UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ Área de Ciências Humanas e Jurídicas 426 - ARTES VISUAIS - LICENCIATURA PLENA 8030213 - ENSINO DAS ARTES VISUAIS - CONTEÚDO E MÉTODO I A Período: 5 Profª Me Márcia Moreno Os conteúdos do quadro 1 dizem respeito ao que deve ser trabalhado como conhecimento ou saber da Arte, independente da tendência escolhida. 1 Material elaborado pela Professora Sandra Borsoi TENDÊNCIA P E D A G O G I A L I B E R A L P E D A G O G I A P R O G R E S S I S T A 1 TRADICIONAL ESCOLANOVISTA TECNICISTA LIBERTADORA LIBERTÁRIA HISTÓRICO - CRÍTICA CONTEÚDOS Estes são selecionados a partir de fontes oficiais, sendo verdades absolutas e como tais repassadas aos alunos. Não existe uma ligação com as experiências do educando, prioriza a quantidade em relação à qualidade, visto que os conteúdos em relação ao ensino da arte advêm, de modelos externos, como o Neoclassismo, trabalhando forma rígidas que deveriam abranger noções de esquemas e composições, traço, contorno de forma e preparar para o trabalho artesanal ou industrial. A palavra que impera é o repasse de conteúdo. Os conteúdos são selecionados a partir do interesse ou necessidades dos alunos. Ocorre uma ruptura em relação aos conteúdos externos, e o aluno passa de reprodutor a produtor de sua criação e respeita-se sua produção. Aqui se prioriza ensinar o que será útil ou necessário para o mercado de trabalho. Dessa forma, busca-se a objetividade em detrimento à subjetividade. Volta-se a trabalhar com o desenho geométrico e com a cópia de forma a atender o mercado de trabalho. Muitos dos conteúdos são trabalhados a partir dos livros didáticos que se tornam a „salvação‟ para os professores despreparados que vinham das universidades. São chamados aqui de temas geradores, vindo da prática dos educandos, refletidos subjetivamente. Todo o conteúdo parte da cultura, do saber e dos problemas do povo, já que “através de sua ação sobre o mundo, criam o domínio da cultura e da história, esta em que somente estes são seres da práxis (Freire,2000,p.92). Assim, o ensino da arte abrange aspectos contextualizados na busca da identidade cultural. Apresentam-se os conteúdos que são escolhidos mediante a necessidade do grupo; e em relação ao ensino de artes este contextualizará e buscará a identidade cultural do grupo, ocorrendo experiências criadoras em grupos. Compara-se e atualiza-se os conteúdos universais com os do saber social (realidade), de forma a ser compreendido e analisado profundamente, sendo que almeja-se significação tanto humana quanto social: “Assim, a preocupação do ensino da Arte, de acordo com os pressupostos de uma Pedagogia-Crítica, é ir além de métodos e técnicas de ensino, procurando inserir a dimensão política na ação artística cotidiana, visando suas relações com o movimento histórico concreto.” (Nunes, 1990, p.167). Professora Licenciada em Artes Plásticas pela Unoesc e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. As diferentes metodologias do quadro 2 dizem respeito a como deve ser trabalhado como conhecimento ou saber da Arte, independente da tendência escolhida. 1 Material elaborado pela Professora Sandra Borsoi P E D A G O G I A L I B E R A L TENDÊNCIA METODOLOGIA TRADICIONAL O papel central é no professor que fala e o aluno que ouve,sem a participação ou envolvimento do último: “Baseiam-se na exposição verbal da matéria e/ou demonstração.‟ (Libâneo, 1998, p.24). Ênfase nos exercícios de fixação através da repetição, que exige a memorização, já que na próxima aula se recorda a anterior . A cópia e a repetição são utilizadas também para o ensino da arte, e uma das atividades que realizam é em relação ao desenho geométrico e a percepção útil a industrialização, e os modelos adotados para guiar esse ensino são os estrangeiros, sem marcar da nossa realidade. ESCOLANOVISTA TECNICISTA P E D A G O G I A P R O G R E S S I S T A 1 LIBERTADORA LIBERTÁRIA HISTÓRICO - CRÍTICA Muitas atividades que visam à experimentação, pesquisa e trabalhos em grupo. Considera-se o interesse do aluno e a arte baseia-se na livreexpressão, em que o professor é um facilitador, pois o aluno deve aprender a aprender. A livre-expressão é a marca do ensino da arte, de forma a contemplar a percepção e a sensibilidade, só que sem a orientação do professor. Aqui se enfatiza os recursos audiovisuais, as atividades individuais e de certa forma, cronometradas, pois estava-se treinando o aluno. O livro didático é o principal recurso do professor “e o elemento principal passa a ser a organização racional dos meios.” (Saviani, 1991, p.24), deve-se aprender fazendo. Utiliza-se muito a copia, o desenho geométrico e da livreexpressão, mas de forma mecânica, preparando-os, assim, o mercado de trabalho. Marcou muito a Lei 5.692/71. Elege-se o diálogo como método básico, sendo o professor o incentivador da discussão e do diálogo, de forma que os alunos vejam-se como sujeito da ação, buscando uma educação estética voltada ao contexto cultural desafiados por situações problemas, buscando sua identidade cultural Prima-se pela auto-gestão e pela vivência do grupo de forma que os alunos organizarão o trabalho para que os alunos construam uma visão crítica (problematizações), e a educação estética aliada ao contexto cultural e na livre-expressão é que norteiam o ensino da arte. Parte-se da experiência do aluno e confronta-se esse com o saber oficial/erudito, buscando a “ruptura com o senso comum”(Pessi, 1994, p.31). Utiliza-se da pesquisa, do trabalho em grupo e individual de forma a conquistar a consciência crítica. Almeja-se conhecer a arte envolvendo a apreciação, o fazer estético e a contextualização, oportunizando uma educação estética no resgate cultura e do cotidiano do aluno para em seguida partir para um conhecimento mais abrangente. Professora Licenciada em Artes Plásticas pela Unoesc e Mestre em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria. No quadro 3 constam concepções de avaliação nas diferentes teorias pedagógicas. TENDÊNCIA P E D A G O G I A L I B E R A L P E D A G O G I A P R O G R E S S I S T A AVALIAÇÃO Utiliza-se de provas denotando o aspecto classificatório no qual o aluno repete o que foi ensinado, possuindo um fim em si mesmo: a nota. TRADICIONAL A avaliação serve como ponto de partida apontando as necessidades dos alunos em relação à aprendizagem, dando ênfase as descobertas. ESCOLANOVISTA TECNICISTA Avaliação é objetiva, ou seja, avalia apenas os objetivos propostos, visto que se prima pela retenção de „conhecimento‟, ou melhor dizendo, informação. Aqui a avaliação classificatória é rejeitada, porque se almeja uma avaliação participativa e a auto-avaliação, visto que os educandos são diferentes entre si, cada um possuiu a sua história e seu ritmo de desenvolvimento. LIBERTADORA A importância da avaliação se dará no crescimento do grupo. LIBERTÁRIA HISTÓRICO - CRÍTICA Nessa se avalia em vários momentos de forma a constatar em que avançar e em que fortalecer se não houver a aprendizagem. Recordando que se parte do conhecimento que o aluno possui para ensinar. No quadro 4 constam concepções em relação a Relação Professor X Aluno nas diferentes visões pedagógicas. TENDÊNCIA RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO O relacionamento é autoritário e sem comunicação entre as partes, impondo disciplina e silêncio. PEDAGOGIA LIBERAL TRADICIONAL ESCOLANOVISTA TECNICISTA O professor é visto como um auxiliar e a sua intervenção é percebida negativamente, e existe ainda um clima psicológico no qual o professor deve estar atento a eventuais problemas que possam existir nos alunos. O professor é um técnico que deve passar o conhecimento enquanto que o aluno o recebe e guarda. O professor é responsável pelo sucesso ou não do aluno e nenhum dos dois é parte ativa do processo. É uma relação horizontal, visto que professor e aluno são sujeitos da aprendizagem e não há autoridade, mas sim o diálogo. PEDAGOGIA PROGRESSISTA LIBERTADORA LIBERTÁRIA O professor pode ser tanto conselheiro como instrutor-monitor, e está a disposição do grupo. HISTÓRICO CRÍTICA É o mediador ente os alunos e os conteúdos, sendo a autoridade competente que guia esse processo.