS ECONÓMICAS DESADEQUADAS À GESTÃO DE PAISAGENS CULTURAIS
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
62
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
TERRITÓRIOS E PAISAGENS CULTURAIS:
Como sempre diz Nuno Portas: os problemas
também podem ser oportunidades!
A candidatura em série de Elvas e das cidades
fortificadas da RAIA PORTUGUESA E
ESPANHOLA a Património Mundial, suas
possíveis relações com os espaços culturais de
influência Luso-espanhola.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL HOJE? A FUNDAMENTAL DIMENSÃO ECONÓMICA DOS PROBLEMAS
Fotografias de António Pedro Ferreira Expresso
PODE HAVER MORALIDADE DE GEOMETRIA VARIÁVEL NA CONSERVAÇÃO?
Um (de já demasiados) exemplo(s), a Quinta da Bacalhoa e alguns
títulos de jornais:
Publico 2001: «Como Se Transforma Um Laranjal em Vinha»
«Ippar Dá Mais "Um Mês" para Remediar Atentado ao Património na
Quinta da Bacalhoa» (isto em 2001)
Expresso 2003: «O jardim de Berardo»
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
63
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: PATRIMÓNIO VS. EXPANSÃO URBANA
PAISAGENS CULTURAIS: A DIMENSÃO TERRITORIAL DOS PROBLEMAS
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL HOJE: RENOVAÇÃO EM VEZ DE REABILITAÇÃO
As grandes controvérsias resumem-se a Ghery or not Ghery?
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
64
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E A ARQUITECTURA?
Crise disciplinar na arquitectura: a crítica e os lobbies predominantes da
nossa cultura arquitectónica privilegiam um pluralismo consumista, o
hedonismo, a (pseudo)ruptura e a deconstrução ...quando se constrói no
(ou com o) construído!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
E A ARQUITECTURA?
A crítica de arquitectura exalta o
que a crítica da conservação
condena: os lobbies da cultura
arquitectónica descuram a
conservação, preferem o “fazer
património de hoje” de acordo
com um pluralismo consumista,
hedonista, ou a (pseudo)ruptura
da deconstrução!
EM PLENA CRISE ... PROJECTAR NA CIDADE HISTÓRICA E CONSTRUIR
NO CONSTRUÍDO SURGE COMO UMA OPORTUNIDADE MILAGREIRA!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
65
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O FACHADISMO COMO O “EXEMPLO” A SEGUIR
EM VEZ DE CONSERVAÇÃO URBANA: A RENOVAÇÃO E O FACHADISMO
INSTAURARAM-SE COMO O PARADIGMA A SEGUIR!
O património urbano tornou-se um campo florescente de rápidos
oportunismos políticos e disciplinares!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: a CIDADE HISTÓRICA É PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?
Transfomou-se a cidade histórica num bem de consumo, onde explode a
vulgata do kitsch, dos «fast food´s», das lojas do atroz produto “típico”; a extrema
banalização do que era único e essencial! Como o criador do Frankenstein
perguntamos: Meu Deus, o que fizemos?
NO SUCESSO DOS (mal “ditos”) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA
SUA DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
66
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: TURISMO OU RESIDENTES?
Os centros históricos não são (só) museus
……and we are not typical!
NO SUCESSO DOS (mal ditos) CENTROS HISTÓRICOS O GERMEN DA SUA
DESTRUIÇÃO IDENTITÁRIA!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: A HISTÓRIA É UM PROBLEMA OU UMA OPORTUNIDADE?
A HISTÓRIA: PROBLEMA OU OPORTUNIDADE?
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
67
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
UMA DEFINIÇÃO DE REABILITAÇÃO URBANA PARA O SÉCULO XXI
Conselho da Europa, Guidance
on Urban Rehabilitation
Estrasburgo: COE, 2004.
definição: Reabilitação Urbana é um «(...) processo de
Revitalização e/ou Regeneração urbana de longo prazo. É
acima de tudo um acto político com o objectivo de melhorar
componentes do espaço urbano e o bem-estar e qualidade
de vida da população em geral. Os seus desafios espaciais
e humanos requerem a implementação de políticas locais
(por exemplo política de conservação integrada do
património, política de coesão e ordenamento territorial,
política ambiental e de desenvolvimento sustentável). A
reabilitação é assim parte de um projecto/plano de
desenvolvimento urbano, exigindo uma abordagem
integrada que envolva todas as políticas urbanas.»
Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação
Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
O “CEU” TEM UMA NOVA CARTA!
NOVA CARTA DE ATENAS 2003
Contradição estrutural: a cidade de amanhã já existe hoje!
A Nova Carta de Atenas 2003, A visão do C.E.U. sobre as Cidades do séc. XXI.
Lisboa, 20 de Novembro de 2003. Tradução portuguesa: Professor Paulo
Correia (coordenador do Grupo de Trabalho da Carta); e Dr.ª Isabel Costa Lobo.
O C.E.U. apresentou para o novo Milénio, e cito: «(…) uma Visão de uma rede
de cidades em que estas: Conservarão a sua riqueza cultural e a sua
diversidade, resultantes da sua longa história; (…) Contribuirão de maneira
decisive para o bem-estar dos seus habitantes e, num sentido mais lato, de todos
os que as utilizam»; (Introdução – 2 dos 4 pontos -, p. 5). «O planeamento
estratégico do território e do urbanismo são indispensáveis para garantir um
Desenvolvimento Sustentável hoje entendido como a gestão prudente do espaço
comum, que é um recurso crítico, de oferta limitada e com procura crescente
nos locais onde se concentra a civilização.» (Introdução, p.6).
A visão futura: uma cidade coerente no tempo!
«A cidade de amanhã já existe hoje».
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
68
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
OS NOVOS DESAFIOS: AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Contributos possíveis da reabilitação urbana para os novos
paradigmas urbanísticos:
. redução do consumo de energia e de matérias-primas;
. aproveitamento das infra-estruturas e dos recursos existentes;
. redução dos movimentos pendulares da população;
. controlo da expansão urbana;
. melhoria do ambiente urbano;
. minimização do impacte do desenvolvimento urbano no meio ambiente;
. melhor aproveitamento da rede de transportes públicos;
. diminuição da produção de resíduos.
Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH,
2006.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
OS NOVOS DESAFIOS: COESÃO TERRITORIAL
Contributos possíveis da reabilitação
urbana:
. distribuição territorial equilibrada de
recursos, funções e pessoas;
. formulação de estratégias adaptadas ao
contexto local;
. aproveitamento do capital fixo e da
capacidade instalada na cidade existente;
. aumento da atractividade e da
competitividade;
. fixação das actividades económicas e
captação de novas actividades;
. redução da saída de habitantes dos
centros para as periferias e atracção de
novos habitantes;
. desenvolvimento do turismo cultural.
Fonte: PAIVA, J.; AGUIAR, J.; PINHO, A., Guia Técnico de
Reabilitação Habitacional. Lisboa; LNEC-INH, 2006.
A CULTURA como mais um dos recursos!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
69
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO INTANGÍVEL: A CULTURA COMO MAIS UM DOS RECURSOS!
AS CULTURAS E OS
SABERES COMO
PATRIMÓNIO
CONVENÇÕES DA UNESCO
1972, World Heritage
2003, Intangible Cultural Heritage
2005, Cultural Diversity
J. Jokilehto, Brandi in the World of Today. Lisboa,
LNEC, Maio de 2006
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DOS SABERES
CM ALBUFEIRA: MITR, PADERNE, 2006
Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
70
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DOS SABERES
CM ALBUFEIRA, PADERNE, 2006:
Aperfeiçoamento em Técnicas de Construção Tradicional
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DOS SABERES
GUIMARÃES, PAGUS, 2006:
Prática reflectida de reabilitação urbana
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
71
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
CM BEJA, 2007: Oficina Técnicas Tradicionais Revestimento
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
UNIVER(SC)IDADE DE
A EXCELÊNCIA DA CANDIDATURA DA
COIMBRA A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Adequação dos planos e das metodologias adoptadas.
Rigor na execução.
Qualidade irrepreensível dos processos de análise, diagnóstico, planeamento e
projecto!
Excelência nos processos de diálogo, comunicação e informação!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
72
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE CANDIDATURA DA UNIVER(Sc)IDADE
DE COIMBRA A PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Adequação dos planos de diversa escala.
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE COIMBRA:
Qualidade irrepreensível dos projectos (G. Byrne)!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
73
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
A EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE
CANDIDATURA DA UNIVER(Sc)IDADE
DE COIMBRA A PATRIMÓNIO DA
HUMANIDADE
Qualidade irrepreensível dos
processos de projecto (J. Mendes
Ribeiro)!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PATRIMÓNIO DE SABERES Intangible Cultural Heritage
SOBRE A EXEMPLARIDADE E EXCELÊNCIA DO PROCESSO DE COIMBRA:
Notável qualidade dos estudos científicos, assim como da investigação e
análises prévias ao rigor dos diagnósticos avançados!
E FICA AQUI UMA NOTA DE ENCORAJAMENTO, DE ADMIRAÇÃO E DE
EXALTAÇÃO PELO TRABALHO JÁ REALIZADO ASSIM COMO A
EXPRESSÃO PUBLICA DO COMPROMISSO DE APOIO INCONDICIONAL DO
ICOMOS-PORTUGAL AO PROCESSO DE CANDIDATURA DA UNIVERSIDADE
DE COIMBRA!
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
74
UNIVERSIDADE DE COIMBRA: UNIVER(SC)IDADE
desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
29 e 30 de Novembro de 2007, Coimbra. Encontro organizado pelo Gabinete de Candidatura à
UNESCO - Universidade de Coimbra, Câmara Municipal de Coimbra e ICOMOS-Portugal
UNIVER(SC)IDADE desafios e propostas de uma candidatura a património da humanidade
COIMBRA 2007
PORTUGAL: A DIMENSÃO GEOGRÁFICA DOS PROBLEMAS
CONCLUINDO:
“Afigura-se-me que há duas formas de
olhar para as rápidas transformações
por que o mundo passa. Muitos vêem
sobretudo o que muda, outros
procuram surpreender o que, a
despeito delas permanece”.
Orlando Ribeiro, 1945
José Aguiar, ICOMOS – PORTUGAL / FAUTL
75
Download

algumas breves notas sobre a história da reabilitação urbana